Fiquei tão assustado com as palavras dele que pulei da cama. Ele nunca tinha falado nada carinhoso comigo, pelo contrário, desde o começo foi bem rude.
- Sam, eu não estou entendendo. O que você viu em mim? Acho que isso foi só porque eu sumi esse tempo.
Ele me segurou pelo queixo e colou seu rosco no meu.
-Não venha dizer que entende mais do que eu sinto do que eu. Acha que é fácil eu chegar pra uma pessoa como você e dizer que estou apaixonado?
- Não Sam, sei que não é fácil. Me solta por favor. - O aperto dele no meu queixo estava machucando.
- Eu nunca me apaixonei nem por mulher, tá ligado leque? Por mulher nenhuma. E de repente fico o tempo todo pensando em um protistituto, eu tive vontade de te matar. - Falou apertando mais ainda.
- Sam, por favor, tá me machucando.
Ele aliviou um pouco o aperto e puxou minha cabeça para beijar minha boca. Não correspondi mais também não o impedi de me beijar. Senti realmente paixão naquele beijo, diferente dos beijos de antes que eram de mera luxúria.
- Fica comigo. - Pediu ele ao finalizar o beijo e trocar o aperto no queixo por uma carícia no meu rosto, era impressionante como ele mudava em questão de segundos.
- Não posso Sam. Eu amo outro.
- Eu posso te dar tudo que você quiser. Você pode sair dessa vida, morar em um lugar bom, fazer a tua faculdade em paz.
- Sam, não posso deixar o Thor.
- Porque? Tem pena dele?
- Claro que não. Eu amo ele.
- Uma pessoa que ama não chupa a piroca de outro macho como você chupa a minha, não fica pensando nele quando eu estou te enrabando?
- Eu já disse, eu visto um personagem. Com os clientes eu me solto porque é meu trabalho, mas fora do trabalho eu sou totalmente do Thor.
- Sem essa. Não vem dizer que não curte minha rola de verdade. Você não é um puto? Tô te oferecendo o programa da sua vida, basta você largar aquele retardado e ficar comigo.
- Eu nunca vou deixar o Thor, Sam. A gente pode ficar muitas vezes, mas vai ser sempre assim, como michê e cliente.
- E se eu matar ele?
- Eu te mato. - Respondi sem pensar.
- Você o que? - Gargalhou ele. – Eu podia te dar uma surra por me ameaçar, viadinho.
- Desculpa falar assim. Mas por favor não fala mais em machucar o Thor.
- Eu não disse que ia machucar, disse que ia matar.
- Sam, por favor. - Falei alisando seus braços musculosos. - Eu gosto de ti, mas estou apaixonado por outro. Mas você pode me ter quando quiser, fantasiando o que quiser. Não precisa machucar ninguém.
Ele me empurrou suavamente e pegou suas roupas para vestir. Não falou nada enquanto colocava as peças. Também fiquei apenas em pé o observando. Ele colocou a bermuda por último, cobrindo suas tatuagens. Por um instante fiquei pensando que loucura era um homem daqueles dizer que se apaixonou por mim, ele podia comer toda putinha da área onde comandava e todo viado também. Era praticamente um contransenso, não consegui acreditar que era algo verdadeiro. Mas sendo verdade ou não, ele certamente me daria o que prometeu, e era tentador. Mas eu recentemente saíra de uma vida de escravo sexual e provavelmente a vida que o Sam iria querer que eu levasse era parecida. Sem falar que eu prefiro ser ativo e ele iria viver me comendo.
- Pega. - Falou ele passando por mim para ir embora e me entregando uma nota de cem e duas de cinquenta.
- Não precisa Sam. Eu estava te devendo. - Falei.
- Toda puta merece o seu pagando.
- Meu programa é só R$ 100,00. - Falei.
- Então que os outros cem sirvam de incentivo para você não ficar se escondendo de mim. - Falando aquilo, saiu pela porta do quarto.
Antes mesmo que eu terminasse de me vestir a Nic entrou no quarto.
- Graças a Deus que ele foi embora. Fez alguma coisa com você?
- Me comer até dizer chega né? Ai meu Deus, onde é que está o Thor?
- Não sei menina. Quer que eu ligue para ele?
- Liga Nic, ele deve estar furioso comigo.
- Furioso porque menina? O que ele ira querer que você fizesse?
- Ele é muito ciumento, não consegue superar.
A Nic saiu do quarto discando para o Thor e o Lipe entrou no quarto.
- Tá bem Dee?
- Tô, Lipe. Só um atendimentozinho básico.
- Ele é muito bonito viu, esse Sam.
- Dee, pega ele quer falar contigo. - Falou Nic entrando assustada no quarto.
- Alô, amor? Volta para casa amor.
- Quis falar contigo só pra dizer uma coisa Diego. - O tom de voz dele era bem frio.
- Amor, volta. A gente conversa aqui.
- Eu vou voltar, mas vai ser a última noite que eu passo neste apartamento.
Continua..