Viajei no tempo para comer a mãe do meu amigo – Parte II
Viajei no tempo para comer – Parte II
Para entender este conto é imprescindível que leiam o conto: “Parte 1 ”
Com aquela idéia fixa na cabeça de voltar ao ano de 1961 comecei a utilizar todo o conhecimento que havia adquirido na faculdade e coloquei em prática meu plano, até então insano, de viajar no tempo, eu já havia lido muito a respeito do assunto, vários autores escreverão sobre tal viajem, alguns tentando provar a impossibilidade da coisa e outros demonstrando na teoria que seria possível, com base no que eu já sabia e colhendo informações publicadas aqui e ali, descobri que não só era possível efetuar tal viagem como também que a construção de um dispositivo que me permitisse passear pelo tempo era totalmente possível, o grande “BOOM” foi eu atentar para a idéia que não havia a necessidade de criar algo que se locomove-se na velocidade da luz, ao invés disso eu deveria criar algo que fizesse com que minhas moléculas fossem aceleradas até um certo ponto e depois voltassem ao estado inicial, porém esta volta se daria em um outro espaço de tempo e através de muitos cálculos eu consegui precisar quando e onde eu deveria reaparecer, desta forma eu acabara de criar a máquina do tempo.
Fiz o primeiro teste em um coelho, coloquei o coelho em uma gaiola e nele fixei o dispositivo já programado para 1 minuto no futuro. Segundos após iniciar os testes o coelho simplesmente foi desaparecendo da gaiola, até a gaiola ficar vazia por completo e exatamente 1 minuto depois o coelho reapareceu, para eu que observava passaram-se exatos 1 minuto, porém para o coelho a viagem no tempo durou um piscar de olhos, ou seja, o tempo havia passado para mim, mas não para ele, descobri então a forma de voltar no tempo e finalmente conhecer Dna. Sandra com 18 anos e claro de posse de todas as informações que eu possuía, inclusive alguns nomes de rapazes que haviam feito a festa com ela eu certamente iria me esbaldar naquela bela mulher.
Finalmente chegara o grande dia, fui até a casa de Dna. Sandra, com a desculpa de falar com Pedro, porém sabia que naquele horário ele estava na faculdade, isso era apenas para conversar com ela, conhecer melhor seu passado, não sei se vocês sabem, mais gente idoso adora contar fatos de sua juventude, falar sobre como era o mundo no “tempo deles” e era exatamente isso que eu queria saber. Depois de algumas horas de conversa com aquela doce senhora já me sentia pronto para por meu plano em prática, pois já sabia onde ela morava, estudava e até alguns de seus horários, era chegada a hora da viagem mais importante da minha vida.
Com as informações que obtive de Dna. Sandra primeiro fui até um brechó e consegui comprar algumas roupas da época, em seguida fui até o endereço que ela morava na juventude, tratava-se de um pequeno bairro no subúrbio, hoje apenas prédios enormes existiam por lá, nada parecido com as fotos que eu havia visto do local.
Já vestido corretamente e no local adequado liguei o dispositivo, logo tive uma sensação de náuseas e uma tontura muito forte, ainda consegui observar meu corpo sumindo e depois disso uma escuridão imensa seguida de um clarão muito forte, fiquei sem enxergar nada por alguns instantes e aos poucos minha visão foi voltando ao normal, por um momento pensei estar delirando, pois ao conseguir ver ao meu redor parecia que eu fazia parte de uma daquelas fotos que Dna. Sandra tinha em seu álbum, tudo estava exatamente igual ao que eu havia observado, com uma diferença, agora eu via tudo em cores.
Ainda incrédulo fui até uma pequena banca e olhei a capa de um jornal, lá figurava a data:
“14 de dezembro de 1961”, neste momento eu tive a certeza, eu havia conseguido romper a barreira do tempo, começava então minha buscar pela “agora jovem” Dna. Sandra.
Continua...