Escola de Dança I - Capítulo 10/10 - Resultado final - Primeiro semestre.

Um conto erótico de Cigana CD
Categoria: Crossdresser
Contém 5142 palavras
Data: 28/08/2024 12:36:54
Última revisão: 02/09/2024 23:37:12

Escola de Dança I - CapítuloResultado final - Primeiro semestre.

– Bom, Juliano, como pode ver, me decidi, quero transar com você, tudo bem?

– Mas, assim ?

– Sim, por que?

– Como dois homens?

– Sim.

Nisso já me pegou e me beijou, foi me acariciando, tirando minha camisa, e eu fui acompanhando, ficou de pé em minha frente, retirou tênis e meia, e parou.

Eu puxei ele, abri sua calça e desci com a mão junto com sua cueca, fazia isso olhando em seus olhos, nisso peguei seu pênis, pela primeira vez como homem estava tocando um homem, e ele foi me conduzindo, eu fui engolindo, beijando e sentindo seu cheiro, passava a mão em suas pernas peludas deliciosas.

Havia ficado alguns minutos ali, ele me pegou a mão e me fez ficar de pé, retirou minha calça, percebeu que não usava calcinha, tirou minha box, e me colocando de 4 na cama foi se aproximando, voltou e pegou de sua calça um kit com 3 camisinhas, colocou uma, pegou o tubo que havia na cabeceira da cama e passou o dedo cheio de creme em meu anus.

Eu ali, de 4, sem oferecer resistência, apenas afastei mais as pernas, e senti sua cabeça forçando, melado a cabeça entrou, deu um pequeno movimento para frente, ele logo me puxou novamente, de forma suave mas direta.

Fui num vai e vem, eu gemia um pouco apreensivo, e ele ofegante colocava um pouco mais de pressão, pênis adentro.

Creio que o mesmo tempo do beijo foi o tempo até seu pênis atingir bem fundo, senti seus pelos na minha bunda depilada.

Ele me ergueu, de forma a ficar quase na mesma altura, e na cintura foi agora forçando retirar e socar, eu fui gemendo, até então não falamos apenas sentimos, mas em um dado momento, eu falei.

– Ai, que delicia, nossa sonhei com esse momento.

– Hum eu também, você é uma delícia.

– Você que é, mas vai, quero você gozando dentro de mim, me fodaaaaa.

Nisso ele foi mais forte, foi socando e eu urrando, agora emitia ruídos, pedia pra meter, pra me foder, para me encher de porra, até que um último pedido.

– Vai meu macho, come esse cuzinho, vai foda seu viadinho.

– Hum, você quer isso, pede.

– Vai fode teu viadinho, me arregaça, me arrombe, eu quero ser sua mulherzinha, viadinho, cross, o que você quiser.

E veio um jato grande que deve ter enchido toda sua camisinha.

EU apenas duro, sem gozar, fui me deitando e me encolhendo, ele tirou o pênis, veio ao meu lado e deu para eu chupar, e eu engoli seu pau, sem camisinha, meladinho e limpei, e logo ele se posicionou ao meu lado, meio deitado e eu o abracei.

– Eu sonhei, com isso, na verdade foi um sonho diferente, mas era isso, eu queria saber se queria lhe dar como um viado ou como uma trans, ou como uma crossdresser montada.

– E o que decidiu.

– Bom, eu gosto de ser homem, mas gosto de você, mas também lá no seu carro tem toda uma produção de mulher, que não saberia se você queria ou não, mas se quiser, traga e eu produza e você me fode de novo.

– Mas seremos dois namorados, ou serei o namorado de uma trans, ou crossdresser?

– Bom, eu quero ser sua mulherzinha, então preferia você me fodendo como menina, tanto que não consegui gozar, mas senti todo o prazer, me senti feliz em vc me foder de homenzinho, vou possivelmente passar no concurso, mas queria que você esperasse eu voltar, creio que vou voltar uma transexual, pois vou aproveitar estar longe para ir me transformando, não disse isso para mamãe, mas ela sabe que talvez isso aconteça, as mães sabem.

– E seu pai e irmão.

– Não sei, estando longe, talvez seja mais fácil, mas papai talvez choque, meu irmão já percebeu algo, mas nunca falou, desde que furei as orelhas ele disse algo sobre aproveitar o momento, mas sabia que ele falava em eu estar mais feminina e ir fundo.

– Posso então ir lá buscar?

– Deve

Ele trouxe, eu pedi licença, fui no WC e sai de lá de menina, empurrei ele na cama e fiz agora exatamente o que meu sonho dizia para fazer, primeiro chupei ele até ficar mega duro, depois sentei, mesmo sem camisinha e galopei, até sentir seu pau pulsar e encher meu cuzinho de porra, enquanto beijava e dava meu seio para ele chupar, dizendo que em breve ele teria leitinho deles para tomar, mas por enquanto, o único leitinho era de meu pauzinho.

Beto aceitou, ele queria eu gozando, tendo prazer e não viu problemas em chupar meu pauzinho, mas não engolia, dali em diante criamos o costume de eu gozar ou em sua boca, mão, copo e depois beber tudinho, isso o excitava, depois nos beijamos até a ultima gota na boca e assim eu era sua menininha.

Fiquemos um tempo, na hora de se vestir fiquei de calcinha, e fomos pro carro, mas eu queria algo, e então fui chupando ele até o caminho de casa, ele evitou a rua e quando percebi estava umas 5 quadras antes, recebendo leitinho de meu macho enquanto ele dirigia, foi delicioso, já de cara limpa, boca alimentada nos ajeitamos e fui para casa.

Nem mamãe nem papai, ao entrar no quarto, percebi um bilhete.

– Filha, falo isso pois percebi certa movimentação no armário de Ju, espero que tenham se entendido, no que precisar estarei sempre aqui, quer para socorrer minha filha ou meu filho, se decidir ser mulher 24hs, vamos gradualmente fazer isto, te apoio e ajudo, mas preciso de tempo para seu pai ser trabalhado. Nós falaremos amanhã.

Eu li e abraçado ao bilhete fui pro banho, deixando ele na pia, sai, e fui pegar meu pijama e em cima dele o baby-doll, sutiã e calcinha, fui tranquei a porta e me vesti, dormi feliz, pensando em Beto.

Logo cedo uma batida na porta, nem eram 07hs, era mamãe, abri, pediu licença e entrou, novamente me viu ali menina, sabia de minha escolha, contei tudo, como foi, eu dar para Beto como homem, como reagir e como decidi dar depois.

Mamãe se emocionou.

Começamos a combinar, como agir e o que fazer, já eram umas 10hs meu celular que já estava vibrando com mensagens tocando.

– Oi professora.

– Oi, parabéns, já viu seu e-mail?

– Não, parabéns?

– Sim você passou em 10 lugar, está aprovada, com isso ganhou uma bolsa de 50%, tentei ligar pra sua mãe, mas ela não atendeu.

– Ela está aqui, vou passar ela, obrigada professora.

– Mãe eu passei, eu passei a profi tá na linha querendo falar com a senhora.

Enquanto mamãe falava e eu me trocava, depois que me vesti ela me olhou. Me levantei, guardei o baby-doll, calcinha e sutiã, e vestido com o moletom e a cueca feminina, coloquei outra blusa e aguardei mamãe terminar de conversar e já lhe falei, visto o olhar de quem não entendeu nada que ela fez.

– Mãe, a transformação que queremos, não será hoje, deixa eu ir pro curso, lá terei tempo e oportunidades e imagino sim, ser uma transexual, pelo menos é o que eu e Beto queremos. Mas nada precipitado, vou precisar da senhora em todos os sentidos, inclusive me ensinar a ser menina, pois o pouco que sei a vida que me ensinou.

Dali fomos lá para fora onde papai estava e demos a notícia, ele meio feliz , meio apreensivo que agora era o 2º filho a sair. Ele largou tudo e fomos para dentro de casa, já queria saber quando viajaria, o que precisaria, lugar para morar e tal.

Mamãe tomou as rédeas e falou que o Fabiano ele tinha levado, e o Juliano seria ela, ele meio que ia discutir, mas mamãe tem a palavra final, dali em diante ela que foi ditando as regras, mesmo por que na conversa com a professora marcaram muita coisa, que ela foi falando ali para mim e para papai.

Daquele dia em diante, eram 20 dias até o início da inscrição, e dali mais 10 dias início do curso, pois esse tempo era necessário para adequar os alunos e suas temáticas e tudo mais.

Avisei o Beto, que entre tristeza e alegria, me apoiou, lógico que saímos dia sim dia não naquela semana, passamos o fim de semanas juntos em seu apto eu toda de menininha. Agora eu já havia me decidido, iria ser uma menina no futuro e que era gostoso me transformar em uma crossdresser, e dar para ele, mas quando não podia me transformar, dava para ele vestido mesmo com as roupas masculinas, exceto a cueca feminina que era item presente, quando não uma calcinha bem pronunciada.

Fazia naturalmente as coisas de menino quando era necessário em casa e no trabalho, as desculpas de sairmos e posar lá era entregar o projeto de mamãe a tempo.

Papai pode se dedicar à cafeteria e ao barracão ou depósito, como costumávamos chamar. Mamãe fez 2 enxovais, um que papai via e outro que ela ia enchendo seu armário.

Combinou inclusive de que iríamos viajar numa sexta de manhã, onde fez coincidir umas entregas para deixar papai ocupado e assim encher o carro com todas as bolsas tanto do meu enxoval de menino e o de menina que ela prometia ir aumentando com o passar de minha transformação.

Segunda nos apresentamos, na inscrição havia um campo para sexo com um cmapo para M, outro para F, e outro um risco para as pessoas escreverem, eu coloquei nesse Mulher Trans, mostrei para mamãe que me abraçou num apoio incondicional.

No nome social, escrevi Jully, até porque Ju já era meu apelido, agora mais oficial no feminino, mantive os outros dois nomes que eram o sobrenome dela de solteira e o de papai.

Dali em diante, sem volta, definitivamente eu era uma transexual, digamos em transformação, não me via tão feliz no corpo masculino, gostava dele, gostava de transar com Beto mesmo desmontada, sem batom e tudo, adorava ele me fodendo de quatro, e tudo mais, mas a alma feminina me dava a liberdade que buscava até então.

Nos exames médicos, foi uma médica que me acompanhou, dali em diante eu fui reconhecida pela escola como uma mulher, no comportamento, nas atividades, na vida social e tudo mais, as roupas masculinas que metade voltaram, eram apenas para quando papai viesse ou fosse necessário em visita a eles.

Mamãe procurou pela internet uma clínica pra me acompanhar, não iriamos fazer nada nestes primeiros 6 meses, até para que eu passasse o primeiro período sabendo ou não que vida de fato teria e queria.

Passei com notas boas, média de 8,00 a 9,50, ali eu e mais uma meninas da turma de 50 pessoas, explicando, 12 eram homens ou identificados como homens, e 38 mulheres ou identificadas como mulheres então éramos nesta turma 2 meninas trans, tinha outras 3 meninas trans que estavam 2 anos na frente, os concursos demoravam 2 anos para acontecer, até mesmo por que não tinha um volume tão grande de procura, suficiente para formar uma boa turma, pois destes 50, era uma média de 10 que desistiram. Menino trans, mulheres que passaram a conviver como meninos eram em número de 9, 3 que eram da minha turma e 6 veteranos depois fui entender uma resposta disto.

Como era longe, não podia voltar para casa todo mês, mas mamãe veio 2 vezes me visitar, uma delas com papai, inclusive ela fez com que eu ficasse no hotel com eles e assim evitava ele ver meu quarto que nitidamente era feminino e dividido com outra menina. Ficamos numa espécie de pensionado, por assim dizer, mantido pela companhia de dança, ali tínhamos um espaço de ballet, um de música com piano e alguns aparelhos de cordas, uma sala de jogos ou estudos conforme a situação e 40 quartos, onde os novatos ficavam em dupla, o que dava 25 quartos e os veteranos nos outros 15 quartos maiores que cabiam 3 ou 4 pessoas.

Havia uma cozinha grande, e um refeitório 4 vezes maior que a cozinha, uma lavanderia e área de passar e secar roupas, também grande, em uma construção ao lado, ligada por um longo corredor em vidro.

O número de meninos era pequeno, mas meninos trans eram maioria entre os meninos a diferença era que os meninos ganhavam bolsa integral, na verdade todos os 10 primeiros colocados tinham meia bolsa, independente de sexo, e um valor igual de investimento para os meninos independente da posição que passassem, pois eram difíceis de encontrar bailarinos ainda mais antigamente era muito menor o nr de homens, não víamos como privilégios e sim uma necessidade de investimento.

Por isso a divisão de 2 pessoas por quarto nos 2 primeiros anos, pois tinham que fazer reajustes de combinações para evitar casais, mas todos ali eram de maior e sabiam de suas responsabilidades e para que vieram, então até então, não haviam relatos de encontros conjugais nos quartos.

Neste caso também, eu fiquei com uma das meninas, as outras três dividiram um quarto de 4 pessoas.

Os meninos tinham seu WC coletivo nos andares inferiores, e as meninas ocupavam os outros 3 andares superiores com WC coletivos.

Passamos pouco tempo no dormitório, maioria das vezes era no teatro escola, chamávamos assim pois ele tinha uma área que realmente era um teatro, mas as demais salas eram praticamente salas de dança, algumas com carteiras e outras apenas espelho e ampla sala.

Na segunda visita, onde papai veio, eu já tinha uma expressão mais feminina, mas conseguia disfarçar, ele até pensou em falar algo, mas o tempo curto da visita, e a intensidade como mamãe programou a visita, íamos para parques, praia evitamos pois ela disse dos problemas de arrastões e meu pai neste ponto era muito assustado. Mamãe para lhe agradar, organizou a visita até com um jogo no Maracanã que papai adorou, ficamos os 3 em uma área com cabines, longe de possíveis problemas com torcidas e a van nos colocava dentro do estádio por uma entrada de sócios vips, ou clientes vips, os que alugaram as cabines e assim era só torcer e se divertir.

Ao final do passeio que durou 3 dias, papai feliz com tudo, prometeu voltar, me abraçou, ficou um bom tempo abraçado comigo, depois mamãe fez o mesmo e partiram, me deixando na entrada do dormitório, sorte que naquele fim de tarde, todos estavam voltando de seus passeios e tinham meninos e meninas juntos o que fez ele até levantar uma sobrancelha de alegria por eu estar em um ambiente com possibilidades (na visão dele, tadinho).

Depois mamãe me contou que papai, veio a viagem em silêncio, no avião não falou nada, só quando foram pegar o carro no aeroporto de Londrina, depois de uns traslados malucos mais baratos ele disse.

– Senti o Ju diferente.

– Sim, cresceu, já não é mais dependente da gente.

– Não, não é isso, senti ele diferente, sei lá.

– Como assim amor, diferente. Mamãe queria tirar algo dele.

– Não sei, creio que foi impressão minha, sei lá, mas desde que chegamos, mas no abraço final, acho que estava emotivo, eu e ele, vi ele com os olhos cheios de lágrimas, deve ser isso, estava mais sensível.

Depois que mamãe me contou, realmente, sabíamos o que era, eu estava usando uma faixa, discreta, pois meus seios nos primeiros 3 meses haviam aumentado, já estávamos iniciando de forma sutil minha harmonização e hormonização, minha pele mais suave, mas algo imperceptível, iríamos de fato fazer a dose de reposição hormonal no semestre seguinte, ali era apenas um inibidor de hormônio masculino e ⅕ da dose do hormônio feminino, imperceptível.

Mas eu saí de um busto de menino, sem seios mas com musculatura, devido inclusive aos exercícios de Vanessa e agora do curso, para um busco com auréola mais espessa e bicos mais sensíveis, por isso estava com uma faixa discreta, para esconder estes 4 cm que representavam de protuberância.

Depois disto ela foi tentando sondar papai, foi lhe falando coisas aleatórias sobre trans, muito em conta que ela aceitou como manequim para os ensaios uma transexual, papai no começo ficou apreensivo, mas a menina comportou-se muito bem, eu que fiquei mais brava, pois ela tinha contato direto com Beto e isso me tirava o humor.

Depois mamãe a muito custo, muita insistência minha, tirou ela dali e colocou como responsável pela cafeteria junto com papai, isso fez eu ficar calma, fez papai interagir mais com ela e fez Beto não ter a tentação, pois a menina era realmente muito simpática e sexy.

O efeito deu certo, na primeira oportunidade que papai elogiou a Roberta social da menina trans, mamãe começou a falar de outras trans, inclusive de meninas do meu grupo de dança do RJ.

Na cidade ninguém ainda sabia, apenas mamãe e Beto.

Certo dia mamãe, saiu com papai, foram visitar meu irmão, lá em meio a tudo, mamãe já havia falado com Fabi, ele, no começo esbravejou mas entendeu e junto com mamãe escolheram a melhor forma de falar com papai.

Não foi algo de aceitar, mas mamãe, pegou o celular e foi mostrando minhas fotos no curso, eu sempre de menina, fazendo as danças, até que apareceu uma comigo em vestido, salto, maquiada indo para um evento, apresentação da turma de veteranos, papai demorou um pouco para me reconhecer, pois tinha 2 casais na foto.

Aí ele pegou o celular, olhou, deu zoom.

– Desde quando isto tem acontecido?

– O que especificamente, perguntou mamãe.

– Desde quando Juliano se veste de mulher.

– Bom, neste caso estamos falando de Jully, sua filha, desde antes do concurso.

– Mas como você deixou isso acontecer, meu Deus.

– Pai, não é assim, Ju, foi se identificando, não podíamos interferir, mesmo porque ele já dava sinais, uma vez falamos sobre isso, mas o senhor desconversou ou não entendeu ser dele.

– Não, não era dele que falávamos.

– Era pai, desde os brincos, orelha furada, o cabelo mais comprido, a pele que ele depilou, eu já havia percebido, mas esperei Ju me contar, ele falou algo um pouco antes do concurso, numa conversa que tivemos sobre o alistamento, ali eu já percebi algo, ele não notou que eu percebi, mas depois eu tentei agir de forma natural, aguardando ele me falar.

– Mas como você deixou filho.

– Pai, não é só deixar ou não, é ele que decide, assim como eu decidi ser militar, o senhor queria um empresário do ramo da moda e eu sou um militar, o senhor queria outro empresário do ramo da moda e tem uma filha bailarina.

– Onde errei.

– Amor, não errou, acertou em dar aos seus filhos a liberdade, Jully, acostume-se é sua filha, na próxima visita ela iria te contar, mas eu decidi conversando com Fabi, que você já deveria ir sabendo que Jully lhe esperava, pois como pode ver, ela já tem um corpo feminino, o que não é natural é enchimento, o resto é make e produção.

– Jully, você que deu esse nome?

– Não, sua filha escolheu, ela sabe que assim o apelido Ju, caberia em qualquer condição quando fosse conversar com ela, agora depende de você meu amor.

– Tá, quando é essa visita.

– Agora no fim do ano, acabam os primeiros 6 meses e ela vem passar as férias escolares aqui conosco.

– Tá. tá , tá … foi apenas o que ouvimos e papai, apenas pegou o celular, foi repassando as fotos e olhando.

Avisamos Jully, ela ficou apreensiva, mas uma semana depois veio uma ligação de seu pai.

– Alô, atendeu Jully, tentando não parecer tão feminina na voz.

– Quem fala é você Ju. Disse papai.

– Sim sou eu, aconteceu algo papai.

– Ju, quer dizer, Jully, sua mãe falou comigo, desculpe, sei que já sabe, mas é que o pai aqui é um velho, demorei pra entender, tive que conversar muito com mamãe e a Roberta, você sabe que temos uma funcionária Transexual.

– Sim pai eu sei, eu sei, que bom que ela e mamãe puderam conversar com o senhor, desculpe não ter lhe contado.

– Não filha, a Roberta, me disse de casos em que pais incompreensíveis batem, chegar até a matar seus filhos quando descobrem, entendo que possa ter passado isso em sua mente, se não fosse sua mãe e ela terem aos poucos me mostrando como é natural, como é de fato conviver com trans, e tudo mais, você sabe filho, não tinha conhecimento, tenho ainda que lidar com falas de preconceito, às vezes Roberta me repreendeu, para que tome cuidado, tô aprendendo filha.

– Tudo bem papai, você ter me chamado de filha agora, ter me ligado, já é muito, não ter brigado ou se excluído significa muito para mim.

– Mas filha eu tenho que te perguntar, foi algo que fiz, alguém aqui na cidade abusou, alguém te obrigou a isso, por favor filha, fala que eu procuro um advogado, isso não vai ficar sem punição, eu te entendo, mas o respeito é essencial.

– Não papai, fui eu que me decidi, na verdade desde a infância, eu agora posso dizer, que fui me percebendo diferente, Fabi gostava das mesmas coisas que eu, de dançar, de curtir, tínhamos namoradinhas, mas me faltava algo, e no concurso, lendo e aprendendo, eu acabei vendo isso.

– Olha filha, não vai acontecer nada, só não quero alguém abusando de você, te usando, fale se alguém lhe molestou, isso não pode ficar assim.

– Não papai, ninguém.

Essa conversa, para mim foi muito boa, depois ainda nos falamos algumas vezes, ele nunca tocou mais no assunto de molestar, mas eu entendi que apresentar o Beto como meu namorado, deveria ser feito com mais cautela, até para não dar motivos ou algum sentimento triste em papai. Mas papai nas outras ligações já me chamava de Jully, pediu fotos, mamãe dizia que ele era todo exibido em mostrar sua filha para Roberta, que elogiava sempre e apoiava.

Chegou a semana de fim de semestre, consegui manter uma média excelente, isso me daria ainda a manutenção da bolsa, 12 colegas haviam desistido, duas meninas tiveram uma contusão nos pés e o recomendado foi que desistissem, mas seguiram na área das artes fazendo teatro uma delas e moda o outra, nós todos os TRANS, mantivemos no curso, outras 3 mudaram para cursos como medicina, enfermagem e direito, e inclusive a que passou em primeiro lugar, ela amava dançar, mas como hobby, as cobranças no curso a deixaram decepcionada e preferiu tentar a profissão de seu pai e acabou dando certo,

Assim já no primeiro semestre, momento de maior desistência, tivemos essas baixas, agora entendemos as dinâmicas com as combinações dos quartos e tudo mais.

Chegou o dia, boa parte do dormitório já estava vazio, ninguém ficava ali nas férias, ele era usado para cursos, então saímos com todos nossos pertences, novo semestre, novas configurações ou não de quartos. Para as meninas, subir no curso significava também subir no andar, menos quartos, mais maiores.

Recebi a mensagem, eles já estavam no estacionamento, combinei de descer e buscar. Vestia um vestido floral, com um certo decote e nas laterais livres, cabelos soltos, batom, brincos de argolas, pulseiras e uma sandália com um salto de 4cm, unhas vermelhas das mãos e dos pés, perfume bem feminino, coração batendo a mil, fui ver papai e mamãe.

Chegando a primeira surpresa, Fabi veio correndo me abraçou e me girou no ar, me abraçando, até para quebrar o gelo, deve ter sido artimanhas de mamãe e ele. Papai logo em seguida, me abraçou tenro e forte, igual a nossa última despedida e no ouvido falou.

– Igual ao último abraço, como que não percebi, minha linda menina.

– Obrigada pai, falei já com olhos cheios de lágrimas, meus dois homens, referência em minha vida, me aceitando com irmã e filha, sem perguntar, sem cobrança, apenas o afeto de família.

– Mamãe completou o trio, já no choro por ver a cena.

– Já tínhamos autorização para mostrar tudo aos familiares, assim fui mostrando tudo, até o solar lá de cima, no meu quarto, meu irmão sentou na cama, daqui a pouco apareceu uma veterana, Samantha que veio se despedir e meu irmão ficou só olhando, como um predador.

– Mamãe chamou a atenção dele que no abraçar para se apresentar foi meio alfa demais, mas minha amiga gostou, tanto que piscou o olho para mim, e deixou meu irmão uns 45 segundos abraçado.

Ela se despediu, e foi embora, os pais moravam longe e ela iria apenas na segunda embora, uma van a buscaria e a levaria até o aeroporto, era uma das meninas mais ricas dali, mas era também a mais simples e esforçada, tinha passado em primeiro na turma de veteranos e cedeu sua bolsa integral para o segundo lugar, dizem que foi espontâneo e com isso ela era uma referência em se tratando de altruísmo.

Meu irmão veio conversar sobre ela e eu dei corda, não falei nada, apenas pisquei para mamãe que entendeu.

Depois de tudo apresentado, acompanhei eles até o hotel, ficamos lá para almoçar, meu irmão queria ver tudo no rio e é claro futebol, mamãe novamente ajeitou e conseguiu praticamente os mesmos lugares, mas queria perguntar para se não poderia conseguir mais um ingresso, que se minha amiga não queria acompanhar, eu peguei o celular e mandei mensagem pra ela do hotel, o jogo era domingo a tarde, ela pediu uns 10 minutos, pediu uma foto dos ingressos e do camarote e ia ligar em breve.

Com quinze minutos ela me ligou, pediu para falar no reservado.

– Oi amiga, nossa que família agradável hein, e esse seu irmão militar, ai que fofo ele hein.

– Pois é, desculpe ele te agarrar no abraço, ele é meio sem noção.

– Tudo bem eu adorei, resta saber se ele sabe a quem estava apertando né.

– Não sabe, nem vou contar, fica a seu critério.

– Combinado, mas é o seguinte, não tem como eu entrar nesse camarote de vocês, é apenas 4 lugares, mas, falei com papai, ele está vendo com um fornecedor um camarote vip mesmo de 10 lugares, para nós 5, ai ele irá devolver na portaria o valor que vocês pagaram e se der certo vamos pro outro, tudo bem pra vocês, não vai ficar ruim pra seu pai e mãe.

– Não imagina, mas não precisa devolver, ficar com você a grana, imagina gastar só pra aceitar o convite do mala do Fabi.

– Menina, ele é fornecedor, não vai custar nada, papai sempre consegue quando tem jogo aqui da seleção ou do Mengão dele, fica tranquila, embora seja um jogo importante, vai estar sobrando camarote, pelo menos o nosso é que esse aqui é quase nosso né amiga, papai ama futebol, eu venho com ele direto assistir.

Bom falei para papai, mamãe e Fabi do lance dos ingressos, mamãe queria mesmo assim devolver, mas ai tive que dizer metade da história, que era da empresa do pai dela que dividia com outros empresários etc, pra não dizer que ela era bilionária, e assim papai deu a ideia de que o dinheiro devolvido iremos jantar depois do jogo em um lugar top.

Falei pra Samantha que concordou, disse que iria fazer a reserva, depois acertamos.

Fomos pro futebol, eu coloquei uma roupa mais de noite, papai e meu irmão queriam ir de camisa de futebol e moletom, mas mamãe convenceu de que era um camarote vip, com jantar depois e ela não ia sair com molambentos.

Noite maravilhosa, jantar maravilhoso, no intervalo, Samantha saiu com meu irmão pra mostrar outras coisas do Maracanã, fiquei assustada do que tanto iria mostrar, mas Samantha como pudemos perceber era figurinha conhecida e respeitada ali, veio até exs jogadores do Flamengo, no final tirar fotos e Samantha tinha comprado uma camisa para papai e outra pro Fabi como lembrança, e estas já receberam os autógrafos dos 3 jogadores e um pagodeiro.

Jantamos e Samantha se despediu, ia voltar pro Hotel ali perto do alojamento, ela não gostava de ficar sozinha nos fins de semestres no dormitório.

Quando ela saiu, papai e Fabi eram só elogios, papai até falou que era mulher pra casar e tal, Fabi confirmou falando que ela era linda, sensual, inteligente e era pena ele ter exército ainda por 10 anos pela frente, pelos planos dele.

Ai fui e cortei ou aumentei o embalo.

– Mas que história é essa, mulher pra casar, ela nem te deu bola, foi é muito educada não confunda Fabi.

– Educada, hum, bom saber que as Maranhenses têm esse grau de educação.

– Não entendi, eu não te falei que ela era de lá.

– Ela me falou.

– Ah é e o que mais ela te falou.

– Quer saber, quase nada, pois acabamos nos beijando e ficamos o intervalo na lanchonete em beijos.

– Hum, e gostou? Perguntei esperando o momento.

– Oxi se não, linda, educada, e tudo mais e beija muito bem.

– Pois é Samantha é uma das Trans mais educadas e queridas do dormitório, respeitadíssima por todos, então trate de respeitar ela.

O silêncio foi total, mamãe quebrou, batendo no queixo de papai e olhando pro Fabi lhe abraçando e agradecendo a ele por ter sido tão carinhoso com a amiga de sua irmã.

Eu ri, depois todos acabaram rindo, papai ainda pensando, mas depois de forma descontraída elogiou a menina, Fabi meio encabulado, pegou o celular, pediu o numero dela e foi um fofo agradecendo tudo e meio que se declarou a ela, dizendo que ela era uma mulher incrível, linda, educada e interessante. Na verdade, todos os elogios que eu fiz ele fez, mas não quis falar nada que pudesse ofender ela quanto a ser trans.

Antes de viajar, meu irmão foi comigo no hotel de Samantha agradecer, se beijaram e ele falou que sabia que ela era trans, que isso nada mudava, que ele tinha planos na carreira, mas depois de tudo, gostaria ainda de conversar.

– Samantha agradeceu, mas ela pretendia seguir carreira na Europa, ia ser impossível, mas que confessou que ficou com ele por que curtiu ele do primeiro olhar, provocou e iria contar, mas que ele foi um dos meninos que ela beijou que ela mais curtiu.

Voltamos pra casa, agora mais do que nunca, eu iria iniciar os processos de transição com a certeza que todos na família respeitavam a mim e as trans do curso, fui num médico de mamãe, que já iniciou a hormonização, mas isto fica para uma nova série.

Caros leitores, sei que alguns esperam mais sexo, mais cenas, mas eu conto historias de transformação, descobertas, agora terei que encerrar a Gincana, ficou presa no site e apenas agora terei paciência para reescrever os 2 capítulos finais.

Terá uma outra que estou montando com uma amiga, que esta triste por não ter dado a devida atenção, à ela minhas desculpas.

Essa serie dará gatilho a uma de pequenas aventuras, no curso de Dança, Escola de dança II.

Um beijo de Cigana CD / Simone Bueno / Eu.


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Comentários

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Que história maravilhosa, todos os elogios não seriam possíveis para descrever tanta beleza, parabéns cigana, vc é muito delicada nos seus contos, detalhiesta em tudo, são deliciosos de ler

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Diva perfeita!!! Não vejo a hora do segundo capítulo ..amei

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Obrigada, sei que as vezes o capítulo fica chato, mas são os contextos que tem que serem colocados, dão veracidade ou representam um mundo quase real.

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Não ficou chato não malucaaa kkk foi uma delícia essa mudança toda....não. Vejo a hora dela seguir seu caminho

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