O amor vence qualquer barreira - parte 13

Não sei o que está acontecendo comigo… Eu deveria ter ido embora pra casa, mas porque raios fui querer dormir com os pais do Pedrinho? Onde eu estava com a cabeça? Por quê eu fico confusa quando eu o vejo? Tudo fica embaralhado quando eu vejo aqueles olhos azuis tão profundos olhando pra mim…

Eu tinha que conversar com alguém, mas não queria conversar com meu pai. Andreia era uma boa opção, mas eu tenho medo que ela acabe contando para o meu pai. Minha mãe já está com muitos problemas no momento, mas eu queria falar com ela um pouco. Liguei várias vezes, mas ela não me atendeu. Ela estava num retiro, se desintoxicando e deve ter horários controlados pra poder se comunicar. Só tinha uma pessoa que eu poderia contar, mas ela estava meio enrolada com um bebê pequeno. Liguei pro celular dela e o Tio Erick atendeu.

Erick - Oi, Regina! Você está sumida… Há quanto tempo?

Regina - Oi, dindo. A dinda está aí?

Erick - Está dando banho no Érico. Eu vou passar pra ela…

Regina - Eu ligo outra hora…

Erick - De jeito nenhum… Só um instante que eu vou assumir o banho e você fala com ela.

Regina - Obrigada, dindo.

Erick - Você é a minha afilhada predileta…

Regina - Bobo, eu sou a única kkkkk

Esperei alguns segundos, e ela atendeu…

Nina - Oi, Regina! Que saudades!!!

Regina - Eu também estou…

Nina - Depois que começou a namorar, sumiu daqui de casa. O Érico está com saudades de você e eu também…

Regina - Eu sei que estou em falta contigo, mas estou meio sem tempo…

Nina - Me conta o que aconteceu… O que ele fez dessa vez?

Regina - Ele, quem?

Nina - Pedrinho, ué…

Regina - Cruzes, dinda! Você tem uma bola de cristal aí?

Nina - Eu te conheço… kkkkkkk…

Regina - Então, Dinda, eu e o Pedrinho não estamos bem. Ultimamente, ele tem tentado de todas as formas me convencer a fazer sexo com ele, mas eu não sei se estou pronta. Eu achei que estava, mas ontem quando ele tentou, eu não quis.

Nina - E o que ele disse?

Regina - Ele me disse que me amava e que se eu o amasse de verdade, faria sexo com ele. Ele botou muita pressão.

Nina - E você tentou conversar com ele?

Regina - Dinda, nós estávamos praticamente sem roupa. Conversar nessa hora estava fora de questão… Ele ficou em cima de mim e estava muito bom, mas quando ele posicionou o seu... éééé...

Nina - Pinto, piru, piroca...

Regina - Isso! O negócio dele e pincelou em mim, eu tive uma crise de pânico, ou sei lá o que, e pedi pra ele parar, mas ele estava muito excitado e tentou me convencer e até forçou a barra. Eu estava sentindo o seu pinto começando a entrar em mim, mas eu senti uma dor tão forte, que na mesma hora eu tirei forças de não sei de onde e consegui empurra-lo um pouco, me arrumei correndo e saí do quarto.

Nina - Regina, isso não foi legal! Se eu fosse você terminava com esse garoto.

Regina - Mas eu gosto muito dele, dinda. Ele me ajudou e me apoiou em momentos difíceis.

Nina - Então não sei o que te dizer…

Regina - Ele está passando por dificuldades. A avó dele morreu e o pai dele está muito triste e nervoso. Tenho pena dele.

Nina - Fico triste por eles. Eles parecem ser uma família tão legal.

Regina - Mas têm problemas como qualquer família… Aliás, aconteceu uma coisa estranha com o pai dele…

Nina - O que aconteceu?

Regina - Eu estava tão assustada, que assim que eu saí do quarto, encontrei o pai dele e pedi para dormir com ele e com a esposa no quarto deles.

Nina - Você deveria ter ido pra casa.

Regina - Agora eu penso assim também, mas naquela hora eu precisava muito de um carinho de pai e mãe, mas deu ruim… No início, foi tudo bem e eu dormi me sentindo bem protegida, mas fui acordada de manhã pela mãe do Pedrinho, que aos berros começou a discutir com o pai dele.

Nina - Por quê você estava na cama deles?

Regina - Não só por isso… Ele estava com o.. o... o pinto duro encostado em mim e com uma das mãos segurando o meu peito.

Nina - Regina! Se afaste dessa família! Isso não vai acabar bem…

Regina - Sim. Acho que vou fazer isso. Eu vou dar apoio ao Pedrinho nesse momento de luto, mas acho que vou terminar com ele, assim que isso esfriar.

Nina - O que você fez quando acordou?

Regina - Eu estava tão envergonhada, que saí correndo de lá… Fui no quarto do Pedrinho, peguei minhas coisas e fui embora.

Nina - Ah, Regina… Sinto muito…

Regina - Posso falar uma coisa contigo, e você promete que não irá me julgar?

Nina - Quem sou eu para julgar alguém, Regina? Eu também já fiz coisa errada no passado. Pode falar…

Regina - Toda vez que eu vejo o pai dele, minha cabeça fica meio confusa e quando encaro aqueles olhos azuis, eu sinto um arrepio que me deixa com uma sensação muito esquisita. Quando eu cheguei em casa, eu fui correndo ao banheiro me lavar, porque eu estava um pouco molhada lá embaixo.

Nina - Foi a primeira vez que aconteceu isso?

Regina - Com essa intensidade, foi sim…

Nina - Regina, você está crescendo. Está se tornando uma mulher e irá sentir muito prazer ainda. Só tome cuidado e não deixe que essas sensações e impulsos dominem a sua razão. Lembre-se do que aconteceu comigo e com a sua mãe.

Regina - Sim, dinda. Você tem razão… Muito obrigada pela conversa. Agora tenho que ir. Beijos e qualquer dia eu passo aí pra ver esse neném lindo.

Nina - A hora que você quiser, Regina. Pode contar comigo pra tudo. Você sabe que eu te amo como se fosse a minha filha.

Regina - Sim, eu sei. Te amo, dinda!

Desliguei o celular e fui me arrumar pra voltar pra casa do Pedrinho. Irei pra dar uma força, mas sem safadezas. Serei uma amiga, antes de qualquer coisa. Devo isso a ele, mas o problema será encarar o Senhor Pedro e Nikke. Que vergonha!

No fim das contas, achei melhor ir lá, mas sem me demorar muito, pra não dar tempo de sair farpas. Fiquei um dia sem ir lá, esperando a poeira baixar mais um pouco, mas os problemas daquela família não param de acontecer. Eu estava conversando com meu pai e com Andreia quando meu celular toca e vejo que é o Pedrinho. Depois daquele dia, nós só conversamos coisas do dia a dia, porque estávamos evitando falar um com o outro sobre aquele assunto. Só que agora ele estava ligando pra mim e eu tinha que atender. Como a conversa poderia ser longa e difícil, fui pro meu quarto.

Regina - Oi, Pedrinho…

Pedrinho - Bê, acho que o meu pai morreu…

Regina - O que? Pedrinho, se isso for alguma brincadeira…

Pedrinho - Você acha que eu brincaria com algo assim?

Regina - Pelo amor de Deus, Pedrinho, o que aconteceu?

Pedrinho - Eu não sei… Meu avô chegou e pode ser que tenha rolado um desentendimento entre eles… Minha mãe, meu avô e minha tia levaram ele pro hospital. Só ficou aqui eu e a Joana.

Regina - Pedrinho, não fica assim! Vai dar tudo certo…

Pedrinho - Ele bateu com a cabeça e saiu muito sangue… Acho que ele morreu…

Regina - Não fala assim… Você sabe pra qual hospital foram?

Pedrinho - Pro Barra D'or, talvez…

Regina - Você e Joana se arrumem que a gente vai passar aí pra pegar vocês.

Desliguei o celular e fui falar com meu pai…

Regina - Pai, aconteceu uma tragédia. O Senhor Pedro teve um acidente e está mal. Levaram ele pro hospital…

Armando - O que? Como assim?

Regina - Não sei dizer…

Armando - Sabe pra onde o levaram?

Armando - Barra D'or… talvez… Pedrinho não tem certeza.

Armando - Vou ligar pro hospital. Andreia, se arruma que a gente vai lá.

Regina - Podemos passar na casa do Pedrinho, antes?

Armando - Claro, filha.

Meu pai pegou o celular e começou a falar com o Dr. Germano sobre o ocorrido. Ele foi o mesmo médico que cuidou da minha mãe quando teve o AVC e mais tarde também com o aneurisma. Eles estavam conversando e meu pai pediu que ele verificasse e fosse ao Barra D'or, caso ele estivesse lá mesmo.

Andreia - Então, Armando? Ele está lá.

Armando - Não sei, mas enquanto isso, a gente vai na casa do Pedro e pega o filho dele.

Regina - Eu vou ligar pro Pedrinho e dizer que estamos a caminho.

Andreia assumiu o volante, enquanto meu pai fazia ligações. Parece que ele tinha dado entrada mesmo no Barra D'or e passamos pra pegar o Pedrinho e a Joana. Os dois estavam abatidos e muito tristes. Assim que ele entrou no carro, me abraçou e começou a chorar…

Regina - Pedrinho, o que aconteceu?

Pedrinho - Meu pai bateu com a cabeça no chão, e fez um corte na cabeça. Ele saiu daqui desmaiado e perdendo sangue.

Armando - Seu pai é forte, Pedrinho. Ele vai escapar dessa.

Regina - Ele escorregou? O que aconteceu?

Pedrinho - Não sei. Ele estava no quintal conversando com meu avô.

Joana - Eles brigaram!

Pedrinho - Você não tem certeza disso. Pare de botar mais lenha na fogueira!

Joana - Vovô estava com o rosto inchado e meio avermelhado. O que você acha que aconteceu?

Pedrinho ficou calado e aquele silêncio constrangedor no carro. Andreia como sempre, é aquela mais alto astral possível, e falou que deve ter sido um mal entendido e que tudo iria ser resolvido. Em poucos minutos chegamos no hospital e logo encontramos a família do Pedrinho. Nikke estava arrasada e em prantos chorava. Sabrina estava abraçando-a enquanto o avô do Pedro, estava sozinho do outro lado, visivelmente abatido e com os olhos bem vermelhos.

Quando ela me viu, parece que não gostou muito, mas acho que pode ser coisa da minha cabeça. Pedrinho e Joana, abraçaram-na, e Sabrina foi consolar o avô do Pedrinho. Apesar de todo mundo dizer que ela era meio maluquinha, ao meu ver parecia a mais equilibrada dali, naquele momento.

Meu pai e Andréia falaram na recepção e ela já foi invadindo porta a dentro. Meu pai antes de entrar, disse que daqui a pouco trazia informações. Alguns minutos depois, eu vejo o Doutor Germano chegando ao hospital, eu o reconheci, mas ele passou direto, e nem me viu, ou não me reconheceu.

Alguns minutos depois meu pai voltou e eu fui logo em disparada, pra saber as notícias. Quando me viram quase correndo, todos foram cercar o meu pai.

Armando - Dominique, a situação é grave. Vocês fizeram bem em trazer ele logo pra emergência, mas vocês não imobilizaram ele devidamente na região cervical e isso às vezes pode ser o fator crucial, quando o problema é pancada na cabeça. Ele ainda está na emergência e já vai entrar em cirurgia, mas ele já teve duas paradas cardiorrespiratórias. Sinto muito, mas as notícias não são boas.

Nikke - Não!!!!! Isso não pode acontecer…

Marcelo - Eu quero ver o meu filho!

Nikke - É tudo culpa sua… Está satisfeito?

Marcelo - Não sei do que está falando… Bateu a cabeça também?

Nikke - Fils de pute!!! Connard! Nique ta Mère!!!

Marcelo - Ôôôôôôôuuuu…

Sabrina - Calma, Nikke…

Armando - Sr. Marcelo, estou vendo que seu rosto está meio inchado, porque você não me deixa dar uma olhada nisso… Vem aqui comigo um instante.

Meu pai o levou para dentro sutilmente para que os ânimos se acalmassem. A mãe de Pedrinho estava espumando de raiva e se ele não segurasse a mãe, era capaz dela ir atrás do avô dele. Sabrina tentava por panos quentes, e controlar a situação, até que os ânimos foram se acalmando e ficamos ali aguardando. As horas eram intermináveis, até que Andréia e meu pai passaram pela porta trazendo o avô de Pedrinho com eles.

Nikke - Armando, pelo amor de Deus, como está o meu marido?

Armando - Nikke, é melhor a gente aguardar o Dr. Germano. Ele irá explicar melhor a situação.

Nikke - Armando, por favor não diga que meu marido morreu. Não diga isso…

Ela começou a chorar e todos tentaram consolar a Dona Nikke. Eu fui conversar com meu pai e Andréia para tentar conseguir alguma informação, mas eles disseram que não podiam falar nada até o Dr. Germano aparecer. Isso se arrastou por mais meia hora, até que finalmente ele aparecesse na sala de espera.

Dr. Germano - Doutor Armando, aqueles ali são a família dele?

Armando - Sim, Doutor. Aquela Senhora ali é a esposa dele e se chama Dominique.

Assim que eles perceberam aquela movimentação, vieram rapidamente até onde eu estava com meu pai e Andréia.

Nikke - Doutor, o meu marido… Como ele está?

Dr. Germano - Sra. Dominique, meu nome é Dr. Germano e eu tenho boas e más notícias. A boa é que a cirurgia foi bem sucedida. Havia um pequeno inchaço no seu cérebro, mas conseguimos desobstruir a pressão. A má notícia é que houve algumas paradas cardiorrespiratórias, e uma falta de oxigênio no cérebro. Ainda não sabemos se isso causou muito dano e por isso tivemos que induzir ao coma, para que o corpo se recupere de forma mais segura. Ele está entubado e só saberemos a real extensão dos danos quando ele acordar.

Nikke - NÃÃÃÃÃOOOOO!!!

A sorte que meu pai estava próximo e conseguiu segurar Dona Nikke que desmaiou em seguida. Eles levaram-na para uma sala e Sabrina acompanhou Andreia e meu pai.

Dr. Germano - Vocês terão que ser fortes. Não sabemos quando ele irá acordar e se ele terá sequelas. Nosso cérebro é cheio de surpresas, e ele pode apresentar problemas motores, de fala, amnésia. É muito importante que todos estejam unidos quando ele acordar. Ele precisa de um ambiente tranquilo, porque qualquer perturbação pode lhe causar estresse e isso não é bom para ele.

O Doutor Germano então se retirou e ficamos lá esperando alguma notícia do Sr. Pedro e da Nikke. Alguns momentos depois, meu pai retorna com Nikke, Andréia e Sabrina. Ele explicou que no momento não tinha o que fazer e que seria melhor todos voltarem para casa. Nikke não quis. Disse que o lugar dela era ao lado do marido e que ficaria ali o tempo que fosse necessário.

Foi tão bonito da forma que ela disse que eu comecei a chorar. Meu pai me abraçou e Andréia também. Decidimos que todos iriam para a casa do Pedrinho e Sabrina voltaria ao hospital para levar roupas para Nikke. Meu pai conseguiu um quarto para ela, já que não poderia ficar o tempo inteiro na UTI.

Chegamos na casa deles e Pedrinho estava meio emburrado. Ele estava triste e parecia chateado com alguma coisa. O avô dele estava chorando num canto sozinho e meu pai e Andréia estavam conversando com Sabrina e Joana.

Pedrinho - Regina, preciso de sua ajuda. Eu quero limpar o quintal e tirar as manchas de sangue.

Regina - Tudo bem, eu ajudo.

Pedrinho - Regina, eu queria te pedir desculpas por aquele dia. Não sei o que deu em mim.

Regina - Olha só, Pedrinho, você tinha que ter parado quando eu disse não.

Pedrinho - Eu sei, eu sei, mas é que às vezes as garotas ficam dizendo não, pra fazer um charminho, mas lá no fundo querem…

Regina - Pedrinho, não é não… Entendeu? Da próxima vez que uma garota disser não, você para tudo.

Pedrinho - É que uns amigos meus disseram que esse medo que as garotas têm, é frescura, é o medo se vai doer, essas coisas.

Regina - Pedrinho, você já me conhece a um bom tempo. Você sabe dos meus problemas. É a minha primeira vez, e você acha realmente que eu sou assim?

Pedrinho - Você realmente ainda é virgem?

Regina - Não acredito que você está me perguntando isso…

Pedrinho - Me desculpa, mas é que depois daquelas fotos, das fofocas na escola e você mesmo disse que a sua memória daquele dia não estava tão boa…

Regina - Pedrinho, eu sou virgem e continuarei virgem. Só vou dar a minha buceta quando EU quiser, entendeu? Se você quiser esperar, ok… mas ficar me pressionando como você está fazendo, não vai adiantar.

Pedrinho - Mas sempre que a gente começa a se pegar, você fica com tesão e a gente faz várias coisas. Eu pensei que…

Regina - Eu também pensei que estava pronta, mas não estou. Quando eu disser não, você tem que parar. Promete?

Pedrinho - Prometo, Bê…

Regina - Se você não parar, eu vou ter que dar queixa na delegacia da mulher. Eu tô falando sério, Bê! Entendeu?

Pedrinho - Entendi. Podemos continuar a limpar esse sangue?

Regina - Desculpa, mas eu tinha que falar isso e botar pra fora. Você me magoou muito, porque eu gosto muito de você e confiei em você, e na hora que eu precisei que você mostrasse a confiança, você me desapontou.

Ele se aproximou de mim e me deu um selinho. Depois outro e mais outro e começamos a nos pegar. Ele já foi enchendo a mão com a minha bunda e eu dei um beliscão na dele que deu um gemido. De repente eu comecei a sentir um calor e aquela pegação toda foi me dando um negócio. Suas mãos agora estavam no meu peito e ele apertava com uma certa delicadeza no início e foi aumentando a pressão. Comecei a fazer carinho na sua virilha, por cima das roupas. Já estávamos assim nessa pegação há uns bons cinco minutos, quando eu abri o seu zíper e segurei em seu pau, que já estava duro. Minha intenção era no máximo tocar umazinha pra ele se aliviar e ficar mais calmo. Quando eu quis tirar pra fora, ele se afastou de mim e fechou o zíper da calça.

Regina - O que foi, Pedrinho? Não vai me dizer que você já estava quase gozan…

Pedrinho - Não, claro que não… É que aqui no quintal tem uma câmera que filma tudo…

Nessa hora, eu e o Pedrinho nos olhamos e tivemos a mesma idéia.

Pedrinho - Vamos terminar de lavar isso aqui e a gente vai lá ver o que a câmera filmou.

Regina - Por quê seu pai colocou essa câmera no quintal?

Pedrinho - Só eu e meu pai sabemos da câmera. Eu ajudei ele a instalar, porque ele estava desconfiado do Luís, que ficava fumando maconha aqui, e depois ficou desconfiado que a Joana pudesse estar fumando maconha aqui também.

Regina - Entendi. Vamos terminar logo então, que eu quero ver o que aconteceu…

Terminamos tudo em menos de dez minutos e fomos até o escritório dele. Pedrinho achou melhor a gente ver isso escondido, pra só depois tomar a decisão do que fazer. Eu concordei, afinal, a família é dele e eu estou aqui de curiosa e pra dar apoio moral a ele. Ligamos o computador, e ficamos de queixo caído, pois descobrimos que não só o quintal estava sendo vigiado, mas também outras áreas dentro da casa. Cozinha, sala e o quarto principal.

Pedrinho - Puta que pariu! Disso eu não sabia…

Regina - Pelo visto você ensinou ele direitinho como instalar a câmera e ele resolveu colocar essas outras.

Pedrinho - Ainda bem que ele não colocou câmera no meu quarto…

Regina - Ainda bem…

Eu então me lembrei de um pequeno fato que ocorreu na sala. Sabrina e Joana pegando nos meus seios e fiquei com muita vergonha. Eu tinha que ver e apagar isso, antes que o Pedrinho visse.

Pedrinho - Bem, vamos ver aqui… Pelo visto funciona em tempo real também…

Regina - Pedrinho, é impressão minha ou a sua tia está dando em cima do meu pai?

Pedrinho - Não sei! Eu te disse que ela é meio porraloka!

Regina - (Sim, eu percebi isso)…

Pedrinho - O que você disse?

Regina - Nada não…

Pedrinho - Vamos ver então a filmagem.

Regina - Bê, enquanto a gente volta a filmagem, por que você não pega um copo d'água pra mim?

Pedrinho - Eu pego, Bê… Fica de olho aí…

Assim que ele saiu, eu acessei as imagens da câmera da sala e fui procurar pela parte em que elas estavam me bulindo… Demorou um pouco, até eu entender o sistema, mas achei a parte e comecei a assistir, só que infelizmente eu meio que demorei a fazer todo esse processo e o Pedrinho voltou rápido com a água. Tentei tirar da imagem, mas não fui rápida o suficiente…

Pedrinho - Caralho!!!

Regina - Desculpa, Bê! Que vergonha!

Pedrinho - Hahahahaha eu disse que ela era porraloka.

Regina - Bê, apaga isso, por favor…

Pedrinho - Hummmmmm isso tá me dando um tesão…

Regina - Pedrinho, apaga esta porra agora!

Pedrinho - OK, eu apago… Fica tranquila!

Regina - Não quero nada meu gravado. Muita gente já deve ter visto meus peitos por aí…

Pedrinho - Pronto! Apagado… Toma aqui sua água…

Regina - Ai ai, Bê… Você é muito ingênuo…

Pedrinho - Porra, Regina! Mulher é foda…

Regina - Kkkkkkkkkk

Pedrinho - Eu devia era jogar essa água em você agora… Que safada!!!

Regina - Anda logo, e bota a filmagem.

Ficamos assistindo, até que chegamos no momento em que o pai e o avô do Pedrinho chegam no quintal. Ficamos ouvindo a conversa dos dois, de olhos arregalados até o momento da briga.

Pedrinho - Bê, não acredito no que o meu avô fez…

Regina - Se eu não visse, não acreditaria… Você acha que o seu avô e a sua mãe… transaram ou tiveram alguma coisa?

Pedrinho - Não sei, Bê… Minha mãe às vezes gosta de chamar a atenção e se veste de forma muito sensual. Será que eles dois...

Regina - E o seu avô é bem tarado. Eu já observei ele olhando pros meus peitos e tenho certeza que se eu tivesse olhos na nuca, teria percebido ele olhando pra minha bunda também.

Pedrinho - Cara, não sei o que fazer… Não sei se quero saber a verdade disso tudo…

Regina - E aquela história de filha perdida. Volta lá pra gente ver de novo.

Pedrinho - Tem isso ainda…

Voltamos ao trecho novamente e ouvimos a história…

Regina - Então, se eu entendi bem, seu avô paterno e sua avó materna, tiveram uma filha… Ela então é sua tia, irmã da sua mãe e irmã do seu pai. Que doideira!

Pedrinho - Meu avô passou dos limites… Vou lá na sala tirar isso a limpo agora.

Regina - Calma, Bê! Meu pai e Andréia estão lá! Não acha melhor resolver isso só em família!

Pedrinho - Vocês são minha família também! Meu sogro e sogra postiça. Um dia a gente vai se casar, não vai?

Regina - Pera aí, Pedrinho. Uma coisa de cada vez. Eu acho melhor eu sair com meu pai e Andréia pra você conversar com sua família. E ainda tem a sua mãe que nem está aqui pra poder se defender das acusações…

Ele ficou calado um tempo e concordou comigo. Se ele já estava triste por causa da avó e do pai, agora então, estava mais triste ainda. Dei um beijo em sua bochecha e fiquei fazendo carinho nele. Uma lágrima rolou pelo seu rosto e eu a lambi, como um gatinho lambe uma tigela de leite. Ele me olhou com um certo espanto e consegui arrancar um sorriso dele.

Fomos de mãos dadas até a sala, onde todos estavam apreensivos e meu pai tentando animar dizendo que já viu muitos casos assim acontecerem e até piores e a pessoa quando saiu do coma, acordou como se não tivesse acontecido nada…

Marcelo - Pois é, Dr. Armando, eu espero que meu filho sobreviva. Como o senhor deve saber, minha amada esposa faleceu a poucos dias atrás e eu não posso perder meu querido filho agora.

Puta que pariu… Que velho escroto… Isso não vai dar certo. Melhor eu pedir outro copo d'água pro Pedrinho…

Regina - Bê, você poderia me trazer um...

Marcelo - Meu filho é tudo pra mim, apesar de termos as nossas divergências…

Pedrinho - A divergência é o senhor comendo a minha mãe ou comendo a minha outra avó?

Agora fudeu!!!!