Resposta aos comentários:
Pessoal eu coloquei a fobia do Kiriu como fobia social extrema mas, na verdade eu errei nisso o que ele tem é medo das pessoas mesmo. Desculpa o erro brusco.
Vi-nícius: Não, não é verídico. É meio que uma ideia misturada com um pouco da minha vida, só que agora contada de um jeito diferente.
FASPAN: Obrigado.
Ru/Ruanito: Na verdade a escolha dos cortes não foi mesmo a melhor mas, o objetivo desde o inicio era a sobrevivência. Existe uma parte do cérebro que cuida de nos manter vivos, meio que alguém tão inteligente quanto esse garoto tem essa parte bem ativada, visto que em vez de desistir de tudo e ter deixado o estuprar ele preferiu a dor dos cortes apenas pra ter mais chances de sobreviver.
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Agora vamos ao conto.
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Cá estou eu 07:00 na frente de um CEPI (Centro de Educação em Período Integral) apenas esperando o portão abrir para que eu entre. Estou vestido com aquela roupa de nylon, uma calça jeans preta colada (era uma daquelas calças que você pode transformar em uma bermuda em qualquer local), camisa branca sem estampa (o tal colégio era novo e não tinha uniforme), uma jaqueta de algum tecido grosso mais não era jeans, ela era preta também, uma toca de inverno preta também e um tênis preto com detalhes amarelos (gostava dele por ele era muito confortável. Logo sai de dentro do colégio um homem no qual eu não reparei muito (ele não era la grande coisa), e vem em minha direção:
- Oi, meu nome é Ricardo e eu sou o Diretor deste colégio. Gostaria de saber porque o senhorzinho está parado a mais de meia hora na frente do colégio?
Me assustei com tal reação, abaixei minha cabeça e falei baixo:
- Eu sou um aluno do colégio e só estava esperando abrir o portão.
- Oh meu querido me desculpe, eu não sabia que era um aluno mas, hoje as aulas começam apenas 13:30PM.
- Minha mãe disse que começava agora de manhã e me deixou aqui esperando.
- Tudo bem, vou deixar você esperar lá dentro mas, qual é seu nome?
- Kiriu!
O Diretor olho pra mim de cima pra baixo como se estivesse me analisando, aquilo me deixou apavorado e acabei sentando no chão abraçando minhas pernas e escondendo meu rosto atras delas:
- Ei, não precisa ficar assustado não basta vir a minha sala que agora que eu sei quem você é, sei porque sua mãe te deixou aqui essa hora.
- Por que?
- É que sua mãe me explicou seu caso e eu pedi que ela deixasse você aqui mais cedo para eu falar com você. Venha a minha sala que eu quero entender como lidar com você.
- OK!
Acabei seguindo ele até o colégio e entrando em sua sala. Não era uma sala muito grande, só era extremamente bem decorada por símbolos de times de futebol. Sentei na cadeira e ele começou a falar:
- Olha, sua mãe me deixou ciente da sua situação. Saiba que crianças e adolescentes são maus, quero deixar você bem ciente disso. - Eu apenas assenti com a cabeça. - Saiba que eu vou ter que falar com os professores sobre a sua situação para que os mesmos possam te ajudar, tudo bem?
- Contanto que eles não contem para mais ninguém eu não vejo problema.
- Não se preocupe que seu caso sera mantido em sigilo. Estou falando isso porque aqui no colégio é proibido brigas, porte de armas e drogas. Então eu te pergunto e peço que seja sincero, você tem algum vicio?
- Dois, leitura e escrita. - Ele riu alto, aquilo me assustou muito.
- Como assim leitura e escrita? Pessoas da sua idade normalmente são viciadas em computadores, celulares, drogas ou sexo. - ele falava isso e ria.
- Leitura esvazia a minha mente e faz eu esquecer os problemas, já com a escrita coloco os meus sentimentos no papel assim tendo o mesmo efeito. - ele olhou pra mim com uma cara seria que logo mudou para uma de satisfação.
- Desculpa o riso mas, pra mim é novidade alguém da sua idade me dizer isso. Saiba que eu e os professores estaremos sempre aqui pra te ajudar e em qualquer caso pode contar comigo. - Eu dei um leve sorriso como resposta. - Agora vou ligar pra sua mãe vir te buscar.
- Não é necessário eu espero até tal horário.
- Mais você tem que almoçar.
- Tudo bem, eu tenho dinheiro pra pagar um almoço num restaurante por aqui perto.
- OK então, agora deixa eu ir porque estou atrasado. - Falou pegando umas coisas em cima da mesa. - Pode andar o colégio inteiro e se quiser pode usar a biblioteca. Tchau e até mais tarde.
- Tchau e tenha um bom dia! - Falei saindo da sala e indo pra biblioteca.
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Horas Mais Tarde
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Eu estava lendo um livro na biblioteca, quando começo a ouvir uma movimentação fora da sala, então resolvi sair pra ir almoçar e ver o que estava acontecendo, quando vejo uma uma porrada de gente fora do portão. Me assustei com tanta gente que até perdi a fome, resolvi voltar pra biblioteca mas ai ouço uma mulher me chamar, eu ignorei e continuei andando mas, logo sinto uma mão tocar no meu ombro. Nessa ora me apavorei de novo e entrei em posição de casulo (é assim que vou chamar a posição que eu fiquei na frente do diretor), logo ela se abaixa também e fala:
- Acalma que eu não vou te matar, apenas me diz qual é seu nome. - ela falou me olhando com aquele mesmo olhar analista.
- Kiriu! - falei baixo.
- Não se preocupe que eu não vou fazer nada com você, pegar essa fita e enrola em algum lugar visível do seu braço.
Tinha fita de tudo que é cor, eu pedi a roxa e ela me entregou. Pude perceber que era uma método de identificação, enrolei ela no meu pulso e voltei pra biblioteca. Mais tarde ouço alguém gritar:
- TODOS OS ALUNOS DE FITA ROXA FAÇAM FILA NA MINHA FRENTE!
Apenas segui a ordem e fui para a fila. Ele nos levou para uma sala e começou uma prova que não nada haver com estudo nenhum, só fazia perguntas sobre o que nos tínhamos e gostávamos. Eu não sabia naquela época mas, aquela prova iria determinar em que sala eu ficaria.
Fiz a tal prova e entreguei, mais tarde começaram a dizer qual era turma e entregar os horários, citaram as regras do colégio e avisaram que as aulas começariam apenas segunda-feira da semana que vem. Só vi moleque pulando de alegria. Eu tinha ficado no 1º ano "D", mal eu sabia as surpresas que aquela sala me reservariam.
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Olá pessoal, comentem pra mim o que vocês gostaram e o que não gostaram. Obrigado por lerem.
