Pretérito

Um conto erótico de Luuh_seven_tones
Categoria: Homossexual
Contém 954 palavras
Data: 27/02/2020 12:49:20
Assuntos: Gay, Homossexual, negro

Noite alta. Respirações aceleradas de uma transa que, apesar de lenta, acelera não só a mente, mas a vida. Preto e branco. Cinza e azul. Rosa e roxo. Rolamos pro lado, e enquanto nos recuperamos, pousa a cabeça no meu peito. Acaricio seus cabelos, despreocupado, enquanto lembro como o conheci.

Ah, esses olhos castanhos curiosos, escondidos atrás de lentes... Olhar divertido... Tatuagens, brinco..., mas principalmente a barba, e a voz de tenor...

Não esperava conhecer alguém que, mesmo tão diferente, seria tão igual a mim. E principalmente, na mesma profissão. Em uma aula. E o fato de ele sentar na minha frente me fez ter ânsia de morder aquela nuca morena que ele tem. (Agora eu posso, e quanto eu quero. Risos). Meses de conversas, flertes tímidos, vontades reprimidas, medos contidos. E uma pergunta mudou a nossa história. Como canta O Pensador: “eu poderia não saber que ‘cê’ existe, mas Deus olhou pra nós, e te botou na minha frente”. Literalmente.

Ele ressona lentamente, num sono leve, infantil. Como a criança que há dentro de nós. Beijo sua testa, e um pequeno sorriso se forma na boca gostosa dele. Saber que ele ouve meu coração me deixa um pouco nervoso, o que o acelera.

— O que foi?

— Nada. Porque?

— Seu coração acelerou. Tá tudo bem mesmo? – Ele pergunta. E o seu tom me diz que ele está nervoso. E me olha.

— Eu só tô feliz em estar com você. — Beijo sua boca, levemente. E sinto o gosto de vontade que os lábios dele me dão.

— Japinha bobo...

— Donut da minha vida...

Seu olhar muda rapidamente, de menino apaixonado, para homem com desejo. E me puxa para cima dele, arranhando minhas costas com seus dedos enquanto beijo selvagemente sua boca. O sabor da língua complementa o dos lábios. O cheiro de pós sexo e tesão recende no ar. Seu sexo pressiona minha coxa, que se cola a sua, por entre suas pernas. Ele rebola lentamente, como se dançasse um tango sensual e inalcançável, sem muito ritmo definido. Enquanto desço da sua barba em direção ao pescoço, seguindo rumo os mamilos, suas pernas se cruzam nas minhas costas, seu saco se atém à minha barriga, juntamente com a sua ereção pulsante, enquanto meu pênis encontra lentamente o ritmo do nosso prazer, nosso amor. Nossa união, não só sexual, mas de almas e sentidos.

O gemido baixinho, lento, arfante que ele mantém enquanto fazemos amor se une ao meu, tornando-se uma música de tons altos e baixos, tal como uma ária de Puccini em seus últimos anos.

Em algum lugar lá fora, uma música suave e indefinível toca, enquanto começa a chover e esfriar o tempo. Um clima ideal e saboroso para se amar ainda mais alguém. Seus olhos se fecham, e suas pernas me pressionam contra ele. Seu orgasmo é quase violento, enquanto gozamos praticamente juntos.

— Se não deu sangue na fita, não pode ter hemácias aí. Eu sei. Bombei nessa matéria — foi a primeira vez que ele falou comigo. E eu vi que, por trás daqueles óculos, havia alguém a se conhecer. Que é além das aparências, de garoto rebelde e tatuado, com a eterna melhor amiga a tiracolo. Inclusive nas faltas e provas.

Depois de quase cochilar, volto à realidade com sua voz no meu ouvido.

— Amor, vem. Precisamos tomar banho. Ainda vamos sair, lembra?

— Depois de transar duas vezes, é meio complicado sair, não acha bebê?

— Tudo bem então.

— Eu tô brincando, amor. Claro que vamos sair. Hoje é o nosso dia!

— Besta!

Sinto a água fria cair sobre mim, levando todo cansaço de um dia embora. Me renova. E sinto seus braços longos me abraçando pelas costas. Nesse toque tão íntimo e pessoal, me entrego em seus braços. E ficamos assim por alguns minutos. Entre beijos, espuma e algumas bolhas. Vidro embaçado. Nos ajudamos um ao outro a se secar. Cuidando de mínimos detalhes do outro.

— Faz minhas redações pra mim? Eu nem sei quais são... rs

— Faço sim. Só preciso fazer as minhas antes. Mas o que eu ganho com isso?

— Sei lá. Me diz o que tu quer.

— Eu não sei. Podemos ficar.

— Ok. Ficamos em troca das redações. — e apesar de isso tudo parecer um preço a se pagar por isso, não foi uma obrigação a nenhum de nós. Eu fiz a redação, e ele ficou feliz. Era tudo o que me bastava.

— você já está pronto? — eu pergunto.

— quase. Que camisa acha melhor?

— você sabe o meu senso de moda. Me visto praticamente igual todo dia. Sabe que se não fosse por você, eu viveria de camisa polo.

— rs é verdade. Gosta dessa?

— eu gosto de você. E acho que tudo te combina.

— fofo rs.

Fico observando o quanto esse grandão mudou na minha vida, pensando cada momento, cada conversa que tivemos. Os beijos do dia do “pagamento da dívida”. Saber que ele queria tanto quanto eu foi a minha maior alegria.

— acho que estou pronto.

— Você com certeza já nasceu pronto.

No caminho ao restaurante, enquanto ele dirige, brincamos de coisas bobas e engraçadas, não mais como amantes, mas como amigos que também somos. Momentos compartilhados, conversas tidas, bobagens ditas, piadas prontas. A chuva fina e intermitente é o cenário de hoje de nossas vidas. Um cenário que, apesar de muitos acharem pouco favorável ou totalmente inadmissível, como se pudéssemos controlar o mundo, é o que melhora nosso ânimo, e deixa tão mais leve e feliz a vida.

Deixamos o carro no estacionamento mais próximo.

Ele segura minha mão.

Sinto a já conhecida corrente que nos une, fazer saltar meu coração como se nada pudesse nos abalar.

Nesse momento eu experimentei o fato de que, com toda a certeza, Deus existe. E sorria, nos olhando sermos felizes.


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Comentários

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um prazr em ler e vivenciar e sentir nas palavras o gozo pela narrativa. melhor prazer

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