Parte 1 – Cheiinha de Amor – Narrado por Patrícia
Olha o que o Amor Me Faz (Sandy e Junior)
Meu coração
Bate ligeiramente apertado
Ligeiramente machucado
Caiu tão fundo nessa emoção
Primeira vez
Que o amor bateu de frente comigo
Antes era só um amigo
Agora mudou tudo de vez
Será que você sente tudo o que eu sinto por você
Será que é amor
Tá tão difícil de esconder
Oh, oh, olha o que o amor te faz
Te deixa sem saber como agir
Oh, oh, quando ele te pegar
Não tem pra onde você fugir
Oh, oh, olha o que o amor me faz
Fiquei tão boba, fiquei assim
Oh, oh, nada será capaz
De apagar esse amor em mim
/ minha história começará a ser narrada. Sou Patrícia Auzier Gomes, sou uma mocinha não convencional, pois estou e muito acima do peso, tenho 20, minha a pele é branquinha, olhos cor de mel, tenho 1,70, 73 kl, sou cheiinha, tenho cabelos aloirados e sempre falam que eu tenho o rosto lindo, mas não me sinto nenhum pouco bela na frente de minha irmã mais velha Taíssa, que é morena, alta e esguia.
Todos já sabem que eu sou a melhor amiga do Danilo. Eu e ele já seguramos muito a barra um do outro. Ele é minha paixão de vida, não em termos sexuais, mas de amizade e companheirismo. Sou romântica, meio palhaça e faço o curso de psicologia. Tenho uma paixão secreta por meu outro melhor amigo. Matheus é meu príncipe e eu vivo suspirando por ele, mas o problema é que ele sonha com minha irmã. Bem, vamos à história?
Depois do trote sofrido pelo irmão do Wander, Danilo disse que já havia desconfiado do meu interesse por Matheus, isso por que eu comecei a elogiar sua coragem e ousadia por sair em defesa do Danilo. Ele começou a me pressionar pra saber se eu era apaixonada pelo Matheus. É claro que eu comecei a negar tudo e ele parecia não acreditar, querendo que eu confessasse.
“Não fala bobagem Danilo. Eu não gosto dessas brincadeiras. O Matheus é só meu amigo, tanto quanto você”.
“Haahahhahahaaha! Acontece que eu sou gay e o Matheus é hétero. Há uma enorme diferença entre nós”.
“Quer dizer que uma garota não pode ser amiga de um rapaz hétero? Isso é preconceito. É heterofobia”.
“Haahahahhahahahaha! Heterofobia, essa é boa Pati. Só acho que vocês dois foram feitos um para o outro e estão perdendo tempo. O Matheus apesar daquele jeito de Nerd deve ser um bofe de pegada, vai por mim, se você perder a virgindade com ele vai ser tudo de bom. Já viu o pacotão dele?”.
“Vai pro inferno Danilo. Odeio essas brincadeiras. O Theus é só meu amigo”. Eu falava com fúria.
“Theus é? Uhm! Vai por mim Patrícia. O gordinho é macho pra caramba. Por isso, para de frescura e corre atrás do meu amigo bofe. Você sabe que ele é lindo e com certeza tem muita mulher afim dele. Eu sei que ele pegou a Vanessa. Ela mesma saiu espalhando que ele é tudo de bom na cama. Sabe como é, propaganda de mulher atiça a curiosidade das outras.”.
“E quem ainda não pegou a Vanessa aqui no campus?”.
“Eu não peguei. Isso eu te garanto. Hahahahahahhahahha”.
Ela continuou “E outra coisa, eu não sou você, que sai pegando geral, ainda mais que ele é meu amigo. E se você falar essas bobagens pra ele eu fico de mal contigo, tô te avisando Dani, eu fico de mal. Agora tchau que essa conversa já deu”.
Eu saí p. da vida e ele na maior cara de pau ficou rindo e paquerando uns gatinhos que passavam, mas a verdade é que ele tinha razão, eu arrastava um bonde pelo Matheus, nosso melhor amigo, que não enxergava meus sentimentos e eu morria de medo de perdê-lo de vez.
Na saída ele se encontrou comigo “Pati você vai de ônibus pra casa hoje? Você não vai com o Danilo?”.
“Não vou com ele. O Dani me irritou muito hoje. Falou um monte de besteiras pra mim, por isso vou de ônibus”.
“Mas o que ele te falou de tão grave?”. Ele sempre defendia o Danilo e era sempre mais compreensivo que eu.
Eu fiquei toda errada, com muito medo que ele sacasse e falei “Nada de mais. Ele pensa que eu estou afim de um carinha aí e foi me dar maus conselhos, por isso tô com raiva”.
“O Danilo dando maus conselhos pra alguém, principalmente pra você? Estranho isso! Bem, eu te deixo em casa e não aceito não como resposta, afinal, você é minha maninha”. “Ai, que ódio”, pensei.
Ele tem um carro maneiro. O pai de Matheus tem uma imobiliária. Meu amigo é finalista do curso engenharia civil e trabalha com o pai dele. Ele me levou pra casa e foi inevitável ficar olhando seu volume, já que o traste do Danilo fez emergir minha curiosidade. Percebi um volume muito bom e eu comecei a ficar nervosa. Ele começou a falar muito e eu só ouvia, já fantasiando perder minha virgindade com ele. “Droga, isso não pode está acontecendo”.
Tenho que apresentar Matheus: ele faz um estilo grandão, tem 23 anos de idade e cerca de 1,85. Uns 95 kl, peludinho. Pele clara. Cabelos cheios, lisos e volumosos. Olhos cor de mel e um rosto muito bonito. É um ursinho hétero, como dizem por aí. Ele anda meio largadão e usa óculos, sempre usa barba por fazer. Pra mim ele é e sempre foi um rapaz lindo e fizemos amizade com o Danilo desde o ensino médio. Foi Danilo que nos apresentou. Eu, Dani e ele formamos um trio inseparável, talvez por termos sofrido muito preconceito e termos desenvolvido uma grande afinidade.
Ao chegarmos em casa ele percebeu meu silêncio “Poxa Pati eu estou aqui falando sozinho. Pelo visto você está realmente apaixonada por esse cara”. Eu só respondi “Tenho que entrar Matheus e.. Obrigada por ter me trazido”. Eu estava nervosa com a situação. Parece que veio à tona minha paixão pelo meu melhor amigo.
Minha irmã classuda chegou e ele se derreteu todinho e começou a gaguejar “oooi, Taíssa tudo bem?”.
Ela como sempre esnobe deu apenas um aceno com a mão e eu dei um beijo no rosto do Matheus e saí do carro, indo tirar satisfação com minha irmã “Peraí 'miss simpatia'. Custa você ao menos responder o cumprimento do meu amigo?”.
“Na boa irmãzinha, não tenho tempo pra dar atenção pra nerds gordinhos não. Tô de olho num carinha top, ele estuda na mesma faculdade que você. O nome dele é Cristian. Ele é um gato e é amigo do meu ex. Como o desgraçado do meu ex me dispensou, ficarei com o melhor amigo dele”.
“Mana, por que você fica sempre com esses caras que não tem conteúdo? Só por que os caras são malhados e ricos?”.
“Exatamente minha florzinha. Quero um homem rico, poderoso e bonito. Ou você acha que eu não tenho condições? Aliás, ele vem aqui hoje. Veja se não dá nenhum vexame falando sobre estudo e intelectualidade, isso é muito chato”. Ela falava fazendo cara de entojada.
“Bom proveito então maninha. Falando nisso, tenho muito que estudar por isso irei poupar vocês da minha presença”. Balancei a cabeça e fui pro meu quarto.
Minha irmã era assim, queria um embrulho bonito e valioso financeiramente, sem importar-se com o conteúdo. Éramos muito diferentes, embora eu não fosse uma militante como o Danilo, tinha minhas convicções feministas e políticas. Não tinha como não sermos comparadas: ela era a moça linda e popular; eu era a garota estudiosa e inteligente. Até aquele momento não chegávamos a ser rivais, mas isso iria mudar radicalmente.
A noite o tal bonitão chegou e eu preferi não sair do quarto, mas minha mãe me deu uma bronca “Patrícia teu pai está chamando. Ele quer todo mundo junto para o jantar”.
“Mãe eu estou muito ocupada, estou fazendo uns trabalhos, depois eu faço um lanche rápido”. Na verdade queria evitar ir pra lá e ter que aturar um filhinho de papai esnobe.
“Quer dizer que você resolveu fazer regime de última hora minha filha? Deveria ter pensando nisso há tempos atrás, agora está cada vez mais difícil você emagrecer”.
“É exatamente por isso que eu não quero descer. Pra vocês não ficarem me comparando com a Taíssa. A gordinha inteligente e a outra é linda! Ah, isso me cansa”. Falei chateada.
“Minha filha, parece que sua irmã está realmente interessada nesse rapaz, por isso teu pai quer a presença de todos. Ele é de boa família, é rico e está na hora de tua irmã começar a dar um rumo na vida dela, você sabe que ela é meio maluquinha”.
“Tá bom, eu vou mãe, mas não conte com minha simpatia para agradar nenhum playboyzinho”.
Eu obedeci, mas fiquei de cara amarrada. Quando cheguei reconheci de cara o sujeito. Era um dos caras mais chatos e arrogantes do campus. Preconceituoso ao extremo, foi ele que fez o trote com o Léo, irmão do Wander e ele era um desafeto de Danilo. Eu briguei com ele naquele mesmo dia e ele jurou vingança. Fiquei com um frio no estômago, não com medo, mas por ter que suportá-lo.
O pior é que ele foi de uma simpatia ímpar comigo, dando-me muita atenção e eu de cara amarrada. Tudo correu como mandava o figurino e minha irmã só faltava esfregar a periquita na cara dele. Percebi que ele não tirava os olhos de mim e isso me causou ainda mais estranheza, pois ele já havia me visto muitas vezes no campus e nunca me dirigiu a palavra, só nos falamos no dia da briga, quando batemos boca e ele foi super grosso comigo. Estava na cara que ele era um dissimulado.
Salvo àquela noite eu fui pro meu quarto e fiquei pensando no Matheus. Entrei no face e ele estava online, me cumprimentando em seguida “Então senhora apaixonada? Não vai me contar quem é o sortudo?”.
Eu respondi irada “é um sujeito burro, que não consegue perceber um palmo diante do nariz”.
“Caramba, que braveza. Quem é esse cara que eu vou fazer ele acordar pra vida?”.
“Se você ainda não sacou sinto muito. Não irei te falar nada. Quem sabe você também não acorda pra vida Matheus. Agora irei dormir que amanhã tenho prova”.
Nem dei tempo dele se despedir de mim e desliguei o computador “Idiota, será que você não vê que eu não te quero só como amigo. Sempre gostei de ti, seu tapado”. Falei olhando a foto dele no meu celular.
Fui lembrando de nossa história juntos. Parecia que passava um filme em minha cabeça, especialmente quando ele contava das meninas bonitas que ele era afim e eu só oferecia meu ombro amigo “ah seu leso, quando é que você vai acordar pra vida?”. Fui pegando no sono e lembrando do meu amor.
No outro dia Dani me pegou em casa. Era o dia da manifestação dos estudantes e com certeza eu iria. Até ajudei Danilo a panfletar, convidando todos pra atividade. Minha mãe não queria que eu fosse, mas eu iria sim, só prometi não ficar perto se houvesse confusão. No intervalo quem eu vejo? Ele mesmo, Cristian, que nunca havia falado comigo no campus, dessa vez se aproximou com uma simpatia enorme, que eu desconhecia que ele tinha.
“Então garota bonita, você vai pra manifestação?”.
“Oi Cristian. Você está falando comigo?
"É com você sim. Vai ou não pra manifestação?"
"Irei sim e vou logo avisando, estarei ao lado do Matheus e do Danilo”.
Ele sorriu e falou “Não sei por que você quer ficar perto desses fracassados, mas tudo bem”.
“Não é à toa que minha irmã está interessada em você e você nela, o discurso de vocês é igual, cansativo, arrogante e preconceituoso”.
“Quem disse que eu estou interessada na tua irmã? Eu prefiro a outra irmã. Eu prefiro você”.
“Sem essa cara. Tá achando que vai chegar aqui e me dar uma cantada barata e eu irei cair? Pra teu governo eu saco muito bem as coisas. Se você acha que vai brinca comigo e minha irmã estás muito enganado”.
“Não é brincadeira. É sério, eu admiro você Patrícia. Eu não fui até tua casa pra cortejar tua irmã, fui pra te ver. Acho você uma menina de valor, pena que está sempre rodeada por dois amigos fracassados”.
“Te enxerga Cristian. Meus amigos são maravilhosos e não admito que ninguém venha falar mal deles na minha frente. Pra teu governo eles são homens admiráveis, não têm nada de fracassados”.
Ele apenas sorriu, encostou-me num muro e deu-me um beijo bem forte. Ele me abraçou e disse “Isso é apenas o começo Patrícia. Eu não quero a tua irmã, eu quero você. Você é o prêmio, não a dondoquinha interesseira da Taíssa. Irei a tua casa pedir você em namoro para os teus pais. Agora vou nessa meu amor”.
Ele me deu um selinho e saiu, me deixando ofegante. Não que eu fosse boca virgem, mas fazia tempo que eu não beijava um homem de verdade. Minha cabeça rodou e meu peito ficou como se tivesse encolhido. Pura carência de menina que não namora há meses.
Não percebi, mas Cristian esboçou um sorriso nos lábios e disse baixinho “É Patrícia, vai resistindo, você não tem escapatória. Vai dar tudo certo”... Continua....
Parte 2 – Paixão e Luta – Narrado por Wander
Superficial (Ira!)
Superficial como um espinho
Me deixou aqui sozinho
Ferido no coração
E eu virei esta pequena ilha
Cercada por concreto
Inundada por ondas de paixão
Superficial como um espinho
Me deixou aqui sozinho
Ferido no coração
E eu virei esta pequena ilha
Fechada em meus sentimentos
Calado e tão só
E vou matando um leão por dia
Não posso ficar parado
Pensando se seria melhor ou não
Era a oposição que nos atraía
Eu tão socialista
E você tão neoliberal
Superficial como um espinho
Me deixou aqui sozinho
Ferido no coração
E eu virei esta pequena ilha
Fechada em meus sentimentos
Calado e tão só
Aaaaah!Aaaaaah!Aaaaah!AaaaaaH!
Superficial como um espinho
Me deixou aqui sozinho
Ferido no coração
E eu virei esta pequena ilha
Cercada por concreto
Inundada por ondas de paixão
E muito louca é a sua caretice
Equilibrada é a sua insensatez
E admirável a sua intolerância
Mas não posso perder mais meu tempo
Bye, bye Adeus
Naquele vestiário, eu segurei a mão de Danilo e disse “Desculpe, a minha vida tá uma confusão e você é a única pessoa que consegue me surpreender, me tirar do sério”.
Ele respondeu “Na boa Wanderley, eu não tenho nada que ver com a tua vida cara, muito menos com teus problemas. Nem amigos nós somos. Te cuida aí tá!”
Eu não larguei sua mão, pelo contrário, entrelacei nas minhas, o puxei pro meu corpo e disse “Será que você não vê que eu estou louco por você?”. Segurei seu rosto e dei um beijo de cinema. Ele correspondeu e foi o melhor beijo e o mais maravilhoso de toda a minha vida.
Ele conseguiu se separar de mim aos poucos, empurrou-me e disse olhando firme em meus olhos “é melhor a gente parar por aqui cara. Eu não gosto de bissexual, não tenho paciência com indecisos e a gente não tem nada a ver juntos, somos muito diferentes”. Ele saiu de lá com um aspecto muito sério.
Confesso que fiquei sem reação. Tudo o que eu conseguia sentir era desejo e vergonha. Sem querer estava sentindo um pouco do que ele deve ter sentido há anos atrás, só faltou ele me dá um murro, mas seu desprezo doía até muito mais, eu estava fascinado por ele e não adiantava negar pra mim mesmo. Aquele beijo ficou marcado em minha boca e eu me perguntava 'como cumprirei o acordo com Mayara se ele me despreza e eu é que estou gostando dele?'.
Comecei a pensar que eu deveria tentar não me apegar a Danilo e investir seriamente em Deborah e fui o que eu procurei fazer. Na hora do intervalo ela veio falar comigo. Eu ainda não descrevi Deborah, vamos então fazer isso.
Deborah: é uma moça estilo modelo. Usa os cabelos em tom aloirado e lisos, cerca de 1,68, 60 kl, traços finos. Ela vem de uma família de importantes políticos e faz faculdade de direito na universidade federal. Ela é daquelas meninas super bem cuidadas. Como disse anteriormente, ela me causa tédio, pois só fala em roupas, balada, moda. Seu maior passatempo é querer aparecer e falar mal dos outros. Foi minha namorada na adolescência e sempre teve muita antipatia por Danilo e ele por ela, eram rivais silenciosos.
É claro que não é nenhum sacrifício ir pra cama com ela, mas está longe de ser uma pessoa com quem eu quisesse passar minha vida inteira. Seu namorado já estava sendo corno e eu comecei a pressioná-la a terminar tudo com ele, para em breve pedi-la em casamento.
“Eu não posso terminar com o Júnior assim Wander. Meu pai me mata se eu terminar com ele por tua causa. Todo mundo sabe que tua família está na pior e a família do meu namorado é emergente e muito rica. Meu pai tem planos de negociar com o pai dele”.
“Deborah eu estou aí com uma proposta que vai me trazer grana. Eu só preciso parecer por cima pro teu pai, aí ele vai me aceitar. Ele vai ver que eu sou o cara certo pra você e casado contigo eu irei continuar a carreira política da tua família. Com o apoio do teu pai eu chego lá”.
Ela falava de um jeito bem mimado “Eu sei meu benzinho, mas não posso fazer isso agora. Tem mais um pouco de paciência. Olha eu estou morrendo de saudades, te espero hoje no final da tarde, naquele apartamento que eu emprestei da minha amiga”.
“Ok. Tudo bem, mas não pense que eu sou homem de esperar muito. Eu sei que eu sou muito melhor que aquele sonso do teu namorado. Eu sei que ele não te satisfaz na cama como eu. Você só está com ele por causa do teu pai. Eu vou esperar um pouco. Caso você não termine com ele logo, você nunca mais vai me ter”.
Ela tentou argumentar. Depois ficou falando coisas supérfluas e já estava pronto pra deixá-la falando sozinha, não sem antes ameaçá-la de novo. Quando estava saindo vi Danilo passando por nós e eu puxei a Deborah, dando-lhe um beijo em sua boca. Ela se engatou em mim e ele só passou pela gente sem esboçar nenhuma reação. Ela se empolgou, mas quando ele se afastou eu a deixei de vez e fui embora atrás do meu irmão pra gente ir pra casa juntos.
Quando chego próximo da sala do meu irmão eu o vi conversando animadamente com o Danilo. Eles riam e se olhavam, parecia realmente estar nascendo uma grande amizade ali. Eu movido pela raiva de ter levado um fora fui bem ríspido e falei “Léo, vamos embora logo que eu estou atrasado pra ir pro estágio”.
Meu irmão pareceu ficar sem saber o que falar e disparou “Boa tarde pra você também não é Wanderley! Não vai cumprimentar o Danilo?”.
Eu continuei com rispidez “nós já nos cumprimentamos hoje”.
Danilo só respondeu “Vai Léo, eu também tenho que ir nessa”. Ele saiu também sem me cumprimentar.
“Que foi isso ein Derley? Por que você foi tão mal educado com o Danilo? Logo agora que eu e ele estamos fazendo amizade!”.
“Acho bom você se afastar desse cara. Ele não tem cacife pra ser amigo da gente. Além do mais ele é um gay assumido, daqui a pouco todo mundo vai estar te chamando de gay também aqui no campus”. Usei esse argumento idiota e só irritei meu irmão.
“Fala sério! Eu não acredito que eu estou ouvindo isso da tua boca mano. O Dani é um cara maneiro. Todo mundo gosta e tem respeito por ele aqui na universidade”.
“Você só tem 18 anos e não tem nenhuma experiência de vida. Sei lá se esse cara não vai confundir as coisas e dá em cima de ti. Eu tenho a obrigação de te proteger”.
Ele despejou na minha cara “Quando eu sofri o trote foi ele que me protegeu Derley. Isso é puro preconceito e homofobia. Mas eu não irei desistir da minha amizade com o Dani. Pra mim ele é o máximo e eu não me importo nenhum pouco com o fato dele ser gay”.
Eu estava atônito com meu irmão e perguntei na lata “Leonel você é gay? Você está interessado no Danilo, é isso?”.
Ele fechou a cara e respondeu à altura “Eu não vou nem me dar ao trabalho de responder essas suas perguntas Derley. Eu me permito o direito de ter minha privacidade. Agora uma coisa eu posso te garantir: eu não irei desistir de ser amigo do Danilo só por causa do teu preconceito. O que se passa na tua cabeça é problema seu e não meu. Agora vai embora. Eu quero ficar mais um pouco aqui no campus, pode deixar que eu vou de ônibus”.
Caramba parecia que tudo estava desandando. Minha relação com o Danilo estava péssima e minha cabeça mais confusa do que nunca. Em pouco tempo Mayara iria me cobrar resultado e eu não tinha nada de concreto. Aliado a isso eu sentia um ciúme duplicado, pois desconfiava que meu irmão era gay e estava interessado no Danilo. A puta da Deborah não queria terminar com o namorado e o traste do Tangerina me deu o maior fora de toda a minha vida “droga, tudo fugiu ao meu controle”.
Passaram-se uns dias e eu continuei meu encontro com Deborah e a observar Danilo. Eu recebi um telefonema de Mayara “e então Wanderley, você não tem me dado notícias ultimamente. Já conseguiste se aproximar de Danilo? Ou será que eu contratei o homem errado?”.
Eu tive que mentir “Sim, dona Mayara, eu e seu filho já estamos fazendo uma bela amizade. Eu comecei a conquistar a confiança dele, em breve terei boas notícias para a senhora”.
“Acho bom Wanderley e não pense que você vai me enrolar. Se eu descobri que você é incapaz de levar adiante essa missão eu te cobrarei tudo o que eu te adiantei com juros e você vai ter que pagar, de um jeito ou de outro”.
Ela simplesmente desligou o telefone na minha cara e eu fiquei irado “Velha safada. Quem ela pensa que é pra falar assim comigo?”.
Mais uma vez o destino agiu a meu favor. Vi um cartaz que estava convocando todos os acadêmicos para uma manifestação de protesto contra o aumento da passagem de ônibus, vi também Danilo panfletando, abordando todo mundo, convencendo os estudantes a participar da manifestação. Ele e uma turma de doidos do curso de sociologia, detalhe, ele era do curso de medicina, um curso considerado elitista, mas ele era bem diferente e se integrava com todas as facções ditas revolucionárias.
Deu pra ver que ele tinha um grande poder de mobilização e eu não deixei de ficar impressionado com isso. Ele estava suado, com uma camiseta básica branca marcando seu peito e abdome e um jeans surrado e justíssimo, delineando aquele corpo fenomenal que ele tinha. A camiseta tinha a seguinte frase “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros. . Os cabelos dele estavam desalinhados e a barba por fazer. Ele estava incrivelmente lindo, uma espécie de 'Chê Moderno'. Eu só o observava de longe e encantado “Ah seu puto, eu não consigo nem ficar com raiva de ti por muito tempo”, disse pra mim mesmo.
Eu decidi ir pra manifestação. Claro que não era pra protestar sobre nada, afinal “se os pobres andam de ônibus o problema é deles”, pensava comigo mesmo num egoísmo ridículo. Mas precisava chegar junto de Danilo. Meu prazo pra se aproximar dele estava se esgotando e fui pra manifestação, porém impedi meu irmão de ir e fui apoiado pela família, tinha medo que ele se machucasse.
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A manifestação dos Estudantes
Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero) - O Rappa
A minha alma tá armada e apontada para cara do sossego!
(Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
Pois paz sem voz, paz sem voz, Não é paz, é medo!
(Medo! Medo! Medo! Medo!)
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
"Qual a paz que eu não quero conservar Pra tentar ser feliz ?"
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
"Qual a paz que eu não quero conservar Pra tentar ser feliz ?"
As grades do condomínio
São pra trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar na poltrona no dia de domingo (domingo!)
Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
"Qual a paz que eu não quero conservar Pra tentar ser feliz ?" (2x)
As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar na poltrona no dia de domingo (domingo!)
Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo
Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido
É pela paz que eu não quero seguir admitindo
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitido
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitido
No dia 26 de março de 2013 centenas de estudantes ocuparam as ruas de Manaus, em protesto contra o aumento da tarifa, que iria de 2,75 para 3,50.
O ato, que teve início em frente ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas ocupou uma das principais avenidas, a Constantino Nery, no centro da cidade. De longe eu vi Danilo em cima de uma kombi, gritando palavras de ordem, sendo seguido pelos estudantes, uma cena que eu jamais esperaria ver há tempos atrás.
Eles simplesmente bloquearam a passagem de veículos e impediram o deslocamento. A polícia militar começou a acompanhar o movimento e a coisa foi ficando tensa. Danilo era um dos líderes principais. A cada hora chegava mais estudantes e Danilo em um de seus discursos falou “estudantes de Manaus toda, uni-vos”, em alusão as palavras do manifesto comunistas de Karl Marx. Eles começaram a panfletar, a conversar com as pessoas, invadindo o terminal de ônibus. O caos se instalou e ninguém conseguia se movimentar.
Depois Danilo pegou um megafone e falou “estudantes e trabalhadores, vamos todos juntos e em caminhada até a sede da prefeitura. Vamos impedir que esse aumento abusivo aconteça”. Os estudantes o ovacionaram e ele saiu na linha de frente. Começaram a cantar “Caminhando e Cantando e Seguindo a Canção...”. Muitos trabalhadores acabaram acompanhando a passeata. Eu peguei o carro e fui esperar a chegada deles, fui por outro caminho.
Ao chegar à sede da prefeitura, que fica localizada no Bairro da Compensa, zona oeste da cidade, uma das líderes, uma moça negra, linda e bem corajosa pegou o megafone e disse que eles estavam ali para falar com o prefeito. A polícia se colocou na frente tentando bloquear a passagem dos estudantes.
Eles disseram que queriam entregar um documento direcionado ao Prefeito, exigindo que uma comissão composta por dez estudantes fosse recebida pelo gestor municipal. Como silêncio por parte das autoridades foi imperativo, os estudantes começaram a avançar para entrar na sede da prefeitura. A polícia começou a usar a força, na tentativa de impedir a entrada dos jovens.
Houve um empurra-empurra. Fiquei realmente preocupado com o Danilo, no fundo morrendo de medo que ele se machucasse. Como houve adesão também de alguns moradores do bairro, uma multidão se aglomerou e a polícia pediu reforço. Eu estava muito tenso, confesso que não por mim, mas por Danilo. Que não recuava de jeito nenhum, mostrando uma coragem impressionante. A polícia de choque chegou e começou o confronto.
Primeiro alguns estudantes começaram a jogar pedras na sede da prefeitura, atingindo de tabela os policiais. Depois foi a vez da polícia revidar, atirando com balas de borracha e spray de pimenta. A líder estudantil foi perseguida e agredida por policiais, Danilo se meteu na confusão e acertou um PM para que ele soltasse a moça. Vários policiais começaram a perseguição e os estudantes em desvantagem começaram a correr e o clima de perseguição se instalou. Eram pedras e paus de um lado e balas de borracha do outro. Houve quebra-quebra e o caos se instalou com generalidade.
Os policiais queriam prender Danilo. Ele e outros não tiveram o que fazer a não ser correr. Eu peguei o carro e me meti no meio da rua e da confusão. Danilo corria e a polícia ia atrás dele, fiquei atônito no meio da multidão, até que eu consegui achá-lo e falei “Danilo entra no carro agora vai”.
“Cai fora burguês. A luta não precisa de mauricinhos iguais a você”. E o doido continuava correndo e brigando com os policiais.
Ele foi atingido por várias balas de borracha e caiu. Eu sai do carro e fui ao encontro dele “agora você vem comigo caralho, já deu, eu não quero que você se machuque”.
Ele não queria ir “não. Eu não vou recuar agora, a luta só está começando” e eu simplesmente o pus no meu ombro, saí correndo com ele e o coloquei dentro do carro. Ele se debatia e dizia “não podemos abandonar a luta. O povo precisa da gente, a revolução está às portas”. Seria cômico se não fosse trágico.
“Fecha a porra dessa boca, que eu não vou deixar você se machucar e nem ser preso”. Ele estava super cansado, mas ainda ria de nervosismo e fazia menção de pular do carro, sem poder fazer isso, pois eu travei tudo. Depois de muita confusão eu consegui sair com ele dali.
“Eu não posso abandonar meus camaradas. Deixa eu voltar Wander! A luta tem que continuar. Eu não sou um covarde, eu sou um líder revolucionário”.
“Eu já disse 'fecha essa matraca'. Você não vai voltar. Eu não quero que você se machuque ainda mais”. Falei de modo imperativo e felizmente ele aceitou, acho que pelo fato de estar machucado.
Cansado, Dani foi se se acalmando aos poucos. Até que cochilou. Bateu em meu peito um sentimento de carinho tão grande por ele que fez meus olhos se encherem de lágrimas e um sorriso veio em meus lábios. Quando o sinal fechou eu parei o carro e dei um selinho nele e falei sussurrando “eu vou te proteger seu maluquinho”. Ele despertou e parecia uma criança, sem entender direito o que ocorrera. Eu perguntei onde ele morava e o levei até sua casa.
Eu o ajudei a caminhar. Ele tinha machucado o joelho e estava todo batido. Confessou-me que estava sem comer o dia todo, por isso, além dos ferimentos também estava fraco. Chegamos ao seu apartamento e me pareceu que ele iria desfalecer. Eu o peguei no colo e ele disse “o que você está fazendo Wandeco?”.
“Estou te levando pra cama, de onde você não deveria ter saído”.
Pasmem que ele deixou e eu fui o colocando devagar. Ele só me olhava, parecendo estar se sentindo bem comigo a seu lado. Eu comecei a tirar a roupa dele, o deixando só de cueca box. Meu corpo vibrou vendo o dele “Meu Deus, como ele é lindo”, pensei, mas não verbalizei. Ele tinha o corpo totalmente esguio, mas com músculos no peito, pernas e bunda, tudo bem trabalhado e grandes, a cintura finíssima para um homem. Um corpo escultural, digno de ser copiado. Não teve jeito, eu fiquei de pau duro na hora e dei vexame, pois ele inteligente e observador sacou na hora meu desejo, porém se fez de desentendido.
Peguei uma toalha limpa, uma bacia com água e fui limpando seu corpo. Ele se contorcia de dor algumas vezes e eu pedia desculpa. Depois daquele banho de gato eu disse “você tem antisséptico? Quero esterilizar teus ferimentos”. Ele sorriu e disse “eu estudo medicina você esqueceu? É claro que eu tenho”.
Eu disse “será que não é melhor você ir pro hospital? Eu ligo pro Olavo e te levo onde ele estiver”.
“Relaxa Wandeco. Você acha que é a primeira vez que eu entro em confronto com a polícia por causa de manifestações? Eu estou bem, só preciso descansar, mas continuo preocupado com meus camaradas”.
“Calma, agora eu é que te digo, relaxa, tudo vai ficar bem com os malucos dos teus amigos. Sabe o que eu não entendo? Você não precisa disso. Você é de família rica. Nem de ônibus você anda, pois tens uma moto”.
“Não ando mas já andei. E não é por mim, é por todos os estudantes e pais de família. Setenta e cinco centavos a mais por dia é muito no orçamento de uma família e quanto mais gente pior. E esse aumento é abusivo”.
“Tá, tu bem, mas você não precisa fazer essas loucuras” disse pra ele tentando contradizê-lo.
Danilo se levantou e começou a discursar “não podemos mais admitir tantos aumentos abusivos sem levantar nossa voz. Esse país precisa mudar e ao contrário do que muitos dizem, o ideal socialista está mais vivo do que nunca”. Ele levantava os punhos enquanto falava.
Eu segurei seu rosto levemente e comecei a rir “hahahahhahaha. Danilo você é uma figuraça mesmo. Para de discursar pra mim. Quem está contigo é o Wanderley, um mauricinho, filhinho de mamãe, falido, mas burguês”.
Ele sem jeito disse “Ah, desculpa, me empolguei”. Eu ri muito dele e o coloquei de novo na cama.
Fui a geladeira e esquentei uma sopa de legumes, que por sinal estava deliciosa. Jantamos na cama. Então eu perguntei “cadê o material pro curativo?”. Ele me indicou uma gaveta numa cômoda que ele tinha no quarto. Eu mexi e fui pegando o material, porém tive uma surpresa maravilhosa.
“O meu anel de prata. Meu Deus, o rapaz do quarto escuro é o Danilo”. Eu fiquei totalmente desarmado. Eu estive procurando pelo rapaz e era ele o tempo todo. Era o meu marrentinho louco.
“Achou Wander? Eu tenho certeza que coloquei aí”.
Eu comecei a chorar de alegria e disse “tá tudo aqui sim Danilo. Realmente encontrei o que eu procurava”. Tenho certeza que ele não entendeu minhas palavras. Não sei por que, mas eu fui tomado de mais carinho por ele. Eu fui até ele e dei um beijo em seus lábios e disse “eu te amo, sempre te amei”.
Fui até o banheiro com a desculpa de preparar o material pra fazer o curativo, mas a verdade é que eu fui chorar. Tive vontade de falar pra ele, porém não tive coragem, não queria colocar tudo a perder, fiquei com medo que ele tivesse ficado magoado por eu tê-lo abandonado depois de uma transa, e agora seria a segunda vez. Depois de um tempo eu suspirei fundo, e já refeito, voltei pra fazer o curativo nele.
Meu sentimento passou a ser tão forte, que era como se meu encantamento tivesse dobrado. Eu olhava pra ele e lembrava-me de nossa história. Tudo passou a fazer sentido. Era ele, sempre foi ele. Foi meu primeiro e único rapaz, era ele no quarto escuro, por isso tive tanto prazer.
Eu procurei fazer o curativo com carinho, mas por vezes ele reclamava “Ai, devagar, tá doendo. Porra essas balas de borrachas me pegaram de jeito”.
“Para de reclamar. Não mandei você se meter em confusão”. Ele passou a me obedecer como um garoto. Eu finalizei enfaixando seu joelho, mas antes eu passei um gel à base de cânfora. Ele também tomou um remédio pra dor, que era ao mesmo tempo um relaxante muscular. Meu peito parecia que ia explodir de felicidade e de carinho por aquele garoto.
Eu deitei a seu lado e ele disse “Wanderley cara, obrigado. É a segunda vez que você salva minha pele”. Eu apenas disse “Por nada, seu louquinho marrento”. Aproximei meus lábios dos dele e fui lentamente beijando sua boca. Ele abriu e eu finalmente depositei minha língua na sua, sorvendo o gosto de sua saliva. Fui tomado por um sentimento vulcânico e comecei a explorar seu corpo, com cuidado, pois ele estava machucado.
Acaricie seu peito, um de cada lado. Depois comecei a lamber e a beijar. Ele foi delirando, até que eu comecei a chupá-lo muito. Observei que ele estava de cacete duro, demonstrando que também sentia desejo por mim. Eu tirei toda a minha roupa e disse “hoje você vai ser meu Danilo. Eu quero esse presente”.
Ele respondeu “me toma nos teus braços”. Eu cheguei meu corpo no dele. Tirei sua cueca e o deixei nu em pelo. Ainda permanecemos deitados. Eu passei a beijá-lo, mas desta vez, com calma, tranquilidade, sentindo cada segundo de prazer. Eu iniciei o que tanto sonhara esses dias, explorei Danilo da cabeça aos pés. Depois do beijo, fui descendo em seu pescoço, mamando seu peito, mordendo de leve seu abdome. Beijei e mordi de leve suas coxas. Ele estava com o pau duro e eu sem nenhum pudor dei beijos em seu cacete, abri minha boca e comecei a chupar seu pau como se fosse um picolé.
Dani começou a se contorcer. Caramba aquele cacete era muito gostoso, limpo, cheiroso, grosso, com um tamanho ideal. Eu passei a brincar e a saborear cada centímetro dele, ele se debatia e eu molhava seu instrumento. Depois fui virando-o de lado e passei a beijar e morder de leve sua bunda. Ele se contorcia ainda mais. Abri seu rego e passei a lamber. Ele iniciou um delírio maravilhoso e abriu seu anel pra mim. Eu lambi muito aquele cuzinho, depois passei a dar mordidas leves e depois fortes.
O virei e ele passou a beijar-me. Senti que ele se entregou pra mim e então declarei-me pra ele “Desde quando eu voltei, eu não pensava em outra coisa Danilo, você é maravilhoso garoto”.
Ele também foi me dando prazer. Primeiro me fez ficar deitado de costas. Ele subiu em cima do meu pau e de novo me beijou. Depois foi passando o rosto pelo meu peito peludo, até chegar no bico, que ele chupou e mordeu com força. Eu urrei de dor e prazer. Ele foi caminhando pra minha virilha e chegou ao meu pau “Nossa, teu pau é perfeito Wanderley”. Falou isso e já foi mamando feito um bezerro. O incrível é que ele realmente conseguia engolir tudo.
Eu passei a foder sua boca e ele fodia meu pau com aquela língua molhada e quente. Eu realmente comecei a delirar e comprovar que era a mesma boca do quarto escuro e isso só me deu mais tesão. Eu tive a feliz ideia de me virar e fazer um 69 com ele. Passei a sugar seu pau, enquanto ele me levava ao êxtase com sua boca. Depois de um tempo eu desci mais um pouco e passei a lubrificar seu anelzinho, deliciosamente cheiroso. Ele se abria e urrava, mas não deixava de me chupar.
Eu o virei. Ficamos lado a lado deitados e eu fiquei dando mordidinha de leve em seu pescoço e já chegando meu pau em sua bunda volumosa. Ele se abriu, eu segurei sua perna. Coloquei uma camisinha e fui entrando. Pude comprovar que ele era realmente apertado, mas agasalhou meu pau com uma maestria admirável. Eu enterrei tudo e deixei um pouco pra ele se acostumar. Ele mesmo fez uma coisa que eu adoro, foi se movimentando, rebolando devagar, pedindo “ Quero que você me coma! Como se eu fosse um putinho teu, hoje você será meu macho”
Eu pirei com aquelas palavras dele, passei a bombar fortemente, tirando quase todo o pau e metendo tudo com força “Você gosta né seu putinho? Eu vou ser teu macho Danilo!”.
Ele respondeu “Faz comigo o que você quiser. Eu sou teu. Sempre fui teu”. Eu não aguentei e passei a dar vazão ao meu lado animal, até esquecendo que ele estava machucado. Deitado mesmo e em forma de y, comecei a meter muito, fazendo a cama dele tremer.
“Isso Wandeco, adoro ser teu putinho - Adoro meu macho! quero ser teu vadio pra sempre. Fode esse cuzinho, meu gostoso”. Eu comecei a foder violentamente, eu sentia um tesão que nunca senti em minha vida. Suávamos como se estivéssemos numa sauna e o barulho continuava. Ele começou a rebolar e eu tremi meu corpo todo, anunciando o gozo “Amor eu vou gozar,, eu estou gozando, eu te quero, ahhhhhhhh”. Ele sentiu seu anel ficar todo preenchido e disse que também estava para gozar.
Rapidamente eu sai de cima dele e passei a chupá-lo e ele se contorcendo gozou em minha boca. Eu engoli tudo e nunca sorvi um néctar tão saboroso que eu vibrei de prazer. Ele veio beijar minha boca e ainda saboreou seu esperma misturado a minha saliva.
Nossos corpos estavam realmente suados. Eu fui dar um banho nele, o levando novamente nos braços. Só troquei os curativos. Permanecemos nus e eu o coloquei em cima de mim. Falei pra ele “Foi lindo. Foi a melhor transa de toda a minha vida”. Ele sorriu e disse “Que nada macho. Minha performance não foi muito boa hoje, por que eu estou realmente todo quebrado, hahahhaha”. Pude me dar conta de como Danilo era um amante maravilhoso, não era a toa que os caras ficavam atrás dele. Senti ciúmes dessas lembranças, mas resolvi silenciar e aproveitar o momento, pois ali ele era só meu.
Ele dormiu feito uma criança em cima de mim. Eu fiquei beijando seu pescoço e acariciando seus cabelos. Naquele momento eu vi o que eu não queria enxergar 'Danilo era o homem da minha vida'. Eu comecei a chorar de encantamento e paixão. Estava morrendo de medo, afinal aquilo tudo não passava de um plano. Ele era a pessoa que eu buscava, o rapaz apaixonante do quarto escuro, porém, mais cedo ou mais tarde eu iria traí-lo e trair meus sentimentos. Demorei a dormir, mas o cansaço me pegou.
Quando eu acordei a gente estava deitado de conchinha. Eu dei mil beijinhos no pescoço dele e ele se movimentou um pouquinho, esboçou um sorriso dormindo e continuou de olhos fechados. Eu levantei procurando não fazer barulho. Parti pra cozinha e fiz um café pra gente. Fui até à padaria e comprei pão e bolo. Ele tinha frutas na geladeira. Coloquei tudo numa bandeja e estava tudo muito bonito. Meu rosto estava sorrindo espontaneamente. Eu estava muito feliz e pensei “foda-se o mundo. Eu quero esse moleque pra mim, não tô nem aí se me chamarem de gay”.
Queria acordá-lo com uma surpresa. Coloquei a bandeja próxima da cama e fui dando beijos em seu pescoço e ele foi acordando, abrindo a boca, ainda com muito sono. Eu sentei e fiquei com a bandeja entre as pernas. Ele se levantou de supetão, quase derrubando a bandeja “Wander! O que que você está fazendo aqui cara?”.
Eu sorri e respondi mostrando a bandeja “Bom dia dorminhoco. Olha a surpresa que eu preparei pra você!”.
“Caramba, desculpa, eu pensei que eu estava sonhando”. Ele falou atônito.
“Foi um sonho. Bonito e muito real Danilo. Um sonho que a gente vai viver todo dia agora”.
“Como assim? Você tá maluco cara? O que aconteceu ontem foi um erro, não vai mais acontecer”.
“Danilo por que você está assim? Ontem você delirou em meus braços. A gente fez amor”.
“Wandeley eu não quero mais ficar com você cara. Você é bissexual e eu já disse que não gosto disso”.
“Então pra você não foi importante? Você não me quer mais é isso? Fala olhando em meus olhos”.
“Na boa Wander, faz muito tempo que eu não quero você. Eu não confio em você. Agora vai cara, fala pra todo mundo que você me comeu, como você fez a 5 anos atrás. Mas isso não vai adiantar nada, pois todo mundo agora sabe que eu sou gay. Você não vai conseguir me humilhar de novo”.
Eu também atônito respondi “Eu nunca faria isso Danilo”.
“Você já fez uma vez, mas agora você não faria mesmo. Sabe por que? Por que você não tem coragem de se assumir, você é um enrustido. Vai embora da minha casa”.
Eu fiquei totalmente sem chão e disse “Pow Danilo você é muito mal agradecido. Depois de tudo o que eu fiz por você?”. Foi a única coisa que eu consegui dizer, pois fui tomado por uma profunda tristeza e já estava chorando.
“Vai jogar na minha cara? Eu agradeço sim. Mas não é por isso que eu vou te pagar com foda. Eu tenho uma outra pessoa na minha mente. É por esse cara, que eu nem conheço, que eu quero ficar livre e ver se realmente ele é o homem certo pra mim”. Veio-me na hora que ele estava falando do cara do quarto escuro.
“É Danilo, pelo visto você está é com medo de se apaixonar novamente por mim. Eu estou aqui cara. Eu só quero uma chance de me reaproximar de você de novo amor”.
Ele gritou na minha cara “Você não tem nenhuma chance comigo Wander. Eu quero que você vá embora da minha casa e saia definitivamente da minha vida”... Continua
“Superficial como um espinho
Me deixou aqui sozinho
Ferido no coração
E eu virei esta pequena ilha
Cercada por concreto
Inundada por ondas de paixão
E muito louca é a sua caretice
Equilibrada é a sua insensatez
E admirável a sua intolerância
Mas não posso perder mais meu tempo
Bye, bye Adeus ”
Continua....
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Dialogando com o Manu!!!!!!
Mais um capítulo feito especialmente pra vocês meus príncipes e princesas!
lipe31
Marcos Botelho
Jhoen Jhol
diiegoh'
sonhadora19
beulfort
Guga05
lando32
Perley
trager
frannnh
Geo Mateus
afonsotico
fabi26
por do sol
Edu19>Edu15
D.D.D.
Thristan_Escritor
Noct
Thiago Silva
Quero deixar claro que esse romance tem vida própria, ele não é uma continuação do romance anterior. Danilo e Wanderley são protagonistas independentes, portanto, relaxem. Cris e Nando estão muito bem e felizes, assim como Mattos e Jojô. Não gosto nem de mencioná-los, pois quero dar vida mesmo aos protagonistas desta saga.
Agora a história vai começar a tomar uma forma maior. Claro que ainda teremos muitas surpresas, pois ainda estamos com cerca de 20% do romance. Meu desejo é que ele não se estenda muito. Acreditem, muitas surpresas ainda virão. Não comentarei ponto por ponto, pois estou com o tempo escasso e não queria deixar de postar hoje.
Adorei que vocês gostaram da Vó Clarice. Ela é inspirada é alguém real, assim como os outros personagens. Wander.... Wander..... Continua o mistério sobre a sua índole não é? Mas já dei pistas de quem é ele realmente.
Lembrem-se, tudo está conectado. Todos os detalhes estão conectados. Hoje iniciamos a saga Patrícia e Matheus, que são co-protagonistas, assim como Cristian e Deborah, co-antagonistas. E Marlon vai aparecer? Bem fica no ar, por enquanto. Será que o irmão do Wander vai disputar o Danilo? Veremos também.
Por favor continuem dando opiniões, pois isso me ajuda a dar o tom da saga, claro que a proposta existe, mas a maneira de conta-la pode ser melhorada. Não me deixem só. Sou igual ao Wander, um autor muito carente, kkkk.
Meus amados e amadas, agradeço o carinho de todos e todas e fico imensamente feliz pelo apoio. Eu amo imensamente vocês!!!!! Um beijo e fiquem com Deus!!
As. Manu costa (Manolo Fernandes)...