Capítulo 33
Fomos no carro dela, e durante o caminho ela dirigia com atenção, e eu apenas a observava, achando a coisa mais magnífica, tão linda na direção.
Volta e meia ela me olhava e dava um sorriso de canto, mas logo voltava sua atenção para frente. Não conversamos durante o trajeto de sua casa, mas estávamos em total sintonia sem dizer uma única palavra, apenas troca de olhares.
Entramos em seu apartamento e ficamos em pé paradas no meio da sala em silêncio. Eu estava tão feliz de está alí com ela, mas ao mesmo era estranho, mas um ''estranho'' bom sabe? Quando a coisa é tão boa, tão difícil e quando acontece, você não sabe bem como agir.
- Você está com muita fome? (Perguntou ela, um tanto sem jeito)
- Não, tô de boa, não se preocupa... (Respondi também sem jeito)
Silêncio novamente. Senti que ela estava tímida e eu não entendia o porquê, a gente já tinha uma certa intimidade, mas como eu disse, tudo com ela é diferente.
- Está tudo bem?(Perguntei confusa)
- Está sim... É que... (Hesitou em falar)
- Diga... (Falei me aproximando um pouco mais dela)
- A gente está aqui... Na minha casa, sozinhas... (Disse ela, parecendo escolher as palavras)
- Você quer dizer, estamos aqui tendo nosso primeiro encontro de verdade, não é mesmo? (Falei o que realmente estava pensando, a deixando um pouco vermelha nas bochechas de vergonha)
Ela sorriu sem jeito, e colocou as mãos no rosto, meio que cobrindo e depois tirou e disse:
- É... Isso mesmo.
- E não é bom? Ambas estamos solteiras, num encontro de verdade... (Observei)
- É ótimo, mas não sei como agir... (Confessou ela)
- Como assim? (Perguntei)
- Contigo... Não sei como agir... Parece bobo, eu sei! A gente já ficou antes, mas agora é diferente... Cê entende?(falou ela, toda nervosa e me deixando ainda mais apaixonada)
- Eu entendo... Também estou nervosa, se quer saber... Mas que tal começarmos assim, olha! (Falei e cheguei bem perto dela, com os corpos à centímetros um do outro)
Olhei no fundo de seus olhos e ela parecia hipnotizada me olhando, apenas observando meus gestos. Lentamente aproximei os lábios de sua bochecha e dei um leve beijo e depois fiz o mesmo com o outro lado.
- Prazer, me chamo Éllis... (Falei olhando em seus olhos)
Ela sorriu lindamente, e logo em seguida disse:
- Oi... Meu nome é Júlia...
Me deu um beijo na bochecha, assim como eu fiz antes, sem pressa, com intensidade e quando ela foi beijar o outro lado, eu virei o rosto, fazendo nossas bocas se encontrarem e ficamos nos encarando, descendo o olhar apenas para a boca uma da outra.
- Que desastrada eu sou... Quase te fiz beijar a minha boca...(falei baixinho, à centímetros dela e levemente tocando seus lábios com os meus)
- Verdade... isso é um perigo...(disse ela, sem se afastar nem um centímetro, também tocando levemente seus lábios nos meus)
- Ainda bem que somos solteiras e não teria problema se você beijasse minha boca, não é? (Provoquei)
- Uhum... Acho que minha boca está dando uma pequena câimbra... (Disse ela claramente flertando)
- Acho que posso ajudar...uma massagem com os lábios cura isso em segundos...(falei sem tirar os olhos dos dela)
- Então me ajude, Éllis... (Disse ela, sem desviar o olhar do meu)
Não falei mais nada, grudei nossos lábios completamente, num beijo lento com nossas bocas bem encaixadas, uma devorando a boca da outra. O beijo tinha gosto de liberdade e durou alguns segundos, até ela parar e dizer:
- Você nem me conhece e já sai me beijando, Éllis?! (Perguntou com as sobrancelhas arqueadas)
- ''Deve ser o péssimo hábito de quem não respeita o namoro dos outros''
(Disse uma voz atrás de nós, fazendo-nos virar bruscamente)
Júlia mudou de cor e a feição do rosto quando nos viramos e vimos Carla parada na porta, junto com seu amigo Juan. Ela estava numa cadeira de rodas e seu amigo ao lado, ambos nos olhando fixamente.
Júlia se afastou imediatamente de mim, totalmente confusa e surpresa; e fiquei mais surpresa ainda, talvez por me questionar de onde Carla surgiu, acho que Júlia deixou a porta só encostada.
- Carla, o que tá fazendo aqui?(perguntou Júlia, após o susto de ver sua ex)
- Pelo visto atrapalhando seu ''date''... -Me tira daqui Juan! (Disse ela, com o tom de voz bem chateado)
- Espera Carla! Não é o que tá pensando... Vamos conversar! (Falou Júlia, me surpreendendo)
Olhei para Júlia surpresa com sua atitude... O que será que ela estava querendo dizer com aquilo? Ela estava mesmo tentando se explicar para a ex dela? Isso me deixou preocupada, eu diria. Fiquei calada, observando as duas.
- Não é Júlia? (Perguntou Carla, com sarcasmo agora)
Ela direcionou seu olhar para mim nesse momento e com muita raiva, falou:
- Você comeu ela, não foi? Sua fdp maldita!
Júlia arregalou os olhos me olhando e ao mesmo tempo para Carla, sem saber o que fazer, eu apenas me mantive calada, pois eu sei que ela estava com raiva e dei um desconto, apesar de meu sangue ter fervido ao ouvir ela me xingar.
- Responde sua talarica maldita, você comeu ela não foi?!!(Berrou Carla, fazendo meu sangue ferver)
- Comi!! E daí?!(Falei impulsivamente, não consegui segurar as ofensas dela)
Júlia me olhou instantaneamente, reprovando minha atitude, mas eu não pude segurar, visto que Carla estava mesmo me provocando, e ainda que eu entendesse o lado dela, eu não tenho sangue de barata e acabei por explodir.
- Eu sabia, eu senti desde quando te vi! Eu vou acabar com você, vou matar você! (Gritou Carla, tentando se levantar da cadeira de rodas)
Juan a deteve, e Júlia foi para perto dela, passando por mim e me dando um olhar de reprovação. Eu senti um arrepio pelo o corpo inteiro com o seu olhar, senti uma angústia de repente... Fiquei observando Júlia ir até a Carla e segurar seus ombros, falando com carinho e calmamente.
- Cá... Tenha calma, não se levante, você vai se machucar, calma...(disse Júlia, com a mão no rosto de sua ex)
- Eu vou mostrar pra essa sapatão que se respeita o namoro das pessoas! (Disse ela, ignorando o pedido de Júlia)
- Quem desrespeitou o seu namoro foi você mesmo. (Falei imediatamente)
- Você não sabe de nada, não conhece nossa história, a gente se ama e você é só uma crise! (Gritou ela com raiva)
- Éllis, não diga nada tá bem? (Pediu Júlia, me olhando com desespero)
Eu fiquei sem reação... O que Júlia estava falando afinal? O que ela queria? Se explicando assim para sua ex... Ela tinha que ficar do meu lado, para início de conversa. Fiquei muda de repente, sem saber o que dizer ou fazer.
Nesse momento Juan disse:
- Vamos sair, elas precisam conversar... (Falou olhando para mim)
Eu olhei para Júlia esperando alguma atitude e me mantive firme alí, pois eu ficaria até que a própria Júlia me mandasse sair. Carla me xingava de todas as formas e certamente se pudesse andar normalmente, teria vindo para cima de mim. Até que Júlia veio até mim, e pediu:
- Vai... Por favor, eu preciso falar com ela.
- Júlia... Você não precisa explicar nada a ela, você é livre. (Falei)
- Preciso sim... Tô te pedindo, a gente se fala depois. (Insistiu ela, me deixando insegura)
Olhei para a Carla, que agora estava calada e com o semblante mais calmo e me dava um olhar de vitória. Voltei meu olhar novamente para Júlia e esta estava de cabeça baixa, talvez com medo de me encarar, o que me deixou pior, com um aperto no peito.
- Você tá mesmo me mandando embora, Júlia?(foi a única coisa que saiu da minha boca, eu nem sabia o que perguntar)
- É exatamente isso! (Respondeu Carla, antes de Júlia)
- Para com isso, Cá! (Júlia a repreendeu)
Ouvir o jeito carinhoso com o qual Júlia falava com ela me doía muito e senti mesmo que eu estava sobrando alí. Eu não consegui dizer nada, minhas pernas me guiaram até a porta, onde Juan estava e deu passagem para eu passar. Eu não olhei para trás, Júlia não me impediu e nem disse mais nada, eu só fui... Me sentindo totalmente inconveniente àquela situação, como se eu fosse mesmo uma intrusa na relação delas, alguém sem caráter que destruiu um grande amor entre um casal apaixonado.
''O que eu estava pensando?'' - perguntei-me, enquanto esperava um carro vir me buscar, o que aconteceu em 5 longos minutos.
No caminho pra casa eu só pensava no quanto fui destratada naquela situação e eu senti decepção por Júlia e por mim mesmo, mas me serviu para abrir os olhos e não ficar a disposição de Júlia sempre que ela quer.
Ao chegar em casa, dei de cara com Rebecca, que estava lá junto com o Lipe, eles são mais amigos do que pensei, acabaram se tornando, de tantas as vezes que saíram juntos da minha casa sempre que ele vinha se encontrar com o Bruno e eu ficava com ela. Lipe e Bruno estavam ao seu lado; eles conversavam animadamente quando cheguei.
- Boa tarde! (Eu disse, assim que entrei)
- Boa tarde! (responderam em uníssono)
- Oi... (Falei para Rebecca)
Ela se levantou e veio até mim, me dando um abraço carinhoso, o qual eu correspondi de bom grado; acho que era isso mesmo o que eu estava precisando: de um abraço carinhoso.
Fiquei abraçada a ela por quase 3 minutos, como se não fosse soltar mais; eu estava bem chateada com tudo e o Bruno percebeu, me dando apenas um olhar confuso.
Quando soltei de Rebecca, ela me olhou nos olhos, mas evitei seu olhar, o que foi inútil, pois ela segurou em meu rosto e levemente o virou para si.
- Você está triste? (Perguntou ela)
- Não, pq ?(tentei disfarçar)
- Jura?(Insistiu ela)
- Não preciso jurar, Becca... Acredite em mim. (Falei e dei um sorriso fraco)
Ela continuou me encarando com o olhar interrogativo, mas acabou por me fazer sorrir de duas expressões faciais.
- Que bom que te divirto...(disse ela com ironia)
- Ah pára né... Sorri pq vc tá fazendo uma cara engraçada...boba! (Respondi ainda sorrindo)
Ela revirou os olhos e me arrancou mais um sorriso, mas logo parei, pq não queria ofende-la, ela estava sendo muito legal comigo.
- Cê veio me ver? (Perguntei, mudando o assunto)
- Olha só, que convencida...(disse ela, com as sombrancelhas arqueadas)
- kkkk oxi, eu não sou convencida, apenas deduzi que só ''tem eu'' pra você aqui kkk (respondi com bom humor)
- Oxente! E eu ''tô pôde'' é?! (Comentou Bruno, em falso tom de ofendido)
Todos sorrimos de Bruno, até que Briana sai do quarto e aparece na sala, junto com uma amiga.
- Eu quero sorrir também!! (Disse ela)
Rebecca olhou para ela e pude perceber que ela ainda não conhecia a Bri, pois talvez não fizesse muito tempo que ela e Lipe chegaram.
- Até que enfim saiu desse quarto irmã! O Lipe tava quase indo te buscar! (Disse Bruno)
Briana sorriu largo e se jogou nos braços de Lipe, sentando em seu colo e caindo de beijos em seu rosto. Os dois haviam se tornado amigos e ela gostava muito dele e ele dela.
Rebecca e eu estávamos ainda perto uma da outra, observando a cena dos dois se ''agarrando'', enquanto Bruno e a amiga de Briana sorriam. Ao se ''soltar'' de Lipe, Briana olha em direção à mim e depois Rebecca e diz:
- E você, quem é?
- Esta é a Rebecca, namo...quer dizer, ami... Ah, ela é nossa amiga, minha, do Lipe, da Éllis... (Disse Bruno, se atrapalhando todo)
- Olá, tudo bem? (Disse Rebecca, timidamente estendendo a mão para a Bri)
Briana por sua vez, veio até Rebecca e apertou sua mão, se apresentando e em seguida olhou para mim e falou:
- A concorrência é grande hein, Éllis?!(falou e nem me deixou retrucar nada, já foi dando as costas)
Rebecca não tinha entendido, as vezes ela era bem lerda, mas eu achava fofo rsrs
Bruno apenas revirou os olhos para sua irmã e eu acabei sorrindo. Me sentei ao lado de Rebecca e ficamos conversando.
Enquanto Rebecca e eu conversávamos, Briana dava umas olhadas para nós, chamando a atenção de Rebecca.
- Você já ficou com a irmã de Bruno? (Perguntou-me)
Eu dei uma pequena engasgada, tossindo algumas vezes, e por fim respondi:
- Já rolou uma vez... (Falei sem graça)
- Certeza que acabou? Pq parece que ela vai arrancar você de perto de mim à qualquer momento! (Retrucou Rebecca)
Olhei para a Briana e ela me encarava, mas logo desviou o olhar.
- É coisa da sua cabeça! (Sorri fraco)
Becca me olhou com os olhos semicerrados, balançando a cabeça negativamente.
Ficamos em silêncio por uns instantes, até ela me olhar profundamente nos olhos, e perguntar:
- E aquela outra garota? Júlia, se não me engano...
- O que tem ela?(perguntei)
- Ah, você sabe... Vocês se acertaram? (Perguntou ela)
Fiquei surpresa com a pergunta dela, pois para mim ela não sabia sobre a Júlia, e pelo visto me enganei feio.
- Ela tem namorada, Becca. (Respondi)
- Não foi isso que perguntei, Éllis.
- Ah, cê veio aqui me ver ou falar de outra pessoa? (Tentei mudar o rumo da conversa)
- As duas coisas...
- Como assim? (Perguntei confusa)
- Vim te ver, mas não pude deixar de notar os olhares que vocês davam uma para outra e fiquei preocupada, pois recentemente eu soube que a namorada dela não é ''flor que se cheire''.
Fiquei curiosa em saber como Rebecca teve informações sobre Carla.
- Você conhece ela de onde?(perguntei)
- Não conheço ela, mas uma amiga em comum sim, e ela me falou umas coisas dela...
- Que coisas?? (Perguntei curiosa)
- Que ela é muito possessiva, e que seria capaz de matar quem entrasse em seu caminho. (Disse Rebecca, seriamente)
Fiquei assustada com as palavras de Becca, pois ela estava tão séria e preocupada, que acabou me fazendo arrepiar na ''espinha''.
- Eu agradeço sua preocupação, mas não há nada com o quê se preocupar... (Tentei passar calma)
- Não precisa me esconder que sente algo pela a tal da Júlia, tá bem? - Só prometa que vai se cuidar e se essa garota sente o mesmo por vc, que ela termine com a namorada dela primeiro e não te ponha em uma situação comprometedora, ok?
Rebecca parecia muito preocupada e estava sendo sincera, eu fiquei completamente sem graça por ela saber que gosto da Júlia e me senti uma babaca, pq sei que ela gosta de mim e mesmo assim ela estava alí preocupada com a possibilidade da Carla querer se vingar por eu gostar da namorada dela. Seria tão fácil se eu gostasse da Rebecca do jeito que ela gosta de mim, mas a gente não escolhe a quem amar, infelizmente.
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A Tarde passou bem agradável com todos alí, Becca, Lipe, Bruno e até mesmo com a louquinha da Briana, que logo tratou de comprar umas bebidas pelo aplicativo, e claro que todo mundo adorou.Teve um certo momento que meu celular vibrou, olhei e tinha uma mensagem no WhatsApp de Júlia. Meu coração deu um pulo de repente, acelerando as batidas, fiquei louca para entrar no aplicativo e ver o que ela queria, mas eu estava muito chateada ainda e apenas li pela barra de notificação.
''OI... TÁ EM CASA? PRECISO FALAR COM VOCÊ.''
Fiquei lendo e relendo essa mensagem por alguns minutos, mas não tive coragem de abrir e responder, apenas coloquei o celular em cima da mesinha de centro. Lipe e Bruno estavam bem altinhos já, dançando e se divertindo muito, o que se podia ver de longe.
Becca estava quietinha ao meu lado, a gente se dava bem, a conversa fluía entre a gente, não era só pegação.
Rebecca me disse que havia conhecido alguém pelo aplicativo de namoro, e que estavam se conhecendo melhor. Eu fiquei feliz por ela, mas não surpresa, visto que ela é muito linda e gente boa... Teve certos momentos que fiquei pensativa, mas ela logo me trazia a realidade e fomos até dançar.
- Você continua uma ''pé de valsa''! (Disse Becca, me elogiando por dançar bem)
- Aaah kkk que isso, você que me ensinou! (Devolvi o elogio)
- Hmmm e continua galanteadora também...(disse ela, me fazendo sorrir)
Eu não falei nada sobre seu comentário, apenas sorri e continuamos dançando um forrozinho bom. Eu não tinha intenção de ficar com Rebecca, estávamos apenas nos divertindo de boa, mas se rolasse, eu deixaria.
- E cadê a sortuda que você está conhecendo melhor? (Perguntei)
- Hahaha sortuda é? Bom, ela deve tá trabalhando, na verdade ficamos de nos falar mais tarde...
- Espero que ela não te faça sofrer, senão vai se ver comigo!(falei brincando, mas com uma pontinha de verdade, pois Rebecca é importante na minha vida)
Ela gargalhou, me deixando sem graça.
- O quê?!(perguntei)
- É que achei engraçado você querer acertar as contas com alguém que me fez sofrer... (Respondeu)
- E pq é engraçado? (Perguntei confusa)
- Você já me fez sofrer tantas vezes...(respondeu ela, dessa vez me fazendo olhar em seus olhos)
Eu me senti mal com aquela frase e a expressão em seu lindo rosto. Eu sentia muito por ter feito ela sofrer, e eu sabia exatamente do que ela estava falando. Fiquei pensando em como essa garota era incrível! Gostava de mim, eu nunca quis algo sério, fiquei várias vezes com outras garotas, a magoando e mesmo assim ela estava alí comigo, me colocando para cima, se preocupando comigo. Eu definitivamente não a merecia!
- Becca, eu...
- Tudo bem, eu sei... (Disse ela, me interrompendo)
Ficamos nos olhando por alguns segundos e eu vi em seus olhos que ela não guardava mágoa alguma e que sentia muito carinho por mim. A abracei forte, e ela correspondeu me abraçando tão forte quanto. Eu estava ferida por causa de Júlia e Becca sem saber estava me consolando com todo aquele carinho e atenção.
Quando paramos de nos abraçar, olhei ao redor procurando Bruno e Lipe, pois estava ''calmo'' demais e então vi Bruno parado perto da porta conversando com alguém que acabara de chegar e que não consegui indentificar imediatamente, pois Bruno é grande, e estava na frente da pessoa, mas ao ficar de lado eu pude ver que se tratava de Júlia, o que fez meu coração quase sair pela boca.
Continua.