Meu nome é Pedro, sempre tive uma vida bem ativa, treinava pelo menos 4 vezes por semana. Porém, devido à diabetes, perdi 90% da minha visão. Logo, entrei em depressão, e minha vida mudou radicalmente. A mulher com quem convivia há 5 anos resolveu sair de casa. Ela foi sincera, disse que, como não tínhamos filhos, não via razão para permanecermos juntos. Na verdade, ela se sentia presa a mim e ficou assustada com os desafios que enfrentaríamos com minha nova condição.
Sozinho, tornei-me extremamente recluso em casa, e minha única distração era treinar na academia do condomínio, mas apenas tarde da noite para evitar encontrar alguém. Meu apartamento é consideravelmente grande, então minha prima Bia vinha duas vezes por semana para cuidar das tarefas domésticas.
Essa rotina persistiu por quase dois anos, e minha vida parecia não ter mais sentido. Cheguei a pensar em desistir. Evitava sair de casa até para ir ao mercado e evitava conversar com vizinhos, porteiro e até mesmo com Bia. Tornei-me um completo antissocial.
Bia tinha a chave de casa e seguia meticulosamente a mesma rotina. Embora fosse jovem, recém-completados 18 anos, mostrava-se responsável. Certa vez, ao ficar um tempo sem vê-la, surpreendi-me com suas curvas distribuídas em seu corpo, um sorriso encantador e cabelos negros e longos indo até sua avantajada bunda. Bia não passava despercebida.
Sua mãe pediu para que eu a ajudasse com as tarefas de casa, para que Bia conseguisse juntar dinheiro para seu MBA. Então, combinamos duas vezes por semana, logo após minha separação. Meu apartamento não era luxuoso, mas, dada sua dimensão, eu não teria condições de cuidar dele sozinho. Ao comprá-lo, fiz questão de alguns confortos, como suíte com banheira e hidromassagem.
Confesso que, nesse quarto, pensava nas mais variadas fantasias, tendo Bia como uma das protagonistas. Minha ex-esposa, Nivia, nunca aceitou fazer nada fora do comum. Acostumamo-nos a ficar sem sexo, pois ela acreditava que o ato era apenas para reprodução. Após o trauma de uma gravidez interrompida e a descoberta de que eu não poderia gerar filhos, tudo esfriou ainda mais.
Gradualmente, estou perdendo ainda mais o pouco que resta da minha visão. Em um dia ensolarado, estava deitado em minha cama, sentindo pena de mim mesmo, quando Bia bateu na porta e pediu licença para entrar. As cortinas estavam abertas, e a claridade invadia a parede de vidro que ostentava minha varanda.
Vi um borrão claro surgindo à minha frente e ouvi Bia dizer: "Pedro, vou dar uma geral no seu banheiro hoje, espero não te atrapalhar." Respondi: "Atrapalhar o quê? A não fazer nada?" Ela riu e disse: "Você não faz nada porque não quer. Você pode fazer o que quiser." Essas palavras atiçaram em mim sentimentos maldosos, e me fizeram pensar no que ela queria dizer com aquilo.
Afastando-se de mim e indo em direção ao banheiro, Bia passou pela claridade da janela. O excesso de luz fez com que eu enxergasse melhor. Por alguns milésimos de segundo, tive a impressão de que ela estava completamente nua, brincando com minha condição de não poder enxergar. Pensei se era a primeira vez ou se todas as vezes ela fazia questão de ficar nua só porque eu não podia ver.
Após alguns minutos, levantei da cama e fui em direção ao banheiro para confirmar minhas dúvidas. Aquela possibilidade despertou em mim um desejo que não sentia há anos. Em silêncio, fui até a porta do banheiro e forcei minha visão ao máximo para ver algo. Uma sombra parecia estar abaixada e apoiada de joelhos, movimentando um dos braços, provavelmente limpando o ladrilho. Por mais que tentasse, não conseguia ver detalhes.
Voltei para a cama, no mesmo silêncio em que saí dela. Se meus olhos não podiam ver aquela cena, pensei em um jeito de ao menos senti-la de alguma maneira. Então disse de onde eu estava: "Bia, vê se pode me ajudar. Ontem fez bastante frio; você poderia retirar o edredom que está na parte de cima do armário e deixar aqui ao lado da minha cama?" Ela respondeu: "Claro. Vou pegar a escada." Cortando-a, sugeri: "Não precisa; não é tão alto assim. Se apoia em mim para pegar." Um pouco contida, ela disse: "Tá bom."
Chegando bem perto de mim, pude sentir o agradável cheiro do seu cabelo. Ajoelhei-me próximo ao guarda-roupas, cruzando as mãos para que servissem de apoio. Segurando uma mão em meu ombro e a outra apoiada em minha cabeça, ela subiu na tentativa de alcançar a prateleira.
Nunca estive tão perto dela. Na verdade, em mais de dois anos, nunca estive tão perto de qualquer mulher. No entanto, essa proximidade não foi suficiente para saber se ela estava ou não totalmente nua. Sabia que ela estava de frente para mim, e se estivesse nua, sua vagina estaria bem na direção da minha boca.
Tudo aconteceu muito rápido. Criei coragem, inclinei meu rosto para mais perto dela, com o objetivo de tocá-la com minha língua. Avancei aos poucos, encontrando algo que tinha textura áspera. Por um segundo, pensei que sua parte íntima não estava completamente depilada e pelos estavam crescendo. Logo, senti um gosto cítrico e amargo ao mesmo tempo. Bia estava de frente para mim, mas usava um avental. Em um dos bolsos, havia uma esponja que ela usava para esfregar a banheira. Se ela estava nua, eu nunca saberia