Ufa! Que contasso! (/>
Ménage a Quatre Dans Le
I
MARTA acordou com desejo.
Em seu sonho ela era possuída por Jorge dentro do carro do ano que os dois compraram, tudo estava acontecendo no meio da mecânica do marido de Paulina, sua vizinha no condomínio. O veículo estava para ser consertado, tanto no sonho quanto na vida real.
Enquanto ele a comia com vigor no banco traseiro, Marta podia ver pelo ombro esquerdo do marido todos os mecânicos a olhando pelos vidros. Eram uns 5 ou 6 no lado de fora se masturbando, estavam com as mãos, o rosto e os macacões sujos de graxa. O que mais a excitava e ao mesmo tempo a surpreendia não era eles a olharem, mas sim que ela os queria ali dentro, todos eles ao mesmo tempo.
Um a lhe beijar, o outro a massagear seu corpo, um a penetrando pela frente e o outro por trás e ainda mais um a socar o pau em sua boca, com as bolas a bater no seu queixo em um ritmo frenético enquanto Jorge assistiria a tudo isso maravilhado.
Acordou confusa e a primeira coisa que viu foi uma imagem poética vinda da sua sacada: Logo atrás do muro do condomínio o sol a banhar as margens da praia do bairro de Ipanema onde ela morava, em Porto Alegre.
Olhou em volta, viu 3 as paredes laranjas além da outra, esta branca e de textura, que ela ajudou Jorge, seu marido, a pintar e logo de frente para a cama Queen size Marta reparou na televisão de LED que fica presa na parede, a mesinha que ficava logo abaixo com seus dois vasos de cristal que ela ganhou da mãe no dia de seu casamento. Lembrou do velho pai e de sua boa mãe. Estes pensamentos e sonhos que ela tinha com uma frequência cada vez maior não condiziam com a criação católica que recebeu deles.
Para seus pais sexo era só o papai e mamãe. Seu pai era o típico "se prepare que hoje eu quero lhe usar". Sua mãe era inexpressiva entre quatro paredes, só se deitava e abria as pernas. Marta sabia de todas essas coisas pois quando tinha seus 15 para 16 anos ela gostava de se tocar enquanto os observava pela fresta da parede de seu quarto praticando o nobre esporte.
Seus pais queriam que ela se casasse aos dezoito anos. O dito individuo era um velho barrigudo, careca e mal caráter, porém abonado, mas não que isso importasse por que seu pai era dono de vários lotes de terra e era um dos mais ricos e respeitados agricultores da região de Caçapava, lugar aonde moravam. O homem era dono de uma revendedora de carros e se chamava Ubirajara, Bira para os íntimos.
No entanto Marta preferiu estudar e fazer faculdade na capital, optou por Economia e depois Comércio Exterior porque na época sonhava em administrar o negócio da família, mesmo que odiasse se sujar de terra e fazer todas as outras funções que o negócio da agricultura e pecuária precisava.
Foi só lá que Marta conheceu homem, no sentido bíblico, pela primeira vez. Mesmo com todo esse fogo que ela tinha desde bem jovem, uma possível gravidez e o medo de que seus pais a descobrissem fazendo algo do tipo, pois sua mãe era fraca do coração e uma filha desonrada seria o fim da família. Dona Virgínia morreria de infarto e Seu Lautério Hermes Bittencourt de desgosto. Os dois sempre foram a água fria que colocavam em sua fervura.
Sua primeira vez foi horrível, o rapaz era ainda mais inexperiente que ela, tanto que foi necessário que Marta pegasse o pau dele com a mão e o conduzisse para dentro dela, a única coisa que não fez naquela noite foi o esforço para romper o hímen.
Depois desse vieram alguns outros, não melhores, mas menos piores. Não gostava de admitir para o marido, mas para ela Jorge sempre foi o seu melhor amante. Foi com ele que Marta descobriu o que era um orgasmo, foi Jorge quem fez o seu chão tremer pela primeira vez e a fez gritar coisas que nenhuma moça com catequese e crisma devia dizer.
Marta adora de sexo. Ela não se considera uma ninfomaníaca, mas gosta muito de sexo. Gosta de descobrir novas formas de sentir e dar prazer. Já ficou com garotas quando era adolescente, mas só transou com uma. Toda vez que ela repara em uma mulher e sente tesão se lembra daquela que a marcou mais do que qualquer outra. Seu nome era Valéria. Certa noite as duas, que eram muito amigas, começaram a se tocar.
Até hoje Marta não se lembra direito como toda aquela loucura começou, naquele tempo ela tinha 16 e sua amiga 18. A primeira era solteira e só tinha beijado três rapazes em toda a sua vida, a segunda na época era noiva, mas também era comida dentro da baia dos cavalos pelo moreno domador de potros de 22 anos que seu pai pagava.
As duas viviam juntas de tão amigas que eram, iam para festas e casas de amigas uma colada na outra e suas famílias eram muito próximas. Marta sempre admirou em segredo, o corpo da sua amiga Valéria que era realmente bonita. Uma mulher atraente. Clara, de pele limpa e macia. Os olhos castanhos e escuros de olhar livido, os cabelos cacheados e de um castanho vivo.
Coxas grossas, pés pequenos, seios grandes, cabelo dourado, rosto redondo, nariz largo e boca sedutora. Uma moça saída como diria seu Lautério. Autoritária, gostava de seduzir, usar roupas curtas perto dos trabalhadores da fazenda, entre muitas outras artimanhas. Parecia ser o tipo de pessoa que sabe e gosta de se sentir cobiçada e que sente prazer em causar frisson por onde passa.
Certa vez as moças estavam na sala e Marta reparou em algo curioso, é que uma das empregadas, que se chamava Lurdes e era a mais jovem de todas as trabalhadoras da casa com 15 anos de idade vinha com sua mãe, que era filha de índios, trabalhar na casa da família Macedo de Salles.
Uma jovem tímida, curvilínea e que possuía assim como a mãe traços indígenas, fato que explicava o cabelo liso e grande que batia no bumbum arrebitado que contrastava com a sua pele morena escura. O nariz fino, os olhos escuros, corpo pequeno de bunda arrebitada e peitinhos miúdos de bicos avantajados que podiam ser claramente vistos pelos vestidinhos que ela gostava de usar.
Tinha as mãos fortes, mas ao mesmo tempo macias, e o olhar firme, porém gentil de quem não nega trabalho. Nunca foi de se engraçar e nem aceitar desaforo dos trabalhadores, tanto internos, quanto externos da casa. Mesmo introvertida encarava todos de frente, conversava olhando nos olhos e sempre tinha uma resposta na ponta da língua.
Era a única empregada que podia limpar o quarto de Valéria, de preferência a tarde quando o pai e a mãe não estavam em casa, pois eles não concordavam com uma moça que nem trabalhava pra eles direito ficar andando por aí longe da mãe, empregada querida por todos. Valéria fazia questão que seu quarto fosse limpo todos os dias e quando não o era a moça ficava com um mau humor impossível de se aturar.
Lurdes nunca olhava a herdeira dos Macedo de Salles de frente, isso quando a olhava e sempre corava na presença dela. Respondia as perguntas da moça apenas com um aceno de cabeça quando era sim e com uma mexida para os lados quando era não, isso quando a respondia.
As duas estavam deitadas na cama, cobertas, com pouca roupa e vendo TV no quarto de Valéria. Era domingo de noite e o filme que viam passava uma cena de sexo implícito. Valéria estava contando de Gilson, o rapaz que domava os cavalos, enquanto que Marta estava pegando no sono.
Em algum momento ela pôs a perna por cima da coxa de Marta (ou teria sido o contrário ?), até hoje ela se lembra da boceta de Valéria, grande e morena, pelos finos e escuros, bem cheinha. Ela recorda com carinho dos dias em que as duas nadavam nuas no lago da fazenda.
Naquele dia aquela boceta maravilha estava coberta por uma fina calcinha branca e um short de seda da mesma cor, o tronco coberto por uma camisa cinza. Por algum motivo Marta começou a se excitar, aquele calor que a deixava úmida e com a mesma sensação de quando via seu pai por cima de dona Virgínia.
Foi tudo em silêncio. Os país de Valéria estavam deitados. Ela subiu por cima de Marta e tirou sua calcinha bege de renda devagar. As duas respiravam fundo, com frio de ansiedade na barriga, molhadas de tesão.
Ela implorava com os olhos para a amiga parar, mas esta tirou sua camiseta larga deixando Marta nua, deu um chupão em seu pescoço e desceu até chegar nos seus seios, os quais Valéria também chupou além de ter lambido, mordiscado e apertado até Marta estar com os olhos revirados de prazer.
Ela desceu roçando os dentes na pele morena dela e então deu um beijo em sua boceta, gerando um estalo que fez Marta pular de susto e desejo. Marta viu os bicos dos seios de Valéria duros através do sutiã. As duas ficaram em silêncio.
Valéria colocou uma pequena parte do dedo indicador em sua boceta bem devagar, Marta gemeu e rebolou no dedo da amiga, ela então colocou dois dedos, o indicador e o médio. O gemido de sua amiga virgem foi fino e contido.
Marta chegou ao orgasmo com a simples fricção dos dedos e a pressão que o contato fazia no seu clitóris. Quando Marta se recuperou Valéria tirou seu short e a calcinha, sentou na cara de Marta e esta inexperiente começou de maneira tímida, como um aluno que chega em sua sala nova.
Quando ela entendeu o que tinha de ser feito, chupou a boceta de Valéria como se sua vida dependesse disso, usou a boca e os dentes, a mão e os dedos, mas ela não chegou lá e ao final Valéria disse a Marta que esta lhe devia um orgasmo. As duas dormiram nuas, uma abraçada na outra.
Foi durante essa época que Lurdes faleceu. Morreu quando o teto da cozinha dos Macedo de Salles desabou sobre ela durante um forte temporal que atingiu a região de Caçapava. A família fez questão de pagar o enterro. Todos estranharam Valéria chorar como uma criança e amaldiçoar a Deus e aos céus durante o enterro da empregada.
Valéria só chorou menos do que a mãe da moça que morreu também pouco tempo depois, pois não conseguia comer e nem dormir, até que chegou um momento em que ela ficou quase quatro semanas sem ir trabalhar e um peão da família foi mandado para ver o que estava acontecendo, quando chegou lá encontrou-a morta em sua cama, com os pulsos cheios de cortes, o corpo já estava cheirando mal. Mas ela aparentava uma estranha calma em seu olhar, como se soubesse que ia encontrar a filha nos céus, ou não.
Com o tempo as duas foram perdendo contato. Valéria se casou, Marta continuou solteira, uma se mudou para a capital enquanto a outra ficou aonde estava, a ruminar um doce e pecaminoso segredo. um débito que havia de ser pago. Tempos depois Marta foi para a capital fazer faculdade, durante um dia em que caminhava pela João Pessoa acabou encontrando sua amiga e em questão de dias este débito foi pago, com expressivos juros.
Quando seu pai morreu Marta estava no segundo ano da faculdade e já dava com frequência e gosto. Em carta sua mãe lhe diz que era necessário tocar o negócio da família, mas como fazer isso ?, sua mãe, sozinha em Caçapava acabou desenvolvendo Crise do Pânico devido a solidão e a depressão profunda.
Poucos meses depois Marta, agora com 19 anos, decide tomar as rédeas da família e acaba por vender a fazenda e o gado para os Macedo de Salles, obtendo uma boa cifra milionária pelo negócio. Marta trouxe sua mãe para a capital, o dinheiro foi aplicado nos devidos investimentos e na compra de 47% nas ações da empresa dos Macedo de Salles.
As duas compraram uma cobertura no bairro Menino Deus, aonde hoje Dona Virgínia mora sozinha, com seu enfermeiro, cozinheiro e motorista particular. Enquanto que Marta assumiu o cargo de acionista minoritária da empresa e hoje a comanda junto com sua sócia que é dona de 51% das ações da empresa, sua amiga Valéria. Os outros 2% são de Jamal, CEO de uma poderosa indústria farmacêutica e marido de Valéria.
Marta já fez voyeurismo e de vez em quando tinha o hábito de descer na madrugada até a cozinha todas as terças-feiras, as vezes tinha exito, mas na maioria dos dias não conseguia.
Vestida apenas com o seu roupão ela pega o binóculos de Jorge, que tinha como hobbie ir observar os pássaros na praia e senta em algum lugar para observar pela janela, se masturbando compulsivamente e gemendo baixinho, apertando os bicos morenos dos seios de leve, colocando um, dois, três dedos dentro de sua boceta e os friccionando loucamente, tocando no clitóris e quando Marta fazia isso lembrava da sua adolescência, quando ela se tocava com medo, curiosidade e as vezes pensando na sua amiga.
Apalpava, apertava e passava a mão em todas as partes do seu corpo, especialmente naquelas que lhe davam uma sensação de calor e aquele arrepio íntimo que fazia seu corpo curvilíneo, moreno e jovem vibrar. Uma vez e outra, nos dias em que ela necessita desesperadamente ser penetrada e está sem vontade de acordar seu marido, Marta pega seu consolo que é elétrico e possui Wi-fi, Bluetooth, MP3 e mais o estimulador anal que vinha embutido.
Ela fazia essa festa toda vez que sua vizinha Paulina era enrabada por trás pelo marido no meio da sala deles. A larga janela sem persiana que os dois possuíam servia de tela para o filme erótico favorito de Marta.
Era fã declarada de brinquedos sexuais, ia duas vezes por mês a uma sex shop do centro já faziam anos, você sabe, para se atualizar. Já fez muitas outras coisas, como por exemplo uma noite de sadomasoquismo com seu marido, mas isso não deu certo por que Jorge não é do estilo que se excita com doses calculadas de dor.
A única coisa com a qual tinha um pé atras era deixar o marido dormir com outras, mesmo que ela quisesse dormir com outros homens, tinha muita curiosidade em sentir dentro dela um pau que não fosse o do seu marido que por melhor que fosse na cama continuava sendo o mesmo homem, com o mesmo cheiro, a mesma voz e o mesmo pau.
No fundo o que ela tinha era medo de que Jorge encontrasse outra mulher, com dotes, habilidades e interesses superiores aos dela e então a deixasse, algo que ela não poderia suportar por que Marta amava, e muito, o marido. Era fã assumida de contos eróticos e sua autora favorita era uma mulher que se autodenominava Pisciane, autora de contos e relatos independentes de um site que trabalha nesse ofício.
Marta acordou com desejo. Seu marido estava deitado no lado direito da cama dormindo tranquilamente. Ela passou a perna na coxa dele até o acordar, olhou para sua calcinha lilás e lembrou que tinha que colocar a camisa branca de Jorge na maquina de lavar, quando viu que não estava dando certo decidiu se ajoelhar sobre o marido, se curvar sobre ele e descer o dorso nu dele com seus belos dentes brancos que ficavam atrás do aparelho azul que ela usava até chegar ao seu pau, pois Jorge tinha o costume de dormir pelado.
Marta achava engraçadas as caretas que o marido fazia quando ela dava a ele esse prazer que todos os homens gostam, Marta pegou o pau mole de seu marido com a mão e observou com olhar critico: Era moreno, de glande inchada e a lembrava a personalidade do seu pai, curto e grosso. Seguia as convicções politicas de seu dono, era inclinado para a esquerda. Os pelos ralos já pela hora de serem depilados, as bolas grossas e inchadas, também já pela hora da depilação.
Ela fez o que sabia que a maioria dos homens sempre sonhou em viver: o momento de ser acordado com um boquete. Ele primeiro começou a endurecer aos poucos com cada sugadinha, até ficar em ponto de bala e quando Jorge se acordou, primeiro confuso, depois excitado pelo corpo negro de sua esposa.
Viu primeiro os seus cabelos pretos e cacheados como a noite mais clara, depois viu pela sua camisa que Marta usava como pijama os seus seios um pouco mais claros, de aréolas de um escuro meio rosado, bicos avantajados, seu bumbum empinado.
Sua esposa era alta, tinha uma testa um pouco maior que o normal e seu nariz era fino, algo que o fascinava. Seus olhos eram de um castanho escuro como as amêndoas que Marta não podia comer, pois era mortalmente alérgica. Sua boca era pequena e fina como os seus gestos e maneiras de se expressar que o lembravam da Duquesa de Cambridge.
O olhar cheio de malícia de sua esposa o instigava de maneiras que ele nem sequer pensava ser possível. Não gostava de contar para sua esposa que seu grande medo era não conseguir acompanhar o pique sexual dela, porque quem não dá assistência abre espaço para a concorrência... Por isso sempre que podia Jorge a pegava do jeito que sabia que Marta gostava: Com jeito de homem, nunca dizendo para ela que ele tinha que dar o melhor de si para fazer aquele mulherão subir pelas paredes.
Marta se deixou agarrar pelo marido, suas mãos pequenas que pareciam ser de moça desceram pelo seu corpo moreno no auge dos seus 27 anos. Apertou seus seios e só Deus sabe como Jorge adorava que eles tivessem o tamanho certo para caber na palma de sua mão. Ele colocou o bico do seio direito entre seus dedos, apertou e puxou de leve. Marta gemeu com vontade. Como Jorge gostava de sentir a esposa assim, totalmente entregue a ele.
Ela o sentiu descer a rua do seu corpo, passando pela sua barriga, o umbigo que Marta sentia cócegas e a forma como Jorge passava a língua por suas virilhas a deixava mais próxima do criador. Quando Jorge chegou ao seu sexo, Marta delirou com uma sensação que ela já conhecia muito bem.
Há não sei que substância delirante no cheiro da fêmea que se entrega com ardor quando este se espalha no ar, tal cheiro que faz os homens enlouquecerem, que faz eles libertarem o ancestral pré-histórico que existe dentro de si, com Jorge não era diferente. O cheiro de Marta o transformava em outro homem, totalmente diferente daquele que ele conhecia.
Normalmente Jorge era quieto, reservado, tímido e há quem diga que até recluso. Era doutor em Filosofia, dava aulas em universidades e palestras para professores das áreas de Humanas. Era o tipo de pessoa que pensava muito bem antes de expressar suas opiniões. Um homem humilde, sensato, prudente, amante normalmente gentil e um bom marido.
Jorge gosta de sexo, mas não como a esposa que ele as vezes pensava ser ninfomaníaca. Sempre que Jorge a perguntava quantos homens ela teve antes dele pois Jorge queria saber se entre eles havia algum que fosse melhor que ele, Marta desconversava, ficava esquiva, sempre procurava mudar de assunto e por isso ele pensava que fossem vários, e todos melhores que ele.
Ele coloca a esposa deitada no meio da cama, passa os dentes pelas alças e depois tira sua calcinha com a boca e a cheira com todo o gosto que seu nariz de 34 anos de idade o permite sentir. Beija os pés de Marta e os massageia dedo por dedo, vai subindo e usando como ferramentas beijos e carícias até chegar na boceta de sua esposa que já está pronta para o receber calorosamente.
Mas com Marta isso não é o suficiente. É preciso a fazer delirar, virar ela do avesso, a embriagar de prazer e a levar ao paraíso por alguns momentos e depois a trazer de volta a força para que ela o implore para voltar lá. Fazer isso para que aquela mulher insaciável que gosta de ser fodida a noite toda, sem pausas, não procure outro que lhe faça sentir isso ou até mais, assim pensava Jorge.
Houve apenas uma mulher além de Marta que lhe marcou tanto. Seu nome era Alice, era de uma cor morena, meio café com leite. Peitos fartos, nariz reto, boca mediana, possuía um jeito espalhafatoso, tinha um bumbum grande demais para uma mulher tão pequena, tinha só 1.51 de altura e mais de um metro de bunda. Jorge brincava com ela e dizia que Alice parecia uma formiga. Era fortinha, quase fofinha.
Ele tinha na época 30 e ela 26, Alice era recém divorciada e tinha um filho, conheceu Jorge em um Pub da Cidade Baixa, o resto é resto pois o jogo da conquista e as formas como uma moça seduz um homem variam de pessoa para pessoa e são tão volúveis quanto suas próprias paixões durante a vida.
Com o marido ela não conseguia fazer, e nem com os anteriores que tentaram. Ela tinha medo, ouvia das amigas, que tinham tanta experiência quanto ela no assunto, que doía e quando Pascoal, seu marido, tentava fazer, Alice pulava da cama morrendo de medo e se trancava no banheiro.
Pascoal levantava da cama indignado esbravejando e a xingando, gritava que nunca entendia aquela mulher direito e o remédio era ir para uma das casas de prazeres fáceis que existem nas ruas da Voluntários da Pátria que levam a Alberto Bins. Alice nunca contou ao marido o porque de não concordar em fazer aquilo, ela nunca teve coragem de falar para um homem bravo como Pascoal que tinha medo. Alice sempre foi muito intolerante a dor.
Esse foi um dos motivos para o fim da união de quase 4 anos, os outros não valem a pena serem destacados, pois são comuns a todos nós e quando digo comuns estou falando de brigas, intrigas, segredos, comodismo e conformismo, desconfiança e crescente indiferença, além da falta de entrosamento na cama. Misture isso junto ao sentimento de obrigação que há de manter unidos os cônjuges em nome do seu filho recém nascido e então terá formado um doloroso, brigado e sofrido divórcio.
Com Jorge era diferente. Era gostoso e com ele Alice até pedia. Alice delirava, a ponto de gozar por ali mais de uma vez, se sentia mais leve e sentia-se flutuar sem nem ver o teto sob a sua cabeça. Quando gozava chegava a implorar a ele por mais, as vezes até com voz de choro, e quando recebia o que queria, quando aquela sensação de preenchimento a arrebatava e desnivelava a suas estruturas ela ficava feliz como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo. Só acabou por que Alice se apaixonou por ele, mas este a largou no momento em que começou a se envolver com Marta.
"Um senhor caneco, valia mais que a taça Jules Rimet" - pensava Jorge, toda vez que lembrava das manhãs, tardes e noites que passará com Alice e dentro de Alice.
Quando terminou de passar a língua por cada parte do corpo de Marta, seu clitóris latejava e inchava de prazer, sua boceta pequena, parecia frágil, aveludada e o bigodinho de Hitler que Jorge pedia para ela fazer todo mês na depilação dava um toque especial aquela loucura. Seus lábios finos eram lindos, pareciam coisa de Da Vinci. Aquela maravilha era de um tom quase que cor de argila. O anelzinho dela piscava, e não, não é um eufemismo, ele realmente fazia movimentos que lembravam uma piscadela. Era moreno e depilado para ele, e ele apenas.
Jorge sabia que aquela área especial e que agora era explorada por sua língua ansiava por ser penetrada. Não era do costume de Marta, que sempre foi conhecida por ser uma mulher de atitude ficar implorando, mas naquela manhã Jorge estava sendo especialmente cruel em não terminar aquilo logo. Marta que estava deitada na cama de pernas abertas e totalmente entregue, se deixando ganhar um banho de língua pediu com voz manhosa.
Me fode logo... - pediu Marta
Aonde tu quer que eu te coma - disse Jorge
Bem aqui... - sussurrou Marta ao colocar dois dedos dentro da sua boceta e os levar a boca de Jorge, que se extasiava com aquele sabor
Aqui aonde - perguntou Jorge com ar perverso,
Aqui na minha boceta ... - disse Marta
E como é que se pede - disse ele
Aqui na minha boceta, por favor... - implorou ela
Era tudo o que ele queria ouvir.
Jorge a virou, ergueu o busto da esposa e a segurou pelas ancas, ela puxou um travesseiro e se apoiou sobre ele, Jorge se ajeitou atrás dela e entrou de uma vez só, sem pedir licença. Marta urrou de prazer e colou a cara no travesseiro para abafar os gemidos seguintes. Ele a fodia com gosto. Só Deus sabe o quanto ele gostava de comer Marta, era o seu deleite, o momento onde ele esquecia de tudo e de todos e só se focava em agradar aquele mulherão e ficar a altura dela no quesito sexo.
Jorge fodia sua esposa e se olhava no grande espelho que ficava na parede esquerda, bem ao lado da cama. Se lembrou do dia em que comprou ele, quem o escolheu foi Marta pois o espelho ia do chão ao teto. Assim que colocaram o espelho Jorge enrabou Marta por trás(Ele não sabia que ela pedia para ser fodida assim para fantasiar que ele é Alexandre e ela sua esposa Paulina). Os dois passaram a tarde transando e se olhando no espelho.
Ele enfiou o dedo indicador no anelzinho de Marta, que já estava úmido por causa das vezes que sua língua o cumprimentou, na verdade Jorge só a estava preparando para o receber ali daqui a pouco. Ela novamente apertou o rosto no travesseiro para abafar o grito. O segundo dedo veio naturalmente, consequência do fato que estava ocorrendo, este dedo entrou fazendo círculos tal qual uma broca abrindo um buraco. Foi com um orgulho másculo que Jorge colocou um terceiro dedo e ouviu a respiração entredentes de Marta, sinal para ele, que era bom conhecedor do seu eleitorado, que sua esposa já estava alucinada e totalmente entregue a ele.
A porta já fora totalmente aberta, digamos assim, e agora o que tinha que entrar viria agora. Primeiro a cabeça que entrou alargando mais um pouco e então o resto. Cada vez mais aquela sensação quente, acolhedora e excitante dominava o ambiente, a está hora totalmente ocupado por aquele cheiro de boa foda.
Era nesses momentos que Jorge sabia que amava Marta mais do que qualquer outra pessoa em sua vida. Quando tinha o sabor da boceta dela em sua boca de maneira que ele o podia confundir com a sua própria saliva, do contato da sua pele com a dele, o cheiro que a mistura de odores que os dois possuíam e criavam impregnava o ar, através dos seus excitantes e espontâneos gemidos e acima de tudo isso nos segundos, minutos e horas em que Jorge via sua esposa totalmente entregue à aquela desenfreada loucura que tinha como principal tempero não o prazer, nem a paixão, mas sim o amor na sua mais tesuda forma.
Vendo-a nessa posição Jorge reparou que Marta ainda estava de camisa e então ele reparou que nunca a contou, mas sempre teve fetiche por transar usando alguma peça de roupa.
II
ESSES barulhos vindos da casa ao lado (pois ela sabia muito bem qual era o número da casa do casal de desocupados que quase todo dia transavam naquela intensidade) acordaram Paulina que é conhecida por ter sono pesado, naquela manhã de Terça-Feira, a segunda do mês.
Ela coçou os olhos com a palma da mão e virou a cabeça pro lado esquerdo da cama de casal, seu marido já tinha saído. Alexandre sempre levanta cedo. Quer dar exemplo para os funcionários da oficina chegando primeiro que todo mundo. Paulina sabia que o marido era um bom chefe. Levantava cedo e comprava vários reais de cacetinho na padaria do seu Nicolau, que ficava na esquina da rua do seu estabelecimento, no bairro Serraria. Os pães da primeira fornada são em cada onze entre dez padarias os melhores. Alexandre comia dois e deixava o resto para sua "gangue" que era como ele chamava carinhosamente os seus 5 mecânicos com idades entre 28 e 46 anos.
Deve ter acordado com essa barulheira de fode e fode - pensou Paulina quando lembrava do marido
Não tinha muitas reclamações de Alexandre fora saber que ele não a achava mais tão atraente quanto antes e que toda vez que ele ia ver seu filho do primeiro casamento se trancava com a ex-esposa no quarto por umas boas duas horas. Sabia disso pois mais de uma vez deixou escondido em baixo do banco do carona da caminhonete dele um gravador em que seu marido falava, Paulina nunca soube se sozinho, pois ele tinha esse hábito, ou com alguém por celular sobre como a sua primeira mulher ainda conseguia deixar o pau dele murcho com cada chupada.
Paulina não pedia o divórcio por um simples motivo: Tinha medo de não conseguir achar outro tão bem de vida como Alexandre, sim, era insatisfeita sexualmente, mas mesmo assim ela já estava muito acostumada com a alta qualidade de vida para mudar agora, por mais abonada que fosse, por mais que sua família tivesse posses, ela ainda sim preferia gastar o dinheiro do seu marido a gastar o seu próprio ou o de seus parentes.
Seu marido tinha um grosso equipamento de 23 cm que tal qual o zagueiro que vem para chutar a bola para longe de sua área entrava rasgando, mas do que isso adiantava se ele não sabia utilizar, ou melhor, não queria utilizar nela. Não era segredo para ninguém que Alexandre não achava mais sua esposa atraente.
Sexo com Alexandre era padrão, os dois nunca saíam da rotina. Paulina tinha até script de cena. Ela o esperava na sala, sempre de luz apagada como ele pedia, todas as segundas terças-feiras do mês sentada no sofá, Alexandre chegava e pela luz da lua que vinha através das enormes janelas da sala Paulina via o seu marido tirar a roupa com impaciência, dando a entender que estava só cumprindo uma obrigação.
Quando ele já estava como veio ao mundo Paulina acendia a luz do abajur e aquilo tudo começava de novo assim: Tira a camisola, o sutiã e a calcinha e depois se ajoelha, lambe, morde e chupa até ele gozar na tua cara ou no teu peito depois deita e deixa ele passar aquela lixa que ele chama de língua em ti, espera uns 15 minutos "gemendo", puxa os cabelos dele e prensa a cara dele na tua boceta, isso gritando todos os palavrões que tu conheça.
Abre as pernas, espera ele meter, rebola e geme um pouco pra fingir que tá gostoso vira de quatro e deixa ele meter atrás. A unica coisa que dava prazer para ela nisso tudo era a constante e inexplicável sensação de se sentir observada.
Paulina se levantou, dormia só de camisola. Tirou-a e se olhou, nua, no espelho oval que tinha ao lado do guarda roupa que ganhou de presente de aniversário da sua falecida prima Joyce, lastimada pelo vírus HIV. Encarou-se no espelho e se surpreendeu por gostar do que estava vendo: Uma mulher de só 33 anos, loira com os cabelos passando dos ombros, cintura fina, 1.59 de altura e bumbum empinado, não era grande, mas era empinado. Seios grandes, 275 ml em cada um. Eram claros de aréolas rosadas bem gostosos de se apertar, beijar, morder e pegar.
Se aproximou do espelho e olhou para sua pele, era branca e alva, parecia de leite. Olhou seu rosto de nariz adunco e suas bochechas finas rosadas, sua boca era de um vermelho vivo tão natural que chegava a fazer os fofoqueiros do condomínio se perguntarem o motivo de Paulina usar batom 24 horas por dia.
Evitou se olhar nos olhos pois era vesga o suficiente para ouvir durante sua infância e inicio da adolescência dos seus coleguinhas da escola La Salle, na capital, que tinha um olho virado para o Oiapoque e outro para o Chuí, um olho virado para o nascente e outro para o poente, um olho virado pra Lagoa dos Patos e outro pro Rio Uruguai, um olho para o leste e outro para o oeste. Quando ouvia essas coisas Paulina corria para se esconder com a vista turva pelas lágrimas e também pela lente de contato que ela não sabia colocar direito, pois além de vesga era míope.
Sua primeira vez foi com 16 anos, ela era tímida e possuía uma baixíssima autoestima. Foi num verão a beira do riacho de águas cristalinas que tinha perto da casa de seu primo de 19 anos que morava no interior, rapaz com quem ela dava uns amassos já faziam alguns meses. Foi logo depois de um banho em um dia de calor estonteante. Nada mais romântico. Ela estava nervosa e ele mais ainda.
O primo, seu nome era Diego. Alto, bonito, moreno e sensual como dizia Paulina para suas poucas amigas, Diego perguntou a Paulina se ela já menstruava. Paulina disse que não. Mentiu. Já tinha suas regras, como sua avó dizia, desde os 13. Foi tudo muito simples (hoje Paulina nota que os dois homens que marcaram sua vida no assunto sexo, no caso seu único marido e o seu primeiro, eram homens comuns, sem criatividade e incapazes de fazerem tremer o mundo de uma mulher, pelo menos o seu mundo).
Paulina se apoiou em uma rocha ao lado da cachoeira enquanto que Diego tocava uma punheta para fazer o pau crescer, pois o nervosismo e o medo de ser pego fizeram seu "guri" desfalecer. Quando ele tocou com a cabeça nela, Paulina teve um arrepio íntimo e gostoso.
Primeiro tentou meter por trás só que quando Diego forçou ela gritou de dor e deu um pulo pra frente. Quando ele se ajeitou de novo e penetrou ela com rispidez Paulina não pode conter o grito de dor provocado pelo seu hímen rompido. Diego a comeu todo errado, não tinha sequer ritmo nos quadris e ela não ajudava também, pois mal entendia o que estava fazendo.
Tudo o que sabia era que doía, mas era uma dor gostosa daquelas que a gente não reclama quando sente. Ele a puxou pra junto dela e agarrou seus dois peitinhos com as mãos. Os dois estavam em silêncio. Mal trocavam olhares ou palavras e quando os trocavam era só em relação ao que estavam fazendo.
Eles se encontraram outras vezes ali, até mesmo depois do casamento de Diego. A desculpa mais usada era "vou levar a prima Paulina até ali um pedaço do caminho pra ela não voltar sozinha." Todas as vezes ele gozou dentro, os dois nem sabiam o que era camisinha ou pilula. Paulina por sorte não engravidou.
Depois desses vieram outros, vários outros e a cada novo cara que a comia ela gostava mais da coisa, sua timidez era passado. Dos 17 aos 29 anos Paulina fez amigos e amigas, saiu pra conhecer a vida, tudo isso fazendo um verdadeiro tour sexual pelo caminho, existe o alpinista social, não é, pois Paulina foi o que se denomina uma "alpinista sexual".
Namorou com homens, mulheres, foi comida dormindo, transou o mais bêbada o possível, deu para um travesti, participou de orgias em casas de amigos nas quais ela já até encontrou, mais de uma vez, sua vizinha Marta.
já proporcionou e deu orgasmos memoráveis a sua antiga colega de curso chamada Sara e que se vestia como homem mas era uma verdadeira lady na cama, tanto que entre quatro paredes Paulina que era o verdadeiro homem na relação. Entre essas e outras já frequentou casas de Swing aonde "conheceu" homens, mulheres e as vezes mais de um até.
Viveu muitas aventuras e participou de muitas surubas inesquecíveis. Sua primeira DP foi com dois colegas de curso, nunca ela se sentiu mais preenchida do que no momento em que deliciava-se com um pau em sua boceta e o outro no seu anelzinho, nem se considerava mais safada do que no momento em que sentava pra um enquanto chupava outro, ou quando um a botava de quatro e a comia por trás enquanto ela engolia o pau que se encontrava a sua frente e também nunca, mas nunca mesmo ela era lavada com tanto sêmen do que quando fazia uma DP.
Uma das coisas mais safadas que já fez foi transar com a professora do curso enquanto o marido dela as assistia, e no momento em que ela colou sua boceta na de Paulina foi que a jovem descobriu o que era Tribadismo, o marido excitado já não aguentou mais, pegou na cintura da jovem, a deixou de bruços para então erguer seu quadril e a penetrar com selvageria.
Paulina agarrou a esposa e a chupou, assim os três gozaram, uma verdadeira centopeia humana de tesão, desejo e prazer. Nada mais excitante. Sentiu o sêmen dele descer pelas seu bumbum até chegar no meio de suas costas. Paulina aprendeu muito mais do que apenas inglês fazendo aquele curso no bairro Teresópolis.
Um dia já na casa dos 25 anos, Paulina entendeu que podia ganhar dinheiro com sexo. Por isso se especializou, estudou e fez múltiplos cursos para ganhar o título de sexóloga por vários lugares diferentes, coincidiu isso com a época que ela fez faculdade de letras. Pois amava ao sexo com a mesma intensidade que a literatura.
Conheceu Alexandre aos 31 quando levou seu carro na oficina dele e sentiu aquele algo diferente que a fez trilhar o caminho para o altar e também já estava na hora de Paulina sossegar, assim pensava ela. Ele nem fazia ideia do passado da esposa e nem do hobbie que a sua culta esposa amava.
Paulina conhecia a verdade. E a relatava através dos contos que escrevia anonimamente para um site que frequentava, falava de erotismo quando podia falar que qualquer outra coisa do mundo, mas escolheu o sexo por saber que é uma ideia tão arraigada na cultura humana, tanto antiga quando a falta de sangue em uma noite núpcias que podia levar a morte da esposa, quanto contemporânea aonde toda a Internet, seja Surface ou Deep Web, é composta 70% de pura, genuína e humana pornografia.
Ela conhecia a verdade sobre os homens sem ritmo nos quadris, das mulheres que ficam com as costas eretas quando são comidas de quatro. Conhecia sobre os homens que durante o dia se chamavam João mas de noite gostavam de ser chamados de Maria. Paulina contava histórias de sua vida sexual bem vivida e também coisas que ela ouvia e via, então as moldava a sua vontade. Tinha uma certa fama.
Seus contos repercutiam e neles ela expunha a verdade nua e crua: Que o que o sexo pode ter de bom ele também pode ter de ruim, ao mesmo tempo que tudo de ruim é falta de planejamento, excesso de rotina, falta de espirito de aventura, ousadias e de loucuras como ir num cinema e transar com um estranho em plena matinê ou fazer um ménage à trois pelo telefone.
Escrevia sobre uma pequena burguesia liberal da qual Paulina e seu círculo mais intimo de amizades faz parte e que ela bem sabia existir em todos as cidades e sociedades, não apenas em Porto Alegre e seus cidadãos gaúchos. Um grupo de pessoas que pode se dar ao luxo de fazer todo e qualquer tipo de turismo sexual e uso de drogas recreativas.
Assim como praticar atividades criminosas e ilícitas com pouco ou nenhum dano e repercussão a eles ou a esse seleto grupo. Um pequeno grupo de homens e mulheres abonados, que sem se preocupar com as coisas do cotidiano podem sair, transar, beber e se drogar a vontade.
A rotina nas casas de Swing, desde as mais pobres aos verdadeiros haréns regados a cocaína e álcool, Orgias movidas a putaria e libertinagem, a máfia que controla a indústria da prostituição, das putas de esquina até as prostitutas de luxo, sex shops que são usadas para lavagem de dinheiro e também como ponto de prostituição e venda de drogas recreativas.
Homens públicos e influentes com outros homens, mulheres públicas e influentes com outras mulheres, leilões de virgindade, Book Rosa, Book Azul, homossexualidade, surubas, tráfico humano, bailarinas de programas famosos que abriam as pernas por dinheiro e algumas gramas de drogas, clubes de Sadomasoquismo, casos de Zoofilia e até Dendrofilia envolvendo pessoas influentes de Porto Alegre, isso mesmo, gente que se atraí e transa com árvores, legumes, frutas e plantas em geral, assim como tudo o mais que a sórdida e pervertida mente humana possa imaginar e a carteira poder bancar.
Seu ultimo trabalho tinha quase 5 meses, uma história real sobre um conhecido que era proprietário de uma casa de prostituição e na qual uma de suas funcionárias trazidas do litoral, chamada Gertrudes, juntava dinheiro a quase 6 anos para poder pagar sua cirurgia de redução de seios, pois estes eram e sempre foram desde sua puberdade ridiculamente grandes. O conto divido em três tomos conta as aventuras e desventuras sexuais de Gertrudes para juntar o dinheiro para a operação.
No final da terceira parte do conto ela estava num carro em alta velocidade, com um cliente sob forte efeito de álcool e outras drogas. Este bateu o carro em alta velocidade em um muro e morreu na hora, Gertrudes também morreu, não apenas pela batida que a deixou inconsciente mas também porque seus seios a sufocaram até a morte, sendo que faltavam apenas dois meses para a cirurgia já agendada. Ela morre sonhando que iria morrer na mesa de operação.
Uma outra famosa história real de Paulina fala sobre a filha de um importante comerciante de Porto Alegre, membro de uma família que é dona de mais de três super-mercados na zona sul da cidade. Ela que não entendeu o por que, mas sempre se excitou vendo o labrador de seu pai, de pelo escuro e chamado Blade fornicando com a cadela vira-lata que vigia o estoque da matriz.
Um dia essa moça, chamada Vitória, consegue levar Blade até o seu quarto aonde ela nua, consegue, a um certo custo de tempo, excitá-lo até que ele monta nela e a fode, com arranhões e uma violência animalesca, nada menos esperado de um cão.
Chega um momento no qual a parte da base do pau de Blade incha até o ponto em que Vitória sente uma dor inenarrável e grita por socorro, pois não consegue se separar do cachorro. Quando seu pai e sua mãe chegam ao quarto depois de derrubarem a porta que estava trancada, não existe cena mais cômica do que Vitória deitada nos pés da cama de pernas abertas, corpo arranhado e cara lavada de choro engatada em Blade como a cadela do estoque.
As cenas finais se passam na UTI do hospital de Clínicas e depois com dois homens discutindo uma manchete no jornal que falava sobre uma jovem que tentou ter relações com um cachorro e acabou presa a ele.
Se olhando no espelho Paulina concluiu: Sua vida estava uma merda. Ela precisava fazer uma loucura, já estava com saudade de fazer alguma das suas. Talvez Ir numa casa de Swing, dar pra um dos mecânicos do seu marido, sei lá. Olhou pro relógio e viu que eram 9:40, na casa do lado o barulho continuava, sendo que Paulina acordou as 06:03.
Ela ouvia aqueles dois com um ciúme contido, uma inveja incalculável e por mais que não gostasse daqueles dois, teve que admitir para si mesma que no fundo ela queria estar lá com eles.
III
SÃO 18:26 da tarde e Alice está parada na calçada da Borges de Medeiros com a Senador Salgado Filho.
Está de legging de onça, seu cabelo recém pintado com uma tinta avermelhada está todo para um lado só e ela nota um homem a lhe observar perto da banca de jornal. Fulano veste trapos e a está comendo com os olhos.
Cara de quem vai me arrastar pra um beco e me estuprar - pensou ela,
Não que Alice se considerasse um mulherão, pensava ela ser gorda ou pelo menos estar acima do peso. Sua bunda, motivo de atração de tantos homens, era grande sim, mas também era feia, caída e até cheia de varizes e celulite, ou assim pensava as vezes Alice. Certa vez ao se olhar no espelho usando apenas o baby doll lilás que ganhou de Jorge e que lhe batia no final das coxas, ela pensou estar com a bunda tão cheia de celulites a ponto desta parecer ter sido metralhada pelo Rambo.
Lembrou-se do marido e teve nojo dele e raiva de si mesma. A lembrança mais excitante que tem dele foi quando os dois foram em uma casa de Swing no bairro Medianeira. A principio só observavam, mas passadas algumas horas regadas por um open bar de cerveja e tequila lá estava Pascoal com uma mulher pulando em cima do seu pau enquanto que Alice dava o cu pro marido dela de quatro em cima do sofá circular (Pascoal nunca a perdoou por isso). Depois disso eles voltaram lá outras vezes, mas com o tempo até isso se desgastou no relacionamento dos dois. Só aturou Pascoal por tanto tempo pelo simples motivos:
1. Seu filho chamado Davi, uma criança inocente que sim, merecia ser criada pelo seu porco, verme mas carinhoso e amoroso pai,
2. Pascoal Da Fontoura Albuquerque era um homem rico, rico mas muito rico mesmo.
Hoje defendia a causa Feminista e não era mais uma reles Femista, sabia o que queria e queria tudo aquilo que ela sabia que podia conquistar. Era independente. Mãe solteira, criava seu filho de 3 anos, para ela a única coisa boa que saiu do seu casamento.
Se sustentava com o alto dinheiro obtido no divórcio que foi investido nos mais variados negócios, juntando isso com a gorda pensão que seu filho ganhava mais o retorno dos seus negócios, podia-se dizer que Alice era abonada.
Seu filho estudava na mais cara escola particular do estado e ela fazia academia no Barra Shopping Sul. Os homens a achavam gostosa, chegavam a lhe comer com os olhos, mas nada disso importava para Alice pois uma mulher morena de dotes superiores, de talentos e gestos mais sofisticados, de corpo mais apetitoso e acima de tudo, melhor que ela de cama lhe tomara aquele que para Alice era o homem de sua vida.
A sinaleira está no vermelho. Alice caminha entre aquelas pessoas todas. Rostos que ela sentia que nunca mais veria, ou se visse não os reconheceria. Ela esbarra em uma moça que vem no sentido contrário e faz com que esta derrube uma pasta com vários documentos, Alice se abaixa e ajuda a moça a juntar os documentos, quando olha para a moça automaticamente a reconhece, trata-se de Marta, a esposa de Jorge, SEU Jorge do qual Alice nunca se esqueceu.
O desejo de Alice é soltar os documentos e voar em cima daquela, sim, atraente moça que lhe roubou o homem da sua vida, enquanto que esta nem a reconhece, pelo contrário nunca conheceu, pois Alice bem sabia que Jorge nunca comentou com a esposa sobre ela. A educação e os bons modos a vencem, fazendo com que ela se desculpe e siga seu rumo, atordoada pela quantidade de coisas que sentiu em tão pouco tempo.
Sim, por um lado se Jorge a ligasse agora Alice soltaria tudo só para sentir aquele pau morno roçando no meio das suas pernas de novo, mas pelo outro a mágoa que Jorge deixou, a ferida emocional criou uma cicatriz tão profunda, mas tão funda que depois dele Alice nunca mais conseguiu relaxar e gozar com nenhum outro homem. Perturbada, Alice pega a lotação e acaba adormecendo, acorda duas paradas antes do seu destino: O shopping aonde fica sua academia.
Alguns exercícios mais tarde e lá está ela no seu reduto, O bairro Ipanema. Desce na beira da praia para poder caminhar a pé e poder refletir sobre aquele ligeiro momento. São 20:38 da noite, mas ainda há sol devido ao horário brasileiro de verão. De repente olha para frente e a uns 100 metros de distância está Jorge sentado em uma cadeira de praia olhando para o céu, ou será que é para as moças de top e shorts fazendo exercício nos aparelhos comunitários ?.
Alice tem um choque estático quando sente o olhar de Jorge em sua direção através do binóculos, do nada um surto de atitude toma conta dela que decide caminhar decidida e a passos largos na sua direção, faltando 5 metros para ele se tornar a segunda pessoa na qual ela se esbarra hoje, Alice para na frente dele, coloca as mãos na cintura e o encara para então atravessar a rua.
Ela o sente vindo logo atrás mas não para, sente o contato da sua mão quente segurando o seu braço, porém não fala nada, sente ele a puxando para algum lugar mas ela não sabe para aonde está indo, já não tem consciência mais de nada pois Alice a perdeu em algum lugar depois de sentir aquele arrepio percorrendo seu corpo.
Tudo que ela sente é o contato do seu braço na mão de Jorge. Pele na pele. O contato do pano da sua camisa com os bicos dos seus seios lhe da arrepios e a sua boceta já está encharcada de uma maneira como ela não sentia a muito tempo. Suas pernas se movem de forma automática. Tudo o que ela sente são os três focos de prazer que emanam do seu corpo e fazem o ar a sua volta parecer denso e cheio de uma eletricidade quase estática.
Não se lembra quando se sentou no carro e nem viu quando Jorge guardou a cadeira de praia, ligou o carro e saiu cantando pneu em direção a avenida Juca Batista. Não sentiu o carro parando na entrada do motel na rua Atílio Superti, nem viu quando eles entraram na garagem e nem sequer foi iluminada pelo forte brilho de luz da lua cheia, pois na sua mente e dentro dos seus olhos tudo foi escurecido por um eclipse.
Tudo estava embaçado. Tudo era sonho. Tanto que ela nem conseguiu assimilar Jorge a jogando na cama e a devorando com inúmeros beijos e carícias ou ele tirando sua camisa, seu sutiã e chupando, mordiscando e lambendo seus seios rijos, doloridos de tesão e prazer.
Estava tudo nublado aos olhos de Alice e no fundo de sua mente ecoava a voz de sua falecida mãe, chamada Giorgina lhe dizendo que "ninguém goza de tamanha boa aventurança nessa vida terrena minha menina".
Ela não reparou no momento em que Jorge desceu as curvas do seu corpo como quem volta a uma cidade na qual morou e cumprimenta os velhos conhecidos. Tudo que ela fazia era corresponder as carícias de maneira mecânica e fitar de maneira obstinada o teto espelhado do quarto 23 do Motel da Barra, na Vila Nova.
Ela sentiu vagamente Jorge lambendo seu umbigo, tirando sua legging e passando a língua por dentro da sua virilha, descendo por sua perna direita e deixando a marca dos seus dentes. Por alguns momentos Alice pensou ter sentido as massagens que ele fazia no seus pés e a forma como ele subiu beijando e mordendo sua perna esquerda.
Tão certa quanto a morte que aguarda a todos nós, Alice jurou que sentiu o toque de Jorge quando ele tirava sua calcinha rosa, com a boca. Assim como ela podia afirmar que a respiração acelerada e profunda junto com aquele cheiro de fêmea no cio que tomavam conta do ar eram seus, mas ela estava se perguntando se aqueles gemidos desesperados de quem estava sendo chupada com ardor eram realmente dela, aquela Alice que não conseguia relaxar com homem algum.
Ela simplesmente não conseguia se reconhecer. Ouviu algo de Jorge sobre ela estar com uma pequena camada de espuma branca em volta da boceta, agora Alice realmente sentia algo mas não sabia expressar nem canalizar através do seu corpo o que seria isso, essa sensação hipnótica.
Olhava Jorge e o via com o rosto colado em sua boceta, seu clitóris em chamas e as mãos pequenas, delicadas e firmes dele apertando suas coxas e a língua descendo e indo para aquele parte tão especial de seu corpo, a qual ela bem sabia que por mais que tentassem só tinha pertencido e só iria pertencer aquele único homem que conseguia a deixar em estado catatônico.
Agora ela sabia que sentia, mas não sabia o que sentia. Quanto tempo ficaram ali ? um minuto, uma hora, um dia ou uma semana ?. Alice não sabe, mas por ela poderia ter sido até uma eternidade. Sentiu toda a tensão do seu corpo, retraída por tanto tempo, concentrada naquele único ponto e então gozou, como nunca tinha gozado em toda sua vida, mas sentiu isso como uma brisa passageira.
Seu corpo gozou, mas o orgasmo não chegou a sua mente, foi algo tão poderoso que não foi assimilado pelo seu cérebro e agora tudo o que ela pode ouvir são zunidos como aqueles que um míssil faz quando está caindo, e caiu, o impacto foi indescritível. Alice poderia dizer que foi chacoalhada pelas mãos de Deus que não estaria exagerando, por alguns momentos tudo foi breu.
Talvez, mas apenas talvez, o que a despertou depois de tanto tempo de inércia tenha sido a hora da penetração e foi só aí que ela percebeu que estava de quatro gemendo como nunca o havia feito em toda sua vida. O que seriam as batidas na porta, algum funcionário reclamando do barulho dentro do quarto ?.
Voltou a sentir sua boca e por algum motivo sentiu nela o gosto de sêmen, percebeu então que em algum momento daquela loucura não apenas chupou e engoliu como quase arrancou o pau de Jorge com a boca e quando sentiu o liquido quente descendo a sua garganta novamente como o fizera várias vezes durante aquele tempo único fez os sons de prazer que qualquer mortal faria ao saborear a Ambrosia dos Deuses do Olimpo ou o Hidromel dos Deuses Nórdicos.
Jorge a comia com uma vontade só comparável aos seus dias especiais com Marta e mesmo que tenham feito um amor muito gostoso pela manhã, assim que viu sua formigona caminhando pelo calçadão da beira não pode a deixar escapar, a arrastou para dentro do carro enquanto que ela se deixou levar docilmente, como a china que não quer mas que também não se opõe a vontade de quem vai lhe comer.
Quando Alice se soltou foi um Deus nos acuda, quase arrancou seu pau a base de chupadas, lambidas, pegadas e mordicadas, quando ela gozou com o oral que ele lhe fez Alice parecia que ia se desfalecer de tantos gritos, funcionários do motel vieram bater na porta e perguntar se estava tudo bem.
Agora ela estava ali de quatro na sua frente, mais de um metro de bunda para Jorge fazer o que quiser. Foi de maneira natural a progressão dele da boceta para o cu dela que de tão apertado que estava parecia até virgem, isso se Jorge já não tivesse entrado e saído dali mais vezes do que a Marta, a jogadora, fez gols pela seleção. Ele chegou rasgando mesmo que já estivesse tudo babado, melado e molhado pelo desejo dela, mas Alice não se opunha a nada e apenas gemia enquanto lágrimas molhavam o colchão, se era de dor ou de prazer isso nunca saberemos.
Da cor do pecado e com o diabo no quadril - pensou Jorge, enquanto segurava o quadril compulsivo de Alice pelas ancas a fazendo subir e descer em um ritmo de passista de escola de samba em noite de carnaval.
Impressionante a forma como Alice rebolava ao quicar, rebolar, sentar, mexer e remexer. Uma bunda tão grande numa cintura tão fina. Uma morena com o verdadeiro gingado brasileiro. A morena não parava.já não bastou gozar de quatro fazendo as caretas que quem chupa limão e olha pro sol ao mesmo tempo faz, comer o cu dela de frente enquanto ela gemia, gritava e chorava repetindo seu nome.
Nada disso bastava para Alice, era necessário que ela sentasse no pau de Jorge até ele o sentir se deslocando para que ela gozasse novamente lhe xingando de todos os nomes possíveis ao mesmo tempo que gritando seu nome como se fosse o mais belo dos hinos, fazendo-o a implorar que ele nunca a deixaria e que os dois morreriam assim, unidos um ao outro, mas tudo isso se não ficou em pensamento foi dito de maneira atrapalhada e desconexa.
Seu grito gutural dessa vez veio do fundo da sua essência, libertando toda a fúria contida nesses últimos anos todos de abstinência de orgasmos, a fazendo cair mole e desfalecida, sem condições de se mover na cama.
Não apenas Alice, mas Jorge também que caiu de pernas bambas e cansaço depois de sentir a camisinha estourar e ele gozar, se é que ainda havia algo pra ejacular ainda, dentro de Alice. Ela acorda não se sabe quanto tempo depois. Está sentindo tudo. desde o contato das nádegas com a seda do lençol até o calor que os raios de sol da janela causam no seu couro cabeludo.
Em estado de leveza, alegria e sintonia com o universo que a cerca, dá um sonoro e apaixonado beijo em Jorge que está deitado, totalmente pelado na cama. Se veste, mas deixa sua calcinha para ele, arruma o cabelo e sai cantarolando, aérea, feliz como nunca e toda realizada músicas de Duca Leindecker e Humberto Gessinger.
Se viu então ignorou totalmente, diferentemente do taxista, os roxos em seus braços, pernas, peitos, coxas em todo o resto do seu saciado corpo. Ao chegar em casa Alice se atira no sofá e dorme sem nem sequer ver como estavam Davi e sua babá. Alice tem um sonho lúcido que envolve Jorge, véus, grinaldas, buquês, bancos de igreja, chuva de arroz e dois anéis.
Lúcido porque ela sabe que aquilo é impossível, mas mesmo assim Alice reza do fundo de seu coração enquanto entra na igreja acompanhada pelo seu filho que aquilo não seja um sonho e que o sonho tenha sido aquilo que ela viveu a poucas horas atrás.
IV
DEITADA na cama as 14:11 da tarde Marta tenta refletir sobre o que fez naquela noite.
É impressionante como os detalhes podem fazer toda a diferença em uma rotina e é incrível como esses mesmos detalhes podem, e vão, dar um rumo totalmente novo a uma, duas ou até mesmo várias vidas. Foi isso o que aconteceu naquela segunda Terça-Feira do mês. Marta acordou com desejo. Olhou pro lado e viu que Jorge não tinha chegado em casa ainda.
Desceu as escadas despreocupada, foi até a cozinha, serviu um copo de suco, olhou o relógio da geladeira. 01:13. Espontaneamente ela olhou pela janela e viu perfeitamente sua vizinha e atrás aquele negão que a enrabava por trás. Acenderam-se imediatamente os três chakras de prazer que Marta possui, mas infelizmente a coisa já estava no final, logo em seguida Alexandre deu mais duas botadas, levantou a calça e subiu.
Marta, que deixou seu copo de suco na beira da bancada se assustou com o barulho que o copo de vidro fez ao cair no chão. Olhou rapidamente pela janela e viu que Paulina tinha sumido. Mal terminou de juntar os cacos e a campainha tocou. Era 01:31. Só podia ser o Jorge.
Esqueceu a chave de casa de novo - pensou ela,
Quando abriu a porta se deparou com algo que lhe surpreendeu: Estava na frente dela, apenas de camisola, uma versão MUITO mais gostosa de sua bela vizinha Paulina. Nesse momento Marta percebeu que, sim, era atraída por sua vizinha. Foi também nesse momento sob a luz da lâmpada exterior que ela notou o quanto Paulina é vesga.
Boa noite - disse Marta
Boa noite, posso entrar ? - disse Paulina
Pode claro, entre por favor - disse Marta abrindo a porta para sua vizinha entrar na sala
Paulina olhou em volta, como que reparando na casa e no cômodo espaçoso, o chão com porcelanato bege, dois sofás, um de três e o outro de dois lugares, televisão na parede, estante de livros, fotos do casal emolduradas e tiradas em um local que ela reconheceu como sendo Caxias do Sul, todas as paredes de cor verde escura exceto aquela aonde fica a TV que está presa na parede que possui um tom pistache, cor que transmite vitalidade para a casa.
As paredes todas com rodapé branco e o teto branco iluminado por inúmeras cróicas. Paulina sentou no sofá da sala, pediu que Marta sentasse também e disse logo o que queria, a franqueza sempre foi uma de suas grandes qualidades.
A quanto tempo tu olha da tua cozinha meu marido me comendo ? - falou Paulina
Eu !? - disse Marta que tentou fingir surpresa e exasperação
Sim, tu mesma, a quanto tempo que tu faz isso ? perguntou Paulina novamente
Marta viu que não adiantaria nada ficar fingindo e contou logo tudo, que desceu uma noite, já fazem alguns meses pra tomar um remédio pra cólica e quando olhou pela janela viu os dois transando, com o tempo ela acabou pegando o hábito de ver, ela conta para Paulina que sempre gostou de ser voyeur. As duas discutiram quase meia hora sobre quem estava certo e quem estava errado. Depois começaram a conversar, um papo animado que acabou em erotismo.
Marta começou a contar algumas aventuras sexuais, Paulina não ficou pra trás e contou também, mas quando assunto chegou em contos eróticos foi que as duas viram que realmente tinham algo em comum. Dentro de uma hora já estavam conversando como comadres de muitos anos.
Minha escritora favorita no site é uma mulher muito boa no que faz e que usa o pseudônimo de Pisciane - disse Marta
Pisciane é o meu nome nesse site, mas que mundo pequeno - rebateu Paulina
Tu que é a Pisciane, mas ela parece ser uma mulher tão feliz, cheia de vida e tão... satisfeita sexualmente, com todo o respeito - falou Marta
Eu sei, eu sei mas é foda não, espera, se fosse foda seria bom, vou te resumir: o Alexandre tem uma grande empresa, mas não sabe administrar o seu negócio, pelo menos não comigo, é vamos dizer assim - disse Paulina
As duas começaram a rir, estavam uma do lado a lado no sofá de 3 lugares, quando as duas pararam de rir Paulina notou o olhar de Marta sobre os seus lábios. Ela se aproximou e parou a um palmo de distância de Marta e vice-versa, uma estava com um hálito de pasta de dente de hortelã enquanto que a outra estava com o cheiro de sêmen, Paulina parou e deixou Marta vim. Um beijo calmo, de quem está explorando uma boca recém descoberta. Marta beija bem, explora habilmente a boca dela e coloca a mão na nuca, a loira não deixa por menos e chupa a língua de Marta com gosto, coloca a mão no rosto e a outra por dentro da camisa, fazendo ela suspirar de tesão.
Paulina vai se inclinando pra trás e Marta vai subindo abraçando, acariciando, beijando e com a mão direita aperta o seio dela enquanto que com a outra mão vai acariciando a parte interna da coxa de Paulina, vai tocando as costas e a bunda de Marta que lança um sorriso safado pra ela quando esta descobre que ela está sem calcinha. Marta coloca dois dedos dentro de Paulina que geme alto, então os coloca na sua boca e depois faz o mesmo na boca de Paulina que chupa com gosto aqueles dois dedos, fazendo cara de quem está adorando o próprio gosto e tudo aquilo que estava acontecendo.
Marta vai descendo e no fundo está com medo, já fazem anos que ela não põe a boca em uma mulher, tem medo de ter perdido a prática. Paulina se senta no sofá, tira o baby doll e o joga em algum lugar aonde a outra não vê, enquanto que Marta sobe novamente e, sim, os peitos dela são tão apetitosos quanto parecem, além de serem convidativos e cheirosos.
A língua de Marta percorre os seios de Paulina, ora em um ora em outro, com a boca em um e a mão em outro, com esta gemendo alto. Ela foi descendo beijando e lambendo a barriga de Paulina, fazendo círculos com a língua no umbigo dela, até chegar em sua virilha e guiada pelos gemidos dela, Marta foi descendo até os pés aonde ela passou a língua pela sola do pé dela. Paulina se contorcia de prazer e tesão. O cabelo desgrenhado, o rosto corado de desejo e os olhos, os belos olhos vesgos dela que naquele momento continham uma súplica, igualmente prazerosa e silenciosa.
Marta subiu e foi se deliciando, provando e adorando as curvas e dobras que levam até o epicentro do prazer de Paulina. Uma boceta rosada, talvez num tom de salmão em certas áreas, mas totalmente encharcada de tesão e desejo. Ela está deitada no sofá, as pernas abertas, totalmente convidativa a boca de Marta que primeiro saboreando, tal qual quem prova um bom vinho e avalia seu gosto, e depois definitivamente, comendo-a com a língua, indo e vindo ela vai se lambuzando da seiva que brota daquela rachadura, que com certeza era a Magnum Opus da deusa Afrodite.
Seu clitóris inchado de prazer e desejo, esperando por uma penetração que hoje não virá. O corpo fervendo de tesão que chegava a tornar o couro do sofá mais quente. Aquele cheiro de fêmea que lentamente toma conta do ar até se tornar a própria Arché do ambiente, são detalhes como esses que levam Marta a crer que não há nada mais humano, mais substancialmente humano do que dar e receber prazer.
O orgasmo veio forte. Paulina gritou, gemeu e se contorceu. Segurou a cabeça de Marta com as mãos e a enterrou em sua boceta, um gesto que se é mecânico com Alexandre, hoje nunca foi tão espontâneo como o foi com sua parceira que parecia saber sensitivamente os pontos que mais lhe davam prazer.
Paulina se levantou com destreza e subiu por cima dela. Novo amasso e um beijo quase vampírico. Em alguns momentos Paulina parecia querer sugar a alma de Marta com os lábios. Dizem que o número mais sexual do mundo é o 69, Paulina nunca foi um dos seus grandes fãs, mas hoje e especialmente hoje ela topou um.
A loira sobre a negra. O chocolate sob o creme. O tom rosado das bocetas completa esse napolitano erótico. Tudo o que uma via era a parte mais intima, mais secreta, especial, espetacular da outra e as duas se sentiam igualmente privilegiadas e gratas por provarem tais gostos tão peculiares. Dedos e línguas trabalhavam com ardente paixão, como se o seu passado, presente e futuro dependessem do prazer que proporcionavam e recebiam de volta, e aquela posição, que fica entre o sexagésimo oitavo e o septuagésimo numeral perdurou por um curto tempo que para as duas pareceu uma era.
Certa hora Marta segurou o quadril da outra, puxou em direção ao seu e ergueu a perna esquerda, Paulina que era experiente entendeu, com certa surpresa o que ela queria e levantou sua perna direita. Os dois pontos, os dois lábios se uniram em um beijo que possuía um ritmo e ao mesmo tempo um rebolado mútuo, frenético e excitante que fez as duas gemerem copiosamente, uma pelo prazer delicioso que há muito não sentia, a outra pelo prazer louco e inesperado que degustava. As duas gemem. Os clitóris se tocam e dançam a valsa criada por Freia, a deusa do amor nórdica. Bailam, giram entre si e de vez em quando tocam seus corpos inchados um no outro.
Dois pares de olhos se fitam no meio dessa loucura, um é verdadeiramente puro, não casto, mas puro sim, de desejo e tesão enquanto que o outro se mostra feroz, prestes a ser saciado e seu mundo parece estar tão torto quanto seus próprios olhos. Dessa fusão os dois pontos que tocam um no outro e em tudo aquilo que também podem tocar um do outro, parecem por alguns pífios e ao mesmo tempo supérfluos momentos unidos, elementos que faziam parte de um único plano astral.
As duas gozam, estavam com o rosto a um palmo de distância um do outro e no ápice do prazer, quando ele vem mais forte do que nunca, a dupla trocou um beijo de desejo, tesão, prazer e paixão. Uma sufocando o grito da outra. As línguas vibravam enquanto se tocavam e abafavam o grito de gozo que esgotara seus corpos e mentes.
Paulina teve dois orgasmos e Marta um, mas no jogo do prazer todos ganham, quando jogam com vontade, empenho e amor ao nobre esporte. A dona da casa sequer se levantou, trocou um longo e gostoso beijo com ela, beijo esse que continha aquele gostinho especial de quero mais e capotou no sofá, como veio ao mundo.
Sua vizinha estava tão embriagada de prazer que ao entrar em casa sequer subiu para se deitar, antes de dormir olhou pro relógio que tem no aparelho de TV a cabo. 5:34 da manhã. Ela dorme satisfeita, de maneira como não dormia havia muito, mas muito tempo mesmo.
A esposa de Jorge acorda as 14:01, sobe até seu quarto e vê seu marido dormindo um sono profundo, nu e com as costas arranhadas, mas ela nunca comentará com o marido sobre isso, pois suas perguntas podem gerar perguntas que precisarão de respostas. Como sempre, Marta acordou com desejo, porém não fez nada a respeito, preferiu sentar na cama e dormir também, mas não conseguiu e acabou ali deitada na cama pensando no que fez e no que fará a seguir.
Pega o notebook na gaveta do seu criado mudo e decide abrir o site de contos, entra no perfil de Paulina e sua boceta que foi definitivamente comida por Pisciane pisca de tesão quando vê a nova obra publicada as 11:49 daquela mesma Terça-Feira chamada "Sobre como descobri que a vizinha é minha leitora e o que eu fiz sobre isso".
V
ERA Terça-Feira ainda.
Todo o plano foi bolado por Marta, depois de contar a Jorge o que tinha feito e ouvir o que o marido fez a semente foi plantada, claro que houve briga, mas é como dizem, o sexo de reconciliação é mais gostoso. Deitada na cama ela reflete sobre como proceder com esse plano, a ideia está crua ainda, tal qual um ovo recém posto na frigideira, mas mesmo assim ela é fixa no pensamento de Marta.
O melhor então era dar uma festa e reunir a todos naquela casa na Sexta. Marta convidou sua amiga Valéria e o marido dela Jamal, enquanto que Jorge chamou Alice, Alexandre e Paulina. Logo a casa estava cheia de gente e repleta de vida. Jorge e sua esposa ficaram na porta recebendo os convidados enquanto um serviço de garçons distribuía taças de Don Perignon e Veuve Cliquot para os convidados que ouvem uma música suave.
Apenas a nata da elite liberal tinha sido convidada, todos os frequentadores das mais caras casas de Swing, clientes das prostitutas de luxo no melhor estilo Andressa Urach estavam ali, uns a falar mal e fazer fofocas dos outros, mas todos com seus podres. É a clássica história do macaco que sentado na merda joga a mesma nos seus semelhantes, igualmente sujos.
Alice estava deslumbrante, estava sem sutiã e usando um vestido da Hermes, o colar era da Coliseu, a bolsa da Gucci e o salto era um Valter Steiger. Estava uma deusa. Tudo isso era para Jorge e para ele apenas, Davi estava em casa com a babá e Alice tinha a van esperança de arrastar o anfitrião que a comia com os olhos para a sua casa e amar ele na sua cama, no seu sofá, no chão da sala sob o tapete, na mesa de jantar, em cima da bancada, no chuveiro... Mas ela era ao mesmo tempo realista, pois sabia da concorrência que tinha. Ao olhar para o lado se assusta ao ver Pascoal lhe olhando fixamente.
Marta estava um arraso, sem duvida alguma o conceito de Heliocentrismo se aplicava a ela, todos flutuavam ao seu redor tal qual abelhas em volta do mel. Seu salto alto Jimmy Choo era invejado cegamente por todas, os homens queriam arrancar o glorioso vestido Cristian Dior que sensualmente cobria seu corpo e ela sabia de tudo isso, sabia que era gostosa e tinha noção do espetáculo que estava naquela noite. Entre os convidados estava a tal Alice que estava com seu marido naquela deliciosa noite do inicio da semana e Marta se assustou ao ver que era a mulher com quem trombou no centro, coisas que esse teatro que é a vida nos apronta, seu sangue ferve quando ela cumprimenta Paulina e por sorte Alexandre não notou as duas quase errando o caminho a bochecha e indo parar na boca. Sua amiga Valéria teve que sair mais cedo.
Sentada no sofá Paulina observa Marta com interesse, era uma mulher que a intrigava profundamente. Sua linguagem corporal exprimia ansiedade, medo e um desejo irrefreável. A mulher de Alexandre se surpreendia ao ver que desejava ter de novo aquela morena em seus braços, com a boceta de um tom meio escuro/avermelhado em sua cara novamente, saboreando as curvas daquela peça que nenhum quadro de Picasso ou Monet conseguiria retratar, o clitóris inchado, uma pequena bolinha de argila em meio aquela maravilha. Em meio a esses pensamentos a boca de Paulina seca, a mão congela e a voz embarga.
De longe ela observa Alexandre e Marta indo conversar em um canto mais afastado de todo mundo, ela não consegue ver o que aconteceu pois tem muitos amigos seus na festa e ela mal consegue se mexer sem alguém puxar assunto. Tudo o que ela vê é Alexandre e Marta saindo de um cômodo uns bons 15 minutos depois, um observador comum ou desinteressado não veria nenhum detalhe aparente, mas Paulina que além de detalhista era uma ciumenta compulsiva pode, ou quis, ver claramente sua amiga ajeitando o cabelo sutilmente e seu marido abotoando o terno que usava. Quem estava recebendo os convidados era a refinada empregada da casa, Leonor.
Retocando a maquiagem no banheiro de cima, Alice olha o quanto está bonita e deseja que Jorge a pegue e leve para algum canto, aonde os dois irão se pegar como dois animais. Há uma teoria que diz que o universo é nosso servo, e que a força do pensamento faz ele trazer para nós as coisas que mais queremos.
Ao sair do banheiro ela sente uma mão lhe puxando pelo corredor, um calor e toque que ela sabe de quem é. Voa pelo corredor e entra em um escritório repleto de livros e mais livros, Jorge a põe deitada em cima da mesa. A porta esta aberta. Sua calcinha é posta para o lado, Alice sente seu vestido subindo e ele a preenchendo.
Seus peitos balançam com o vai e vem, Jorge se deita sobre ela e chupa um e depois o outro, mordisca um e depois o outro enquanto que seu quadril vai se mexendo mais e mais rápido a medida que os gemidos de Alice aumentam, ela implora por mais e mais, Jorge diz em seu ouvido coisas que a deixam louca, ela se delicia ao sentir o seu corpo suado contra o dele e o frio contato da seda do vestido com o seu corpo em chamas a deixa em frenesi. Então ela sente o sêmen inundando sua boceta, mas ele não para e continua a comendo dando grunhidos rápidos e ritmados.
Jorge a coloca apoiada na mesa e seu pau desliza para dentro dela com naturalidade, ele a segura pelas ancas e sequer tirou suas calças que estão arriadas até as canelas. Come ela com gosto, e com gosto ela é comida. Alice geme sentido Jorge batendo na porta do seu útero, seu bumbum inflama a cada tapa que recebe e ela se delicia ao sentir ele puxando seu cabelo até que chega ao ponto em que ela goza, se perdendo naquele labirinto de prazer e gritando o nome do seu amado, que nunca será plenamente seu.
Quando terminam de se vestir Jorge conta a ela do seu plano, Alice pensa um pouco e então aceita, diz que vai ser excitante, mas no fundo só concordou por que faz qualquer coisa por ele, matava e morria por seu homem, que sequer é seu.
Aonde tu tava, eu tive que receber todos os convidados que chegavam sozinha - Disse Marta para o seu marido, pouco tempo depois dele voltar a sala,
Eu estava convencendo a Alice - Falou Jorge, se limitando a dar de ombros,
Então ela topou, ótimo saber disso - Disse Marta dando um daqueles seus sorrisos únicos,
Aquela ali faz o que eu quiser se eu der uma boa comida nela - Falo Jorge se sentindo feliz por agradar a mulher de sua vida,
Tá, mas agora quem é a próxima que a gente vai escolher ? - Perguntou Marta ao seu marido,
Que tal a tua amiga, aquela que se chama Valéria - Respondeu Jorge
Foi mais ou menos nesse exato momento em que começou a se espalhar a notícia que acabou com a festa: Valéria e o marido tinham morrido em um acidente de carro não muito longe dali, na avenida Tramandaí. Aparentemente o carro foi partido em dois por um caminhão de frete que atravessou o sinal e os acertou no meio de um cruzamento, Valéria e Jamal morreram na hora. Quando Marta ouviu essa notícia e passado o monstruoso choque que sofreu com ela a primeira pessoa em quem pensou foi em sua afilhada, a pequena filha do casal que se chamava Lurdes ou Lurdinha para os íntimos.
Como essa não tinha parentes dentro da capital além de Marta e fora da capital também não tinha ninguém, pois sua mãe era a única herdeira dos Macedo de Salles, esta imediatamente se decidiu a dar inicio ao processo de adoção obter a guarda da criança de apenas 4 anos que morava no bairro Azenha junto dos pais em um grande flat localizado perto do Estádio Olímpico.
Como a criança não tinha mais ninguém no mundo acabou ficando na casa da madrinha, no caso Marta. Lurdinha chegou no dia seguinte, Marta decidiu que a criança dormiria na cama com ela e Jorge, algo que o marido não gostou, não era exatamente o maior fã de crianças, mas quando seus olhos se encontraram com os verdes olhos de Lurdinha, inegavelmente Jorge teve que admitir para si mesmo: amava essa criança, amava-a com um poderoso amor paterno.
Segunda mesmo Marta foi a um antigo amigo (ex-colorido), chamado Henrique, prestigiado advogado que trabalha com causas familiares. Ao saber que criança Marta queria adotar, Henrique ligou para uns amigos dos Macedo de Salles, é o famoso "jeitinho brasileiro".
A média na Região Sul que um processo de adoção tramita pela justiça é de 3 anos, mas quando se tem dinheiro, posses e se trata da sobrevivência de um dos nomes mais conceituados do estado, como é o caso dos Macedo de Salles, então esse processo se resume a 4 semanas, nas quais o plano do casal adotante foi protelado. Mas então quando tudo foi normalizado e ficou oficial a permanência de Lurdes com o casal, os preparativos foram reiniciados.
VI
MARTA está com Paulina em um restaurante no bairro Menino Deus, são 19:34 da noite e é a segunda Terça-Feira do mês.
Hoje, as duas são como unha e carne, mais ligadas que os dedos e as mãos. Duas amigas. Duas confidentes. Duas amantes. Paulina pergunta sobre Lurdes, como ela está se adaptando a casa nova, aos novos familiares e principalmente a nova mãe. Marta diz que tudo vai maravilhosamente bem e não poderia estar melhor. Então conta para Paulina do o seu plano e pergunta o que a amiga acha, ela pensa um pouco e diz que topa, era o tipo de loucura que Paulina precisava fazer.
Vai ser muito bom, já acertei tudo e só falta ver o dia certo - Falou Marta,
Mal posso esperar então - Disse Paulina sem tentar conter a animação,
Ok, pode pedir a sobremesa pra mim que eu vou ir no banheiro rapidinho? - Falou Marta se levantando e perguntando à amiga,
Pode ser uma Torta de Carolinas com Pralinê de alguma coisa? - Disse Paulina,
Tudo bem - Falou Marta sem saber o que era um Pranilê,
Marta foi ao banheiro e quando estava saindo recebeu uma ligação de Jorge, vamos ver o que eles conversaram.
Oi, amor - Disse Marta,
Oi - Falou Jorge,
Como ta a Lurdinha? - Perguntou Marta,
Bem, ta brincando ali na sala, to aqui servindo suco pra ela e tu já falou com a Paulina? - Quis saber Jorge,
Falei sim, ela topou na hora e disse que mal podia esperar - Respondeu Marta
Ok, eu que mal posso esperar então - Falou Jorge rindo
Então ta e tu te prepara que hoje de noite eu vou fazer aquilo que tu adora... - Disse sedutoramente Marta
Meu Deus do céu, como eu te amo minha nega, não sei o que faria sem ti - Falou Jorge
Também te amo, desde sempre e para sempre meu amor, tenho que desligar por que ela ta me esperando - Falou Marta
Ok, vai lá que quando tu voltar vou ta te esperando com um vinho branco e uma janta bem gostosa - Disse Jorge
Ai, mal posso esperar, da um beijo na Lurdinha por mim, amo os dois de todo o meu coração e se cuidem - Falou Marta que então desligou celular.
Voltou a mesa e Paulina estava trocando mensagens com um amigo no celular, a sobremesa já tinha sido servida. Marta sentou, pegou a colher e começou a comer a torta. Uma delícia. Parecia que derretia na boca e com aquela onda de calor que a cidade estava enfrentando nada melhor que uma torta gelada. As duas estavam comendo e conversando sobre trivialidades quando Marta sentiu.
Do que é esse Pranilê? - Perguntou Marta arfando e ficando cada vez mais vermelha,
Nada demais, existem os de castanhas, os de nozes e muitos outros, mas esse é de amêndoas - Disse Paulina
Amêndoas, mas eu sou alérgica a amêndoas... - Disse Marta enquanto sua garganta se fechava com assustadora velocidade,
Tu é alérgica amêndoa!? - Disse Paulina
Sim, eu já tinha te dito isso, me ajuda por favor... - Implorou Marta com um fio de voz, quase um chiado.
Na verdade Marta não se lembrava se tinha dito ou não para Paulina se era alérgica, tinha quase certeza que tinha dito, mas não poderia afirmar se a perguntassem. Não deu nem tempo pra Paulina ter qualquer reação. Marta dormiu e dessa vez não acordaria com desejo, não acordaria com nada, pois simplesmente simplesmente Marta acabou-se ali, naquela mesa, naquele instante. Seu ultimo pensamento foi que deixou o antialérgico em cima da bancada. Não pensou em Jorge, nem em Lurdinha ou sequer em Paulina, pensou na bancada. A maldita bancada em que ela esqueceu seu antialérgico.
A causa mortis foi um choque anafilático fulminante que ocorreu em seu organismo, trancou em instantes as vias respiratórias de Marta, que sem levar ao oxigênio ao cérebro desmaiou, dando inicio a todo o processo conhecido como parada cardio-respiratória. Ao saber da noticia Jorge levou um baque, foi como se sua vida fosse Nagasaki e aquela noticia a bomba que varreu tudo, deixando muito pouco ou quase nada para trás, ele ficou profundamente abalado somente encontrou refúgio para sua dor nos braços de Alice
Sua mãe sofreu profundamente com a morte de sua filha e disse no enterro: "Nenhuma mãe nessa vida merece viver o suficiente para enterrar a própria filha". Dona Virgínia foi-se pouco tempo depois. Lurdinha, agora herdeira tanto dos Macedo de Salles quanto dos Hermes Bittencourt, perguntava o tempo todo pela "Dinda Mata" e tudo o que Jorge conseguia dizer segurando as lágrimas era que "ela foi viajar com a mamãe Valéria e daqui a pouco elas voltam".
Com o tempo Alice foi se tornando mais e mais presente, até que pouco tempo depois os dois se casaram. Um pouco por necessidade, um pouco por tanto um não querer que a filha cresça sem mãe, quanto o outro querer que o filho tenha uma figura masculina presente em sua vida. Na cerimonia foram poucos, gente selecionada e considerada importante e/ou relevante pelo casal.
A noite de núpcias foi quente. Jorge deitou Alice na cama, no criado muda duas taças que continham uma boa safra de Don Perignon estavam vazias. Beijou a esposa, foi até o seu pescoço e então chegou a sua orelha, a qual ele mordiscou e passou a língua.
Desceu novamente beijando e acariciando aquele belo pescoço, chupou com gosto aqueles peitos, os quais já sabia de cabeça o cheiro e o gosto. Alice gemia. Como era bom ser amada pelo homem que amava. Como era gostoso ser fodida pelo homem que desejava. O melhor de tudo era saber que os dois eram um só em sua vida, a mistura de amor e paixão em um único relacionamento.
Jorge apertou mordiscou, lambeu, chupou e se acabou naqueles belos, rijos e fartos seios que Alice tinha. Ela suspirava de desejo, sabia que podia gozar por ali mesmo, mas seu marido quis ir além, desceu até a barriga dela, beijou e saboreou o gosto da pele de Alice, lambeu seu umbigo e seguiu até ao epicentro daquela mulher, pois o clima, o cheiro, o contato e todos os outros detalhes transformavam Alice em um verdadeiro Monte Vesúvio.
Segurou a cintura de Alice, beijou suas coxas, apertou seu bum bum e acariciou o clitóris habilmente com os dedos. Saboreou a virilha dela para então subir até o pubis e descer com uma longa linguada que percorreu os quatro cantos da boceta de sua esposa. Alice arquejava e achava impressionante o poder que o contato da língua morna de Jorge tinha sobre ela.
Alice tentava parecer contida e inabalável, mas seus gemidos a traiam. Tentava parecer indiferente, mas sua respiração a traia. A verdade é que amava sentir aquele pau dentro dela, sentir aquela boca provando cada centímetro da sua pele nua ou até mesmo o simples toque daqueles lábios finos nos seus lábios, tanto os do cume quanto os do sopé.
Só Deus sabe o quanto ela gostava daquilo, de quando Jorge lhe chupava com ardor, como se o sulco que brotava daquelas dobras que se apresentavam com tanta passividade para serem chupadas fossem o liquido necessário para lhe manter vivo.
Ele fazia Alice pensar que isso era real quando afundava a cara naquela boceta, quando ele a fodia com a sua língua e tentava a meter o mais fundo possível dentro dela, quando ele mordiscava e enfiava os lábios e os dentes por cada dobra morena daquela boceta que surgiam para serem exploradas. Era inebriante, delirante e sensualmente sufocante aquela loucura que eles estavam fazendo.
Jorge desceu aquele caminho que leva da boceta ao bumbum, chegou naquela área reservada para poucos, ou no caso apenas ele. Ali só ele tinha se aventurado, muitos tentaram, muitos quiseram, mas foi só com ele que Alice gozou por ali. Enquanto suas papilas trabalhavam naquele lugar especial, seus dedos operavam em outro local daquela ilha de prazeres carnais.
Alguns dedos bolinavam o clitóris de Alice, outros fodiam sua boceta e faziam seu quadril rebolar ao ritmo daquela dança sexy, esses mesmos dedos as vezes subiam e entravam na boca dela que os mordia e chupava para poder provar e arrancar todo o seu sulco dali.
O cheiro de boa foda já tomava conta do ar. Jorge agora se focava naquela boceta, saboreando, provando e deixando escorrer pelos cantos da boca tudo que dali brotava. Alice embriagada de prazer puxava seus cabelos e acariciava sua cabeça.
O orgasmo veio como um raio que cai de maneira estrondosa, chegou fazendo barulho. Alice rebolava compulsivamente na boca dele e este mamava na sua boceta tal qual um bezerro o faria na teta de uma vaca. Então ela sentiu. Com força e na forma de uma descarga elétrica que percorreu seu corpo.
Jorge que estava só de samba canção definitivamente arrancou a cueca e subiu em cima de Alice, seu pau não entrou, mas sim deslizou pra dentro daquela boceta encharcada, ela arranhou suas costas com vontade enquanto ele a fodia com gosto, chupado os seus peitos e mordiscando os bicos. Alice gemia e rebolava freneticamente no pau de Jorge, ele tirou o pau de dentro Alice e disse para ela chupar.
Ela se sentou na cama, agarrou o pau de Jorge com firmeza e sem medo de machucar prendeu o cabelo com uma mão enquanto que com a outra ia tocando uma punheta arritmada e lenta. Quando acabou chupou com gosto aquele pau, lambeu da base a glande, chupou as bolas, mordiscou a ponta da glande, para então ir engolindo e punhetiando de maneira sensual e gostosa. Batia com o pau na sua cara e pedia para ele fazer o mesmo nacara dela. Assim Jorge gozou. Assim Alice engoliu tudo
Se apoiou na cabeceira da cama e veio com o quadril pra trás Jorge a segurou pelas ancas e entrou de uma vez, já fodendo e batendo, puxando o cabelo enquanto Alice mordia a fronha do travesseiro pra não gritar, suas nádegas estavam vermelhas, ardiam e a cada novo tapa ficava pior, mas a medida que ficava pior ao mesmo tempo também ficava melhor.
Chegou uma hora em que ela estava de quatro na cama e a cada nova bombada forte e rápida de Jorge ela batia sua cabeça na cabeceira. Ela queria atrás. Os dois estavam em tamanha sincronia que Jorge se ligou nisso na hora, mas ele não iria meter direto, pois há um certo prazer mútuo na crueldade durante uma foda que simplesmente apimenta tudo.
Isso, vai me come, não era isso que tu queria filha da puta, agora vem soca forte na minha boceta - gritava Alice,
Mete, come tua putinha, me faz de cadela e deixa eu rebolar no teu pau - gritou de novo Alice,
Tu quer atrás não quer, puta ordinária - disse Jorge dando um sonoro tapa no seu bumbum,
Jorge não falou nada e apenas tirou da boceta de Alice e o direcionou no bumbum dela, entrou sem muita dificuldade e a cada centímetro que aquele bumbum guloso engolia seu pau Jorge ia ficando mais e mais satisfeito, a cada centímetro que ia entrando pra dentro de Alice que ia se sentindo mais e mais preenchida quase como se ter aquele pedaço de carne quente arrombando seu bum bum fosse algo surreal, aquela sensação de ter algo lá dentro e adorar isso era algo que Alice nunca conseguiu sentir com outro homem que não fosse aquele que colocou, pela segunda vez, um anel no seu dedo e o primeiro a por um pau no seu anel.
Nunca antes aquele bum bum tinha sido tão bem comido, de maneira que Alice implorava para Jorge arrombar seu cu e atravessar ela ao meio. Gritava, chorava, implorava no meio daquilo tudo. Em um momento sem sequer tirar o pau de lá de dentro, ele faz com que Alice pule no seu pau e mexa loucamente. Alice sentia agora aquilo subindo, vindo de dentro dela e pronto para vir ao mundo. Começou a quicar descontroladamente no pau de seu marido, seus peitos balançavam e sua cara estava desfigurada de prazer.
Gozou como talvez nunca tivesse ocorrido antes, quando gozava por ali. Gozou gritando o nome de Jorge Inúmeras vezes e este também chegou ao ápice logo em seguida enterrando o pau no bum bum de Alice e inundando tudo lá dentro de sêmen. Os dois caíram na cama exaustos e dormiram assim mesmo, nus, suados e um engatados um ao outro.
VII
A FIGURA de Marta marcou profundamente Paulina, tal como Camões em seus poemas aonde se podia ver claras alusões a uma musa eternamente desconhecida, podia se ver a figura dela em seus contos. Seja através da influência direta ou indireta, Marta mudou a vida de Paulina. Ela largou Alexandre, pois cansou de ser corna, e se mudou para Curitiba.
A ideia que Marta tinha lhe confessado naquele dia permaneceu viva na mente da escritora até se materializar em uma obra que mostra os encontros e desencontros, casos e acasos que a vida nos proporciona como aqueles que levariam Paulina, Alice, Marta e Jorge para uma noite de prazeres jamais exprimidos, tal qual era o desejo que jamais sera realizado da falecida.
Se Paulina sabia ou não da alergia de Marta, nunca se soube, mas como escreveu uma vez um famoso poeta sueco "Apenas quem com ela se deslumbra pode lhe dar um fim, apenas quem teve uma musa desventurosa ama e se deixa amar assim".
Alice sonha. No seu sonho ela está num quarto de motel, Paulina está quicando no pau de Jorge, já Marta está rebolando na sua boca enquanto ele a masturba com os dedos e o néctar de sua esposa escorre pelos seus lábios. Ela acorda assustada como uma estranha sensação de que está sendo observada, olha em volta e então seu olhar para no relógio do aparelho de TV a cabo. 07:16. Pela a janela um raio de sol inunda o quarto por dentre as frestas da persiana, Alice passa a mão pela parte interna da coxa e sente um arrepio intimo que conhece muito bem, olha para Jorge que está dormindo tapado pelo lençol, mas que ela sabe que está pelado, põe uma mexa do cabelo atrás da orelha e sorri.
Alice acordou com desejo.
Comentários
Meu amor, quando a obra é boa não importa que tenha uma folha ou duas mil páginas. É necessário que ela nos prenda, nos agarre pela curiosidade e fruição. Seu texto é isso, achei fantástico. Fiquei sua fã (se puder dê uma olhada em meu texto, ficarei lisonjeada com suas observações). Em resumo, amei!
Tive que ler de novo esse conto, pq sinceramente eu n tinha entendido ele mas agora acho que entendi o "real motivo" do conto se chamar menage a quatre dans le. Um conto grande demais para mentes pequenas, beijos da RÊ.
PENSEI VÁRIOS ADJETIVOS PRA COLOCAR AQUI, MAS NENHUM ME PARECEU BOM PRA ESSE CONTO IMPRESSIONANTE(OLHA ACHO Q ESSE SERVE) JSJSJSJSJJS. BJS DA MANDY
Uma história que mistura amores e desamores, muito erotismo e um possível crime passional. Tudo isso num enredo e narrativa de tirar o folego. Nota 11 pra vc, Bjs.
Demorou mas cheguei até aqui embaixo, quanto ao conto só posso dizer: I.M.P.R.E.S.S.I.O.N.A.N.T.E