Paixão Secreta | 02x10

Um conto erótico de Mike
Categoria: Homossexual
Contém 1966 palavras
Data: 28/02/2014 22:56:04
Última revisão: 29/01/2015 14:17:08

Capítulo Dez

NINGUÉM DISSE QUE SERIA FÁCIL

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Cheguei em casa na segunda e meu pai já tinha chegado de viagem. Eu entrei em casa e não vi barulho nenhum, mas o carro dele estava na garagem então ele tinha chegado, mas talvez não estivesse em casa.

Subi as escadas e fui até o quarto dele. Ele estava lá dormindo feito em bebê. Eu nem fui até ele e apenas fechei a porta.

Deitei-me na cama e fiquei pensando na quarta-feira que seria o dia em que iriamos ao psicólogo. Eu estava nervoso não sabia como ele reagiria ao que eu iria dizer, mas era algo que precisava ser dito ou eu seria assombrado para sempre por pesadelos e receito de tocar meu pai.

Por volta dás 21:00 meu pai se levanto eu desceu as escadas. Eu estava assistindo TV.

- olá filho, que saudades suas – falou ele vindo até mim. Eu me levantei e dei um abraço nele. O receio tinha diminuído um pouco pelo fim de semana com Roman.

- com foi de viagem pai?

- foi tudo ótimo.

- fico feliz.

- e você? Como foi na casa de Roman.

- foi tudo ótimo. Domingo Denny apareceu lá e nós assistimos filmes e jogamos conversa fora.

- foi bom você ter ficado lá então.

- foi ótimo.

- fico feliz – falou meu pai.

- pai, o psicólogo está marcado para quarta-feira ás 16h00min. Você pode ir né?

- não sei se eu tenho algo nessa data ou hora, mas pode contar comigo, eu vou desmarcar tudo.

- que bom, eu preciso que o senhor queira ir se não, não vai valer a pena.

- eu quero. Se você precisa ir ao psicólogo para se sentir melhor tudo bem, se você quer que seu velho pai esteja com você. Melhor ainda.

Fui trabalhar na terça-feira logo que cheguei fui direto à sala de Adam.

- posso entrar? – perguntei.

- pode – falou ele.

Eu abri a porta e entrei. Ele estava lendo algo no computador.

- Adam eu queria perguntar se amanhã eu posso ir embora mais cedo.

- porque? Vai aonde?

- vou ao psicólogo.

- tudo bem, só me traz o atestado e espero que seja a última vez que mata.

- porque está me tratando assim Adam?

- não estou te tratando de jeito nenhum Mickey.

- Mickey? O que aconteceu com Mike, seu amigo?

- escuta aqui... – falou Adam.

- escuta aqui você – falei. – você é meu chefe e insistiu em ser meu amigo e eu aceitei, amigos são para as horas boas e ruins. Eu tive um namorado canalha que tentou me matar, tudo porque descobri que ele estava drogando meu pai e estuprando ele todas às vezes em que fiquei aqui trabalhando com você até mais tarde.

- o que você está dizendo? – perguntou Adam atordoado.

- isso mesmo, Charley drogava meu pai e estuprava ele. Eu decidi contar para meu pai e ele começou a beber e me batia. Quando estava em casa bêbado destruía tudo e me dizia coisas horríveis.

- sinto muito – falou ele. – sinto pelo seu pai.

- em uma dessas bebedeiras ele acabou me estuprando Adam. – nesse momento escorreu uma lágrima dos meus olhos.

- Mike eu não fazia ideia... – falou Adam.

- meu pai me estuprou Adam e agora eu não consigo dormir porque tenho pesadelos com aquela noite e amanhã vai ser o dia que meu pai vai saber disso e eu tenho medo da reação dele. Bebedeira? Depressão? Suicídio? Não sei, só sei que não quero perder meu pai. Em todos esses problemas eu encontrei uma pessoas que realmente me ama e não tentou me matar ou estuprou meu pai. Roman. Eu não me interesso pelo caso, só quero que vocês confiem nele.

Adam não disse nada. Ficou apenas me olhando com pena e arrependimento.

- não me olha desse jeito – falei limpando os olhos. – ninguém gosta de ser olhado com pena.

- não estou com pena de você. Estou com pena de mim. Por ser tão patético. Me desculpa por não estar ao seu lado todos esses momentos. Me desculpa se não te dei liberdade suficiente para me contar sobre essas coisas, se não se sentiu confortável comigo o suficiente.

- há, esquece isso – falei limpando meus olhos e engolindo as lagrimas – o que passou, passou.

- pode contar comigo para o que quiser. Pode faltar toda a semana se precisar.

- obrigado – falei.

- sem problemas. E pode ficar tranquilo que amanhã vou receber Roman de braços abertos. Por você.

- obrigado por isso também.

Ele deu um sorriso e eu me levantei e fui.

Na quarta-feira na hora marcada eu me despedi de Adam e sai ás 15h30min para que não atrasasse, encontrei meu pai na porta da empresa e nós fomos de carro ao consultório.

- boa tarde – falei para a recepcionista.

- boa tarde – falou ela educada.

- tenho uma consulta ás 16:00 com o Dr. Rodriguez.

- há, sim. Você é o Mickey?

- sou eu.

- Mickey é só ficar aguardando ele que assim que sair o paciente que está com ele, você será chamado.

Eu e meu pai nos sentamos olhando a televisão ligada.

- você consulta com ele a muito tempo? – perguntou meu pai.

- nesse local sim, mas essa é minha segunda consulta com esse psicólogo.

- confia nele para dizer o que tiver que dizer?

- sim. Eu achei ele mais confiante do que o outro.

- tudo bem – falou meu pai.

Os minutos se passaram e logo o paciente e Jeffrey saíram conversando da sala e vi-os vindo pelo corredor. Logo ele se despediu e veio até mim.

- boa tarde – falou ele apertando minha mão e em seguida a do meu pai.

- boa tarde – falou meu pai.

- o senhor é?

- Larry, e pode me chamar de você. – falou meu pai com um meio sorriso.

- Larry, eu gostaria de falar com seu filho primeiro.

- é todo seu – falou meu pai.

Me levantei e nós fomos para a sala dele. Jeffrey fechou a porta e nós nos sentamos.

- está preparado? – perguntou Jeffrey.

- acho que estou.

- quer mesmo fazer isso?

- quero sim.

- ótimo, fez a lição de casa que eu te passei?

Eu fiquei vermelho.

- fez ou não fez? – perguntou Jeffrey com um sorriso.

Eu fiz um quatro com a mão e com a outra tapei meu rosto.

- quatro vezes? Nossa, você se saiu melhor do que eu esperava.

- foi sim – falei vermelho.

- não fica envergonhado. Isso é bom. Mostra que está preparado para superar essa fase da sua vida.

- espero que sim.

- eu não tenho mais nenhum paciente depois de você. Eu deixei o dia livre para cuidar do seu caso que é muito delicado.

- tudo bem – falei.

- então, vou chamar seu pai. – falou ele se levantando.

Ele saiu da sala e eu me levantei e respirei fundo. Eu fechei os olhos e tentei me manter calmo.

Logo meu pai entrou junto com Jeffrey.

- pode se sentar – falou Jeffrey se sentando. Meu pai ficou em uma poltrona do lado da minha.

- então, Larry, seu filho tem visitado muito o psicólogo ultimamente. – brincou Jeffrey

- pois é. Também acho – falou meu pai rindo.

- pois bem. Semana Passada Mike me contou algo novo. Algo que ele nunca tinha dito para outra pessoa antes, nem para o antigo psicólogo e ele tem vontade que você saiba porque ele sente um peso nas costas, se sente sufocado por esse segredo.

- agora me preocupou – falou meu pai.

- Mike, fique tranquilo – falou Jeffrey – olhe para seu pai, respire fundo e só diga quando se sentir seguro. Nós vamos esperar e Larry, não apresse Mike, não diga nada deixe que ele se sinta confortável em te contar o que tiver que dizer. Talvez não seja hoje, mas será um progresso.

eu me sentei de lado no sofá e olhei para meu pai. Minhas mãos tremiam nos braços na poltrona. Eu respirei fundo e fiquei olhando para meu pai tentando arrumar as palavras certas. Eu olhei para o relógio da parede que marcava 16h15min. Eu respirei fundo e fiquei olhando para baixo tentando encontrar palavras certas. O silencio tomou conta da sala. Quando olhei para o relógio outra vez já era 16h35min.

- pode me contar – falou meu pai – seja lá o que for eu vou aguentar.

Jeffrey não disse nada e apenas ficou observando.

- tudo bem – falei – vamos lá.

Respirei fundo outra vez.

- pai, lembra aque-quela... aquela época que bebeu muito?

- lembro – falou meu pai.

- você bebia muito e não se lembrava de nada, você se lembra de poucas coisas que aconteceram naquele mês.

- sim. Não me lembro de quase nada porque eu fiquei muito tempo bebendo.

- pois é. Aconteceu algo durante uma noite...

- o que?

Eu respirei fundo.

- leve o tempo que precisar – falou Jeffrey.

- você me estuprou – falei de uma vez.

O brilho nos olhos do meu pai desapareceram e ele olhou para Jeffrey pensando que fosse uma pegadinha.

- co-como assim.. es... estuprei?

- uma noite eu cheguei em casa, você estava bêbado, você me jogou no chão, arrancou minha roupa – eu comecei a chorar a partir daqui, não consegui segurar a emoção – e me estuprou.

- eu, e-e-eu... não faria isso Mike.

- você fez pai. você me machucou muito. Foi por isso que sangrei aqueles dias. Você me machucou muito – falei olhando para ele agora – desculpa dizer isso, mas você me destruiu. Literalmente. Eu não tive nem coragem de ir a um hospital imediatamente só fui depois inventando uma desculpa esfarrapada.

- meu deus – falou meu pai colocando as duas mãos na cabeça. – meu deus, eu não fiz isso. Mike, me perdoa – falou ele com um olhar que quebrou meu coração. Ele estava em desespero.

- eu te perdoo pai. Te perdoei a meses. Agora eu preciso que você se perdoe. – falei olhando para ele e limpando minhas lágrimas.

- eu não acredito que fiz isso – falou meu pai – Mike me perdoa – falou ele começando a chorar.

- eu te perdoo pai – falei olhando para ele segurando a mão dele.

Ele não disse nada e apenas limpava as lágrimas.

- você tem que me perdoar Mike. Por favor, me perdoa, você sabe que eu não queria fazer aquilo.

- eu te perdoo pai, eu te perdoei há muito tempo, só não podia mais guardar isso dentro de mim.

- eu preciso que me perdoa – falou meu pai outra vez.

Eu olhei para Jeffrey.

- Mike será que poderia me deixar conversando com seu pai á sós.

- claro – falei me levantando. – por favor, pai, não surte – falei dando um beijo no rosto dele. Eu me sentia leve e livre.

Sai da sala e fui para a recepção e me sentei olhando a TV. As horas passaram e logo já era 18:00. A recepcionista arrumou o local de trabalho e se despediu de mim.

Decidi me deitar. Peguei minha mochila e fiz um travesseiro em cima dos bancos que eram macios e me deitei. Estava cansado de ficar sentado e quando deitei me senti melhor. Eu então comecei a cochilar e antes que percebesse eu peguei no sono.

- Mike? Mike? – falou uma voz me acordando.

- oi? – falei acordando assustado. – era Jeffrey e meu pai.

- vamos embora filho – falou meu pai.

- já? – falei isso olhando para o relógio – era 22h36min – nossa está tarde.

- sim – falou meu pai.

- você está bem pai?

- estou sim – falou meu pai me dando um abraço forte.

- eu te perdoo pai.

- eu sei – falou ele.

- me promete que não vai fazer nada para se machucar.

- prometo – falou meu pai.

- vou ver seu pai pelo menos uma vez por semana – falou Jeffrey – ele concordou.

- que bom – falei. – e eu?

- não precisa vir aqui por esse motivo, você teve meses para se curar dessa feria e eu acredito que esteja curado.

- tudo bem – falei.

Logo nós nos despedimos de Jeffrey e entramos no carro. Nós fomos conversando normalmente. Eu estava tranquilo. Tinha sido a horas de conversa e parece que meu pai tinha aceitado bem a noticia. Menos mal. Eu estava tão cansado que deitei a cabeça um pouco para trás e antes que pensasse em outra coisa adormeci no banco do carona.


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Comentários

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Pensando na Hypotese de o Jay eo Pai do Mike terem um futuro romance.

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fico muito feliz pela recuperação do Mike, e que o pai dele, de certa forma, conseguiu encara a situação de maneira mais tranquila... torço muito por ele, até que enfim está conseguindo ser feliz!! ^^

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O Mike é o cara. Que bom que ele conseguiu perdoar o pai. E que o Larry está se perdoando. Demais.

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Uow! Mike é meu muso inspirador.

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