Fugi do pau na balada

Da série CASUAL
Um conto erótico de Fulano Casanova
Categoria: Trans
Contém 735 palavras
Data: 31/01/2025 19:19:22

O baixo pulsava nas minhas entranhas como um segundo coração. Luzes estroboscópicas cortavam a escuridão, transformando a pista de dança num caleidoscópio de corpos suados. Minha cabeça girava, uma mistura de vodka de segunda e baseado de quinta. Mas os docinhos eram ótimos!

Foi quando ela apareceu.

Alta pra caralho, cabelo curto raspado nas laterais, peitos medianos marcados pela regata preta colada. Braços definidos que me fizeram engolir em seco. Nossos olhares se cruzaram. Ela sorriu, dentes brancos contrastando com o batom escuro. Senti minhas pernas fraquejarem.

"Tá sozinha?", ela perguntou, inclinando-se pra perto. Sua voz era rouca, áspera como lixa. Senti o hálito quente dela no meu pescoço, cheirando a cigarro e desejo.

"Não mais", respondi, mordendo o lábio. Minha voz saiu mais trêmula do que eu gostaria.

Não sei quem deu o primeiro passo. Num momento estávamos nos encarando, no outro seus lábios esmagavam os meus. Ela tinha gosto de tequila e promessas sujas. Suas mãos agarraram minha bunda, me puxando pra perto. Senti algo duro contra minha coxa, mas minha mente chapada não processou a informação.

"Vem", ela rosnou no meu ouvido, me arrastando em direção ao banheiro.

Meu coração martelava na garganta. Minha buceta pulsava, encharcada de tesão e medo. A porta do banheiro se fechou atrás de nós com um baque surdo.

O banheiro girava ao meu redor, as luzes fluorescentes piscando enlouquecidas. Minha cabeça estava uma confusão.

Ela me jogou contra a parede da cabine. O impacto ecoou como um tiro. Suas mãos eram fortes, possessivas, explorando meu corpo como se já o conhecesse. Seu joelho forçou entre minhas pernas, pressionando exatamente onde eu mais precisava.

Meu coração disparou, batendo tão forte que eu podia ouvi-lo ecoando nas paredes do cubículo. A mistura de álcool e os docinhos que tinha tomado amplificavam cada sensação, transformando o desejo em algo quase assustador em sua intensidade.

"Vou te foder todinha", ela sussurrou, sua língua traçando a curva da minha orelha. "Fazer você implorar."

Minha cabeça girava. O baseado, a vodka, o tesão - tudo se misturava numa névoa de luxúria e confusão. Eu queria isso. Eu temia isso. Eu precisava disso.

Foi então que senti. Algo duro, quente, pulsando contra minha coxa. Meus olhos se arregalaram, finalmente compreendendo. Um pau. Grosso. Grande. Real.

"Surpresa?", ela riu, roçando contra mim de propósito.

"Caralho", foi tudo que consegui dizer, minha voz um sussurro estrangulado.

"Vou te leitar", ela rosnou, seus dentes mordiscando meu pescoço. "Vou encher essa bucetinha de porra. Vai ser minha!"

Suas palavras eram como choques elétricos na minha espinha. "Leitar". "Encher". Cada sílaba fazia minha buceta contrair de desejo e medo.

Ela agarrou meu cabelo, puxando minha cabeça pra trás, me forçando a olhar nos olhos dela. "Quer isso? Quer ser minha putinha?"

Minha mente embriagada gritava sim. Minha buceta encharcada implorava. Minha boca salivou, se preparando para receber aquela pica deliciosa.

Mas travei. Travei, porra! Um pânico subiu pela minha garganta. Tudo que tinha consumido até ali bateu forte e da forma errada, distorcendo minha percepção, fazendo tudo parecer mais intenso, mais ameaçador. Sua voz, antes sexy, agora soava predatória aos meus ouvidos alterados.

Suas palavras reverberaram na minha mente chapada, ganhando um significado sinistro. O tesão se misturou com medo, criando um coquetel tóxico de emoções que ameaçava me sufocar.

"Desculpa", balbuciei, minhas mãos tremendo enquanto destrancava a porta. "Não posso."

Fugi como uma covarde, deixando ela, seu pau magnífico e meu desejo para trás, meu corpo e mente em conflito, amplificados pela química que corria em minhas veias. O ar frio da noite me atingiu como um tapa, me trazendo de volta à realidade.

Agora tô aqui, deitada na minha cama solitária, dedos enfiados na buceta latejante, imaginando como teria sido. Seu pau me abrindo. Sua porra me enchendo. Me leitando.

Na minha fantasia, ela me segue. Me agarra no beco escuro atrás da balada. Me joga contra a parede de tijolos, o concreto áspero arranhando minhas costas.

"Não vai fugir de mim", ela diz, sua voz grave de desejo. "Vou te foder até você esquecer seu próprio nome."

Gozo pensando nela me possuindo. Me enchendo. Me leitando. O orgasmo vem como uma onda de vergonha e prazer, me deixando trêmula e insatisfeita.

Amanhã vou voltar àquela balada. Vou encontrar com ela. Vou deixá-la fazer o que quiser.

E talvez, só talvez, ela ainda esteja lá. Com aquele pau magnífico e aquelas palavras sujas.

Esperando pra me leitar.


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