Em nossa rua há grupo de whats com vizinhos. Utilizamos ele para dar informações, principalmente referente a segurança, caso algum estranho surja na rua..etc.
Luiza colocou Dona Maria e Negrão no grupo assim que eles foram recebidos.
Alguns dias depois, estava deitado na cama pronto para dormir quando Luiza entra no quarto e me diz:
-Amor, tenho uma coisa para contar. Mas pelo amor de Deus não contar pro Mauro.
Confesso que na hora gelei, algo me dizia que tinha a ver com o negrão.
-O que aconteceu?
-Nosso vizinho mandou mensagem pra Samanta, olha isso.
Ela me mostrou prints que havia recebido.
-Oi Vizinha.
-Oi, Marco. Tudo bem?
-Marco, não. Ninguém me chama assim, pode me chama de negrão, se me chamar pelo nome eu nem reconheço kkk. Estou preocupado, porque não veio me dar boas-vindas kkk
-Ah, desculpe, não tive tempo. Mas Dona Maria eu já conheci viu kk. Vi que também já conheceu o Mauro.
-Conheci seu marido sim. Mas não conheci você. Estou esperando o convite pra um café da tarde. kkk
- Claro, vamos marcar sim..
Ele marcou com coração a resposta e acabou a conversa.
- O que você achou? Me perguntou a Luiza.
- Acho que é só não convidar ele. Pronto, resolvido.
- Verdade, mas o cara é muito assanado né. Dando em cima das vizinhas casadas.
Fiquei olhando pra aquela loira deslumbrante deitada de calcinha e camisa ao meu lado da cama. Queria dize “você não tem ideia” mas preferi dizer “sim”.
Na verdade o meu medo é que o Mauro descobri-se e desse merda. Sabia que Samanta jamais trairia o marido ou daria bola pra uma cara chulo como aquele. Minha reação foi de: deixa esse idiota bancar o babaca. Deve estar achando que as mulheres daqui são iguais as putas de rua que ele pega.
Depois de duas semanas a convivência com nossos vizinho se tornou rotineira. Sempre nos cumprimentávamos, as esposas se davam bem. Marcão as vezes estava lavando com o carro quando chegava do trabalho, nos falamos sobre futebol, mas sempre um papo rápido e aleatório.
Um dia, meu portão de saída do carro travou. Estava tentando empurrar, quando do nada, aparece o Negrão de bermuda, sem camisa. Por sinal ele estava bem fora de forma, com uma barriga de cerveja, com uma correte de ouro no pescoço, típico de bicheiro ou bandido.
Depois que conseguimos abrir o portão, ele botou a mão na cintura e disse:
-Meu bom vizinho, tenho que te dizer. Quem iria supor que você é casado com uma loira gostosa igual àquela.
Fiquei olhando pra ele com uma cara que deve de surpreso.
-Como? O que você falou?
Ele abriu uma sorriso:
-Calma, calma. Eu não sabia. Esses dias eu tava aqui na frente e apareceu uma loira com roupa toda social(era a Luiza mesmo) uma cavala, que rabo gostoso! Na hora já fiquei de pau duro. E do jeitinho que ela olhou pra mim, deve ter gostado. E logo depois ela entrou na sua casa.
-Sorte sua, esse tipo de mulher o negrão aqui come facinho.
Ele deu dois tapidinha do meu ombro.
-Mas como eu sou um cara de boa vizinhança vou deixar ela só pra você.
No começo fiquei surpreso, mas confesso que depois comecei a achar graça. É sério que um cara desleixado como esse acha que poderia comer todo mundo, só poque tem um pau grande?
-Cara, eu não sei com quem tipo de mulher você está acostumado a sair, mas a minha mulher não é esse tipo.
Ele deu uma risada.
-Vizinho, eu comeria ela na sua cama. Acredite, é só eu querer.
- Cara, você é um fanfarrão né.
Ele abriu outro sorriso:
-Sou mesmo. Ela tem silicone né?
-Que? Que papo é esse?
-Fala cara! Eu vou perguntar pra ela.. ela tem silicone?
Sinceramente, ele me passou a impressão que perguntaria mesmo. Então, não sei porque, respondi.
-Tem.
-Quanto?
-Que?
-Quer que eu pergunte pra ela?
-250ml.
-Que delicia em.. deve ser mais apertada que a vizinha.
-O que você falou? Como assim?
-Nada, deixa pra lá. E saiu andando calmamente, arrastando chinelo no chão da rua.
Embora ele fossei maior, tive vontade de avançar nele. Mas sou um cara pacifico, nunca briguei na vida e não iria brigar com um idiota como aquele.
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