Casa dos estudantes - Cap 24 - Passado (parte 2)

Um conto erótico de RenanCachorro
Categoria: Gay
Contém 4987 palavras
Data: 26/12/2024 09:56:33

Eu precisei de mais do que tempo para ter coragem de continuar. Precisei de uma taça de vinho e o senhor José me acompanhou. Depois de alguns goles de vinho, eu continuei meu relato, porém, minha fala já era lenta e arrastada, depois do vinho, ficou ainda mais lenta. Afinal, eu estava lembrando do meu passado e isso, além de doloroso, requer um certo empenho em recuperar memórias e fechar lacunas.

Então, nessa época, XV, meu corpo começou a ganhar forma, a minha genética é muito boa e eu fazia vários exercícios em casa, jogava bola e vôlei também nos finais de semana, meu corpo começou a ficar gostoso e chamar atenção. Eu me envolvi com todo tipo de gente, conheci muitos usuários de drogas, traficantes, policiais corruptos e pessoas loucas por sexo. Eu usava drogas, bebia e transava com qualquer um que me achasse gostoso e me elogiasse, eu só queria ser elogiado. Nem vou relatar essas fodas porque a maioria eu tava tão drogado que não lembro dos detalhes e as que lembro não valem apena contar em detalhes. Mas lembro que já transei com homens e mulheres de várias idades e perfis diferentes, eu transava muito e usava ainda mais drogas.

Foi assim que conheci Ricardão por exemplo, aquele policial que foi ao aeroporto só pra saber com quem eu iria viajar. Não lembro dos detalhes, mas sei que ele cuidou de mim em um dia que eu fiquei muito mal por causa das drogas, eu fiquei uns dois dias na casa dele e claro que a gente transou também. Ricardo era o típico macho alfa que metia forte, sem pena e gostava de me ouvir gemer de dor, é claro que eu fingia gemer e também fingia que o pau dele era grande demais pra mim. Ele adorava ouvir esse tipo de coisa enquanto me comia. Mas Ricardo sempre foi diferente, ele sempre me deu conselhos e mandava eu me afastar das drogas e das más influencias, se bem que ele mesmo era tido como policial corrupto. Ricardo gostava de me comer no corro da polícia. Ele até que sabia foder bem e eu adorava ser bem tratado por ele, não na cama, fodendo Ricardo era um ogro, mas ele se preocupava comigo.

Depois do dia que nos conhecemos, Ricardão sempre me procurava pra saber como eu estava, ele descobriu onde eu morava e as vezes me pegava drogado e levava para casa de meus pais. Meu pai acha que ele é um santo, já minha mãe tem o pé atrás com ele porque um dia viu ele falando que eu era gostoso demais pra viver no mundo das drogas, mainha não gostou do tom de safadeza na voz de Ricardão, afinal eu tinha XV e mainha sabia que eu transava com pessoas diferentes, até porque eu levava alguns lá pra casa e meu pai até me acobertava nisso, pois pra ele era melhor fazer em casa do que pelas ruas. A verdade é que nesse tempo eu só dava desgosto pra minha família, não passei na escola e vivia jogado nas calçadas, bêbado ou drogado. Pra eles era um alívio eu estar em casa, mesmo que usando minha casa de motel. Minha mãe tentou me levar pra igreja, eu até fui, mas aí eu comi o padre e o padre ao invés de me ajudar, me dava dinheiro pra usar mais drogas e não contar pra ninguém que eu comi ele.

Enfim, eu me viciei muito rápido e também fiquei devendo muito rápido, por mais que eu roubasse dos meus pais, vendesse minhas coisas e até pedisse dinheiro para pessoas que eu transava, nunca era o suficiente pra pagar tudo o que eu consumia, até porque quando eu estava drogado, eu vivia sendo roubado, então não dava pra administrar o dinheiro e guardar pra comprar droga depois, ou gastava tudo de uma vez só, ou era roubado. E foi devendo muito que eu me aproximei do filho de uma desgraça, o primo de Serjão, Cristofer.

- Fala Cris, manda mais uma pro seu amigo aqui

- Qual foi Biel? Tá achando que aqui é bagunça? Aqui né projeto social não, parceiro. Me paga o que tu me deve ou não tem mais.

- Meu coroa recebe na próxima semana, aí te pago as outras e essa também. Confia no pai, porra.

- Confia no pai? Kkkkkkkk tá viajando? Biel, eu não mandei te passar até hoje porque tu é mó gostosinho e eu acho um pecado tirar um carinha assim igual tu do mundo. - Quando ele falou que eu era gostosinho, eu tive a pior ideia da minha vida: usar meu corpo para obter vantagens, foi a mesma coisa que eu fiz pra entrar na casa dos estudantes e é o que eu faço sempre que quero algo de alguém lá.

- Tu me acha gostoso? Posso te pagar com meu corpo. - Falei, já abaixando minha bermuda e mostrando a bunda pra ele.

- Ihhhh já tá viajando de novo? - Cristofer falou, mas eu não senti firmeza na sua voz.

- Ninguém precisa saber como eu te pago e não precisa ser tudo, tu só precisa continuar me vendendo sem me matar, eu tô na fissura aqui, quebra essa pra mim e eu te mostro o melhor sexo da sua vida.

- Tu aguenta levar rola?

- Pode vir com tudo, nem precisa de lubrificante - Falei de costas pra ele, apoiando minhas mãos na parede do barraco e mostrando minha bunda, que na época já era bem grande.

- Vou te comer forte e tu tem que ficar na moral, pros caras não saberem que eu tô comendo viado.

A gente tava sozinho no barraco, os caras tavam do lado de fora do barraco com música alta e bebendo. Cristofer foi para onde eles estavam e falou:

- Se liga, vou passar umas instruções pro viado ali de uma parada que ele vai resolver pra mim, não quero ninguém entrando aqui, os ome pode tá pipocando que eu não quero ninguém entrando aqui.

- Falou - Algum dos caras respondeu.

Cristofer já voltou me arrastando pro "quarto", se é que eu posso chamar um colchão no chão com dois travesseiros de quarto. Mas ele me jogou no colchão, mandou eu ficar de quatro e mal eu fiquei na posição e ele já meteu o pau em mim e começou a me comer forte, enquanto eu mordia a fronha pra controlar os gemidos. Minha sorte é que eu tinha dado para um cara bem dotado pela manhã e meu cu ainda tava aberto.

Ele foi aumentando a velocidade e ofegando de prazer até gozar, Cristofer passou a meter freneticamente até jorrar muita porra no meu cu. Ele se tremeu todo quando gozou e caiu do meu lado, eu nunca tinha visto alguém gozar daquela forma, tremendo o corpo todo, parecendo um ataque. Então me acabei de ri. Cristofer não gostou da minha risada, me colocou de quatro novamente de forma bem violenta e voltou a meter no meu cu, de uma vez só, sem ter pena de mim. Ele achou que eu estava criticando ele.

- Perdeu o amor a vida?

- Desculpa? Eu nunca tinha visto alguém se tremendo todo assim, já vi uns caras tremer, eu mesmo já tremi de tesão, mas nesse nível foi a primeira vez, peço perdão. - Falei tentando segurar o riso

- Ah, isso realmente é engraçado. Achei que você riu porque eu gozei rápido. - Ele falou, mas não tirou o pau duro de dentro de mim.

- Não. Achei o tempo normal. - Mentira, realmente tinha sido mais rápido, mas não tão rápido.

- Não precisa mentir. Eu tenho ejaculação precoce, já fiz tratamento e tô tentando fazer as paradas que ele mandou, mas tu me pegou de surpresa, eu não tive tempo de me preparar pra demorar pra gozar.

- Mas esse pau no meu cu ainda tá duro. Pode continuar metendo.

- Tu ainda aguenta?

- Claro, tá gostosão. Eu sinto muito prazer no cu, poderia dar por horas.

Ele continuou me comendo, metendo o mais forte que ele conseguia. A pegada de Cristofer era gostosa demais, ele sabia meter em um passivo, não era só o pau no cu, era o ritmo das metidas, o peso das mãos dele, cada hora em uma parte do corpo, no meu ombro, na minha cintura, no meu pescoço... Até quando ele puxava meu cabelo não era de uma forma puramente violenta, era excitante, eu adorei sentir o jeito de macho dominador dele, ao mesmo tempo que ele queria me dar o máximo de prazer possível.

Ele já estava me comendo fazia uma tempo, quando senti a mão dele no meu pau, me masturbando. Ele me colocou de frango assado, voltou a comer meu cu, mas dessa vez ele me beijava e me masturbava enquanto metia fundo no meu cu. Isso me surpreendeu muito, pense em um homem gostoso, macho alfa, traficante, todo tatuado, típico maloqueiro, me comendo forte, me beijando e me masturbando, o filho da puta me encheu de tesão. Gozamos praticamente juntos.

Depois dessa foda intensa, Cristofer liberou algumas drogas pra mim e perdoou minha dívida com ele. Mas pra mim não foi o suficiente, eu estava muito viciado, usando drogas todos os dias. Sempre que eu acordava, e antes de dormir, eu fumava um cigarro de maconha, fora que na maioria dos dias eu cheirava uma carreira de cocaína e tomava umas "balas" no final de semana. Muitos dias eu não conseguia sair do quarto de tão drogado.

Eu tentava esconder dos meus pais, mas eles sabiam e sempre me chamavam para conversar. A questão é que a educação de meu pai sempre foi na base da conversa e eu sempre me aproveitei disso pra me fazer de vítima e ganhar mais tempo naquela vida.

Por outro lado, não era sempre que eu conseguia as drogas de graça ou em troca de sexo com Cristofer. Então minha dívida voltou a crescer. Cris, como eu chamava o desgraçado na época, começou a ficar viciado em mim, mas a gente sempre precisava se encontrar escondido, pois ele era líder do tráfico na cidade e não poderia ser visto como gay. Ele chegou a ser passivo pra mim algumas vezes, mas ele gostava mesmo de me comer. A questão é que ele não estava sempre disponível pra trocar sexo por drogas, mas eu estava sempre disponível pra consumir alguma droga. Eu não conseguia ficar mais de três horas acordado sem consumir alguma coisa. Foi uma fase horrível pra mim. Eu não vivia, eu vagava pelas ruas, sempre drogado ou querendo me drogar. Passei inclusive dois ou três meses em um barraco que Cristofer conseguiu pra mim, porque meus pais já não sabiam o que fazer comigo pra tentar me impedir de me drogar e só pensava em usar algumas droga. Como eu consumia muita droga, Cris fez um acordo comigo. Não foi um acordo fácil de ser feito, ele mesmo não gostou, mas era preciso, ele veio me falar algo do tipo:

- É o seguinte Bielzinho, você é muito gostoso, mas não posso ficar te fornecendo tanta parada só em troca de sexo. Você usa muito. Eu adoro transar contigo, tu é uma delícia. Faz tempo que tu é meu fixo, não tô fudendo com mais ninguém. Te valorizo muito viado. Tu é o único homem que eu já beijei na boca e tenho vontade de fazer isso contigo o tempo todo, mas eu não tenho nem tempo e nem energia. Caralho, tu tem um fogo nesse cu que nunca acaba, mas meu pau não suporta e não dá pra ficar contigo o tempo todo, tenho um negócio pra tomar conta.

- Eu também posso te comer, da última vez tu gostou.

- Cala a boca, porra. Se alguém ouve essa porra é capaz dos caras me mandar pra terra do pé junto. Eu não curto essa parada não, só de vez enquanto. Mas a parada é outra, tu precisa ser útil pra mim de alguma forma. Pensei em tu vender umas paradas pra mim.

- Tô maluco não. Quem usa é só usuário, quem vende pode ir preso. Não quero passar nem um dia preso.

- Mas tu precisa pagar pelo que usa, tu tá me dando muito prejuízo. Eu gosto de tu, mas não consigo sustentar, ainda mais sem poder falar pra ninguém.

- Eu ouvi esses dias, que você tá precisando de uns putos pra servir em uma festinha.

- É pra comer mulher. Tu é gostoso, mas é muito viado pra isso.

- Já comi mulher também, já fiz de tudo. Meu pau é grande e agrada as minas também.

- Sei não, tu é meu, não quero ficar te dividindo com ninguém, nem com mulher.

- São só negócios. Vou fazer pensando em você.

- Vou pensar e te digo.

Cristofer levou alguns dias pensando, percebi que durante esses dias ele foi mais violento durante o sexo e não se importava com meu prazer, claramente ciúmes do que estava por vir ou me treinando para ser maltratado, ele já se mostrava ciumento e eu não dei importância, pelo contrário, incentivei ele a pensar que era meu dono, mas em minha defesa, eu ainda não estava apaixonado, então não fazia diferença ele ser meu dono ou não.

Ele também diminuiu a quantidade de drogas que me dava depois do sexo e isso me deixava na vontade por um tempo, tendo que procurar outro traficante escondido e criar novas dividas em outro lugar. Ser putinho de bandido já não estava valendo tanto a pena. Depois de alguns dias ele me disse:

- Não vai ter jeito, eu não tô dando conta de te bancar no teu vício e sei que tu já foi procurar em outro lugar. Gabriel, tu é muito otário, e se aproveita que eu gosto de tu. Paguei tua dívida com o outro lá, mas se eu souber que tu foi lá novamente, eu acabo contigo.

- Tá com medo dele ser meu macho em troca de drogas também?

- Tu nem brinca com uma coisa dessa. Eu paguei lá pra ele não querer cobrar com tua vida. Tá achando que todo mundo faria o acordo que nós tem? Tu vai ter que fazer alguma coisa, eu tô tendo muito prejuízo contigo.

- Me coloca no esquema das festinhas, teu lucro vai dobrar, dobrar não, vai triplicar. Daqui a pouco faço XVI, poderia ser presente de aniversário antecipado.

- Eu sei que tu é gostoso pra caralho, nem precisa falar, o bagulho é justamente esse, algum filho da puta do caralho pode querer te roubar de mim com a simples promessa de bancar teu vício.

- Oxe. Eu sou fiel, se alguém me oferecer mais eu venho negociar contigo. Porque aqui o sexo é bom, tu gosta de mim de verdade e faz de tudo por mim. - Essa última parte era mentira, Cristofer não me ajudava em nada quando eu passava mal por causa das drogas e tal, ele achava tudo normal, pois eu que provocava tudo.

- Beleza, mas vou te colocar no esquema das festinhas de viado. Acho que tu não dá conta de comer mulher, tu geme muito dando o cu, só presta pra isso.

- Tu nunca me viu fodendo uma mulher, eu sei dar prazer.

- Kkkkkkk tu sabe dá prazer pra macho. Isso tu faz gostoso. Mas vou te testar nas festinha de viado, se tu agradar eu testo outras coisas.

- Beleza

- Mas oh, não é pra se apaixonar não, tu é meu, só meu. Eu vou te emprestar, mas se tu não voltar pra mim, tu não volta pra mais ninguém.

- Pode deixar, eu adoro ser seu, só tenho vantagem: um sexo gostoso, um teto de graça, comida boa e muita droga, muitos beijinhos e carinhos também.

Preciso falar que nesse meio tempo Ricardão saiu da cidade, não sei bem o motivo, mas ele ficou vários meses fora, acho que mais de um ano. O povo comentou que ele precisou mudar de cidade porque estava matando muito bandido por lá e ficou visado pelos bandidos. Mas eu nunca perguntei o motivo. Esse detalhe é importante porque eu não tinha a proteção de Ricardo, acho que ele nunca me deixaria chegar naquele ponto. Diferente dos meus pais, Ricardo teria me pego a força e me tirado dessa vida na base do tapa.

Três dias depois daquela conversa eu já estava em uma festa, servindo de lanchinho para um bando de gays que não conseguiam sexo de graça. Fiz essa festa várias vezes, até ganhei um dinheirinho legal, que gastei tudo em roupas e drogas. Transei com muitas pessoas nesse período, pessoas de tudo quanto era tipo e jeito. Cristofer não gostava, mais quanto mais ele me colocava nesses eventos, mais o povo pedia por mim. Transei com cada homem nojento, fui humilhado várias vezes, apanhei uma vez. Eu ouvia todo tipo de chingamento, alguns eu até gostava, porque sentia o tesão dos caras na hora de falar, mas outros eu via a raiva deles durante o sexo, então as mesmas palavras tinham significados diferentes pra mim. Inclusive, o cara que me bateu, sumiu. Acho que Cristofer deve ter matado ele, porque eu falei que ele me bateu e mostrei os roxos do meu braço. Aliás, tô lembrando aqui que depois de cada festinha ele queria um relatório do que aconteceu e de como o cara me comeu. Ele nunca gostava de ouvir, sempre se irritava, mesmo eu sempre falando que não gostei da foda.

Foi nesse tipo de eventos que eu conheci Martins, o delegado. Ele ainda não era delegado, mas adorava participar daquelas festas e comer homens de XII, XIII e até XIV.

Cristofer me contou uma vez que tinha um código com Martins, sempre que ele mandava a letra P em maiúsculo ou escrevia "um P" era o código de que tinha alguém do jeito que Martins queria pra comer ou ser comido, o código é fraco, eu sei, mas ele me contou que na época não pensou em nada melhor. Cristofer tinha cópias de gravações de alguns desses eventos privados e eu consegui pegar essas cópias, roubando de Cristofer. Eu sabia que seria bem útil um dia, porque Martins queria ser delegado e estava quase conseguindo. Nessas festas eu encontrava muita gente que era acima de qualquer suspeita, inclusive dois tios meus bem religiosos e eu adorava jogar isso na cara deles sempre que passava por eles, eu soltava piadinhas como: "te vejo na próxima festa", "vai rezar comigo quando?", "tô sentindo sua falta na nossa reunião", "da próxima vez vou caprichar no serviço". Eu falava sempre em público, eles disfarçavam e me xingavam muito, mas na próxima festinha estavam lá me comendo ou até dando o cu pra mim e pedindo sigilo.

Também preciso dizer que nunca transei com Martins, porque ele só comia os de XIV pra baixo e só dava para os muito bem dotados. Nas festas eu transava com camisinha, mas sempre tinha um cliente ou outro que pedia para não colocar e as vezes eu deixava, pra acabar logo com aquilo e poder fumar minha maconha.

A pior coisa que me aconteceu foi no dia do meu aniversário de XVI. Eu peguei uma IST, meu pau coçava e doía muito, outros sintomas eu nem sabia dizer por causa do uso das drogas. Então nesse aniversário eu passei completamente drogado, sozinho e com uma coceira e uma dor que só passavam quando eu estava sobre o efeito de alguma droga, na verdade não passava, eu só não sentia. Chorei muito nesse dia, me senti abandonado. Nem Cristofer conseguiu ficar comigo, pois teve operação policial e ele precisava não deixar provas e tentar negociar com os corruptos.

Meus pais não me acharam para passar essa data comigo. Deve ser por isso que meu pai é tão carente de minhas ligações e conversa tão abertamente comigo, sempre de forma leve.

Enfim, levei alguns dias com essa coceira e essa dor, até que Cris conseguiu que um médico, cliente dele, me examinasse. Esse médico deu um jeito para que eu fizesse os exames, entrei meio que escondido no hospital, sem me identificar, e fiz todos os exames necessários, ele salvou meus dados com outro nome e foi até que tranquilo, percebi que não era a primeira vez que ele fazia isso. O tratamento foi simples, apenas antibióticos, teoricamente eu não poderia usar drogas nesse período, até que tentei, mas acabei usando, usei bem menos, mas usei. Nisso eu voltei para casa de meus pais, para minha mãe me ajudar nesse tratamento, porque tentei uma vez sozinho e não consegui por causa dos horários, das drogas e tal. Depois de um mês na casa de meus pais, eu já me sentia bem melhor, ainda usava drogas, mas já usava bem menos e já passava algumas horas sem o efeito de alguma droga mais pesada, porque passei a usar predominantemente a maconha, diminuí com a cocaína, não parei de vez, mas já não usava todos os dias e com o tempo fui praticamente zerando a cocaína.

Com isso, meus pais conseguiram que eu fizesse uma prova para concluir o ensino fundamental 2, eu tinha perdido essa etapa não exatamente por causa das drogas, mas perdi de ano duas vezes, na sexta série, que hoje é o sétimo ano, porque só queria saber de transar e não estudava. Fiz a prova sem estudar e passei por um milagre.

Nesse período meus encontros com Cristofer ficaram mais complicados, primeiro porque ele não poderia ir na minha casa, segundo porque nossos horários não batiam. Então antes a gente transava até três dias na semana, as vezes mais de uma vez no mesmo dia. Nesse período a gente passou a transar bem menos, teve semana que a gente só transou uma dois dias, porque tinha os horários dos meus remédios, o horário que eu precisava chegar em casa, os horários das paradas dele e também foi uma época que a polícia apertou um pouco mais para os traficantes, não os grandes, mas os pequenos como sempre. Só que isso atingia os grandes como Cristofer e ele precisava ajustar as coisas.

Uma semana depois que voltei para casa de meus pais eu "conheci" Renatinho. Digo conheci entre aspas porque eu já conhecia desde criança, só não falava com ele direito. Nos reencontramos em um jogo de futebol, que eu adorava ir, mesmo jogando mal, me sentia desejado entre os caras da minha idade. Mas não vou falar disso agora, depois eu falo mais de Renatinho e como nos apaixonamos, porque é outra vibe, são outros sentimentos.

Vou falar logo como eu conheci Sérgio, o traficante que o senhor conhece. Foi depois de Renatinho, mas segue a linha de Cristofer e eu não quero misturar Cristofer e Renatinho, são sentimentos completamente diferentes. Enfim, seu José. Serjão é parente de Cristofer, nunca entendi direito qual parentesco, mas ele estava sempre por lá pelas boca, eu só não sabia quem era. Serjão era braço direito de Cristofer, um bom cachorro obediente para ser mais exato. Ele já tinha sacado que eu e Cristofer tínhamos alguma coisa, teve uma vez que ele virou pra mim e falou:

- Tu tá sempre por aqui né, sempre com meu mano, sempre de portas fechadas e música alta. - Eu senti no tom de voz dele o que ele queria falar.

- Sim, sempre aqui, gosto de negociar direto com ele, porque não tenho grana todo dia e ele sempre arruma um serviço leve pra mim em troca de grana. - Eu e Cristofer já tinha combinado essa mentira.

- Só isso? Que tipo de serviço leve? - Ele olhou pra mim com cara de safado.

- Se tu quer detalhes, só perguntando pra ele.

Essa conversa foi em uma época que eu estava morando em um barraco improvisado e vivia na boca. Mas teve um dia, depois que eu voltei para casa dos meus pais, que Serjão acabou pegando Cristofer me comendo, eu e Cristofer acabamos vacilando por causa do pouco tempo que a gente tinha. Eu ainda traia Cristofer, mas Cristofer só transava comigo, então estava acumulando tesão. Foi até um momento bonito entre eles. Foi assim: Cristofer estava me comendo na posição frango assado, não era uma foda intensa, era uma foda mais romântica. Ele beijava minha boca e masturbava meu pau, devo dizer que nessa época meu pau já deveria medir uns 18 centímetros e já era grosso, eu media direto. O clima estava bom, o sexo estava gostoso. Ele acelerou as metidas, gozou e começou a me masturbar mais forte, ainda com o pau dentro de mim. Quando eu gozei, Cristofer deitou em cima de mim e começou a intercalar beijos românticos com falas sobre o quanto estava com saudade de mim. A gente ainda estava naquele clima gostoso, quando ouvimos a voz de Serjão falando:

- Eu sabia que vocês se pegavam.

A gente tomou um susto. Cristofer saiu de cima de mim e começou a se vestir, eu também me vesti rápido e sentei na cama.

- Fala parceiro, quer comer o viadinho também? - Cristofer falou para tentar se livrar da fama de comer viado.

- Eu sou hétero, Cris.

- Eu também sou, gosto de mulher, mas esse viado é quase uma mulher, igualzinho, geme igual puta. - Eu não estava gostando das falas dele, mas preferi ficar calado.

- Parceiro, não precisa mentir pra mim. Eu sei que tu tá de quatro por essa bicha. E tô de boa com isso. Te respeito e te admiro igual. Eu só invadir o barraco hoje porque tu não quis mandar a real pra mim, tá ligado. Esse jogo de mentira entre a gente já tá chato. Eu não sou preconceituoso não, parceiro. Pouco me importa o buraco que tu se enfia, o que eu não posso deixar mudar é a parceria que sempre existiu entre nós. Te amo, irmão, seja tu o que quiser ser.

Cristofer não segurou as lágrimas e chorou, abraçado com Serjão.

- Só não precisa ficar chorando igual mulher, pode ser viado, mas um viado macho.

Serjão falou e eles começaram a ri.

- Valeu parceiro. Tu não sabe o quanto é difícil sentir tesão em macho e ter que esconder de todo mundo. - Cristofer falou.

- Aí malandro, não sei e nem quero saber, tô feliz com minhas bucetinha. Mas a parada é o seguinte: eu te amo igual, o sangue que corre aqui, corre aí também e isso nunca vai mudar. Mas os cara tá começando a suspeitar dessa porra. Uma coisa é tu comer um viado de vez em quando, a maioria dos cara já fez isso. E outra coisa é tu só ter um viado fixo. Ainda mais esse viado fixo. - Serjão falou.

- O que tem eu? - Perguntei.

- Tu é mó rodado na cidade, todo mundo já te comeu, inclusive alguns dos nossos. Viado e corno é demais pro chefe. Cris, tu já tá perdendo moral com alguns dos caras, acho bom tu fazer alguma coisa pra mostrar quem manda nessa porra. - Serjão falou e eu me calei, porque era verdade. Na minha cidade eu já tinha transado com muita gente, muita mesmo.

- Valeu, irmão. Eu já sei o que vou fazer. - Cristofer respondeu.

- Parceiro, me diz uma coisa: o quanto tu gosta desse viado. - Serjão perguntou pra Cristofer.

- Não vou mentir pra tu. Eu tenho vontade de ficar com essa praga cada vez mais. Ele deve ter feito alguma mandinga pra mim, porque eu só penso nessa peste e morro de ciúmes dele. Só coloquei ele nas festas porque essa porra tava me dando muito prejuízo, mas já tirei. Ele nunca mais vai pra festa nenhuma. Ele vai ser só meu pro resto da vida.

- Eita porra! O caso é grave. Parceiro, se é o que tu quer beleza, vive isso ao extremo, mas mostra pra geral que tu é o mesmo de sempre, mostra quem manda.

Enfim, depois desse dia Cristofer deu uma afastada de mim, ainda mais. Ele fez umas merdas, matou algumas pessoas da própria equipe e acabou sendo preso. Com isso minha história com Renatinho só se fortaleceu, eu já estava ficando com ele nessa época, traindo Cristofer, mas meu romance com Renatinho só ganhou força com o afastamento de Cristofer. Eu também passei a usar bem menos drogas, por dois motivos: primeiro porque eu não tinha grana e já tinha roubado muita coisa de meus pais, e segundo porque eu queria passar cada vez mais tempo de qualidade com Renatinho, sem os efeitos das drogasÉ Biel, eu não gosto de te interromper, mas bateu uma fome lascada. Já é tarde da noite. Vamos comer um pouco e voltamos a conversar.

- O senhor deve tá querendo distância de mim, depois de saber que fui um drogado.

- Gabriel, você não conhece o meu passado. Eu também já usei drogas, já vendi produtos ilícitos, já roubei, já vendi meu corpo em troca de dinheiro, meu pau gigante também já fez sucesso entre gays ricos. Como você acha que fiquei rico? Eu não nasci rico, fiz muita merda pra juntar dinheiro e abrir meu próprio negócio, também trabalhei igual um condenado pra aumentar minha fortuna e não precisar fazer mais nada de errado. Gabriel, vejo muito de mim em você, por isso gostei tanto de você na primeira vez que te vi. E te digo que você pode fazer meu filho muito feliz, pelo menos por um tempo. E te digo mais uma vez: aceite minha ajuda, não se faça de orgulhoso, você não perde nada aceitando meu dinheiro e o dinheiro de meu filho. Vai ser apenas um empurrão na sua vida...

- Olha, seu José. Estou ainda impressionado com o seu passado, mas eu gosto da minha vida. Não mudaria nada do que tenho hoje. Eu sou feliz vivendo na república, estudando e tendo tantas pessoas que gostam de mim, inclusive seu filho. Se fosse ano passado eu teria aceitado na hora a sua proposta, a situação estava muito difícil na minha cidade, mas agora eu me sinto feliz.

...

Continua

...

Comenta aí o que achou. Alguém esperava esse passado do senhor José? E essa fase da vida de Biel, o que achou?


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Comentários

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Biel esta com cara que ainda vai destruir a vida de muita gente.

Ele não sente tesão e empatia nenhuma pelo filho do Sr. josé, ele não curte homens tipo padrão como já foi dito e está somente usando o cara para conseguir benefícios. Biel tem má índole, infelizmente.

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Cara só você tem essa interpretação de texto sabia? Discordo totalmente de você! E não sei de onde que você tira certos comentários! Vc por acaso tinha uma conta aqui no site chamado VALTERSÓ? Pq teus comentários é bem parecidos

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Muito bom! Hoje que finalmente consegui botar em dia a leitura!

Essa camada do passado do Sr José gostei mto acho que vai dar uns bons capítulos heheh! Tá mto bom Renan! Ansioso pelo próximo capítulo pra terminar de descobrir esse passado do Biel.

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Cada capítulo é melhor que o outro, essa história é muito boa e continua sendo um tesão de ler. Essa história dele metendo e dos dois conversando enquanto o pênis de Cris tava dentro de Biel, me deu um tesão do caralho só de imaginar, tive que pausar e bater uma. Tu descreve muito bem qualquer momento sexual, me dá um tesão do caralho ler teus contos. Tô aqui ainda com tesão e olha que já bati uma e já gozei.

Agora quero saber da história entre Biel e Renato, pena que já sabemos q n termina bem, mas quero saber como começou.

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Da pra entender pq Biel gosta tanto de ser bajulado e elogiado, ele nunca fez nada de bom na vida, n foi o filho ideal, n foi bem na escola... Qualquer elogio já faz ele se sentir bem, Freud explica. Eu imaginei q o senhor José n era inocente, mas pensei q ele ainda fosse bandido.

Quero só ver como ele vai viver o romance com Renato, se esse Cris é tão ciumento. Talvez por isso q Renato morreu, por causa do ciúmes e possessividade de Cris

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O problema de Biel não foi a maconha, foi o vício. Vício é uma droga. Consegui entender muita coisa da história de nosso Biel. Ele entender de ejaculação precoce e como ele conheceu Ricardo e Martins, fez muito sentido Ricardo ajudar ele sempre por causa da forma que se conheceram. Também entendi porque o senhor José é tão mente aberta, a gente esquece que idoso também tem passado, ainda mais velho rico. E também acho que entendi o motivo de Serjão respeitar tanto Biel, por causa dos sentimentos de Cris por Biel.

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Eita! Por essa revelação do José eu não esperava não!

Da fase da vida do Biel eu não me surpreendi, pois é super coerente com o que vc já tava dando pistas, mas esse Cris aí tava mais caído por ele do que eu pensava. E agora quero ver o Renatinho entrar na história e desequilibrar de vez esse esquema... infelizmente com mortos no caminho né, mas estou cada vez mais inserido nessa história!

E sua forma narrativa, Renan...cara. Me deixa até sem fôlego hehehe

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