O rouxinol escarlate 14 (Final)

Um conto erótico de Silver Sunlight
Categoria: Homossexual
Contém 1500 palavras
Data: 10/12/2012 16:43:19
Última revisão: 23/12/2012 23:14:53

Galera, eu gostaria de pedir perdão a todos. Eu prometi postar os capítulos finais do conto ontem, mas um motivo de força maior (especificamente um raio que acertou a torre da internet [o barulho foi tão grande que pensei que o mundo estava acabando… rs]) me impediu de enviar a história. Desculpem-me mais uma vez!

Espero que gostem e não queiram me matar! Rs

Infelizmente a história chegou ao fim e não sei o que farei depois dela… talvez umas férias ou não… ainda não consegui pensar em nada… por hora, boa leitura!

________::…..::________

Eu permaneci no hospital por umas três semanas. Já não aguentava mais aquela comida horrível nem o Marcelo me paparicando o tempo todo. Eu o amo muito, mas tem horas que ele exagera. Isso me irrita um pouco nele.

Finalmente recebi a alta e poderia voltar para casa. Marcelo me levou de volta e eu tive uma surpresa quando cheguei: Marcelo e Andressa haviam sido convidados para morar com minha mãe e eu. Minha mãe pediu que Marcelo adiantasse os trâmites do casamento. Ela não o queria dormindo comigo sem sermos casados. Eu corei de vergonha quando ela disse isso. Mãe é mãe.

Assim que comecei a andar de forma mais ágil, decidi tirar um peso da minha consciência. Convidei Andressa a me acompanhar até a casa da minha querida avó. A nossa história ainda não havia terminado.

(Lídia) – Confesso que não esperava vê-los em minha casa!

(Dominicky) – Verdade, Senhora Lopes Prado! Mas existe uma pendência que temos de tratar!

(Lídia) – Duvido que haja. A única pendência existente seria a sua morte, por ter matado o meu adorado Henrique. Você é um monstro!

(Dominicky) – E você não passa de uma perdida!

Andressa me encarou completamente confusa pelo o que eu disse. Eu me divertia ao ver o sangue desaparecer do rosto da Lídia, deixando-a pálida como uma vela branca.

(Lídia) – Como ousa me fazer tal acusação?!

(Dominicky) – Não alimente a imagem da mulher ultrajada que você nunca foi. Juro que não sei se te chamo de Lídia Lopes Prado ou de Lili Marimbondo?!

Andressa segurou-se para rir. Eu estava me divertindo com aquilo. A velha estava quase tendo um ataque cardíaco. Mas eu precisava dar uma lição nela.

(Dominicky) – Eu sei de toda a sua trajetória. Do bordel aos salões da alta sociedade. Então, minha querida avó, deixe-nos em paz ou serei obrigado a fazer com que os jornalistas descubram a podridão que a senhora esconde debaixo destes vestidos caros! Se me der licença, tenho que visitar outro demônio antes de seguir com a minha vida!

Levantamo-nos e fomos em direção à porta, quando me voltei para lhe dar um último aviso.

(Dominicky) – Lembre-se, Lídia querida, nada de truques ou você nunca mais poderá colocar seu nome em nenhuma lista de convidados das festas da alta sociedade!

Eu saí daquela casa me sentindo mais leve. Parecia que cem quilogramas de concreto houvessem sido retirados dos meus ombros. Finalmente eu estava livre. Entramos no carro e partimos rumo à delegacia. O Mauro seria transferido para um presídio maior e ele ainda não havia pagado o que me devia.

(Andressa) – Tem certeza de que é isso que você quer fazer?

(Dominicky) – Chega de me esconder! Está na hora de encarar a vida como ela é!

Saí do carro e entrei na delegacia. Conversei com o delegado, inventei uma história qualquer para que ele me permitisse ver o estafermo. Ele concordou e pediu a um guarda que me levasse ao local. No caminho, o guarda me advertiu para ficar longe das grades. Mauro estava transtornado e havia tentado matar outros guardas, inclusive ele. Acho que alguém aqui não lida muito bem com a derrota.

Ao me avistar na frente de sua cela, Mauro voou em cima de mim. Ele debatia-se na grade como um animal faminto. Ele queria devorar-me. Queria que meu sangue escorresse em sua frente. Seus olhos estavam avermelhados de ódio. Ele parecia um animal. Na verdade, ele sempre foi um animal.

(Mauro) – Seu desgraçado! Você arruinou minha vida! Vou acabar com você! Eu vou matar aquele seu namoradinho de merda e vou te estuprar na frente da fraca da sua mãe!

As palavras dele estavam envenenando meu coração. Sentia vontade de arrancar a arma do guarda e abater aquele infeliz ali mesmo. “Mantenha a calma! Você é superior a isso! Você é mais forte que ele! Ele não pode te ferir.” Repetia mentalmente enquanto era agredido por suas palavras.

Quando a sua mente está em um nível mais elevado, a visão não pode cegar a razão. Era o que estava acontecendo. Mantive minha mente distante daquele lugar de forma que não pudesse ser intimidado pelas palavras. Fitei o guarda por uns instantes e ele me olhava atordoado pela minha calma.

(Dominicky) – Acredito que você deva estar sentindo o peso de suas próprias palavras!

(Mauro) – Vá se fuder, seu viadinho de merda!

(Dominicky) – O inferno o aguarda, primo! Não quero que se atrase. Aliás, diga ao diabo que nos vemos no dia do juízo final!

Dei-lhe as costas e caminhei em direção ao guarda. Ele estava incrivelmente atordoado. Tanto pelo o que viu e ouviu de Mauro, quanto pela forma que o respondi. Saí daquela delegacia com o sentimento de dever cumprido. Agora sim! Finalmente livre!

Entrei no carro e contei a Andressa tudo o que houve. Em seguida partimos em direção a nossa casa. Literalmente NOSSA casa. Encontramos minha mãe lendo um livro na sala. Sentamos próximos a ela e ficamos conversando amenidades.

De repente, uma menininha linda de cabelos loiros entra correndo pela casa e gritando papai. Ela correu em minha direção e lançou-se sobre mim, ficando em meu colo. Olhamos atônitos para a porta e vimos Marcelo entrar por ela com um sorriso inigualável.

(Marcelo) – Você não me disse quantos filhos, mas eu acho que você merecia algo especial. Concorda comigo, Paulinha?

(Paula) – Sim, papai!

Eu estava sem chão. Não havia compreendido o que estava acontecendo. Lembrei-me do ocorrido no parque e tudo começou a se encaixar. Marcelo realmente não existia. Enquanto eu estive no hospital, Marcelo deu entrada nos trâmites “do casamento” e da adoção. Ele havia escolhido a Paula como forma de lembrar aquele dia tão especial.

(Marcelo) – Gostou da surpresa?!

(Dominicky) – Por favor, vá devagar porque eu acabei de sair do hospital. Não quero voltar pra lá tão cedo.

Rimos daquilo tudo e levamos a Paula para conhecer a casa. Ao chegarmos ao jardim, Paula teve uma surpresa: Marcelo havia comprado um cachorrinho para ela. Os dois brincavam alegres, enquanto os quatro adultos da família conversavam um assunto mais delicado.

Decidi contar aos dois o que Andressa e eu havíamos feito. Acho que nem me atrevo a transcrever o enorme discurso “Você tem noção do que você fez!” que Marcelo me disse. Ele falou mais de uma hora ininterruptamente. Podem acreditar. Eu cronometrei com meu relógio. Minha mãe me deu uma bronca daquelas, mas confessou que ver a Lídia com medo deve ter sido bem divertido. Tudo corria bem e a vida voltava aos seus devidos caminhos. Era um conto de fadas?! Não. Mas quando há amor, os problemas caem em segundo plano.

As surpresas não pararam de acontecer nas semanas seguintes. Foi um mês muito movimentado. Festas, reuniões, acordos financeiros, campanhas publicitárias e apresentação musicais.

Por falar em apresentações musicais, decidi deixar a banda o que os deixou tristes, mas disse que Andressa assumiria meu lugar. Agora, eu tinha uma empresa, um marido, uma filha, um cachorro e uma família para cuidar. Não sobraria tempo para a banda, mas isso nunca me impediu de fazer algumas participações especiais.

Mas uma apresentação em especial me marcou muito. Conto pra vocês depois.

Marcelo e eu estávamos cada vez melhor. Acho que finalmente o rouxinol achou seu par para a canção perfeita.

(Marcelo) – Sabe de uma coisa?!

(Dominicky) – Fale!

(Marcelo) – Eu não acreditava em amor à primeira vista até que te vi naquele palco!

(Dominicky) – Eu não acreditava que pudesse ser feliz até que te encontrei! Mas vamos para com esses momentos clichês demais. Isso me deixa um pouco enjoado!

(Marcelo) – Amor, se você fosse uma mulher eu me preocuparia!

(Dominicky) – Como assim?!

(Marcelo) – Você sentindo enjoos. Eu temeria uma gravidez!

Não preciso dizer que dei um soco nele e naquela noite ele dormiu no escritório da casa. Como ele é abusado! Mas ainda assim eu o amo. E pelo o que vejo, vou amá-lo cada dia mais. Não quero aqui dizer que a vida é conto de fadas onde há “Felizes para Sempre!”, mas “Sempre podemos ser felizes se tentarmos!”. Se você ainda não achou alguém que te complete, eis um conselho: Espere! A vida gosta de dar algumas voltas e nos deixar surpresos com o que as suas esquinas escondem. Um grande abraço e seja feliz!

P.S.: No próximo capítulo, vou contar o que houve na minha recepção após a tentativa de homicídio. Isso aconteceu na mesma noite em que cheguei do hospital. Aguardem. Beijos nos corações!

Dom Montefiore…


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Ai fiquei muito triste por sua historia ter acabado eu adoro muito ela e tenta fazer uma segunda temporada mais se não der ela marcou muito pra min e ja mais vou esquecer.nota 10000000000

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