Algumas coisas parecem estar escritas. — Capítulo 02 — Obrigado por voltar!

Um conto erótico de Paulo Amaral
Categoria: Homossexual
Contém 1683 palavras
Data: 01/05/2016 21:06:15

GENTEEEEEEEEEEEEEE!

Fiquei muito feliz de ter tido tantas leituras, OMG!>< Poucos de vocês comentaram, mas é só o começo, espero ganhar bastante gente ainda haha

Então, só pra responder rapidinho antes do capítulo:

onixy - Obrigado mesmo pelo toque :D Decidi não mudar tudo pois não tenho ideias no momento kkkkkk Ficou melhor assim? Claro, sugestões são bem vindas viu><

marc01CL - Tensãããããão hein>< KKKKKKKKK É, as coisas começaram a parecer bem estranhas na vida do Matheus depois que o Gui foi embora... :S Foi um momento bem ruim da vida dele, no geral, não foram só as pessoas infelizmente ;-;

Gordin.leitor - Obrigadooo :3 Achei muito fofo o nick haha

ze carlos - Gosto assim kkkk

❌Hello❌ - Fiquei bem ali-viado kkkkkkkk Obrigado por ler><

rodrigopaiva - Oi, Rodrigo! Então, não é exatamente isso, mas sim de certa forma... aí, sei lá rsrsrs' Obrigado pelo seu comentário><

K-elly - Bem no ponto, danadjinha eurheurheu

Então gentem, é só isso mesmo, só pra agradecer haha Obrigado de coração a todos que responderam, elogiaram, criticaram onde era necessário... assim que a gente cresce né>< Obrigado mesmo <3

No more

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Depois de todo o constrangimento inicial e a falta de palavras meus pais incentivaram os cumprimentos. Beijei tia Renata no rosto, apertei a mão do tio Roberto e dei-lhe um meio abraço, seguido de tapinhas nas costas. Quanto ao Guilherme... bem, não sabia o que era mais adequado para cumprimentar aquele menino-homem que eu já não via a tanto tempo. Talvez um aperto formal de mãos? Um toque irreverente? Um abraço em memoria aos nossos tempos de ouro ainda enquanto crianças? No fim, ficamos apenas no aceno de cabeça, tão frio e impessoal.

Aos poucos, fomos todos nos habituando à presença um do outro. A fumaça do churrasco, misturada ao ar frio daquela noite mineira e aos perfumes importados de cada pessoa ali presente, criava toda uma atmosfera amigável, nostálgica até. Os assuntos variavam, se dividindo em círculos que abriam e fechavam constantemente, inserindo e excluindo membros. Em determinado momento, enquanto os homens falavam de dinheiro, as mulheres de moda e nós de nada, Guilherme puxou assunto comigo.

—Você está muito diferente! – Foi o que ele disse inicialmente. —Eu juro que nem reconheceria você em qualquer outro lugar.

Eu ri.

—Você também mudou pra caramba! – Emendei. —Eu nem lembrava do seu rosto direito...

—Você era muito pequeno na época. – Ele falava como se ele já fosse um adulto naquela época.

—É, eu era. – Mais risadas. —Eu tive que me esforçar um pouco para lembrar de você quando a minha mãe disse que vocês iam voltar, hoje de manhã. – Ele só levantou as sobrancelhas, mas eu não podia deixar a conversa morrer. —Vocês passaram tanto tempo fora! Como é lá, nos Estados Unidos? Você gostava?

Ali eu havia tocado em um ponto chave. Aprendi na prática que as pessoas se tornam mais abertas quando são incentivadas a falar delas mesmas.

—Ah, sabe como é. Todo mundo acha que os Estados Unidos são o melhor lugar do mundo para se viver, mas lá também tem problemas. Se eu pudesse ter escolhido acho que não me mudaria para lá, hoje em dia.

—Nossa! Sério? Por quê?

—É que... Sabe, eu cresci aqui. Você pode não lembrar muito bem, mas eu vinha direto aqui, sabia? Tipo, eu cresci no meio dos meninos daqui... – Droga! Ele tinha que lembrar dos meninos? —...não é fácil mudar de país de uma hora para outra. Eu sofri pra caramba para me adaptar por lá.

“É porque você não viu como as coisas foram depois que você partiu.”

Foi difícil dizer qualquer coisa depois pois o círculo já havia aumentado de novo e quando me dei conta Guilherme detalhava para os meus pais a experiência de morar fora, enquanto seus pais complementavam com uma coisa ou outra que ele deixava de fora. Ali, sem querer me integrar ao assunto, simplesmente comecei a remoer toda a minha história. Como era possível que um garoto, que havia feito parte da minha vida de uma forma tão essencial, tivesse ido embora e retornado agora, depois de anos, para estar aqui, no jardim da minha casa, como se tudo fosse simples? Aquilo tudo me deu dor de cabeça. Deixei todos lá, conversando e subi sem nem pedir licença.

Tomei banho, troquei de roupa, tomei um remédio e fiquei pensando na vida enquanto jogava um pouco de videogame.

Acho que aproximadamente uma hora havia se passado quando ouvi as batidas de leve na porta do quarto.

—Entra! – Falei alto o suficiente, apenas para ver a cabeça de Guilherme aparecer pela porta entreaberta.

—Hey! – Ele disse, sorrindo. —Posso entrar?

Balancei a cabeça e ele adentrou no quarto, fechando a porta atrás de si.

—Está tudo bem? Você sumiu de repente...

—‘Tá sim, é só um pouco de dor de cabeça. Mas senta aí.

Ele se aproximou e tomou um lugar à beirada da cama, onde eu estava sentado.

—Eu só vim me despedir. – Era incrível como na luz clara do meu quarto eu conseguia notar ainda mais as feições dele. Nariz reto, boca carnuda, os cabelos pretos... Se não fosse pela sua barba rala e bem demarcada você poderia dizer que ele era um adolescente de dezesseis anos encorpado demais. Ele era um homem bonito, era inegável.

—Oh, vocês já vão? ‘Tá tão cedo... – Eu realmente queria ter um tempo a mais para conversar direito com ele, mas não tinha nada a ver. Ele com certeza não era mais o mesmo menininho de onze anos atrás. Muita coisa havia mudado desde então, tanto com ele, quanto comigo.

—É, cara. ‘Tava muito legal aqui mas, a gente acabou de chegar e as coisas estão uma bagunça tremenda! – Ele riu no final da frase. E que risada bonita! —A gente só não vai ter mais trabalho porquê a mudança já chegou faz uma semana, e como a minha mãe tem um irmão aqui ele cuidou de tudo pra gente... Mas tem a bagagem né?! – Eu confesso que não estava prestando muita atenção no que ele dizia, só era interessante olhar para os lábios dele se movendo e sorrindo com tanta facilidade.

—Vish, é mesmo! Deve ser mó difícil lida com isso, né?

—Ah, não é muito divertido não. – Outra risada.

Foi naquele momento que eu decidi que seria muito bom ter ele por perto de novo se fosse para ouvir aquela risada mais vezes.

—Mas é só isso mesmo. – Ele continuou. —Não vou ficar te atrapalhando não. – Mais risadas e um abraço meio torto. O cumprimento que não havia acontecido antes. —Eu vou indo lá, senão o pessoal vai me matar.

Ele foi se levantando e caminhando para ir embora. Será que ele ia para bem longe de novo? Será que dessa vez ele não ia voltar e ia me deixar na mão daqueles monstros mais uma vez? Eu não podia deixar isso acontecer.

—Espera aí! – Ele se virou, já quase na porta. —É... eu vou descer com você, dar tchau para todo mundo...

Quando ele sorriu para mim era como se estivéssemos conversando à parte, em um lugar paralelo àquele. Era como se tivéssemos seis e dez anos novamente.

“Fica tranquilo, eu não vou embora não. Eu vou ficar aqui! E sempre que aqueles meninos tentarem fazer alguma coisa com você, não precisa nem chamar, eu vou te defender. Eu sou bem forte. Eu sei que eu posso te proteger, fica tranquilo. Eu prometo.”

Mas, infelizmente, era apenas um sorriso.

Descemos as escadas falando amenidades e nossos pais já estavam à espera dele na porta. Eles nos olharam fixamente enquanto descíamos até eles.

—Guilherme! – Tia Renata falou. —A gente só ‘tava te esperando para ir embora.

—Tudo bem, vamos. Eu só subi para dar tchau para o Matheus. Ele estava com dor de cabeça.

Foi quando todos me notaram.

—Coitado! Eu tenho dores de cabeça e sei como é ruim! Você está melhor?

—‘Tô sim, dona Renata. Eu tomei um remédio e...

—Pode me chamar de tia. Lembra que você me chamava assim quando era criança?

Lembrar eu não lembrava, mas para mim eles sempre foram tio Roberto e tia Renata.

—É... lembro sim. Vou voltar a te chamar assim.

—Isso! Pode ser! – Ela sorria para mim como se eu ainda tivesse seis anos. —Ele cresceu tanto! Já é um homem feito, nem parece que era ontem que... – E desataram a falar de novo.

A conversa se acalorou e durou mais uns vinte ou trinta minutos. Um assunto puxou outro e logo estávamos todos conversando.

Quando as coisas se acalmaram eles decidiram ir embora. Todos se despediram à sua maneira e eu depositei outro beijo na bochecha da tia Renata, o mesmo ritual com o tio Roberto e no Guilherme mais um abraço, repetindo a cena do meu quarto. Nele o meu abraço foi mais demorado, menos formal e mais afetivo. Sentir o calor dele junto de mim me trazia uma sensação de segurança a muito tempo esquecida. Era bom ter ele de volta.

—A gente vai se ver mais vezes. – Ele disse separando-se de mim. —A gente tem muita coisa pra contar! –E usou sua risada como ponto final.

Depois de todas as despedidas, ficamos observando-os caminharem até o carro no fim do gramado. Acenamos quando eles estavam prestes a entrar no carro. Foquei em Guilherme mais uma vez, temendo esquecer de novo o seu rosto; o cheiro dele ainda estava nas minhas narinas. Eles dirigiram para fora de casa e seguiram seu caminho. Enquanto observávamos o carro ir-se de vez eu pontuei, em meu interior, uma felicidade estranha por aquele menino ter voltado depois de tantos anos. Naquela noite, nem aquela lua grandona no céu poderia saber o quanto minha vida mudaria dali para a frente.

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É isso aí rs' Espero que tenham curtido, e depositem a opinião de vocês viu?! Vai me ajudar bastante>< Até a próxima ^^

PS.: Ainda não decidi uma agenda de postagem e tals, mas sempre que possível, e uma vez por semana pelo menos, vou estar adicionando capítulo novo. É que a minha rotina é muito corrida pra estipular dia, horário... mas vou fazer o meu melhor :D

Beijinhos <3


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Comentários

Foto de perfil de J.D. Ross

Mais um ótimo capitulo, tudo está indo muito bem, meus parabéns e continue...

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Eu aki ja tava pensando q iam te chutar pra fora kkkkkk mas continua amando a historia

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Muito bom o reencontro e ainda bem que não aconteceu nada de grave com toda aquela tensão inicial. O conto está muito bom mesmo e quanto ao tempo a vida é assim mesmo, corrida pra todo mundo. Ainda não tenho opinião sobre o casal Guilherme e Mateus, vou esperar mais um pouco pra saber se vou torcer pelos dois ou não kkkkk.

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Gostei do conto eu era exatamente como o Mateus fechada pro mundo me indendifiquei com ele

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