Acordei sentindo muito frio, o quarto está iluminado apenas pela o display do ar condicionado, Ciço está tão cansado que está roncando, estico o braço para pegar o celular dele que está em cima do criado mudo — o meu está na minha mochila — para ver a hora, são quase três da tarde, lá fora está chovendo forte, pois mesmo no quarto todo fechado estou ouvindo o'barulho de chuva.
Quero me aconchegar no abraço do Ciço, mas a fome fala mais alto, quando começo a tentar sair do seu abraço ele desperta, sua cara toda amassada de sono, ainda não teve um dia em que ele estivesse feio aos meus olhos, seu corpo malhado, seu sorriso bobo, o oceano em seus olhos, tudo nele me parece perfeito e irresistível.
— Bom dia — sua voz sai rouca, me dando ainda mais tesão.
— Boa tarde — respondi rindo.
— Acho que perdemos a aula.
— Acredito que sim — não consigo parar de sorrir.
— Desculpa, por que não me acordou? — Ciço sabe que odeio perder aula, deve estar achando que vou ficar chateado com ele.
— Passamos a noite acordado e um dia não vai nos matar e nem seremos reprovados por isso — o tranquilizo.
— Pois vem aqui — ele me aperta e me beijando.
Seu beijo me tira o fôlego, ele me abraça com força me deixando completamente entregue, nem parece que sou maior que ele, pois sua pegada me derrete inteiro, ele beija meu pescoço me fazendo arrepiar da cabeça aos pés, seu membro rígido marcado na bermuda moletom me enlouquece, aliás, tudo no Ciço me deixa completamente louco.
— Vamos comer alguma coisa? — A fome falou mais alto.
— A Claudia deve ter deixado almoço para a gente, deixa eu ir lá, você fica aí — ele diz, me dando mais um beijo antes de sair da cama.
Me enrolei no edredom, o quarto está um gelo, assim que ele sai do quarto sinto falta do calor de seu corpo na cama, estou com um sorriso bobo no rosto pela primeira vez na vida estou feliz de verdade, é estranho e um tanto assustador, jamais achei que pudesse ser feliz assim, até tenho medo de que o que temos chegue no fim, não sei se consigo mentir para mim mesmo e dizer que Ciço não significa nada para mim, ele não é mais só um amigo.
Depois de um tempo ele volta com nossa almoço em uma bandeja, tem suco de laranja e tudo, em meu peito o sentimento de amor e medo lutam incessantemente, se estou em um sonho espero não mais acordar, ele sorrir para mim de uma forma tão apaixonada, sei que sou inexperiente, mas vai dizer que ele não sente nada por mim? Não acredito que todo esse sentimento seja unilateral.
— No que está pensando? — Ele me puxa de volta.
— Nada, só que estou morrendo de fome e que depois de comer temos que estudar.
— Sim senhor — ele fala me lançando seu sorriso de malícia.
Ciço liga a TV e coloco um filme para assistirmos enquanto comemos, Claudia é a melhor cozinheira do mundo, seu tempero é de outro mundo, somado a isso a fome que estou vou comer até o prato. Quando acabamos de comer ele leva tudo para a cozinha, então aproveito para escovar os dentes e verificar meu celular, tem mensagem da minha mãe, da Isabel e da Giovanna, respiro fundo antes de abrir as mensagens, comecei pela Giovanna, que deve ser a menos problemática.
— Amigo, o trabalho está pronto, mas quero me reunir com você hoje à tarde para conversarmos juntos.
— Giovanna, perdão, só estou vendo sua mensagem agora, não tenho como ir para a faculdade hoje, mas se quiser podemos nos encontrar no shopping à noite para discutirmos o trabalho — mandei me sentindo mal por demorar em responder.
— Sem problemas, te encontro na praça de alimentação do North Shopping às sete tudo bem? — Ela me responde de imediato.
— Sim, fechado.
Ciço retorna para o quarto com um pudim de sobremesa, só o cheiro já me deixa babando, me arrependo de ter escovado os dentes, mas não sabia que teria sobremesa, ele está rindo de mim, só que isso não vai me impedir de comer o pudim e ter que escovar os dentes de novo depois, ele trouxe apenas um pedaço para termos que dividir até a colher, a cada aviãozinho que ele faz com o pudim na minha boca ganhou um beijo, então não vou reclamar afinal.
— Com quem você está falando — ele me pergunta casualmente.
— Com a Giovanna, vou encontrar com ela no shop às sete, agora vou ver o que minha mãe quer — abro a mensagem da minha mãe já esperando alguma coisa que Isabel tenha aprontado.
— Daniel, eu vou ter plantão hoje, que horas você vai chegar da faculdade? — Ele vai me dizer para dormir em casa de novo.
— Bença, mãe, estou na casa do Cícero — não tenho por que mentir, ela não está online, deve estar no trabalho, então aproveito para abrir a mensagem de Isabel.
— Daniel, você precisa dormir em casa comigo hoje, porque a mãe não vai dormir em casa e mataram o Netinho ontem à noite, não é bom nem você vir muito tarde.
Eu sei que o Netinho tinha envolvimento com o crime, mas falei com ele ontem, nossa, o mundo tem uma forma estranha de surpreender a gente e pensar que fiquei na praia a madrugada inteira com Ciço e se tivesse acontecido algo com a gente ou pior com ele, não sei o que eu faria, meu corpo inteiro treme só de pensar o pior.
— O que foi Dan? — Ciço percebeu meu desconforto, então mostro a mensagem para ele.
— Esse não foi o cara que me abordou ontem?
— Sim — ele entendeu minha reação agora.
— Passamos a madrugada na rua, que sorte não ter rolado nada disso perto de onde estávamos — ele fala e eu o abraço.
— Está tudo bem, mas não vamos poder amanhecer na praia por uns dias, Netinho era do movimento, vai haver uma caçada certamente.
— Você não tem medo de morar em um lugar tão perigoso — ele me pergunta de forma sincera, afinal esse tipo de violência nunca fez parte de sua vida.
— Não tenho muita opção — falei e agora ele foi quem me abraçou e me beijou.
Não posso deixar Isabel dormir sozinho em casa hoje, mesmo essa piranha não merecendo, ela ainda é minha irmã então não tenho escolha, mas já estou começando a pensar que vai ser uma noite longa sem Ciço na cama comigo, ela tinha que ter feito inferno para proibir ele de andar lá em casa, Isabel faz da minha vida um inferno desde do dia em que me falou que sou adotado, não consigo entender esse seu comportamento, por mais que eu tente ela não faz sentido para mim.
— Vou ao shopping encontrar Giovanna e depois vou para casa — falei com uma tristeza aparente em minha voz.
— Não quero que você vá — ele diz, me beijando.
— Também não quero, mas não posso deixar ela dormir só, Ciço — falei lamentando.
— Tá, pois pelo menos me deixa te aproveitar o máximo possível até você ter que ir — ele beija meu pescoço e vai descendo para meu ombro — a gente estuda amanhã, prometo, vamos só ficar de boas e aproveitar mutualmente.
— Tá bom, vamos aproveitar — ele me iluminou com seu sorriso.
O tempo passou voando, mas pelo menos aproveitei ele bastante, ainda demos um cochilo pós-almoço, está com ele é como está nas nuvens o tempo todo, Ciço é atencioso, muito carinhoso e brincalhão, ele me irrita às vezes, mas até nisso ele consegue ser fofo, perto da minha hora de sair tomo um banho, agradecendo a Jeová pelo chuveiro dele ser elétrico, nem está mais chovendo, porém, tá um frio da porra, acho bem provável que chova de novo agora a noite.
Quando saio do banho, ele já está com sua bermuda e uma camiseta branca, com seus braços lindos de fora, me pergunto se ele não sente frio, Ciço e sua mania de usar menos roupa possível em qualquer ocasião, minha irmã costuma dizer que piriguete não sente frio, lembrar disso me faz rir.
— O que foi? — Ele pergunta, querendo rir também.
— Você é minha piriguete — ele ri, mesmo sem entender muito bem — Piriguete não sente frio e você, nesse frio, está vestido assim.
— Quer dizer que sou seu, é? — Incrível como ele só ouviu a parte que convém a ele.
— Foi só forma de dizer — falei, tentando disfarçar minha timidez.
— Vem vamos — em outros tempos até discutiria com ele, mas já conheço bem a peça para saber que vou gastar saliva e ele ainda, sim, vai me deixar no shopping.
A chuva passou então vamos na moto mesmo, o medo de andar com ele já está passando, mesmo assim já me acostumei andar agarrado nele e estou começando a achar que ele até gosta, o shopping não fica longe de sua casa, menos de dez minutos e ele já está parando no estacionamento, já imaginava que ele não iria só me deixar, até porque também quero passar o máximo de tempo com ele.
— Estou pensando em comprar um calzone, está com tempo que não como — ele fala enquanto subimos pelo elevador.
— Sabe que eu queria um sanduíche do BK hoje — falei.
— Beleza, você come de lá e eu pego um calzone para mim — sabendo que vou recusar que ele gasta quase cinquenta reais em um lanche para mim, ele me beija para me deixar tímido dentro do elevador e não contestar nada.
— Você é maluco — falei, batendo nele de leve.
— Só tem a gente aqui e o que é que tem de beijar você?— Ele fala me dando outro selinho, me deixando ainda mais vermelho.
— Alguém pode ver a gente Ciço — falei tentando não o encarar nos olhos, caso contrário vou me perder no desejo por ele.
— Dan a gente podia ter morrido ontem à noite, eu quero fazer e que tiver vontade de fazer — ele diz sério, mas tem um sorrisinho de canto de boca.
— Não é para tanto também — digo.
O elevador chega, procuro Giovanna que já está no lugar, não demora até vê-la sentada sozinha, me dirigiu até ela enquanto Ciço vai comprar nossos lanches, mesmo sabendo que vai ser em vão dou me cartão para ele passar meu sanduíche com o que restou de dinheiro na minha conta, Giovanna me cumprimenta e nos sentamos, mas antes que possamos começar a falar Raylan se senta na nossa mesa com dois calzones e dois milkshakes em sua bandeja.
— O que ele está fazendo aqui — é mais forte do que o impulso de perguntar.
— Oi para você também, Daniela, eu faço parte do grupo também, não sei se você se lembra — sua voz já é o suficiente para me irritar.
— Raylan você prometeu se comportar — Giovanna o repreende.
— Ele quem começou, mas tudo bem parei.
— Tá que seja — falei já sem muita paciência.
Não faço ideia de quando a realidade se distorceu e Giovanna e Raylan começaram a se dar bem e nem quero saber para falar a verdade, pelo menos o milagre o fez até ajudar com o trabalho, ele escreveu uma parte e não está perfeita como costumo fazer, mas dá para entregar e ficar com uma nota boa, Giovanna com certeza deve ter revisado a parte dele antes, mostro o que fiz também e agradeço está num grupo com pessoas que fizeram sua parte, porque desde que comecei a sair com Ciço não tenho tido muito tempo para estudar como fazia antes e por falar nele, ele aparece com nosso lanche.
— Desculpa a demora, e ai Raylan, tudo bem Giovanna? — Eles respondem com entusiasmo e nem questionam o que ele está fazendo ali.
Ciço acabou dando algumas ideias para nosso trabalho também, queria que fosse ele no nosso grupo no lugar do Raylan, esse babaca só está fazendo o trabalho porque claramente quer ter uma chance com a Giovanna e sinceramente esperava mais dela, dar uma chance para esse babaca é muita falta de amor-próprio, o cara é machista e hiper preconceituoso, deve até ser ruim de cama, Raylan se acha tanto que nem deve saber onde fica o ponto G da mulher.
Acabamos demorando um pouco mais do que pensei na nossa reunião, pelo menos conseguimos terminar o trabalho e enviar para a professora, me despedi deles ainda achando muito estranho Raylan e Giovanna se dando bem assim, Ciço me acompanhou, acredito que ele vai querer me levar para casa, mas não vou ficar tranquilo se ele for, as coisas lá deve estar bem complicadas agora devido à morte do Netinho.
— Ciço eu vou de ônibus, rápido eu chego lá, vou pegar um direto lá para casa — tentei tranquilizá-lo.
— Sempre te deixo, por que não posso ir agora?
— Ciço meu bairro é muito perigoso, se você entrar lá de moto vai que acontece algo com você?
— Agora você quer que eu fique tranquilo sabendo que você vai sozinho para casa? — Ele se preocupa mesmo comigo.
— É melhor se eu for sozinho, o pessoal lá me conhece não vão mexer comigo, por favor, vou ficar mais tranquilo assim — não quero que nada aconteça com ele.
— Não gosto da ideia de deixar você ir só, pelo menos me deixa pagar um Uber para você então? — Ele insiste.
— Não vou de Uber, até porque nenhum motorista vai querer entrar na minha rua hoje, eu vou de ônibus prometo que assim que chegar em casa eu aviso você — ele não gosta da ideia, mas por fim acabou aceitando.
— Certo, pelo menos vou ficar com você na parada esperando.
— Ah, mas isso você já ia fazer de qualquer forma — brinquei para tentar aliviar sua preocupação comigo — mais uma coisa, nada de ir me buscar amanhã, a gente se encontra na faculdade — ele fechou a cara, mas não discutiu, acredito que ele entendeu finalmente o motivo de minha preocupação.
Para minha sorte meu ônibus demora uma cota para chegar, por ele estaríamos nos agarrando na parada na frente de todos, mas não estou pronto para me abrir para o mundo dessa forma e ainda por cima correndo um risco de ser reconhecido por alguma pessoa do bairro, só moro fofoqueiro na minha rua, basta alguém ver para minha mãe e meu pai ficar sabendo e ainda pior que o que as fofoqueiras não sabem elas inventam, por isso acho melhor não tentar a sorte dessa forma, ficamos apenas conversando sobre a faculdade e sobre esportes como dois bons amigos.
É muito difícil ficar perto do Ciço sem poder beijá-lo, sua boa é a coisa mais gostosa do mundo, meu ônibus chega e tenho que me despedir apenas com um aperto de mão, mas basta nossa pele se encostarem para uma faísca queimar dentro de mim, o safado ainda me puxa para um abraço de brother, ele me deixa excitado só com seu perfume, entro no ônibus bem rápido torcendo para que ninguém perceba o início de minha ereção.
Está ficando muito difícil manter o controle perto dele, quando estamos sozinhos nossa pegação é muito quente, só de lembrar já me dói o peito por saber que não vou dormir com ele, vai ser nossa primeira noite separados desde que dormimos juntos pela primeira vez, nem tem, nem uma semana, mas sinto como se dormimos juntos desde sempre é quase como se pudesse sentir que está faltando algo.
Em casa me deparo com Isabel sentada no sofá vendo TV, basta ver minha cara de ódio para que um surpreendente sorriso se forme em seu rosto, faço de conta que nem a vi e passo direto para o meu quarto, ignorando totalmente o que ela tenta me dizer, porém, hoje ela está decidida a me atazanar, então me seguiu para o quarto.
— Onde você estava Daniel? — Odeio quando ela se faz de irmã amorosa.
— Terminando um trabalho da faculdade — respondo o mais seco possível enquanto mando mensagem para o Ciço avisando que já estou em casa.
— Com o Cícero?
— Não, esse trabalho não estou fazendo com ele, por que o interesse, Isabel? — A encaro nos olhos.
— Só estou curiosa, coincidência você ficar tão amigo do meu ex — tenho vontade de voar em cima dela agora, mas me seguro.
— Pois é muita coincidência, mas aproveitando que estamos perguntando sobre a vida um do outro, onde você dormiu ontem, Isabel — ela para e morde o lábio, conheço essa piriguete coisa boa não estava fazendo.
— Saí com umas amigas e acabei perdendo a hora — ela nem se esforça para mentir.
— E fez um inferno para que eu vinhe-se dormir em casa?
— Mas eu vinha dormir em casa, só que ficou tarde e achei perigoso voltar sozinha.
— E você falou para a mãe onde você estava? — Ela não falou, tenho certeza, mas vou ficar na minha e fingir que acredito nela.
— Claro, não sou como você, inclusive meu pai está bem chateado com você, pela forma que você brigou com minha mãe.
— Obrigado por avisar Isabel, qualquer coisa vai me falando — digo isso levantando da minha cama e fechando a porta na cara dela.
Isabel chuta minha porta e vai embora me deixando em paz, Ciço já me mandou mensagem perguntando como estou, troco mensagens por um tempo com ele, depois vou tomar banho, cada segundo que passa e lembro que ele não está na minha cama só de cueca me esperando me bate uma pontada de saudade, como posso ter sido arrebatado dessa maneira por ele, custo a entender esse efeito que ele tem sobre mim, vou para a cama numa tristeza só.
Estou quase pegando no sono quando meu telefone começa a vibrar, é uma chamada de vídeo do Ciço, pego o fone de ouvido a atenção, ele está deitado em sua cama com uma cara de cachorro esquecido na mudança, assim que me vê seu semblante melhora um pouco e ele me lança seu sorriso bobo que eu particularmente amo.
— Estou com saudades — ele é o primeiro a dizer.
— Também estou — admiti.
— Minha cama parece gigante sem você, fora que lembrar de você me deixa todo animado — ele mostra seu volume e ainda pega para mostrar que está duro.
— Ficou duro só pensando em mim? — Pergunto um pouco envergonhado.
— Sempre, eu fico duro o tempo todo só de ficar perto de você, Dany boy — é fofo ele falando sacanagem com sua cara de bobo.
— Também fico assim — vejo seu sorriso mudar para malícia quando escuta minha confissão.
— Não vou conseguir dormir assim — ele fala pegando mais uma vez em seu pau.
— Não? E o que a gente pode fazer para mudar isso? — Me esforço para suar sexy.
— Podemos fazer uma brincadeira — ele coloca a mão dentro da cueca.
Faço o mesmo que ele, Ciço é muito gostoso, só de ver ele se tocando faz minha boca salivar, ele tira seu pau de dentro da cueca e o ar escapa de meus pulmões, faço o mesmo que ele, estamos sincronizados quase, o vai e vem em meu pau ouvindo a respiração ofegante dele no meu ouvido, por um segundo parece que estamos na mesma cama, ele se masturba me dando a visão mais linda do mundo, seu corpo de homem, moreno e trincado, seu braço forte segurando seu membro com tanto tesão e força.
Ele deixa o celular na cama apoiado no travesseiro, com uma das mãos ele brinca com seu mamilo, enquanto a outra faz movimentos de sobe e desce em seu pau, estou quase gozando, meus olhos estão totalmente presos nele, e os dele em mim, sua língua umedecendo seus lábios me deixa sem ar de novo.
— Você é muito gostoso — falei.
— O que você quer fazer comigo? — ele sussurra.
— Quero te chupar inteiro.
— Quer e o que mais você vai querer fazer? — Ele me provoca com movimentos mais intensos, seu corpo inteiro se contraiu.
— Quero me perder nos pelos do seu peito, chupar seu mamilo gostoso, enquanto te toca com força — nem sei de onde está vindo tanta safadeza.
— É? Você gosta do meu pau?
— Gosto — minha voz quase falha, meus dedos do pé se contraem.
— Você quer cair de boca nele?
— Quero, também quero te sentir — seus olhos pegam fogo.
— Me sentir como? — Tem tanto desejo em seus olhos, o mar de seus olhos parece tempestuoso.
— Sentir você dentro de mim.
— Dan, eu vou, eu quero muito — ele se perde em suas próprias palavras.
— Você vai entrar em mim devagar? — Segundo, da forma mais inocente que consigo e acerto em cheio, Ciço está perdido de tanto tesão.
— Vou, vou cuidar muito bem de você — sua voz sai rouca.
— Vai ser meu primeiro? — Mordo o lábio depois da frase e é o fim para ele, sua porra sai pesada em uma jatada forte, se derramando em seu peito peludo e gostoso, os gemidos dele me fazem gozar também, não posso mais segurar.
— Caralho, porra, caralho — tudo que ele consegue fazer é xingar.
— Você está bem?
— Estou ótimo, mas agora quero você aqui na minha cama o mais rápido possível — suas palavras me fazem arrepiar inteiro.
— Você me quer? — Pergunto com resquícios de safadeza que me restaram.
— Mais do que tudo.
Ele leva o celular para o chuveiro e me deixa vê-lo tomar banho, isso me rende uma nova punheta, nossa que homem incrível, demoro a acreditar que ele esteja assim por minha causa, depois que ele toma banho me faz fazer o mesmo, seus olhos de cobiça não se desviam do meu corpo um minuto sequer, tomei um banho demorado para que ele aproveite ao máximo a vista do meu corpo sendo banhado pela água, pela primeira vez não me sinto inseguro com meu corpo, Ciço me encara com tanta cobiça que é impossível negar que causo um efeito nele assim com seu corpo causa um efeito em mim.
Agora estou deitado e ainda estamos em chamada de vídeo, ele deu a ideia de deixarmos a chamada até pegarmos no sono, Ciço acabou dormindo primeiro e agora estou feito um bobo apaixonado o vendo dormir, ele é ainda mais lindo quando dormi, nem parece o cara teimoso e que adora me contrariar em tudo que falo e peço para ele fazer, sei que um dia ele vai se cansar de mim, mas espero que esse dia demore bastante a chegar.