Meu Amigo me Amava – Capítulo 109
Fortes Emoções – Momentos Finais
Depois de uma festa de noivado bastante tumultuada com meu a presença do Estevão com dois envelopes dos contos de descobriu que eu publico no site sobre a minha vida, a do Pedro e do Jhonny, nossa briga, meu desmaio, ida ao hospital, volta, e tantos outros reveses que aconteceu nesta longa noite, muitos problemas e confusões ainda estavam por vir.
Nesta noite, tive uma violenta discussão com minha mãe por conta da presença do Vinícius, e isso acabou mal, recebi um bom tapa na cara que me magoou muito, pois até então, eu com meus 23 anos, nunca havia apanhado da minha mãe. Fomos pra casa do Robertinho, eu Pedro que dormimos juntos depois de um bom tempo sem ficarmos assim tão juntos, Robertinho e Vinicius onde têm uma noite digamos que estranha, ainda com muita coisa pra acontecer, e Valeksa sozinha em outro quarto. Nisso amanhece, como é domingo, é dia do Pedro ficar com sua filha, um acordo que fez com Luciana após a separação que até hoje é um mistério para mim, pois não sei ao certo o que os levou a se separar, na verdade todo passado do Pedro pra mim é um mistério, mistério esse que me angustia, pois não sei a verdadeira história do cara que mais sabe de mim, que mais sabe da minha vida. O Pedro vai pra casa, chegando a casa encontra o Gileno, seu amigo de longa data, desde o Espírito Santo, ou seja, a pessoa que mais sabe sobre sua vida.
Pedro vai para casa e nem desconfia que lá dentro o Estevão colocou juntamente com seu comparsa, Pezão, 10 quilos de cocaínas para o incriminar, após fazer uma canalhice deste tamanho, ele liga com a maior calma do mundo para o dique denúncia e dá o endereço do Pedro, estava armada a vingança do canalha para ferrar a vida do Pedro, uma vingança pelos socos que levou do Pedro e uma forma de me atingir também, claro, porém, mal sabia o Estevão que essa armação desenrolaria em grandes revelações, mexeria com a vida de muitas pessoas, e culminaria com o final de Meu amigo me amava . Pedro entra em casa e encontra o Gileno na sala, não desconfiam de nada até então.
Pedro - Qual é leke?
Gileno - Nossa! Passando a noite na zona também?
Pedro - Que isso cara, não sou dessas coisas. Estava vindo da casa de um amigo, estava com o Breno.
Gileno - Você ta caidinho por esse leke né velho?
Pedro - Amo aquele cara pra caralho maluco.
Entram no quarto o Pedro e o Gileno ainda sem desconfiar de nada.
No lado de Fora chegam o Estevão com o Pezão novamente com o carro, observam na rua o carro do Pedro.
Estevão - O otário chegou em casa.
Pezão - O senhor vai fuder a vida do cara patrão?
Estevão - Agora é a hora de começar o show.
Estevão pega o celular e disca 190.
Estevão - (celular) Alô, gostaria de fazer uma denuncia. É que o meu vizinho é traficante e está incomodando toda a vizinhança com essa boca de fumo aqui na frente da minha casa. Anota o endereço por favor.
Minutos depois chega a policia. Batem no portão do Pedro que não entende nada.
Pedro - (confuso) O que está acontecendo?
Policial - Recebemos uma denuncia.
Entram outros dois policiais, Gileno que estava no sofá acorda com o susto. Nisso os policiais começam a vasculhar toda a casa, Pedro fica indignado.
Pedro - O que vocês estão procurando, eu sou trabalhador gente!
Policial - Trabalhador, o que o senhor me explica disso aqui encontrado em seu quarto em senhor?
Nisso o Pedro fica perplexo em ver que a policia achou drogas em sua casa, olha pro Gileno que também não entende nada.
Policial - Agora o senhor entende o que viemos fazer aqui?
Pedro - Essas drogas não são minhas, eu tenho certeza disso.
Policial - Claro que não senhor, realmente não são suas, são minhas não é Barbosa?
Policial Barbosa - Eu acho que sim Novais.
Gileno - Pessoal somos trabalhadores, por que guardaríamos essa cocaína em nossa casa.
Novais -(debocham) Pra fazer sopa, ou melhor construir casas.
Pedro - (nervoso) Vocês têm que acreditar em mim, essa porra não é minha caralho!
Nisso um dos policiais se irritam com o nervosismo do Pedro e lhe dão um soco certeiro na boca do estomago, o Pedro cai no chão gemendo de dor.
Policial Novais -(bate forte no Pedro) Abaixa sua bola traficante de merda! Iguais a você estão cheio na prisão. E vai ser lá, na delegacia que você vai explicar direitinho como esses quilos de cocaína e pelo visto purinha, pronta para serem misturadas a outras porcarias, aparecerem no seu quarto.
Pedro no chão, sentindo forte dor, com dificuldade continua a negar que as drogas sejam suas, realmente não são, mas como convencer aos policiais.
Pedro - (gemendo de dor, fala com dificuldade) Eu já disse que não são minhas, nem do meu amigo, não usamos essas porcarias.
Nada conseguiam convencer os policiais que estavam decididos a cumprir a lei. Enquanto isso do lado de fora Estevão dentro do carro, ao lado do seu comparsa, Pezão, espera o resultado de suas armações de camarote.
Enquanto isso, sem saber de nada encontra-se eu no quarto, acordando depois de uma maravilhosa noite ao lado do Pedro, mesmo ainda com o coração destruído por conta da realização do noivado do Jhonny com a Alessandra, com a descoberta da minha doença, com a descoberta do Jhonny a respeito dos contos e as ameaças do Estevão, e em meio a tudo isso ainda têm minha faculdade que não tem perdão, monografia, estágio, tudo a pouco menos de dois meses para finalizar. Essa era a minha atual realidade, como conseguiria sair de tudo isso, como conseguiria chegar até 2011, isso nem eu sabia.
Entra Vinicius sem muita cerimônia no quarto.
Vinicius - (entrando, jeito de falar) Breno acorda. Filho que casa é essa?
Breno - (acordando, bocejando) Bom dia pra você também Vinny.
Vinicius - E tem como não ter um bom dia numa casa dessas, numa mordomia dessas. Mas me diz como foi a noite com aquele homem maravilhoso, meio grosso mais gostoso?
Breno - Indiscreto você sabia?
Vinicius - Então ta senhor recatado. Já que você não curte falar sobre sua vida sexual, eu falo. Tive um lance meio estranho com o Robertinho no quarto.
Breno - Como assim um “lance estranho”?
Vinicius - Ele ficou pelado na minha frente, me provocou além das minhas forças e rolou algo estranho, sei lá, acho que os dois passou dos limites.
Breno - (espantado, curioso) Quer dizer que vocês.../
Vinicius - (corta) Não é nada disso. Não transamos. Rolou uns amassos, beijos.
Breno - E por que dessa ansiedade?
Vinicius - Não é nada pow, não estou ansioso.
Breno - Não é isso que estou vendo aqui.
Vinicius - Você fantasia demais.
Breno - Já percebi o que aconteceu, com a brincadeira de vocês durante toda a noite, e esse... Digamos, final de noite inesperado, tudo isso acabou mexendo com seus sentimentos e você acabou se apaixonando pelo Robertinho não é?
Vinicius - Nada haver.
Breno - Tudo haver.
Vinicius - E agora cara?
Breno - Cara não sei...
Vinicius - Já sei o que vou fazer.
Breno - O que?
Vinicius - Ir embora daqui um quanto antes.
Breno - Que isso agora Vinny?
Vinicius - Estou cansado de sempre me envolver e sair machucado Breno, acho que chega uma hora na vida da gente em que temos que fazer escolhas, tomar decisões. Eu não quero mais isso, as decepções amorosas doem mais pra pessoa que se entrega mais. Pra ele deve ter sido apenas uma curtição, mas pra mim não foi assim.
Breno - Mas você vai pra onde?
Vinicius - Não sei... Andar sei lá.
Nisso ouço batidas na porta. A porta se abre e entra o Robertinho, sem camisa, descalço, maior cara de sono e apenas de bermuda.
Robertinho - Bom dia.
Nisso se instaura maior climão no quarto. Eu deitado ainda na cama, Vinicius sentado ao meu lado e o Robertinho que olha pro Vinicius. Maior troca de olhares entre os dois. Vinicius sai correndo do quarto, desce as escadas correndo, chora muito. Estava usando uma roupa do Robertinho, camiseta e bermuda, estava descalço também. Vai pra beira de piscina se senta, começa a pensar na sua vida. Lembra do primeiro cara com que teve relações sexuais, amigo de futebol do seu pai, um homem com 25 anos, Vinicius tinha apenas 16, o cara o seduziu ao ponto de o levar para sua casa e fazer sexo com ele, apenas o usava, até o dia em que cheio de cerveja na ideia, espalha na festa do time que o comia o Robertinho, na cara do seu pai, na frente de todo mundo. Robertinho lembra da surra que levou do seu pai, da separação dos dois, pois sua mãe ficou do lado do filho. Os outros envolvimentos, sempre com homens casados, ou caras que queriam apenas sexo, nada a mais que isso. Robertinho se sente sujo, usado. Por último vem a imagem do Kadu, amor desde sempre, porém, sempre platônico, nunca idealizado. Um amor só pela parte dele pois sabia que o Kadu é hetero e que nunca aconteceria algo entre os dois. Robertinho não agüenta tanta dor, tanta tristeza. O lance que rolou com o Robertinho apenas foi o ápice para essa crise existencial, esse vazio que o fez sofrer ainda mais.
Vinicius era alegre por fora, mas como todo ser humano tinha suas frustrações, suas dores, seus vazios existenciais. Fazia questão de sempre se mostrar de bom humor, no fundo para camuflar sua verdadeira personalidade, de um jovem ainda em busca da sua identidade, com sonhos inerentes a todos nós, de um grande amor, a busca pela felicidade. Robertinho sai da casa descalço vai em direção a piscina, pois avista Vinicius sentado a frente dela.
Robertinho - Vinny qual foi cara?
Vinicius não encara Robertinho, continua sentado e olhando para a piscina.
Vinicius - Não é nada cara, apenas estou pensando na minha vida, só isso.
Robertinho - Pow cara se foi a respeito do que rolou ontem, gostaria de te dizer que.../
Vinicius - (corta) Não tem nada haver com ontem cara, nem lembro o que rolou ontem pra te dizer a verdade. Apenas quero ficar sozinho, só isso, posso?
Robertinho - Vinny leke pow não queria te magoar na boa, eu apenas.../
Vinicius - (corta) Cara nem conclua a frase na boa.
Vinicius levanta-se ainda mais magoado e sai correndo pelos jardins da enorme mansão da barra da Tijuca. Robertinho fica ali, estagnado do mesmo lugar, sem entender, sem querer magoar mas magoado. Avista Vinicius saindo descalço e correndo pela casa, quando se fecha o portão ele decide entrar, com um remorso enorme.
Enquanto isso a tensão na casa do Pedro crescia ainda mais, os policiais, Barbosa e Novais estavam certo de que os 10 quilos de cocaínas encontrados no quarto do Pedro eram realmente dele e do Gileno.
Policial Novais - Está mais do que na cara que a droga são desses dois vagabundos, vamos colocá-los no camburão e levá-los para a cadeia. Duvido que lá depois de um daqueles sacodes que só a gente Barbosa sabemos dar, que eles não vão se lembrar de tudo.
Policial Barbosa - (sorriso sarcástico) Claro que vão lembrar Novais, sempre lembram, entregam até a mãe, que dirá lembrar.
Pedro ainda no chão, sentindo fortes dores por conta da violência que foi o soco que levou no estomago. Nisso Gileno permanece em estado de choque, sem entender ao certo o que estava acontecendo.
Enquanto isso na minha casa, acorda meu mano. Levanta-se do quarto e vai pra cozinha, encontra minha mãe fazendo café, senta-se na mesa.
Rick - (cara de sono) Bom dia mãe.
Zilda - Bom dia meu filho.
Rick - O Breno ligou, deu alguma notícia.
Zilda - Ainda nada Rick, mas por quê?
Rick - A senhora ainda pergunta por que mãe?
Zilda - Rick não começa.
Rick - Mãe a senhora bateu nele, deu um tapa na cara do Breno, só porque ele queria trazer aquele amigo dele pra dormir aqui.
Zilda - Rick meu filho, sempre recebi bem todos os amigos de vocês, todos, mas aquele menino na minha casa não.
Rick - Por que esse preconceito todo mãe. Só por que o garoto é gay?
Zilda - Isso... Isso mesmo e não tenho vergonha nenhuma de dizer. Esses meninos gays são uma desgraça pra qualquer família. Deus criou o homem e a mulher, com o objetivo de perpetuarem a espécie humana, e isso está na Bíblia, está na palavra de Deus. Agora está tudo confuso, estão distorcendo as coisas, é mulher com mulher, homem com homem, um pandemônio senhor.
Rick - Mãe nada haver, a senhora acha o quê, só pelo fato do amigo do Breno dormir aqui em casa nós dois vamos nos contaminar e virarmos gays. Não entendendo.
Zilda - (irrita-se) Meu filho cala a boca, vai tomar o seu café e suma da minha frente. Já não basta seu irmão, agora vou ter que ouvir sermões de vocês, era só o que me faltava nessa altura da minha vida.
Rick - A senhora é muito bruta as vezes mãe. Não estou entendendo essa sua ignorância toda.
Rick se levanta e sai da cozinha contrariado, fica Zilda pensativa na cozinha.
Na casa dos pais de Alessandra o clima também não era um dos melhores, depois da festança de noivado da noite anterior o dia de domingo foi de muita arrumação, pois tinham que colocar a casa no rumo normal de antes, devolução das coisas do Buffet. Os noivos Jhonny e Alessandra dormiram juntos no mesmo quarto. Jhonny ainda muito ressentido por tudo o que leu a respeito dos contos que por acaso encontrou nos jardins da casa, não iria me perdoar nunca. Alessandra por sua vez estava magoadíssima pelo fato do Jhonny se não fosse por sua intervenção, estava disposto a abandonar a cerimônia do noivado e ir me vê no hospital, aquilo estava engasgado em sua garganta, por que tamanho foi o seu esforço e dedicação para a realização de sua festa e ele se mostrou indiferente a tudo isso. Ela se divertiu, tudo se saiu bem, apesar dos vários percalços como minha briga com o Estevão, meu desmaio, ida para o hospital, a minha queda das escadas caindo no salão de festas. O briga de Vinicius, Jéssica e Camila, e toda a confusão que se instaurou na piscina, mesmo no final culminando com uma grande festa na piscina, tudo isso deu certo, mas a mágoa estava lá e a Alessandra não a guardaria por muito tempo.
Estão os dois na cama, já acordados, de olhos abertos, sem falar um com o outro, retrato precoce de uma relação que mal começou, mas já dá sinais de um casamento fracassado, sem emoção, sem sentimentos, sem paixão, algo essencial para motivar um casamento, algo este que não existia nesta relação.
Alessandra - Oi.
Jhonny - Bom dia.
Alessandra - Bom dia.
Jhonny - Está feliz?
Alessandra - Eu que te pergunto, você está feliz?
Jhonny - Por que não estaria?
Alessandra - É o que quero saber Jhonny, o real motivo de você não está feliz.
Jhonny - Mas eu estou feliz!
Alessandra - Com essa cara Jhonny, com aquela cara em toda a festa?
Jhonny - Essa é a minha cara Alê, e me desculpe, mas nasci com ela e não vou poder mudar.
Alessandra - As vezes não consigo te entender sabia. Sério, você as vezes me parece tão ausente, tão distante de mim. As vezes Jhonny gostaria de poder invadir os seus pensamentos para poder saber o que se passa aí dentro, da sua cabeça.
Jhonny - Alessandra por favor, não vamos brigar por nada.
Alessandra - Antes fosse por nada Jhonny. Sabe o que eu penso as vezes? Que só eu quero esse casamento, que só eu me entrego nessa relação.
Jhonny - O que você está falando Alessandra por favor.
Alessandra - Estou falando a verdade, fato, o que realmente acontece. Você viu meu esforço, o quanto me dediquei para a realização desse jantar de noivado, as noites que sai correndo do trabalho correndo atrás de Buffet, de preços em conta, de decoração, de tudo Jhonny para que nosso jantar de noivado fosse algo especial, algo que sempre sonhei, que sempre desejei. E você querendo sair da festa, querendo me largar aqui pra ir atrás do Breno, na maior insensibilidade.
Jhonny - Alessandra o Breno é meu amigo. Como você gostaria que eu reagisse, pombas, eu soube que ele desmaiou que saiu sendo carregado pelo Vinny e o Pedro, fiquei preocupado poxas.
Alessandra - O Breno também é meu amigo, aliás o conheço há bem mais tempo que você, e também estava preocupada com o estado de saúde dele. Mas mesmo assim eu sabia que saindo correndo daqui eu não iria poder ajudar em nada, por que não sou médica, assim como você. Agora querer sair daqui e ir ao hospital e largar a noiva sozinha na festa de noivado é o cúmulo do absurdo, a prova mais explícita de que você não tem um pingo de consideração por mim.
Jhonny - Não seja injusta.
Alessandra - ( firme) Eu injusta? O injusto aqui é você Jhonny, você.
Jhonny não gostando do rumo que aquela conversa estava dando decide se levantar, estava usando apenas uma cueca boxe branca, todo o seu corpo era perfeito, seus ombros largos, todo peludo, pernas grossas, bunda redondinha, carnuda, um homem feito num corpo perfeito, de um rapaz de 24 anos. Ele se levanta e Alessandra vê tudo sentada na cama, ele tira a cueca e vai completamente pelado para o boxe tomar um banho. Ele liga o chuveiro e Alessandra ouve a água cair.
Nisso Estevão e seu comparsa Pezão, não agüentam de tanta ansiedade para saber o que acontece dentro da casa do Pedro, estavam eufóricos para verem o resultado de suas armações.
Estevão - Dava tudo pra poder estar lá dentro daquele casebre e saber o que está acontecendo.
Pezão - (passa a mão nas pernas de Estevão, provoca) Daria tudo mesmo.
Nisso Pezão passa a mão com vontade no meio das pernas do Estevão, este se excita e logo seu pau fica duro.
Estevão - Acalma seu tesão Pezão. Aqui não porra.
Pezão - Desculpas patrão, mas confesso que estar aqui contigo nesse carro, mente vazia, sabe como é?
Estevão - Prometo que se tudo sair como pretendo, que hoje teremos uma noite maravilhosa, prometo fazer aquilo que você tanto gosta.
Pezão - (vibra de tesão) Jura?
Estevão - Juro, daquele jeitinho que só eu sei fazer.
Estevão - (sério) Agora temos que manter o foco, e o foco é, saber se nosso plano deu certo, se os patinhos vão cair na nossa armadilha de mestre. Quero só ver a carinha do Breno ao saber que o seu grande amor está preso, acusado de tráfico de drogas, por que pela quantidade que os policias vão encontrar naquela casa, será muito difícil para o advogado conseguir um Habeas Corpus, por mais eficiente que seja, mesmo o condenado sendo réu primário.
Pezão - Até agora não entendi por que o patrão quer fuder com a vida desse cara. O que esse tal de Pedro fez com o senhor patrão?
Estevão - Ele é apenas uma isca, quem eu quero mesmo é o insuportável do Breninho. Ele sempre não quis me desafiar, não me enfrentava com toda aquela arrogância, com toda aquela empáfia de ser o senhor da verdade, pois bem, percebi que ele é um cara forte, bem estruturado psicologicamente, difícil de se desestruturar, mas isso por que ele tem dois grandes alicerces que o apóiam, que lhe dão um apoio no momento em que mais precisa, agora eu quero ver sem esses dois grandes alicerces que são o Jhonny e o Pedro como ele reagirá? O Jhonny como eu conheço é sentimental, sensível demais, neste momento já deve estar em posse dos contos, sabendo de todos os podres do rapaz que ele mais admira na vida. Conheço aquele frutinha. Tem uma coisa que você precisa saber Pezão.
Pezão - E qual é patrão.
Estevão - Viado meu parceiro, nasce viado. É o caso do Jhonny, sempre muito sentimental, sensível, uma moça. Confesso que mudou muito, mas por fora, por dentro continua o mesmo menininho mimado de sempre, sendo ainda mais estragado pela minha digníssima sogra.
Pezão - Jhonny é aquele seu cunhado não é? Patrão na boa aquele garoto sempre foi uma tentação, aquelas pernas, aquela bunda.
Estevão - Desenvolveu rápido. E pensar que quem foi o primeiro a desbravar todo aquele corpo foi o doutor Estevão aqui.
Pezão - Patrão por que o senhor se separou daquele tesão, podia estar com ele até hoje.
Estevão - Isso não vem ao caso agora Pezão. Mas uma coisa eu te prometo, o Breno, Jhonny e Pedro vão me pagar muito caro por tudo o que fizeram contra mim, pode escrever o que estou dizendo, irei destruir todos os três, um por um, com requintes de crueldade.
Pezão - Nossa patrão, senti até um calafrio agora.
Estevão - É pra sentir, agora está sendo o Pedro, logo em seguida o Jhonny e por último em grande estilo Breninho Nunes, o aspirante a escritor de romance. Chega ser hilário mais o filho da puta me cita nos contos, alguns até pensam que eu sou o vilão de toda aquela baboseira, como tem gente tola neste mundo. Pezão eu sou a vítima de tudo isso você não acha, a vítima.
Estevão sorri sarcasticamente, Pezão fica o encarando com um certo medo.
Nisso vem caminhando pelas ruas Luciana a ex mulher do Pedro com sua filha Luana, que se encontra toda arrumada e com uma mochila para passar o dia com o pai, trato este afirmado entre os dois desde a separação, para que a filha não sofresse tanto.
Luciana - Luana se comporte com seu pai. Nada de pedir todas aquelas besteiras que você adora e ele como sempre atende todas as suas vontades, nada de ficar correndo e muito tempo ao sol entende minha filha.
Luana - Aí mãe, como a senhora é chata as vezes. Ainda bem que tenho minhas folgas para ficar com meu pai.
Luciana - Tenho que ser chata minha filha, a parte chata fica sempre com a mãe que fica noites sem dormir por que a filinha está com dor de dente, que perde dia de trabalho pra levar a filinha no médico, no dentista. A parte chata é sempre da mamãe, o papai fica com os melhores momentos.
Luana - Ta bom mãe, eu não vou ficar muito tempo no sol e nem tomar sorvete de morango com calda de chocolate, nem ficar correndo na areia da praia com o papai ta bom?
Luciana - Luana você está terrível minha filha, mas deixa, falo com seu pai quando chegarmos.
Estão aproximando-se da casa Luciana e Luana, mal sabendo do clima tenso que está dentro da casa. Os policiais, Novais e Barbosa decidem levar para a delegacia Gileno e Pedro.
Policial Novais - E então seu traficante de merda de onde veio essa mercadoria para vocês revenderem?
Gileno - Não é nossa policiais, nunca usamos drogas na nossa vida, acredite na gente, por favor.
Policial Barbosa - Então vocês vão ter que explicar isso na delegacia.
O policial Barbosa algema Gileno e Novais algema Pedro, que fica desesperado com as algemas prendendo suas mãos.
Pedro - (desespero) Não é minha essa droga, acredite em mim. Eu não posso ir pra delegacia, não posso ser preso, eu sou inocente, inocente!
Nisso o Pedro olha pro Gileno desesperado. Gileno parece entender o que está acontecendo, troca de olhares entre os dois emocionados e desesperados com a situação. Os policias não tem compaixão e os imobilizam e levam em direção a viatura, começam a aglomerar vizinhos por toda a rua. Estevão aproxima com o carro, fica eufórico ao ver a casa abrir e o Pedro e Gileno saindo algemados.
Estevão - Melhor do que encomenda. Olha a cara de desespero do grandão metido a machão. Não acredito.
Pezão - O que foi patrão?
Estevão - Pezão seu chefinho é um gênio mesmo. Até aquele boyzinho de programa de quinta foi no pacote. Coitado, vai virar lanchinho na cadeia, gatinho daquele jeito, com aqueles cachinhos angelicais, tenho pena dele.
Pezão - Conhece o baixinho?
Estevão - Digamos que ele foi um deslize que me custou caro, que morra na cadeia.
Com a movimentação chegam Luciana e Luana, que ao ver o pai entrar no carro da policia algemado se desespera.
Luana - (corre, grita) Mãe é meu pai, meu pai mãe olha ali.
Luciana até então não tinha visto, quando percebe ser mesmo o Pedro, ela sai correndo junto com a filha. Quando se aproximam da casa, Luana fura toda a multidão e abraça o pai com força que nem os policiais conseguem arrancá-la, Luciana chega depois ainda em estado de choque.
Luana - (agarra o pai, chora) Pai por que o senhor está sendo preso, o que está acontecendo.
Pedro - Filha vai ficar com sua mãe. Está tudo bem o papai apenas foi confundido com uma pessoa e vai a delegacia esclarecer tudo.
Luciana - O que está havendo aqui Pedro, por que estão te levando para a delegacia?
Gileno - Armaram pra gente Luciana, só pode ser.
Luciana - Como assim?
Pedro - Através de uma denuncia anônima encontram dentro de casa cocaína Luciana, 10 quilos de cocaína!
Luciana - O que?
Gileno - Isso mesmo estamos sendo presos injustamente Luciana, injustamente.
Pedro - Procura o Breno Luciana, fale com ele tudo o que aconteceu, ele saberá nos ajudar, por favor.
Novais e Barbosa tentam separar com muito esforço Luana e Pedro, pai e filha e os colocam dentro da viatura. Em nenhum momentos eles notam a presença do Estevão que está dentro de seu carro, com insulfilm e observa tudo. O carro da viatura policial sai em meio à multidão de curiosos que se aglomeravam na rua.
Luana - Mamãe levaram o papai preso, peso mãe.
Luciana - Calma minha filha isso tudo não passa de um engano, vai dar tudo certo.
Enquanto isso na casa do Robertinho estamos no quarto, até que um golpe violento de ar entra pela janela, Robertinho presente algo.
Breno - O que foi Robertinho, que cara é essa?
Robertinho - Não sei, senti um arrepio derrepente.
Breno - Como assim um arrepio?
Robertinho - Não sei, algo estranho. Bom vou tomar um banho e depois descemos para tomar café o que acha?
Breno - Robertinho está quase na hora do almoço.
Robertinho - Que seja porra, mas vamos comer alguma coisa não.
Robertinho sai do quarto e vai para o seu tomar banho, fico no quarto pensativo, lembro do noivado do Jhonny, a insuportável dor que senti no peito, a pesada conversa em que tive com ele na noite anterior, não sabia ao certos os motivos, pois foram vários, mas tinha a certeza de que eu e o Jhonny estávamos nos afastando cada vez mais, e talvez isso poderia ser um caminho sem volta. Nesse período em que nos tornamos amigos muita coisa aconteceu, ficamos muito íntimos, um viveu o problema do outro, algo muito forte, muito tenso, e as adversidades da vida não nos deu uma boa estrutura, ou talvez não tínhamos ou não temos estrutura para administrar a força desse sentimento que até hoje não sei o que é. A vida é feita de escolhas, e isso acontece a todo instante, eu fiz as minhas de não me assumir, de dar um rumo pra minha vida, me dediquei ao meu trabalho, estou me dedicando a minha faculdade, a conclusão da minha monografia, essas eram minhas metas, o depois seria o depois, porém, mal sabia eu que no destino ninguém pode intervir, ele vem ao nosso encontro, podemos apenas adiar, tornar os rumos do destino mais complicados, apenas isso, agora fugir, isso nunca. Nunca fui muito de acreditar nessas coisas, a vida me tornou racional, esses lances de que tudo está escrito, sinceramente pra mim é coisa de filmes, novelas, mas como explicar o surgimento do Pedro em minha vida, do nada um cara vem trabalhar no meu serviço e me envolve de uma maneira tão perturbadora que me excita até hoje, e alguns dias depois o surgimento de um vizinho que vem de outra cidade e me faz refletir sobre tantas coisas. Realmente muito... muito estranho. Em meio aos meus pensamentos, entra Valeksa.
Valeksa - Oi Breno.
Breno - Fala Valeska tudo bem. Como foi sua noite de sono?
Valeska - Péssima o que você acha. Você fica com o Pedro, Vinny com o Robertinho, chupando dedo só eu mesmo.
Breno - Que isso?
Valeska - Estou procurando o Vinny, Você sabe pra onde ele foi?
Breno - Olha sei que ele saiu, mas não deve ter ido pra muito longe, depois ele volta.
Valeska - Vou tomar um banho, e depois comer alguma coisa, pois estou morrendo de fome.
Breno - Também vou me levantar desta cama.
Valeska - E você sabe por que o Vinny saiu assim?
Breno - Olha ao certo eu não sei, mas depois ele te conta.
Nisso a Valeska sai do quarto e eu vou para o banheiro tomar banho, ainda não tinha me habituado com quartos com banheiro.
Enquanto isso na praia da barra, Robertinho caminha triste, em meio aos seus pensamentos, senta em determinado local na areia da praia e fica a observar o mar, estava um domingo lindo de sol um típico domingo carioca, a praia cheia. Até que Robertinho foca suas atenção para um surfista, um jovem de aparentemente 27 anos, corpo escultural, lindo, surfando, pegando altas ondas, Robertinho o olha sem maldades, apenas admirando suas performances na prancha. Até que o jovem sai da água e vem correndo com sua prancha. Vinicius o segue com o olhar, que passa por ele sem dar a dá a mínima confiança, na verdade não o tinha reparado.
Nesse meio tempo chegam na viatura policial Pedro e Gileno algemados, descem do carro e são pegos pelos policiais que os imobilizam e entram com eles dentro da delegacia feito criminosos da pior espécie.
Barbosa - (imobilizando o Pedro) Aqui está o elemento doutor, foi na casa desse sujeito que encontramos a droga.
Delegado - Então a denuncia conferia?
Novais - Sim doutor foi encontrado dentro do quarto aproximadamente 10 quilos de cocaína pura!
Delegado - Pela quantidade os senhores não serão atuados como usuários, e sim como traficantes, aí a coisa muda de figura. Os senhores têm alguma coisa a dizer?
Pedro estava abalado, na verdade transtornado com toda aquela situação, porém parecia ter algo há mais, a troca de olhares entre Gileno e Pedro deixavam algo no ar, eram inocentes, estavam sendo vítimas de uma armadinha preparada pelo Estevão, mas, até então não sabiam. Mas o que ainda estava por vir, qual o motivo de tanta cumplicidade entre os dois?
Robertinho na cozinha, vai até a geladeira pegar um copo d’água, quando derrepente é surpreendido novamente com um golpe de vento, tão forte que novamente sente um arrepio de deixar o copo cair ao chão, nisso ele vê imagens confusas, distorcidas, turvas, se mostrarem na poça d’água que se forma no chão. Primeiramente ele vê sangue, lágrimas, suas mesmo. Depois vem imagens do Pedro sendo esfaqueado, não tem ao certo a imagem do local, apenas vê a cena. Pedro segurado por dois homens, e um homem que ele não conhece enfia uma faca na barriga do Pedro. Logo essa cena forte é cortada por outra ainda maior, ele me vê chorando da praia, uma lancha partindo, novamente a imagem é cortada para uma outra, sua mãe piorando no hospital, ele não agüenta ver tanto sofrimento e grita forte.
Robertinho - (grita forte, dor) Não!!!!!!!!!!!!!! Eu não agüento mais. Senhor me livra desse dom meu pai, por favor, eu não quero isso pra mim, eu não agüento mais!
Nisso Robertinho grita com todas as suas forças, o desgaste emocional é tão forte que ele desmaia ali mesmo. Eu estava no quarto e Valeska em outro, ouvimos os gritos e saímos correndo, nisso encontramos Robertinho no chão, copo quebrado, e a poça d’água próxima a sua cabeça.
Enquanto isso na casa dos pais de Alessandra o clima ainda estava tenso entre Ale e Jhonny, que neste momento está no banheiro tomando uma ducha. Alessandra do quarto ouve a água cair, disposta a reverter o jogo ela tira sua roupa e entra completamente nua no boxe, Jhonny até então estava de costas, com as mãos na cabeça, tentando entender tudo o que estava acontecendo, os rumos que a sua vida estava tomando, sabia que em muita coisa tinha o preço das suas escolhas. Também estava com um ódio mortal de mim, talvez nunca me perdoaria de expor os seus problemas, as suas intimidades na internet, para dezenas, talvez centenas de pessoas lerem e saberem. Alessandra o abraça, ele se surpreende.
Jhonny - O que você quer Ale?
Alessandra - Me perdoa meu amor.
Jhonny - Por favor, me deixa sozinho.
Alessandra insiste, começa a o beijar, ele no inicio tenta ser frio, indiferente, mas Alessandra é insistente.
Alessandra - Jhonny me desculpe. Eu fiquei nervosa, você também. Jhonny eu te amo, só queria te entender um pouquinho, saber o que se passa aí na sua cabeça. As vezes você é perfeito, um fofo, aquele fofo que conheci no dia do meu aniversário na boate, amigo do Breno, que me encantei, que me apaixonei, mas as vezes não sei.
Jhonny - Não sabe o que Ale?
Alessandra - Você é vazio, ausente. As vezes você está comigo, mas eu percebo que é apenas o seu corpo, mas a sua alma, o seu espírito não está comigo.
Jhonny - Ale na boa, eu quero muito viver com você, eu quero muito tentar ser feliz. É a primeira vez na minha vida Alê que estou tomando as decisões, estou procurando traçar o meu próprio destino, escrever a minha história, estou tentando ser feliz.
Alessandra - Mas eu quero ser feliz meu amor, eu quero fazer parte da sua história. Mas você se fecha pra mim.
Jhonny - Alê esse é o problema?
Alessandra - Que problema?
Jhonny - Talvez eu possa estar enfiando os pés pelas mãos.
Alessandra - Meu amor você está confuso. É nervosismo, eu sei o que é isso. A Kátia me disse que pro homem é mais assustador ainda, confia em mim, vamos ser felizes, vai dar tudo certo. Calma.
Alessandra o abraça e o beija, Jhonny se sente protegido, amado verdadeiramente pela Alessandra, pode parecer até meio confuso tentar entender o Jhonny, mas recapitulando toda a sua trajetória, talvez isso seja possível. Ele sempre foi muito intenso, um garoto especial, com uma mãe maravilhosa que é D. Nuancy, um pai tradicional, mas não menos amável que é seu Henrique. Sempre muito assediado pelas meninas, namorou algumas, ainda mais por que sempre foi um garoto bonito, que se desenvolveu muito rápido e tal, sempre despertou o interesse das meninas, mas nas ruas relações nunca ouve um envolvimento inteiramente afetivo, até conhecer a internet, sempre teve curiosidade pelo sexo gay, mas nunca teve coragem, entrou num chat e conheceu o Estevão, um cara sedutor, lindo, inteligente, que lhe despertou algo forte, algo que sempre o aguçou, se envolveu, perdeu a virgindade com ele, com apenas 18 anos, até descobrir todos os seus podres, decidiu se afastar, se decepcionou amargamente. Esse homem o ameaça, sordidamente ele diz que avisará a toda sua família que é gay, sob essa ameaça ele conta pra sua irmã Estela sua verdadeira opção sexual, não por que queria, mas por que estava sendo obrigado, não cedeu a chantagem a nenhum momento, preferiu dizer a verdade, arcar as conseqüências. Sua mãe aceitou, foi mais flexível, já o pai não, resistiu, não suportou saber que seu filho, é um gay. Viveu durante alguns anos assim sozinho, fechado, claro que tendo sempre a companhia do Vinny, Kadu, seus amigos desde o tempo do colégio, mas não um amigo de verdade. Até vir pro Rio, me conhecer, Jhonny enxergava algo especial em mim que talvez eu nunca venha a saber o que é, confiou em mim, se abriu comigo, se apaixonou por mim, e eu não soube retribuir, talvez pela minha indecisão de tudo, minha instabilidade, não sei ao certo o que nos motivou a isso tudo. Resumindo, comigo o Jhonny sofreu mais uma decepção, decidiu não sofrer mais por amor, quis dar uma guinada, e deu. Tornou-se noivo da Alessandra, uma menina que ele verdadeiramente não ama, mas sente-se bem, pelo simples fato dela mostrar que o quer fazer feliz, e neste momento era tudo o que ele queria ser feliz.
O clima que antes estava tenso, abranda um pouco, e Alessandra e Jhonny fazem sexo ali mesmo no banheiro. Após a transa, Alessandra adormece na cama, Jhonny ao seu lado estava acordado, olhando pro teto, pensando nos rumos que a sua vida tomara, e nas conseqüências de suas escolhas.
Enquanto isso na casa do Robertinho, eu e Valeska o encontramos desmaiado, ao lado de cacos de vidros e água derramada no chão, na hora quando o vejo ali, penso ter acontecido alguma coisa séria, pensei sinceramente que se ele estivesse se machucado, ou atingido por uma bala. Não sei porque nos momentos difíceis, sempre pensamos em coisas mais graves ainda, e foi nisso que pensei na hora, que o Robertinho tivesse sido atingido por uma bala perdida, pois na última vez que estive em sua casa, aquele tiroteio me fez pensar nisso. Valeksa é mais ágil e o vira, vimos que graças a Deus não aconteceu nada demais, então o pego no colo e o levo para o sofá da sala e o deito ali mesmo. Valeska vem correndo com um copo d’água, dou tapas no rosto do Robertinho ainda desacordado, depois de certo tempo ele começa a reagir, despertando.
Breno - (preocupado) Robertinho... Robertinho acorda cara. O que houve, o que você tem?
Valeska - Não acha melhor ligar pra alguém da família dele Breno, sei lá, chamar um médico.
Breno - Não... Ele não se dá bem com o pai, seria bem pior. Ele está respirando.
Robertinho começa a reagir, acordando.
Breno - Que susto cara, o que houve. Está tudo bem?
Robertinho - (despertando, meio tonto) Breno... Me abraça cara, me aperta forte.
Breno - O que foi cara, o que está acontecendo, me diz.
Robertinho - (abraçando forte) Só me abraça cara.
Sem entender nada abraço forte o Robertinho que me aperta com força, não entendo bem o que estava se passando, ele molha minha camisa de tanto chorar.
Enquanto isso na delegacia Pedro e Gileno encontram-se em maus lençóis, estavam sendo acusados injustamente por algo que não cometeram, são suspeitos de serem traficantes por conta dos 10 quilos de cocaínas plantados por Estevão e Pezão, seu comparsa na casa do Pedro.
Delegado - E então senhores, perguntarei mais uma vez educadamente, como conseguiram essa quantidade de drogas, quem é o traficante que forneceu a droga pra vocês, quero nome, locais, é assim que a coisa funciona, pra sorrir tem que fazer rir. Se querem que a estadia de vocês aqui dentro seja conforme tem que ser, com toda nossa proteção e o mais rápido possível nos ajude. Agora se querem proteger bandido, se querem dificultar o serviço da lei, esses fazemos questão de esquecer dentro desse verdadeiro inferno, não é Barbosa?
Barbosa - (sorri) E como é doutor, e como é?
Gileno - Delegado estamos falando a verdade, essa droga não é nossa, não somos traficantes doutor. Eu sou autônomo e meu amigo, o Pedro é trabalhador, tem carteira assinada, ele trabalha num escritório de contabilidade. Por favor acreditem na gente, essa droga não é nossa.
Delegado - E como ela apareceu no quarto da casa de vocês, na casa de vocês, foi andando, ou melhor, voando?
Pedro - (sem forças, exausto) Delegado por tudo que é mais sagrado, alguém plantou essa droga na minha casa. Nunca usei isso doutor, nunca.
Delegado - Os bandidos mais espertos, os verdadeiros bandidos eles não usam mesmo não, sabem que é prejudicial, que é furada, porém vendem, e pelo perfil e quantidade de drogas apreendida na casa de vocês dá para perceber que realmente não são usuários, e sim traficantes, vendem drogas.
Pedro - (grita, desespero) Não vendemos porra nenhuma doutor, eu já disse, não é nossa, não é nossa!
Delegado - (irrita-se) Ta pensando que está aonde rapaz, abaixa sua bola, abaixa sua bolinha. Barbosa e Novais, leve nossos hóspedes pro quarto vip, dá aquele tratamento que só aqui na nossa delegacia tem para eles relaxaram, acalmarem os ânimos, tenho certeza que logo... Logo eles se lembraram de tudo.
Novais e Barbosa sorriem sarcasticamente um para o outro, Pedro e Gileno ainda algemados são levados para um quarto nos fundos da delegacia, neste quarto há apenas uma lâmpada que mal ilumina o lugar e uma mesa, e um colchonete no chão. Novais empurra com violência Gileno que cai brutamente no chão, e Barbosa segura as mãos do Pedro e encosta-o na parede.
Pedro - (gemendo de dor) Está me machucando porra.
Barbosa - Esta vendo Novais como o rapazinho é nervosinho.
Novais - Então não estou Barbosa, está realmente precisado do tratamento vip não acha?
Barbosa - Claro que está?
Barbosa pressiona seu corpo junto ao do Pedro na parede. O Policial Barbosa é um homem forte, de aproximadamente 1,86 de altura, forte, dá pra perceber que curte uma academia, uma barba por fazer, cara de macho safado, canalha, o uniforme lhe cai bem, realça suas pernas torneadas, o volume entre suas pernas, é um homem que chama a atenção, porém um verdadeiro canalha. Ele começa a roças seu pau na bunda do Pedro e a dar umas cafungadas em seu pescoço. Gileno no chão já saca tudo, porém Pedro estava tão indignado com aquela situação que nem se dá conta até então do que estava por vir.
Barbosa - E então mauricinho, bem vestido, cheiroso, pele macia. Me diz, como conseguiu aquela droga.
Pedro - Eu já disse, aquela droga não é minha.
Novais - Não chora cara, não chora pois dá mais tesão ainda.
Novais vai tirando as calças e colocando seu pau pra fora. Gileno que estava no chão é imobilizado por Novais. Que senta em cima dele e põe seu pau na reta da boca de Gileno.
Novais - Vai mostra o que você sabe saber com o meu cacete, e não morde ouviu viadinho, dá um belo trato nele se voc~e valoriza seus dentes e quer sair daqui com todos eles. E mama direitinho, pois sou exigente.
Pedro fica indignado com o que houve, mesmo com as mãos algemadas pra trás dá com toda força uma cotovelada em Barbosa que cai no chão. Novais rapidamente se levanta, sobe as calças e dá um soco na boca do estomago do Pedro que cai gemendo de dor.Barbosa fica furioso e começa a dar chutes no Pedro que ainda está no chão.
Barbosa - (chutes, socos) Quem você pensa que é seu traficante de bosta, perdeu a noção do perigo porra. Já que querem do jeito mais difícil beleza.
Barbosa continua a dar chutes no Pedro que se encolhe todo para se defender. Enquanto isso Novais começa a tirar toda sua roupa e ir para cima do Gileno, tinha sentido desde a batida na casa do Pedro uma certa atração por aqueles cachinhos angelicais do Gileno, seu corpo todo definido, e principalmente seu olhos castanhos.
Novais é um homem de 1,76 de altura, menor do que Barbosa, definido, não forte, branquinho, cabelo liso, todo lisinho. Poe sua pica dura na boca de Gileno e o força a abrir. Gileno com medo e temendo ser mais torturado decide ceder, começa a chupar com certo receio, mas Novais enfia toda a pica em sua garganta, seu áu não é grande, deve medir uns 16 cm, mas é grosso, cabeçona vermelha. Novais fica excitado ao sentir a boca quente de Gileno e força mais, pega a cabeça de Gileno e segura forte, e começa a fuder sua boca como se fosse uma buceta. Barbosa se excita com os sussurros de Novais e começa a passar a mão na bunda do Pedro, que tenta lutar como pode, aumentando ainda mais o tesão de Barbosa, que aperta com força mandíbula do Pedro e enfia a língua na sua boca, Pedro morde a boca de Barbosa que dá um tapão na cara do Pedro que vê estrelas.
Barbosa - Quanto mais arredio você ficar, mais você me deixará assim.
Barbosa se levanta, tira sua farda, fica apenas com uma cueca boxer preta, dava pra ver nitidamente o tamanho deu sua rola, grande, grossa, uns 23 cm assim como do Pedro. Barbosa é todo definido, musculoso mesmo, pele morena, queimada de sol, ralos pêlos pelo abdômen. Vira o Pedro de bruços o imobilizando e tirando suas calças, Pedro estava aterrorizado, seus olhos estavam cheios d’água. Gileno ainda chupa Novais que delira de tesão, com os olhos fixos no Pedro. Novais tira a cueca do Pedro, abre sua bunda, dá uma cusparada no cu do Pedro e começa a chupar seu cuzinho, seus ovos, saliva bastante. Pedro paralisa de medo, ficando inerte, até que desmaia. Gileno percebe e grita.
Gileno - Ele desmaiou.
No desespero e tensão que se instalam no quarto escuro.
Continua....
Galera sei que demorei, desculpem mesmo, é que estão acontecendo muitas coisas na minha vida nesse inicio de ano, estou igual um louco resolvendo várias coisas, sobrando pouco tempo. Obrigado pelos e-mails que venho recebendo e pelos puxões de orelha também por demorar muito, espero publicar com mais freqüência em breve assim que minha vida se estabilizar, forte abço a todos e espero mais e-mails.