ENTRE GATOS E ORQUÍDEAS

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2573 palavras
Data: 06/11/2020 22:39:34

A vida de Paula podia ser resumida em poucas palavras; atingindo a casa dos quarenta e cinco anos, além do doutorado em física quântica, seu tempo dividia-se entre os dois gatos e o cultivo de orquídeas; e quando dizia respeito à sua vida sexual, bastavam duas palavras: insossa e desanimadora! Aventurou-se com alguns homens, é verdade, mas, na maioria das vezes, bastava apenas um encontro para que a aventura naufragasse; sempre havia a promessa de um contato, uma ligação, uma mensagem …, porém, isso não se concretizava.

De início, ela se frustrava demais com esse abandono afetivo, deixando-a com o emocional abalado, sem falar em sua feminilidade que descia ladeira abaixo. Olhava-se no espelho, procurando algum defeito estético que fizesse com que os homens jamais tornassem a procurá-la uma segunda vez, não encontrando nada que justificasse o tratamento recebido. Com o passar dos anos, Paula acabou por se acostumar com isso, direcionando sua energia para os estudos, seus gatos e as orquídeas que tanto adorava.

Todavia, sua vida estava prestes e tomar um novo rumo …, um rumo surpreendente e alucinante. E tudo aconteceu de uma maneira frenética; estava ela saindo de uma palestra proferida por um cientista estrangeiro que fora convidado pela universidade, quando percebeu que chovia com certa intensidade, lembrando-lhe de que seu carro estava estacionado a uma considerável distância. Ela não trouxera capa ou guarda-chuva, deduzindo que tinha que arriscar-se no aguaceiro até o veículo.

E mal tencionou correr, saltando da calçada para a rua e cobrindo a cabeça com sua bolsa, quando ouviu o som de pneus freando abruptamente; o choque com o veículo fez com que ela caísse sobre o asfalto, sentindo-se atordoada pela colisão. O condutor, sem perda de tempo, saiu do interior do veículo acorrendo-a com enorme preocupação. Ele ajudou Paula a levantar-se, desculpando-se pelo acontecido e insistindo em levá-la a um hospital ou pronto-socorro.

Paula, um tanto aturdida, recusou-se a ir, afirmando que estava se sentindo bem; e mesmo com as palavras do seu interlocutor ecoando em sua mente, ela viu tudo escurecer e seus sentidos desaparecerem. Quando voltou a si, viu-se em uma cama de hospital, com a agulha de um cateter espetada em seu braço e um medidor digital no dedo indicador.

Ao lado da cama, um rapaz estava sentado com o rosto pousado entre as mãos com os cotovelos apoiados sobre os joelhos, parecendo cochilar. Ao tentar se mover, Paula sentiu pontadas na cabeça, resmungando baixinho pelo incômodo. O rapaz, então, levantou o rosto e olhou para ela sorrindo com uma expressão aliviada.

-Puxa! Que bom! Você acordou! – disse ele em um tom baixo de voz – Estava muito preocupado com seu estado …

-Espere um pouco! …, quem é você? …, onde eu estou? – interrompeu ela, com a voz fraca e entrecortada.

-Meu nome é Márcio e você está em um hospital – ele respondeu, aproximando-se da cama – Você foi abalroada pelo meu carro quando pôs-se a correr pela rua …, não se lembra disso?

Aos poucos, Paula lembrou-se da cena, mas o que se sucedera a seguir era um enorme vazio. O rapaz, com uma expressão de alívio apresentou-se com mais formalidade e, novamente, pediu-lhe desculpas pelo incidente; explicou ainda que como ela perdera os sentidos, ele se incumbiu de trazê-la ao centro médico, aguardando seu restabelecimento. Pouco depois, um médico, acompanhado de uma enfermeira entraram no quarto, procedendo a um exame detalhado do estado geral de Paula.

Ela foi informada que os exames não indicaram sequelas mais graves, mas que, ainda assim, ela permaneceria em observação até o dia seguinte; ela se desesperou por seus animaizinhos de estimação, lastimando sua impossibilidade de cuidar deles. Prontamente, Márcio ofereceu-se para ir até a casa dela e providenciar os cuidados necessários; mesmo hesitante, ela acabou aceitando, indicando seu endereço. Antes de sair, Márcio assegurou que retornaria assim que possível.

Vencida pelo cansaço e também pelos medicamentos, Paula adormeceu, acordando apenas no dia seguinte, quando outro médico veio vê-la; considerou-a em bom estado e assinou sua alta; notando que Márcio não retornara, inúmeros pensamentos ruins tomaram posse de sua mente, até que ele surgiu na porta, sorridente e tendo nas mãos um botão de rosa vermelha.

-Seus bichinhos estão bem cuidados – disse ele, estendendo a rosa para ela – Agora, espero você se vestir e te levo pra sua casa!

Daquele dia em diante Márcio passou a comungar da companhia de Paula, que mesmo resistindo a sua aproximação, não podia negar sentir uma certa atração; embora fosse ele muito jovem, Márcio tinha o comportamento de um homem sério e equilibrado, bem diferente de rapazes de sua idade. Além do mais, além de meigo e carinhoso, ele tinha um comportamento insinuante e sensual.

O primeiro convite foi para jantar, e Paula resistiu ainda mais, já que receava frequentar um lugar público com alguém bem mais jovem que ela, temendo fazer papel de “papa anjo”; todavia, sua relutância desfez-se no instante em que Márcio a enlaçou carinhosamente e disse em seu ouvido:

-Tudo bem …, se você não for, eu também não vou …, mas, ainda assim, vamos jantar aqui mesmo no seu apartamento …, eu não quero perder a oportunidade de desfrutar da sua companhia!

E depois desse primeiro jantar, outros vieram, assim como cinemas, teatros e shows; em todos eles, Márcio sempre estava a segurar a mão de Paula, fazendo com que ela se sentisse segura ao seu lado. Não demorou para que ele roubasse seu primeiro beijo; e foi algo tão arrebatador, que Paula sentiu medo …, medo de perder Márcio.

Uma noite, voltavam de um recital, quando foram surpreendidos por uma chuva grossa e pesada, que impôs a eles procurar por um abrigo. Agarrados sob uma marquise, viram-se com olhares sedentos e mãos abusadas. E quando a chuva diminuiu de intensidade, correram para o carro e depois para a cama. Márcio fez questão de desnudar a parceira, detendo-se em cada detalhe de seu corpo, saboreando aquela mulher madura e mesmo assim, ainda dotada de alguma inocência.

Fez com que ela se deitasse e a seguir, presentou-a com um striptease sensual; Paula ficou alarmada e excitada com a beleza máscula e viril do rapaz, cujo corpo bem cuidado, ostentava, além de um peito largo e braços musculosos, um apêndice de dimensões enlouquecedoras, exibindo uma rigidez inquietante. Sem perda de tempo, Márcio atirou-se entre as pernas de Paula, abrindo-as com delicadeza, antes de mergulhar seu rosto entre elas, permitindo que sua língua saboreasse a vagina lisa polpuda da parceira.

Paula nunca sentira a língua de um macho lambendo e sugando sua vagina, e ao experimentar a sensação de ver-se a mercê da boca ávida do macho, os primeiros orgasmos foram algo inesquecível, que a fez não apenas gemer e suspirar, mas também choramingar de felicidade; ela, então, abriu-se ainda mais, erguendo o torso a fim de apreciar a visão de um homem entre suas pernas.

Márcio perdurou naquela carícia íntima, e vez por outra, erguia o rosto, e sorrindo, apreciava a felicidade estampada no rosto de Paula. O rapaz mostrou-se incansável em proporcionar infindáveis ondas de prazer que Paula jamais tivera a oportunidade de usufruir com qualquer outro homem. E somente depois de algum tempo, Márcio subiu sobre ela procurando sua boca para selar mais beijos.

Ele, então, deitou-se ao lado dela, pedindo que ela o tocasse para sentir o quanto ele a desejava; com um temor quase juvenil, ela segurou o membro do parceiro, examinando detidamente as dimensões daquele instrumento viril de uma rigidez impressionante.

-Me chupa, meu amor – pediu ele em tom singelo com um olhar doce – Quero sentir sua boca me mamando!

-Claro …, sim …, mas, você me perdoa se eu te pedir para me ensinar? – respondeu ela com tom hesitante.

-Você nunca fez isso antes – ele perguntou com tom surpreso, mas com uma expressão feliz – Quer dizer que serei seu primeiro?

Paula acenou afirmativamente, deixando seu parceiro ainda mais sorridente; Márcio explicou a ela como fazer, evitando detalhismos desnecessários, e rodeis inúteis. Paula curvou-se sobre o corpo dele e, de modo tímido, começou a lamber a glande, causando uma imediata reação de prazer em Márcio que gemeu e acariciou seus cabelos. Aos poucos, Paula viu-se mais liberta, lambendo o membro desde a glande até a base e depois retornando, fazendo isso várias vezes.

Em dado momento, ela envolveu a glande entre seus lábios e apertou-a com cuidado, provocando um espasmo em Márcio que gemeu alucinado; seguindo em frente, Paula deixou sua boca ser invadida pelo membro, enquanto acariciava as bolas inchadas do parceiro. Márcio, ainda com gentileza, segurou sua cabeça, ora puxando, ora empurrando a fim de ilustrar o que ela deveria fazer.

Paula não demorou a demonstrar desenvoltura, mamando avidamente o membro do parceiro, que reagia de modo voluptuoso, gemendo e suspirando cada vez que seu membro era engolido e depois cuspido, para então, ser novamente agasalhado pela parceira. Aquela sessão de sexo oral em descoberta prolongou-se por muito tempo, sem que ambos tivessem noção de tempo, dada a sensação de prazer que ambos usufruíam.

Márcio, ainda com gentileza usual, fez Paula interromper o que fazia, permitindo que ele subisse sobre ela, preparando-se para penetrá-la, o que o fez exímio desempenho; ao sentir o membro preenchendo sua gruta, encaixando-se com uma perfeição, Paula não se conteve em soltar um longo gemido, denunciando a sensação de plenitude a que seu corpo era submetido naquele momento.

E quando o rapaz começou a movimentar sua pélvis, fazendo com que o membro entrasse e saísse da vagina de Paula, sempre com movimentos cadenciados, mais uma vez, ela experimentou um torvelinho de prazer indescritível; o movimento do membro, entrando e saindo, lhe propiciava uma enlevação suspirante que nenhum outro homem fora capaz de oferecer a ela, e que Márcio não só lhe concedia entre sorrisos e beijos, como demonstrava um carinho que tornava o sexo ainda mais apetitoso e envolvente.

Não houve demora para que Paula fosse submetida a uma nova onda de orgasmos, cuja intensidade não podia ser dimensionada, já que ela parecia perder os sentidos, deixando-se levar por uma inexplicável, mas profunda, sensação de prazer; era como se cada orgasmo a fizesse ir e retornar do paraíso, onde seus sentidos ampliavam-se de tal modo, que ela tinha a impressão de sair de seu corpo, retornando apenas para receber o impacto viril de seu parceiro que a projetasse de volta para o mesmo lugar.

Decorrido mais algum tempo, Márcio anunciou que seu gozo sobrevinha, perguntando para Paula se ela lhe permitia que ele ejaculasse dentro dela. Aquela pergunta deixou-a ainda mais arrebatada, não apenas por sua sutileza elegante, como também pelo modo como o rapaz tratava da integridade emocional da parceira.

-Sim …, sim, meu amor …, goza dentro de mim – ela balbuciou, com voz embargada e tom exasperado – Faz de mim, uma mulher plena, por favor!!!!

Imediatamente, Márcio acelerou os movimentos, até que uma forte contração muscular aconteceu, trazendo consigo o gozo fluido e veemente que inundou o interior de Paula, que reagiu com gemidos descontrolados, enquanto a onda de esperma quente produzia nela mais orgasmos. Por fim, Márcio fraquejou, cedendo seu corpo sobre o de sua parceira, respirando com alguma dificuldade, mas, mesmo assim, procurando sua boca para alimentar-se de seus beijos.

Após um merecido descanso, no qual o rapaz providenciou água para ambos, Paula lhe confidenciou a sensação que experimentara, confessando que fora a primeira vez em sua vida que se sentia uma mulher plena. Sorridente, Márcio a beijou várias e várias vezes; e após tanto carinho, ela sentiu que o membro de seu parceiro renascia das cinzas. Desta vez, ele a convidou para uma posição diferente, em que Paula ficaria sobre ele, como uma amazona sobre sua montaria.

Como nunca tivera a oportunidade de experimentar tal posição, Paula aquiesceu, novamente pedindo a ele que a ensinasse como fazer; aquela doce inexperiência de Paula, deixava Márcio ainda mais envolvido com Paula, já que, para ele, ensinar uma mulher madura a conhecer o melhor do sexo a dois era uma realização deliciosamente incomum. Paula subiu sobre ele, e sob sua orientação, desceu em direção ao mastro já rijo em toda a sua plenitude. A medida em que via-se, mais uma vez, recebendo dentro de si a virilidade do parceiro, Paula foi tomada por imensa sensação de posse e ao mesmo tempo de domínio.

E no instante em que seu parceiro a orientou a movimentar-se subindo de descendo sobre ele, essa sensação tornou-se concreta, proporcionando a ambos uma unicidade contundente, como se eles fossem apenas um ser em perfeita harmonia entre si e com o universo. Paula viu-se enlevada por mais orgasmos potentes que varriam seu corpo em ondas, impondo-lhe uma vontade incontrolável de gritar, de gemer e de suspirar.

Márcio deliciava-se com a visão de sua parceira, especialmente ao seu busto, cujos mamilos intumescidos eram um convite devasso para sua boca gulosa; erguendo-se sobre a cama, ele segurou os peitos da fêmea e saboreou aquelas coisinhas suculentas que ora eram lambidas, ora sugadas, ora beijadas.

O clima de cumplicidade devassa seguiu seu curso, até o momento em que, mais uma vez, o rapaz descarregou seu sêmen no interior da parceira que, por sua vez, recebeu a onda que veio acompanhada de mais prazer. E quando tudo parecia ter chegado ao fim, Paula permaneceu sobre ele, contraindo, involuntariamente, seus músculos vaginas, gerando uma sensação inédita em Márcio que gemeu longamente dizendo-se pertencer a ela por completo.

Após um breve descanso, Paula surpreendeu-se ao ver que a insensatez viril do parceiro mostrava novos sinais de renascimento, clamando por mais prazer; com sua delicadeza envolvente, ele fez com que Paula lhe desse as costas, permitindo que ele colasse seu corpo ao dela, esfregando seu instrumento enrijecido nas carnes quentes de suas nádegas; pediu a ela que flexionasse uma das pernas, deixando o vale entre elas a mostra. Com os dedos molhados de saliva, ele azeitou o pequeno orifício, denunciando sua intenção.

Mesmo sem experiência, Paula deixou-se levar pela impetuosidade do parceiro, e sentiu arrepios percorrerem sua pele quando ele esfregou a glande na região; só primeiro golpe, ela sentiu uma dor incômoda, mas a ânsia pelo desconhecido fê-la entregar-se ao que estava por vir. Quando viu-se preenchida pelo membro, ela procurou relaxar; e mesmo quando vieram os primeiros golpes, os dedos do parceiro, tocando sua vulva, proporcionaram uma sensação de prazer renovado que ampliou-se quando os movimentos tornaram-se mais veementes.

E, por fim, o gozo sobreveio para ambos ao mesmo tempo; Paula viu-se sob os efeitos de um transe tão inexplicavelmente saboroso, que nem mesmo a dor ainda persistente era capaz de suprimi-lo. Com o membro de Márcio murchando dentro de si, Paula aninhou-se ainda mais a ele, sentindo seu braço envolvê-la carinhosamente. Adormeceram …

Pela manhã, ao acordar, Paula viu-se exatamente como adormecera nos braços de Márcio; um de seus bichanos surgiu próximo da cama, olhando para ela e cheirando os dedos de sua mão pendendo para fora da cama. Paula sorriu para ele e voltou a dormir.

Quando acordou, viu em sobressalto, percebendo-se só sob a cama; um desespero tomou conta de sua alma, revivendo um filme cujo desfecho ela já conhecia muito bem. Todavia, o surgimento de Márcio, trazendo nas mãos uma bandeja com café da manhã fez todo o desespero sumir como fumaça. Sentaram-se na cama e Márcio fez questão de servi-la, mostrando, orgulhoso os quitutes que trouxera. Mais uma vez os gatos apareceram e puseram-se a olhar para ela. “Pois é, meus queridos …, agora minha vida não são apenas vocês e orquídeas …, tenho algo mais para me tornar feliz!”, pensou ela, enquanto mordia uma torrada.


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Comentários

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Uauuuu ! Delícia de relato, espero a continuação ! Nota 10 e três merecidas estrelas. ( )

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