Ação e Reação - O Urso Italiano

Um conto erótico de Gabriel26
Categoria: Homossexual
Contém 3395 palavras
Data: 30/06/2016 18:00:28

Caros leitores, nesse capítulo teremos uma surpresa, por isso o conto vai ser escrito em italiano e portugês, resolvi fazer isso pois como sou fluente decidi deixar um pouco mais interessante o conto.

Boa leitura

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Ação e Reação – O Urso Italiano

Já era sexta, a impressão que tinha é que um Boeing 737 havia aterrissado em mim, não dormi nada a noite passada.Ontem o dia tinha sido muito tenso aqui no escritório, um verdadeiro inferno.Primeiro descubro que o meu tio me “cedeu” ao meu primo Marcos para dar apoio a ele como seu secretário.Eu fiquei muito puto mesmo, pois o meu tio tomou essa decisão sem me consultar, a minha opinião não deve valer nada,tomou uma decisão por mim e acabamos discutindo, e nos expondo ao ridículo na frente do escritório inteiro.Passado a confusão fiz um acordo com o meu tio, eu iria atender ao Marcos mas com uma condição, esse seria meu último trabalho no escritório, depois disso eu iria sair do trabalho e de casa.E depois, quando fui a sala do meu primo pra ver se ele dava uma posição sobre o que eu iria fazer, ou se já tinha alguma coisa pra me passar ele quis dar uma de “sou o patrão foda”, isso pra cima de mim não. Não mais.Bom mas hoje seria outro dia e eu espero que seja melhor que ontem.

Conforme combinado, hoje seria o primeiro dia como funcionário integral do Marcos, quer dizer ...eu ainda responderia meu tio, mas enquanto ele prestava auxílio em uma consultoria eu prestaria apoio ao Marcos.

Fui a sala dele contra a vontade bati na porta e entrei.

- Bom dia Fernando – disse ele sério – algum problema? – me perguntou sem desviar os olhos do notebook dele.

- Bom dia – respondi desconfiado – você está bem, não vai ter nenhuma ofensa?

- Fernando, você é meu funcionário agora – disse ele desviando os olhos do notebook e olhando pra mim - se eu lhe desacatar eu sou processado por você – disse ele em tom irônico – eu tenho certeza que você adoraria fazer isso eOk Marcos... – disse sem muita paciência e não acreditando no seu teatrinho de homem sério – tem alguma coisa que posso fazer pelo “senhor”? – perguntei.

- Não! – disse ele seco – por enquanto não, pode voltar pra sua mesa, se eu precisar eu ligo pra você – disse ele.

- Ótimo – sorri – sabe onde me achar né? – completei.

- Espera! – disse ele antes de eu sair da sala – não gostei dessa ironia de “senhor”, vamos nos comportar de acordo com o meio profissional e não como se estivéssemos com seus amigos – disse irônico.

- Ok – disse a ele – vamos nos tratar com formalidades, pois você com certeza não merece ser tratado como amigo, não por mim – completei.

- Se você acha melhor – disse ele dando um sorrisinho – saia e fecha a porta – completou.

Dei a as costas a ele e sai da sala, voltei a minha mesa e fiquei uma boa parte da manhã jogando xadrez no computador e organizando que teria que comprar pra faculdade, e quais matérias teria que me matricular esse semestre.Minhas aulas começariam na segunda feira a noite e era bom deixar tudo organizado.

Estava distraído olhando uma calculadora gráfica nova na internet quando chega Giovanna com um sorrisinho cínico.

- Fiquei sabendo que você vai trabalhar pro Marcos – disse apoiando as mãos na minha mesa – quanta ironia, vai trabalhar com quem mais odeia você?

- Ué querida – disse eu fazendo cara de deboche – saber que você é loura burra eu sabia , agora que é lesada é novidade. Essa notícia já foi ontem – completei rindo.

- Olha como você fala comigo – disse ela apontando o dedo pra mim – ou eu conto pro seu tio!

- Nossa! – disse botando a mão no peito – também é fofoqueira! Giovanna deixa eu te falar, aqui estamos na vida real, não na escola – completei.

- Bem que o Marcos falou – disse ela me olhando com nojo – além de um viadinho você também é debochado – completou.

- Olha vindo do meu primo que deve ser um corno e de uma puta que nem você pra mim é elogio – disse rindo pra ela.

- Do que você me chamou? – perguntou ela com raiva.

- P-u-t-a – dsse soletrando as palavras – será que você não sabe o que é isso? – perguntei.

Quando vi que ela se preparou pra me dar um tapa eu segurei seu braço.

- Não pense em fazer isso querida – disse olhando com raiva.

- Eu odeio você, tomara que você pegue AIDS e morra – disse ela soltando o braço.

- Bonito, era o que o escritório precisava uma advogada preconceituosa e arrogante – disse pra ela co olhar irônico.

- Sou verdadeira – disse ela cruzando os braços.

- Pois eu também sou – disse olhando pra ela com deboche – seu lugar é na esquina, você como advoagada deve ser uma merda, pois teve que vim grudada com o meu primo que nem carrapato – completei.

Ela me olhou surpresa.

- Isso não vai ficar assim! – disse ela indo em direção a sala do meu primo.

- Corre vai, corre contar pro seu macho que o primo viadinho falou umas verdades pra você - disse rindo dela.

Eu voltei ao meu lugar esperando o que ia acontecer, minutos depois ela saiu da sala dele me olhando com raiva.Esperei ele vim me dar sermão ou querer me bater mas nada aconteceu e sabe por que, ele precisava de mim, eu tava pouco fudendo pro emprego já, como se diz o que é um peido pra quem ta cagado não é?

Quando deu umas 11:00h resolvi tomar uma café, meu primo tinha saído mesmo e disse que demoraria pra voltar, então com certeza eu estava a toa. Fui pra copa tomar um café e encontrei o Marlon comendo um sanduíche.

- Bom dia Marlon – disse a ele.

- Bom dia Fernando – disse ele sorrindo.

- E a família, está tudo bem? – eu sempre perguntava da família dele pois suas histórias com ela, me faziam ri.

- Está sim Fernando obrigado por perguntar – disse ele – agora me conta que b.o foi aquele ontem entre você e meu tio? – disse ele me cutucando.

- Sabe Marlon é complicado – disse procurando um copo - resumindo, agora eu trabalho pro Marcos e respondo o meu tio, enquanto ele estiver fazendo uma consultoria vou dar apoio ao meu primo – falei pra ele enquanto enxia o copo com um pouco de café.

- Bom dia rapazes – disse dona Rosa entrando na copa.

- Bom dia dona Rosa. – respondi.

- Bom dia Rosa – disse Marlon.

Dona Rosa pegou um pouco de café e se escorou na porta que da para sacada se virou pra mim e perguntou.

- E você meu filho como está? – disse ela esperando minha resposta, Marlon também parecia estar interessado.

- Estou bem, na verdade nada mudou – disse dando de ombros – fora o fato que agora trabalho pro meu primo que me odeia tudo está bem. – disse gesticulando.

- Meu filho, vai dar tudo certo – ela me deu um abraço e foi saindo da copa – confia...

- Fernando vou indo também – disse Marlon – tenho que ir buscar um documento pra dona Giovanna, nos falamos depois – completou.

- O Marlon – chamei ele, então se virou e olhou pra mim – Cuidado com aquela cobra, pois hoje já disse umas verdades a ela então deve estar uma arara – completei.

- Só você – disse ele rindo e saindo da sala – tchau – completou.

- Tchau – respondi.

Resolvi ficar mais alguns minutos na copa, quando entre Luiz.

- Bom dia ursinho – disse ele me olhando com desejo – como você esta?

- Bom dia Luisão – respondi – eu estou bem obrigado – completei.

- A vontade que eu tenho é de te pegar, te encher de beijo e transar loucamente contigo em cima dessa mesa – disse ele se aproximando de mim e apontando pra mesa que havia na copa.

- Para Luiz! – disse dando um tapinha nele, a ideia de transar ali me excitava, mas nem em sonho transaria no meu ambiente de trabalho, ainda mais em cima da mesa, é pecado eu acho. – alguém pode nos ouvir.

Ele se aproximou falando próximo ao meu ouvido.

- Sabe o que eu quero ouvir? – perguntou ele.

- Não – respondi – não sei, o que você quer ouvir?

- Eu quero ouvir você gemer e dizer que eu sou seu macho, e que você é meu ursinho – disse ele me olhando e se aproximando mais.

- Luiz – disse afastando ele – vamos parar por aqui, eu tenho que voltar pro trabalho e você também.

- Ah é falando nisso lembrei! – disse ele fazendo cara de surpresa – você me tira do sério que até esqueci que vim lhe pedir um favor – disse ele meio sem graça.

- Pois peça – disse – se eu puder ajudar.

- Sabe – disse ele – é que tem um italiano lá na recepção que quer falar com seu tio, mas como nem ele e nem o Marcos estão aqui, eu queria saber se você pode receber ele.

- Ué – disse – você não pode recebê- lo.

- É – disse ele ficando sem graça e coçando a cabeça – eu não sei falar italiano.

- Entendi – disse entendendo onde ele queria chegar – você quer que eu receba ele por que eu falo italiano, é isso?

- Sim – disse ele aliviado – você pode?

- Posso – disse – vai ser um prazer ajuda – lo senhor Luiz – disse a ele mordendo os lábios.

- Não faz isso ursinho – disse ele vindo pra cima de mim de novo.

- Vamos! – disse me esquivando dele.

- Ok – disse ele – mas depois vamos terminar o que nem começamos – disse ele me segurando pelo braço.

- Tá – disse olhando pra ele – depois veremos isso.

Me despedi do Luiz e voltei pra minha mesa, continuei listando e organizando o que eu teria que comprar pra volta as aulas na faculdade.Alguns minutos depois se aproxima pelo corredor que da acesso a recepção, um homem que nunca tinha visto por aqui muito muito gato por sinal, parece um gangster, um tiozão de aproximadamente 45 anos, cabelos e olhos negros, meio bronzeado 1,90m ,120kg mais ou menos todo parrudão e barbudo, apesar de intimidador estava com uma feição de assustado, parecia meio perdido.

- Scusa(desculpa) – disse ele um pouco tímido.

Ao ouvir o idioma em que me cumprimentou logo percebi quem era, se tratava do italiano que estava procurando pelo meu tio. Tratei então de abrir um sorriso e recebê-lo bem pois devia ser estressante pra ele estar em um lugar onde ninguém lhe entende.

- Buon giorno, come estai (bom dia, como vai) ? – disse sorrindo pra ele.

Quando ele ouviu eu cumprimenta-lo em italiano ele abriu um sorriso de alivio.

- Grazie a Dio si parla italiano , il mio nome è Mario de Carli , sto cercando Giovane Parcianello (Graças a Deus você fala italiano, meu nome é Mario de Carli, estou procurando Giovane Parcianelo) – disse ele aumentando um pouco o tom de voz gesticulando e sorrindo. Isso é bem coisa de italiano falar alto usar mãos e braços pra falar.

Retribui o sorriso e percebi que aquele homem grandão era simpático como havia imaginado.

- Piacere , il mio nome è Fernando Parcianelo , io sono tuo nipote e segretario (Prazer, me chamo Fernando Parcianelo, sou seu sobrinho e secretário) – disse estendendo a mão para cumprimenta-lo.

Alguns funcionários que passavam por ali nos olhavam curiosos pois era a primeira vez que recebíamos um italiano no escritório, já havíamos recebido um ou dois clientes norte - americanos ou argentino mas nunca um italiano e também era a primeira vez que me ouviam falar em outro idioma.

- Fernando il Giovane ci vorrà , perché sono venuto senza preavviso , perché il mio volo è arrivato prima e non voleva essere un fastidio per voi ?(Fernando o Giovane vai demorar, pois eu vim sem avisar, pois meu vôo chegou antes e não quero ser um incomodo pra você)? – perguntou ele com olhar precupado.

- Non ti preoccupare tu Mario , mio zio dovrebbe presto essere lì e come ho appreso del suo arrivo in pochi minuti fa ho avuto il tempo di prepararsi a riceverlo , c'è qualcosa che può aiutare durante l'attesa per mio zio (Não se preocupe senhor Mario, meu tio logo deve estar ai e como fiquei sabendo da sua chegada a alguns minutos atrás eu tive tempo de me preparar para recebê-lo, tem alguma coisa que posso ajudá-lo enquanto espera meu tio)? – disse tranquilizando ele.

- Se mi è possibile dimostrare come l'ufficio e mi tengono compagnia sono grato (Se voce puder me mostrar como funciona o escritório e me fazer companhia eu fico grato) – disse ele olhando ao redor e depois olhando novamente pra mim.

- Certo che posso maestro Mario , come ha detto oggi sono a vostra disposizione per aiutarvi a che cosa avete bisogno (Claro que posso senhor Mario, como disse hoje estou a sua disposição pra lhe auxiliar no que é preciso) – disse sorrindo e me levantando da mesa.

- Solo una cosa (só uma coisa) – disse ele sorrindo - non c'è bisogno di chiamarmi signore, solo Mario è buono (não precisa me chamar de senhor, só Mario está bom) – disse ele.

- Va bene così si prega di seguire me Mario (Tudo bem então, por favor me siga Mario) – disse pra ele fazendo sinal pra me acompanhar.

Levei ele primeiro conhecer o seu Antônio que junto com o meu tio era dono do escritório, então nada mais correto do que leva-lo primeiro a ele.

- Seu Antônio – disse entrando em sua sala que estava com aporta aberta, Mario me seguia meio tímido ainda – posso entrar? – perguntei.

- Claro Fernando – disse ele abrindo um sorriso – está tudo bem? – perguntou ele olhando pra mim e depois olhando pro Mario.

- Sim está – disse – seu Antônio, vim apresentar para o senhor o Mario De Carli.

Seu Antônio se levantou e estendeu a mão para Mario que retribuiu estendendo a sua.

- Prazer Antônio Gonçalves – disse num tom formal.

Não precisei traduzir, Mario entendeu o cumprimento e retribui animadamente.

- Piacere , Mario de Carli (Prazer Mario De Carli) – disse Mario sorrindo pro seu Antônio.

Gostei da reação iataliano.

- Mario tua Antonio insieme a mio zio Giovane è un partner e ufficio proprietario (Mario o seu Antônio junto com o meu tio Giovane é sócio e dono do escritório) – expliquei a ele que me ouvia atentamente.

- Fernando ele está aqui pra falar com o seu tio sobre a consultoria não é? - perguntou seu Antônio.

- Sim – disse a ele.

- Quanto tempo ele vai ficar por aqui? – perguntou seu Antônio olhando pra mim e pra ele esperando a resposta.

Me virei para o Mario para saber perguntar.

- Mario , per curiosità quanto tempo dovrà rimanere qui con noi (Mario,por curiosidade quanto tempo você deve ficar por aqui com a gente)? – pergntei.

- Fernando, io resto qui per circa un mese (Fernando, devo ficar por aqui por mais ou menos um mês) – respondeu ele sorridente.

- Seu Antônio pelo que ele me falou ficara mais ou menos um mês -disse ao seu Antônio.

- Ótimo Faremos um jantar lá em casa – disse ele sorrindo – temos que receber bem os amigos – disse ele sorrindo.

Seu Antônio também era uma pessoa carente.Me virei pro Mario.

- Antonio voleva sapere la vostra durata del soggiorno , per invitarlo a cena a casa sua (Seu Antônio quis saber seu tempo de permanência, para convidá-lo para um jantar em sua casa) – disse ao Mario apontando para seu Antônio que olhava pra ele.

- Grazie, sì, lo farò con piacere , ma prendo il vino in Italia non andare a casa di un amico senza nulla (Muito obrigado, vou sim com o maior prazer, mas eu levo o vinho, na Itália nunca vamos a casa de um amigo sem levar alguma coisa) – disse sorrindo para seu Antônio.

Fiquei mais alguns minutos na sala servindo de tradutor para Mario e seu Antônio, que se entrosaram muito bem, percebi que a barreira da língua não deixou eles numa situação desconfortável. Seu Antônio teve de se retirar para um compromisso no Centro, mas antes me pediu para deixar o Mario bem confortável para ele se sentir em casa.

Continuei meu tour com o Mario pelo escritório, mostrei a ele a sala de reuniões, a sala do Luiz que ficou um pouco tímido com a “presença” do Mario.

- Que cara de Gangster - disse ele pra mim quando estávamos saindo da sala.Eu só olhei pra ele ri e sai acompanhando Mario.

Apresentei também a ele o Claudio e o Gabriel dois advogados que trabalham no escritório que encontrei no corredor, dona Rosa conheceu ele também , e por fim e o levei a copa

- Mario presente qui questa qui è la nostra tazza o mini-cucina , si accetta il caffè o l'acqua (Mario essa aqui é nossa copa ou mini-cozinha, você aceita um café ou água?) – disse mostrando a ele a cafeteira e o filtro de água em cima da pia.

De repente meu celular toca, eu vejo no visor que é meu tio, peço licença a Mario

- Oi tio – disse – aonde o senhor está?.

- Fernando desculpa sair sem avisar – disse ele num tom preocupado – eu estou tratando de uma documentação aqui em Araguari, e preciso de um favor.

- Já sei tio, seu favor é italiano e tem 1,90 m – disse em tom de brincadeira.

- Sim! – disse surpreso – como você sabe? Ele está ai?

- Seu favor, ou melhor Mario já está aqui comigo há mais ou menos 40 minutos – Respondi meio irônico

- Desculpa Fernando não era sua obrigação estar fazendo isso – disse ele.

- Tudo bem tio – disse conformado – só me avise antes.

- Tá bom – disse ele com um tom de voz calmo – Obrigado por quebrar o galho.

- Até que não está ruim – disse olhando pro Mario – ele parece ser muito legal – completei.

- Sim – disse meu tio em tom de riso – ele só tem tamanho e pelos – completou.

- É verdade – concordei e ri.

Percebi que abri uma brecha e meu tio tinha mudado o tom de voz comigo, de seco pra amável.

- Filh..quer dizer Fernando – disse ele se enrolando – devo chegar um 40 minutos, fique fazendo companhia a ele que depois saímos almoçar tudo bem?

- Tá bom – disse concordando – agora vou desligar e voltar a dar atenção pra ele – completei.

- Tchau – disse ele.

- Tchau – respondi.

Voltei a atenção a Mario que olhava da sacada a paisagem da cidade.

- La vista da qui è molto bello (A vista daqui de cima é muito bonita) – disse ele apontando ao longe.

- Sì, è davvero molto bello (Sim, realmente é muito bonita) – disse olhando a vista , olhei pra el e sai em direção a saída da copa - andiamo (vamos) – Completei.

Ele me seguiu e como eu já tinha mostrado o andar inteiro resolvi mostrar a sala do Meu tio. Chegando na sala lembrei que meu tio sempre tem bebidas no frigobar, então ofereci alguma coisa pro Mario beber.

Achei uma garrafa de Moscatel( vinho feito com uva doce, harmoniza muito bem com sobremesas e carnes brancas de caça, mas deixa de fogo também), ofereci pra ele que aceitou na hora. Passava de meio dia e meu tio ainda não tinha chegado, Mario bebeu a garrafa inteira de vinho e ficou alegre. Me contou que era de Turim, tinha 45 anos e que perdeu sua mulher e filho em um acidente automobilístico a uns 15 anos atrás, me deu dó dele, pois era um cara grandão que por dentro sofria.Ele então quis saber de mim.

- Fernando quanti anni hai ( Fernando qual sua idade)? – perguntou ele.

- Sono 19 anni Mario (Tenho 19 anos de idade Mario) – respondi.

Ele estava com a feição confusa, percebi que ele estava pensando, se virou pra mim e falou.

- Se sei il nipote di Giovane , e lui aveva solo un fratello , poi suo padre è stato Enzo dico bene? (Se você é sobrinho do Giovane, e ele só teve um irmão, então seu pai era o Enzo estou certo)? – perguntou ele me olhado.

- Sì , mio padre era la Enzo hai incontrato ( Sim, meu pai era o Enzo, o senhor conheceu ele) ? – respondi e perguntei curioso.

-Tuo padre era un mio grande amico , ero così esconvolto e triste quando ho scoperto che era morto (Teu pai foi um grande amigo meu, fiquei tão chateado e triste quando descobri o que havia falecido) – disse ele enchendo o olho de água.

Fiquei em uma situação meio constrangedora, pois na minha frente tinha um italiano enorme chorando pela perda do meu pai, acabou que eu também fiquei meio emocionado quando ia mudar de assunto ele cochichou alguma coisa.

- Non può, impossibile per lui avere belle figlie (Não pode,impossível ele ter tido filho) – quando ele disse isso, me olhou e viu que tinha pensado alto demais, eu tenho certeza ele estava falando de mim...

Continua...


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Comentários

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nossa enato quer dizer q fernando e filho do Giovanne... passadoooo

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Olha só, tem certeza que Giovane chama de filhote só por modo de falar? Muito estranho isso. Sempre achei suspeito essa maneira de tratar Fernando mais enfim.

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