Alana - Depois daquilo - Parte 4
Na manhã seguinte acordei tarde e com fome. Fui a cozinha, preparei café e ovos mexidos, comi bem e sem pressa. Cenas da noite anterior ainda povoavam a minha mente. Tentei me concentrar em outras coisas, ainda não estava pronta pra lidar com tudo aquilo e tinha muito trabalho da faculdade pra fazer. Passei o dia fazendo um trabalho para a faculdade, de tarde fui ao mercadinho. No final da tarde preparei uma lasanha, que sempre tem o poder de me animar um pouco. Dormi no sofá da sala assistindo televisão.
Domingo acordei cedo com a claridade. Despertei e fui pro quarto, fiquei enrolando na cama. Minha irmã me ligou, falei com ela e com a minha mãe. Fui tomar café da manhã e percebi que precisava arrumar a casa. Coloquei a roupa de cama pra lavar na máquina, passei uma pano na casa, lavei o banheiro. A casa que eu morava era um quarto e sala, pequena e rápida de se arrumar e limpar. Almocei o resto da lasanha. Lavei toda a louça, e fui arrumar meu quarto. Coloquei lençóis limpos na cama, limpei minha mesa. No cesto de lixo do quarto vejo aquela camisinha usada. Sem pensar muito, recolhi e coloquei pra fora todo lixo da casa. Fui arrumar o meu armário, sabendo o que me esperava, mas tinha eu que resolver logo aquilo. Abri porta, peguei meus saltos, guardei na caixa, e coloquei na parte cima do armário. Peguei meu espartilho, cheirei, e vi que estava com o meu perfume, e não estava sujo. Dobrei e coloquei em cima da cama. Minhas meias também cheiravam a perfume, e não tinham nenhum desafiado. Enrolei as meias e coloquei em cima do espartilho. Minha calcinha ainda estava úmida... cheirava a sexo. Sentir seu cheiro me excitou.. o que me surpreendeu. Decidi lava-la, e deixei secando no varal. Guardei o espartilho na gaveta de baixo, organizei as minhas maquiagens. Que droga! Um dos meus cílios postiços estava torto, teria que comprar um par novo.
Casa limpa e arrumada, fui tomar um banho. Me sequei e na hora de me vestir, escolhi uma camisolinha branca curta de tule e renda, uma calcinha pequenininha. Já estava voltando a ser eu mesma. Passei desodorante, perfume, escovei os cabelos e fui para sala assistir televisão. Mas não conseguia me concentrar... Meu pensamento foi longe. Eu precisava pensar e digerir toda a experiência que eu tinha vivido.
Eu tinha muito que repassar na minha mente. O que verdadeiramente eu tinha achado de ter essa experiência? Tinhas coisa que eu tinha odiado, mas tinha coisas que eu tinha gostado. E eu tinha gostado mesmo. Tinha tido coragem de ter ido até o final. Tinha me mostrado pra um homem, fui desejada, interagi com ele sendo eu mesma. Sentia orgulho de ter aguentado tudo e feito aquele homem gozar. Odiei gozar, estragou a minha noite, ainda que tenha sido o melhorar orgasmo que eu tinha tido na vida. Teria sido muito melhor não gozar, ou então talvez gozar junto com ele. Ainda que tivesse sentido muita dor, vergonha, culpa, e me sentir paralisada e sem ar fosse horrível, me sentir feminina, pequena, vulnerável, frágil, submissa, foi maravilhoso. Percebi o quanto eu adoro ser submissa a um homem. Me fez entender por que eu não nunca seria ativa, meu lugar não era esse. E eu não era mais virgem, tinha tido um homem dentro de mim, que gozou em mim, e saber disso era incrível. Me peguei sorrindo feito boba. E era uma experiência, pra ter uma opinião melhor formada eu teria que ter outras. Apesar de não ter sido a ideal, eu tinha feito sexo como eu mesma pela primeira vez.
A semana passou corrida, tive provas na faculdade, muitos trabalhos. Mas várias vezes me peguei pensando naquela noite e sorrindo sozinha. O tempo dá perspectiva as coisas. Assim que pudesse iria tentar de novo, eu tinha provado, gostado e queria mais. César não me procurou mais, tentei mandar uma mensagem no Whatsapp mas vi que ele tinha me bloqueado, tentei ligar em uma tarde, mas ele desligou. Não liguei mais. Comecei a entrar com certa frequência a noite no bate papo. Conversei com muitos homens, mas nenhum me chamou a atenção. Conheci e conversei bastante com um rapaz novo, Gustavo, muito engraçado, tinha namorada mas adorava mocinhas como eu. Mas ele não era exatamente o meu tipo por ser novo demais, mas me fazia rir nas noites solitárias. Numa noite calhou de eu encontrar o César na sala de bate papo. Perguntei se ele não tinha gostado de mim, e ele disse que era diferente, que nunca tinha visto aquele nível de produção , mas que gostou de tirar minha virgindade. Toparia sair comigo novamente se eu não estivesse toda produzida, se estivesse mais menino, no máximo com uma calcinha, que ele gostava assim. Me desanimou. Eu não conseguiria fazer o que fiz se não estivesse toda produzida. O papo acabou morrendo e não falei mais com ele. Nesse dia fui dormir deprimida.
Passei o fim de semana estudando e fazendo trabalhos, precisava colocar a matéria toda em dia. Durante a semana seguinte as provas foram terminando, os trabalhos sendo entregues, e assim pude ter tempo para mim. Passei algum tempo no bate papo, sem encontrar ninguém interessante. Muito homem com papo estranho, muito punheteiro, pouco homem disposto a alguma coisa de verdade. Mas conversava bastante com Gustavo, ele era divertido, e insistente. Disse que queria me conhecer, mesmo sem compromisso. Resolvi dar uma chance, dei meu telefone a ele. Trocamos fotos e vejo que ele é lindo. Disse a ele que não prometia nada, e que se acontecesse alguma coisa seria por que eu queria, que eu poderia desistir quando quisesse. E ele teria que seguir duas regrinhas básicas, não tentar me beijar e não tocar nas minhas partes de menino. Ele topou. Combinamos de nós ver no sábado a noite, depois que ele deixasse a namorada em casa. Eu o receberia em casa nos conhecermos na vida real, conversarmos e ver se rolava química.
No sábado acordei tarde, tomei um bom café da manhã, limpei e arrumei toda casa, lavei toda roupa. Coloquei a leitura de uns textos da faculdade em dia. Gustavo só viria bem tarde da noite, antes tinha que dar atenção pra namorada, então deixei anoitecer antes de me preocupar em começar a minha produção. Hoje eu tinha decidido que já o receberia totalmente produzida, queria estar linda, sexy, perfeita. Mesmo que não acontecesse nada entre nós, eu estaria na minha melhor forma.
As nove da noite comecei a me produzir, sem pressa. Comecei pela higiene íntima, se fosse acontecer alguma coisa eu estaria preparada. Fiz a pouca barba rala e fina que eu tinha, bem rente. Passei o creme para depilar no corpo todo, raspei com a espátula. Tomei um banho quente e demorado, esfreguei bem todo o corpo, passei óleo de amêndoas. Me sequei, e ainda enrolada na toalha, escovei os dentes, acertei minhas sobrancelhas arranquei os pelinhos que teimava em crescer fora do lugar com a pinça. Sequei e escovei o cabelo, deixei bem liso. Fui para o quarto para me vestir e fazer a maquiagem.
Comecei vestindo um conjunto de calcinha fio dental e sutiã de bojo vermelhos de renda, adoro o efeito do sutiã de bojo de me dar peitinhos. Vesti meias 7/8 cor da pele, cinta liga vermelha de renda combinando com o conjunto, prendi as meias nas ligas, e ajustei o comprimento das ligas. Coloquei um vestido soltinho vermelho com bolinhas brancas, sem decote e sem mangas, de saia rodada na altura do joelhos. Prendi os cabelos e comecei a maquiagem. Iniciei pela base liquida e pó compacto, deixando meu rosto completamente liso. Delineador nos olhos, deixando-os puxadinhos. Escolhi dois tons de sombra marrons, esfumaçando as pálpebras. Cílios postiços novos, máscara para os cílios. Blush e um batom vermelho matte que deixa meus lábios mais cheios. Minha maquiagem ficou linda, eu estava realmente ficando boa nisso. Coloquei um conjunto de bijuterias prateado, brincos de cascata, um colar grosso, pulseira e anel, tudo combinando. Penteei os cabelos, divididos ao meio, calcei sapatos vermelhos de salto médios, de bico arredondado, colei as unhas postiças vermelhas. Conferi a minha produção no espelho, eu estava linda, feminina, sexy. Rodei e adorei o efeito do movimento na saia rodada. Fui para a sala assistir televisão, só me restava aguardar.
CONTINUA...