Primeiro, gostaria de agradecer Drica Telles (VCMEDS), dielzinho, ze carlos, love31, prireis822,e$,, Perley, Mah valerio, Drica (Drikita), m(a)rcelo, Ru/Ruanito, Juninho Play, Haryan, Agatha28, Alê8, Laris94, licem,rewfew, thigor-ps, salt, esperança, LipeM, RaulBlound e a todos os outros pelos comentários
...''eu deveria mesmo começar uma amizade com alguém que praticamente me sequestrou'', pensei comigo...
...mas como decidi que não ia mais fugir, resolvi dá uma chance pra ele (já que ele me disse seu nome completo pelo menos parecia sincero), levantei do sofá me aproximei dele e apertei sua mão dizendo;
Eu: ''apresentação formal'', nesse ritmo vou acreditar que tem modos-disse sarcasticamente-prazer todo meu Clever A...M.
Nos, separamos e sentamos nos mesmos lugares de antes.
Roberto: então, porque você acredita que sou um ''Brutamonte''? . Perguntou ele
Eu: como disse á pouco tempo, suas ações dizem isso.
Roberto: Que ações, me diga todas elas.
Eu: para começar, você olha pra todas as pessoas como se quisesse agredir elas, não cumprimenta ninguém e o caso mais recente ''me sequestrou''. Esse último, fiz questão de frisar pra ele
Roberto: vou explicar cada ação, a primeira não gosto de ficar mostrando emoções a quem não conheço totalmente, segundo também não gosto de fazer amizades com qualquer um e o terceiro esse ''sequestro'' eu o fiz por vários motivos, o primeiro e que se eu tivesse te convidado, você não viria, o segundo e que gostei de você, é o único que não parece se importar com meu dinheiro ou- Parou um pouco, como se estivesse pensando e mudou o tom da conversa... -deixa pra lá e terceiro você mim deve um agradecimento por aquele dia na boate.
Ele realmente tinha razão, eu devia um agradecimento por aquele dia e esse ''...deixa pra lá...'' foi ''muito estranho'' pensei comigo.
Eu: É você tem razão, eu não viria se você tivesse me convidado e não, não me importo com seu dinheiro e sim quero te agradecer sinceramente por ter, salvo a minha vida aquele dia. Concordei com ele.
Roberto: aceito seu agradecimento em forma de amizade, isso é claro se você quiser.
Eu: você realmente quer ser meu amigo? Saiba que é difícil ganhar minha confiança.
Roberto: Quero e estou disposto á fazer isso. Respondeu ele decidido
Não sei o que me deu, mas queria ver até onde ele iria para se tornar meu amigo e decidi contar tudo sobre mim pra ele, para ver se ele tinha algum tipo de preconceito;
Eu: sou uma pessoa cheia de problemas e defeitos, não que eu goste deles, mas sou assim e me aceitei assim, não tenho certeza se você também aceitaria afinal poucas pessoas aceitaram.
Roberto: veremos. Disse em tom desafiador
Não costumo ser impulsivo, mas se ele realmente queria ser meu amigo teria que saber de tudo. Comecei o meu relato começando do abuso até os problemas que isso me causou (assexualidade, bipolaridade, falta de socialismo...) e também falei do distúrbio genético. Ele ouviu tudo atentamente sem comentar só tendo pequenas reações, demonstrou preocupação (eu acho) sobre o abuso e se mostrou surpreso quando disse ser assexual e depois fez uma cara que eu não soube definir e fez uma expressão de curiosidade sobre o distúrbio quando terminei o relato ele disse em tom brincalhão;
Roberto: ''assexual'', será bom ter um amigo que não vai dar em cima de uma namorada minha e quanto ao distúrbio, quantos anos você tem? Quis saber
Eu: 22 anos. Respondi
Roberto: você é maior de idade- falou surpreso-acho que seria bom ser assim, jovem por mais tempo, isso é bom né?
Eu: nem tão bom, se for pra ser jovem é bom admito, mas de vez em quando você se sente literalmente atrasado fisicamente.
Roberto: mas você tem um corpo legal é igual ao meu, mas é menor em massa por causa do seu tamanho.
Achei estranho esse elogio, mas não comentei nada, pensei comigo'' elogiando meu corpo, pegando intimidade comigo, ele realmente que ser meu amigo, que novidade mais inesperada''.
Roberto; então, o que tenho que fazer para retirar essa imagem de ''brutamontes'' que você tem de mim?
Eu: sei lá, surpreenda-me. Respondi isso e me arrependi logo depois.
Ele ficou pensativo e disse;
Roberto: tenho uma proposta pra te fazer, mas antes quer beber alguma coisa? Uma água, um suco, uma bebida kkkk. Disse fazendo piadinha.
Eu: já que você ficou gentil de repente, aceito um copo de água. Falei sarcasticamente.
Ele foi buscar a água e eu fiquei observando a sala, percebi que ele tinha um gosto (se é que aquele gosto era dele ,nunca perguntei) fúnebre, praticamente, todos os móveis e objetos de decoração tinham tons escuros e isso dava ao ambiente um ar solitário que eu gostei muito, ele trouxe a água tomei um gole e perguntei a ele o que ele fazia da vida, ele contou sobre a sua vida o que não acreditei muito (mas depois descobri que era verdade).
Disse vir de Belo horizonte na penúltima semana de janeiro, para administrar uma fazenda que seu pai tinha comprado aqui perto da minha cidade (''jovem fazendeiro'', pensei comigo), disse ter 24 anos (dois anos mais velho que eu, quase acertei , chutei 25 anos),disse ser o do meio de três irmãos, disse que sua mãe já tinha morrido e coisas banais sobre sua família, ele não me falou sobre sua vida pessoal e também não fiz questão de perguntar, pois ainda não tinha intimidade com ele para perguntar essas coisas, o papo estava tão bom com ele falando sobre sua vida, que não percebi o tempo passar, quando olhei no relógio já eram 23:00, disse a ele que tinha que ir embora;
Eu: o papo está bom, mas eu preciso ir.
Roberto: eu te levo. se ofereceu ele, só que eu ainda não confiava nele para revelar meu endereço assim de repente.
Eu: não precisa, vou andando mesmo. Recusei.
Roberto: já disse que eu te levo, afinal eu te ''sequestrei'''- disse ele rindo- e além, disso é perigoso andar sozinho a essa hora da noite. Completou, já pegando a chave do carro e me acompanhando até a porta, não tive muita escolha a não ser aceitar a carona, eu descobri muito sobre ele neste trajeto, ele era o típico '' molecão'' inventava piadinhas, contava curtas historias de quando era mais novo, nisso uma viagem que durar 30 minutos durou 45 minutos ao final da viagem ele disse;
Roberto: há sim quase esqueci, da proposta. -falou ele- no fim de semana que vem, dorme lá em casa?
Eu: como é? Mau te conheço e você tá me convidando para dormir na sua casa. Disse eu, não acreditando no que ele estava dizendo.
Roberto: o que é que tem? Afinal, você já dormiu lá em casa sem a gente nem ter conversado e além do mais quero tirar logo essa imagem de brutamonte.
Eu: há, não sei.
Roberto: você tem até sexta feira pra pensar.
Eu: tudo bem então.
Roberto: ha e a propósito, foi um prazer te conhecer Clever. Disse ele estendendo a mão.
Eu: prazer o meu Roberto.
Falei e apertei a mão dele que parecia mais quente que da última vez (de onde tirei isso ''mão quente'', era só o que me faltava), dei boa noite e ele foi embora, entrei em casa minha família já estava dormindo tomei banho e comi uma comida que estava no forno e fui dormir, acordei no outro dia fiz o que tinha que fazer e fui á loja buscar meu celular que estava descarregado, voltei pra casa coloquei o celular para carregar me tranquei no quarto e fiquei o sábado todo jogando ps3, no domingo apareceram alguns familiares para almoçar em casa.Nesse mesmo
Domingo á noite, meu celular toca vejo um numero desconhecido achei estranho, mas atendi;
Eu: alô.
Voz: alô. - disse uma voz fina e chiando.
Eu: deseja falar com quem?
Voz: com você mesmo, oras.
Eu: E quem é que tá falando?
Voz: como você está? kkkkk
Perdi a paciência e desliguei o celular, odeio brincadeiras desse tipo, liga um desocupado e começa a encher sua paciência. O telefone toca novamente, resolvi atender e esculachar essa voz;
Eu: escuta aqui porra, vai parar com...
Fui interrompido por uma risada grave que depois disse;
Voz: kkkk, calma sou eu Roberto.
Eu: Roberto? Como, sabe meu número?
Roberto: pedi a sua amiga da academia, acho que é Daisy o nome dela.
Eu: ótimo, agora tá parecendo um perseguidor- disse isso provocando- O que disse a ela pra convencê-la a dar meu numero?
Roberto: disse que te vi na rua e te ofereci uma carona que você relutantemente aceitou e na pressa de se ver livre de mim esqueceu uma pasta que provavelmente era de trabalho, pois tinha documentos dentro dela.
Eu: então, você inventou uma mentira dessas só pra conseguir meu número?
Roberto: sim. Respondeu ele
Eu: e você não acha estranho isso não?
Roberto: eu admito é estranho, mas eu só queria saber seu número e essa foi a única forma de consegui-lo.
Eu; agora que já consegui, qual é o motivo da sua ligação. Falei secamente (ás vezes chego a ser mal educado com essa falta de confiança que tenho)
Roberto: já decidiu?
Eu: eu não tinha uma semana para pensar?
Roberto: responde logo se vai ou não.
Eu: calma, eu ainda vou pensar, mas me diz uma coisa e se eu não aceitar, vai me sequestrar novamente. Disse pra ele rindo em tom de brincadeira
Roberto: kkkkk não mais decide logo.
Depois disso continuamos conversando sobre assuntos banais quase uma meia hora, depois me despedi dele e fui dormir. Quando cheguei á academia no outro dia ele chegou uns cinco minutos depois e cumprimentou a todos e me entregou uma pasta preta ''mas que sínico, ele inventa uma mentira e me faz colaborar com ela, eu podia desmascará-lo pra deixar de ser mentiroso'' pensei comigo, mas quando olhei na cara dele ele fez uma cara de cachorro que caiu da mudança (tenho uma dúvida, como uma pessoa com uma cara de assassino consegue fazer este tipo de cara ainda mais se tiver com cavanhaque) , eu simplesmente não consegui fazer nada contra a não ser dizer obrigado;
Eu: muito obrigado, por ter trazido a pasta pra mim.
Ele fez uma cara de alegria, colocou um sorriso na cara e disse;
Roberto: que nada eu podia ter levado ontem mesmo, mas você disse que não era importante.
Eu: e não era mesmo, são só algumas planilhas.
Pedi Daisy para guardar a pasta pra mim e fui com ele até a sala de alongamento ao chegar lá ele disse;
Roberto: Desculpe-me por te envolver nisso. Falou com ar de arrependimento.
Percebi isso e disse;
Eu: não tem problema, mas que isso não se repita.
Roberto: tudo bem, não vai mais acontecer.
E então, ele começou a puxar papo comigo sobre exercícios e voltamos conversando pra sala de exercícios, acho que a maneira que sabíamos agir naturalmente mesmo com o clima dos dias anteriores, ninguém suspeitou que já nos conhecíamos (pelo menos remotamente), e acharam que ele estava apenas tentando fazer amigos dentro da academia tanto que outras pessoas começaram a puxar papo com ele, no qual ele respondia a todos educadamente. Terça feira novamente a mesma coisa do dia anterior ele começou a se enturmar mais com o pessoal da academia (mas como eu percebi, ele só fazia isso para não parecer que queria amizade só comigo). Na quarta feira ele não apareceu, deduzi que estivesse na fazenda que ele me falou. Quinta- feira ele foi á academia e de novo puxou papo com todo mundo e na saída quando eu e Karine estávamos saindo, ele nos ofereceu carona que eu relutante aceitei, no caminho ele começou a conversar com Karine, perguntou se tinha filhos, aí pronto o papo estava feito, ela desandou a falar (ela é assim mesmo basta falar no filho dela que ela praticamente é capaz de convidar qualquer um para ir dormir na casa dela) sobre o moleque, e ele ria ás vezes e dizia que um dia gostaria de conhecer o moleque e todo aquele blá blá blá, ele a deixou na casa dela e me levou na minha, no caminho fomos conversando banalidades e nos conhecendo mais. Na sexta feira ele fez a mesma coisa, agora ele já era praticamente amigo de Karine conversavam altos papos e eu só os observava, ele a deixou em casa e foi me levar na minha, ao final do trajeto ele pergunta, pela cara dele diria que estava eufórico;
Roberto: E então já decidiu?
Eu: sei não acho que- fiz uma pausa para ver a reação dele que começou a diminuir o brilho no olhar e desfazer o sorriso- Tá, tudo bem eu vou.
Quando falei isso a alegria dele voltou instantaneamente e ele ficou mais eufórico que antes e disse;
Roberto: legal- disse com uma voz sapeca- Á noite te pego no seu trabalho.
Não me deixou falar e arrancou o carro, entrei em casa e avisei a minha mãe que iria passar um fim de semana na casa de um amigo, a emoção dela foi de completo, ''não estou nem aí'' ela apenas disse que tudo bem e recebeu a minha benção quando saí para o trabalho.
Eu ainda não estava acreditando no que ia fazer, lá estava eu entrando no carro de um homem que a uma semana e meia atrás eu achava que queria me matar e agora eu estava de livre vontade indo dormir na casa dele por 2 dias seguidos, é esse mundo realmente dá muitas voltas, e quando a gente menos espera acontece o inesperado, mas enfim chegamos na casa dele, ele me convidou para entrar me mandou ficar a vontade disse que ia tomar banho e me mostrou o outro banheiro que tinha na casa caso eu quisesse tomar banho, fui tomar banho e vesti um short leve que uso como pijama (com cueca) e uma regata azul que eu tinha levado em uma mochila, quando saí na sala encontro ele de regata e cueca boxer, ele olhou pra mim e disse;
Roberto: você se importa se eu ficar assim? é que tá muito calor.
E realmente estava calor.
Eu: não a casa é sua. Respondi categoricamente.
Nos, ajeitamos nos sofás e fomos assistir um filme (a primeira noite seria uma sessão cinema),o filme que ele escolheu foi ''O retrato de Dorian Gray'' (o filme retrata a vida de um jovem que dedica tudo a uma vida de devassidão) é um filme muito interessante (recomendo pela historia),percebi que durante o filme havia cenas de sexo e ele ficava se contorcendo no sofá toda vez que acontecia(vá saber kkkk) uma dessas cenas ,percebi essa ''movimentação'' dele , mas não comentei nada. Acabou o filme comemos alguma coisa que não estou me lembrando, o que era e fomos assistir um segundo filme que era ''V de Vingança''(esse filme retrata como uma simples idéia pode mudar um país, também recomendo pela história) neste filme havia um pouco de ação, literatura e também falava do preconceito sobre os gays (me emocionei com a história desse filme, e é com certeza um dos melhores filmes que eu já assisti), me surpreendi com essas escolhas, eu imaginava que ele fosse escolher um filme de ação ou terror, mas enfim o filme acabou e ele me perguntou;
Roberto: e então o que achou?
Eu: realmente, você me surpreendeu. Respondi.
Roberto: aposto que você imaginou que eu escolheria filmes de ação né?
Eu: com certeza, quem poderia imaginar que você tivesse gosto para esse tipo de filme.
Com isso embarcamos numa conversa sobre música filmes e afins, percebi que ele tinha gostos bem variados, o que era um ponto em comum comigo, curtir tudo sem se ater a algo específico, o papo foi tão interessante que quando fomos dormir já eram quatro horas da manhã;
Roberto: vamos dormir na minha cama que é grande e dá pra nós dois, pois não vou permitir que você durma nesse sofá porque senão você vai amanhecer ''quebrado'' e além disso você já dormiu comigo antes não vai ter problema. Disse ele sorrindo
Eu quis protestar dizendo que não precisava mais ele era (é) muito insistente, e não tive escolha a não ser dormir com ele, quando deitamos, ele se virou para um lado e eu pro outro (de costas um pro outro) ele apagou a luz e acabamos dormindo. Quando acordei já eram dez horas da manhã, ele ainda dormia com o rosto virado para o outro lado e sem regata percebi porque não vi as mangas da regata, ''quando ele tirou a regata'' pensei comigo, mas não vi nada estranho, me levantei vagarosamente da cama para não acordá-lo percebi que estava com uma ereção matinal fui ao banheiro fiz minha higiene e depois fui a cozinha preparar um café liguei para a padaria mais próxima ( vi os números de telefone em imãs na geladeira dele), enquanto esperava os pedidos chegarem, retornei ao quarto para pegar meu notebook que estava na mochila para jogar um pouco ao chegar ele tinha virado de bruços e o lençol que estava cobrindo ele, desceu um pouco revelando uma pequena pontinha preta que deduzir ser uma tatuagem (eu amo tatuagens mas na época não tinha nenhuma), fiquei curioso queria ver aquela tatuagem de qualquer jeito, mas estava com medo dele acordar eu tentei de todas as formas me controlar, mas não aguentei ''ele ainda está dormindo e não vai perceber nada'' pensei comigo e comecei a puxar o lençol bem devagar e sempre olhando a reação dele pra ver se ele não acordava fui puxando o lençol até chegou ao elástico da cueca( não ousei a destampar a bunda dele, eu só queria ver a tatuagem) e quando vi aquela imagem perfeita nas costas grandes e musculosas dele quase tive um ''treco'', meu Deus como aquilo era(é) lindo eu poderia ficar o dia todo olhando para aquela obra de arte era(é) imagem de um fênix com contornos negros que se encaixavam perfeitamente na pele branca dele dando uma visão surreal, a fênix ocupava parte das costas dele, mas não pude ver tudo naquele dia porque as penas do rabo da fênix terminavam dentro da cueca dele ( uma ironia), fiquei contemplando aquela maravilha por um bom tempo, quando menos espero...
continua...