Duelo de titãs: amante x marido, quem vencerá!? - Parte 10 - Final

Um conto erótico de Mark da Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 17255 palavras
Data: 28/06/2024 18:34:35
Última revisão: 28/06/2024 18:46:22

Promessa é divida!

Acabou ficando um pouquinho maior do que eu imaginava, mas, com vocês, o final.

Espero que curtam.

Forte abraço,

Do Mark

[...]

O Jurandir puxou a Amanda para si, praticamente enterrando todo o pau dentro do cu da minha esposa e parou as penetrações, os gemidos, os xingamentos, os “elogios”, aliás, pararam, porque só aí notei que, à frente dela, um outro mulato, bem molecote mesmo, estava sendo chupado pela minha esposa. Todos ficaram brancos e me encarando com os olhos arregalados. O quarto foi inundado por um silêncio absurdo no qual apenas eu fui premiado em ouvir os batimentos descompassados do meu coração. Os olhos da Amanda se encheram de lágrimas quando seu olhar cruzou com o meu e ela enfiou o rosto num travesseiro, balançando em negação sua própria cabeça. Não sei se ela havia se dado conta do que havia feito, não sei o porquê havia feito aquilo comigo e o pior, ali, em nosso quarto, nossa cama, em um local que ela se comprometera a nunca compartilhar com outro alguém. Não sei quanto tempo aquilo durou, mas me lembro bem do Jurandir falar:

- Moço, Maurício, num sei o que falar. É que… eu… nós… Oxi, oxi! Ocê tá bem, homi? Moço… Moço!

Não me lembro de mais nada além de um atropelo de pés à minha frente e ao redor. Uma moleza, uma fraqueza me acometeu e apaguei, simplesmente apaguei…

[CONTINUANDO]

Não sei quanto tempo se passou enquanto fiquei desacordado, mas despertei ouvindo um diálogo. Ouvia uma voz feminina que logo reconheci como sendo da Amanda e outra que me parecia familiar, mas não reconheci de imediato:

- Doutor, como assim coração? Do que o senhor tá falando?

Decidi continuar de olhos fechados e ouvidos abertos. A outra voz parecia bastante com a do doutor Maciel, meu cardiologista, o que confirmei na sequência, pois ele explicava com proficiência o meu caso:

- Pois é, Amanda... Maurício veio se consultar comigo há alguns meses. Relatou estar sentindo umas fraquezas, falta de ar e outros sintomas que, no início, pensei que pudesse ser estafa, mas ainda assim pedi que fizesse alguns exames. Bem, é… O caso dele é um pouquinho mais complicado. Ele tem uma cardiopatia que faz seu coração bater de forma irregular, às vezes até desordenada.

- Jesus…

- Calma, calma… Fica tranquila que não é caso para cirurgia, marcapasso, nada disso, mas temos que acompanhar com certa regularidade o caso dele. Além disso, ele precisa tomar direitinho a medicação que eu prescrevi e o mais importante, melhorar seu estilo de vida, ou seja, ter uma alimentação mais saudável, fazer exercícios regularmente e o mais importante: evitar estresse e fortes emoções. Fazendo isso, ele terá uma vida normal e longa, talvez até mais que eu ou até mesmo você.

- Tá, mas ele nunca me falou nada! Por que isso? De onde surgiu isso?

- Olha… Por que ele não te contou, eu não sei, Amanda, isso você terá que perguntar para ele. Mas se me permite o conselho, não faça isso agora. Deixe ele descansar e depois, com muita calma, com jeitinho, peça para ele lhe explicar. - Ele falava calmamente, com uma voz serena, tentando passar tranquilidade: - Agora de onde surgiu, é muito difícil dizer. Pode ser uma má formação congênita, maus hábitos, histórico familiar… É realmente muito difícil dizer e, nesse momento, o importante é tratá-lo e não procurar a origem.

Ouvindo Amanda chorar, decidi fingir que acordava naquele instante, mexendo-me suavemente na cama. O doutor Maciel veio imediatamente para o meu lado e assim que o encarei, perguntou-me como eu estava me sentindo. Olhei ao meu redor e vi que estava deitado numa maca, ligado a uma enormidade de fios e cercado por bips. Ele me olhava, aguardando uma resposta, mas eu fiz uma pergunta:

- O que aconteceu? (como se eu não soubesse…)

- Você teve uma síncope, Maurício. - Fiz uma cara e ele concluiu que eu não entendi: - Teve um desmaio quando chegava em sua casa. A sua esposa prontamente te socorreu e te trouxe para cá.

- Sei… - Resmunguei, olhando agora para ela que, aos pés da maca, procurava não me encarar diretamente, sabedora de seu erro.

- Mas fica tranquilo, você já está bem melhor. Suas funções estão todas funcionando direitinho e acho que foi só um mal passageiro. Eu só queria te perguntar umas coisinhas: tem tomado os seus medicamentos?

- Sim. Bem, mais ou menos…

- Ah, sei! - Ele resmungou, balançando negativamente a cabeça e me deu a bronca: - É isso aí, né, meu amigo! Se você não se tratar direito, as consequências chegam.

- Acho que só esqueci de tomar um ou dois dias, sei lá.

- Não interessa! Tem que ter compromisso. - Ele insistiu, sem tirar os olhos de mim: - E os exercícios físicos supervisionados, já começou?

Fiz aquela cara de desagrado e confirmei:

- Não…

- Maurício! Ó só, fio, vou nem perguntar sobre a alimentação… - Balançou negativamente sua cabeça e concluiu: - Prestenção, caboclo: ou você segue as minhas orientações, ou as suas visitas aqui podem acabar se tornando cada vez mais frequentes.

- É! Se eu não mudar algo, pode ser que sim… - Falei, encarando a Amanda com sangue nos olhos.

Nesse momento, ela começou a chorar e saiu do quarto, indo sei lá para onde. O doutor Maciel se surpreendeu com sua atitude, mas, maduro e sagaz, já entendeu que havia um problema entre o casal:

- Ah… - Resmungou enquanto a via sair e se voltou para mim: - Entendi. Problemas em casa, não é?

- O senhor nem imagina.

- Olha, não sei o que aconteceu, nem quero saber, mas aceite um conselho: resolva! Fortes emoções são uma bomba para o seu coração.

Depois disso, me deu mais algumas orientações e disse que precisava ver outro paciente, mas que passaria mais tarde para me ver. Ele voltou; Amanda não retornou mais nesse dia.

Fiquei internado por dois dias, fazendo exames e mais exames. Só não botaram fio e agulha no meu cu, mas o dedo… também não! Afinal, o meu problema era cardíaco e não outro tão sensível quando para o sexo masculino. Amanda não voltou mais, mas acabamos trocando poucas e formais mensagens via WhatsApp. No dia da minha alta, quem se incumbiu de me levar para casa foram os meus pais que, apenas por uma única vez, disseram estranhar o fato da Amanda não estar ali comigo. Óbvio que não entrei nos detalhes, nem eles me cobraram, foram discretos e apenas disseram que eu podia contar com eles para qualquer coisa, em qualquer momento.

Chegamos em casa e fomos recebidos pela Amanda que era apenas o pó da mulher que um dia eu chamei de esposa: desgrenhada, com cabelos mal penteados; mal vestida, em uma roupa bastante usada e amassada; sem maquiagem alguma e com olheiras negras e profundas; e com um simples chinelo bastante surrado nos pés… Dava pena, eu quase tive pena, quase... Minha mãe a recebeu com um abraço maternal e disparou uma das suas:

- O pior já passou, Amanda, ele está bem. Pode ficar calma agora.

Ela derreteu em seus braços e chorou forte, quase compulsivamente. Minha mãe a acalentou e a levou para o sofá, onde conversou bom tempo tentando acabar com suas preocupações a meu respeito. Imaginem, preocupações… Ah vá! Meu pai já não foi tão “maternal”, dando-lhe apenas um beijo no rosto quando ela já não chorava tanto e sei disso porque ele a encarava com um olhar compenetrado, como se soubesse de todo o martírio que eu vinha passando nos últimos tempos. Pela expressão da Amanda ao encará-lo, ela deve ter tido a mesma impressão que eu tive. Sentei-me no sofá da sala:

- Você quer comer alguma coisa, amor? Qualquer coisa? - Amanda me perguntou, enxugando uma lágrima.

Olhei para ela, pronto para explodir, mas com meus pais em casa, não seria agradável:

- Não, obrigado. Só quero descansar.

- Um banho?

- Depois…

Meus pais se entreolharam, notando um clima estranho e decidiram ficar um pouco mais. Aliás, a minha mãe carregou Amanda consigo para a nossa suíte e, literalmente, fez funilaria e pintura nela, trazendo uma outra mulher de volta. Até meu pai a olhou surpresa e, não se aguentando, brincou:

- Você não vai trazer a Amanda também, amor? Porque essa moça bonita não é ela.

Amanda sorriu levemente encabulada e agradeceu o elogio. Depois, olhou em minha direção e se esperava o mesmo, ficou a ver navios, pois fiz questão de virar o rosto para o outro lado e respirar fundo, demonstrando meu total desagrado. Na sequência, minha mãe a arrastou para a cozinha e prepararam uma mesa de café. Enquanto isso, meu pai me encarava, querendo saber de algo que eu não iria responder:

- Não tenho nada para falar… - Respondi aos seus olhares.

- Tem sim! Só parece não ter coragem.

- Pai… não… insista! - Falei calma e pausadamente, sem sequer olhar em sua direção.

- Tá ok, não vou insistir, mas se quiser conversar sobre qualquer coisa, a qualquer hora, sabe onde me encontrar.

- Sei! Pode deixar…

- Aproveitando… Queria te avisar também que vou ficar na empresa por uns dias. Enquanto isso, você descansa e se acerta com a Amanda.

- Há! Acertar… - Resmunguei, ainda sem encará-lo e a minha entonação deve ter lhe dado a certeza de que algo ia muito mal em meu casamento.

Antes que ele me questionasse novamente, minha mãe surgiu na sala e nos levou a reboque para a cozinha, mesmo eu falando que só queria descansar:

- Você vai comer um pouco sim, ou eu não saio daqui! - Falou com o jeito mais maternal de ser.

Não dei muita atenção, mas quando ela tirou um chinelo do próprio pé, balançando-o à minha frente, achei graça e comecei a sorrir e depois a rir da sua cara. Ela fingia estar com raiva, mas era apenas uma brincadeira que acabou aliviando um pouco a tensão de todos os presentes. Cedi e fomos todos para a cozinha, onde uma bela mesa com café, leite, pão francês, bolo de fubá, pão de queijo, frutas, nos aguardava:

- Eu estava pensando em passar uns dias por aqui, mas depois que vi tudo o que a Amanda havia preparado, acho até que não será necessário…

Encarei-a sem acreditar naquilo e meu pai a convenceu de que realmente não haveria necessidade e que se ela ficasse, falaria mais que matraca e não me deixaria descansar em paz. Sentei-me numa cadeira lateral, mas a Amanda foi para trás daquela na cabeceira da mesa e a puxou, olhando-me e esperando que eu tomasse o meu lugar de costume. Fui até lá e me sentei, não que isso fizesse diferença alguma, pois ela não obedecia a ninguém, talvez nem a ela mesma. Ela foi se assentar à minha direita, se bem que, naquele momento, ela podia ser tudo, menos o meu braço direito, pois a minha confiança nela havia se esvaído.

Amanda também fez questão de me servir e fingi naturalidade enquanto comíamos, mas até um cego veria que tudo ali era muito artificial. Assim que terminamos de comer e não nego que os quitutes estavam muito saborosos, ela e minha mãe foram lavar a louça e arrumar a cozinha. Voltamos eu e meu pai para a sala e ficamos calados, lado a lado, assistindo um noticiário qualquer. Logo, minha mãe retornou, eles se despediram e foram embora. Amanda quis tomar o rumo da nossa suíte, mas pedi que ficasse:

- Senta! - Falei, autoritário e seco.

Ela obedeceu:

- Explique-se!

- Não tenho o que falar…

- Depois do que eu vi, você só tem a me dizer que não tem o que falar!? - Insisti.

- Não tenho... Desculpa.

Insistir seria em vão. Então, disse um simples e seco ok, e rumei para a nossa suíte, mas assim que cheguei sob o batente, as imagens voltaram fortes em minha mente e cheguei até a cambalear. Tudo estava limpo, organizado, perfeito para qualquer um que visse, mas para mim, eu só via um chiqueiro, um lamaceiro, sujo e fétido da pior espécie. Peguei uma muda de roupa e fui tomar um banho, levando comigo um banquinho de plástico. Senti-me embaixo do chuveiro e fiquei um tempão, tentando aliviar a tensão e entender o ininteligível:

- Amor!? Está tudo bem aí? - Amanda perguntou depois de sei lá quanto tempo.

- Só estou tomando um banho. Me deixa em paz, caralho! - Foi a minha única resposta.

De repente, ali embaixo d’água, surgiu um nome que poderia me explicar porque a Amanda, antes uma mulher prendada, perfeita em cama, mesa e banho, havia se tornado uma megera tão desalmada e sem limites. Decidi que a procuraria já no dia seguinte, sem falta.

Após o meu banho, fui dormir no quarto de hóspedes para a surpresa da Amanda e simplesmente expliquei:

- Nunca mais eu durmo naquele quarto, naquela cama. Não existe mais lugar para mim lá.

Seus olhos novamente se encheram de lágrimas, mas ela não contestou ou sequer pediu explicações. Ela sabia o motivo e não contestaria a minha decisão. O cansaço do ambiente hospitalar me abateu e dormi bem demais em um local somente meu. Tive a impressão de ter visto um vulto me visitando durante a madrugada, mas o sono era tanto que podia ser somente impressão.

No dia seguinte, tomei meu café da manhã sozinho e quando ela chegou na cozinha me perguntando por que eu não a havia esperado, nem respondi, apenas a olhei de relance com um olhar frio e distante. Saí sem dizer para onde, mas em menos de trinta minutos, eu estava estacionado em frente à uma casa bem conhecida, a de sua mãe, Siriana. Apertei a campainha e fui atendido por ela que, surpresa e na sequência ansiosa, não se furtou em olhar para todas as direções, tentando localizar a filha. Inexitosa, olhou-me bastante triste e perguntou, agora temerosa de um mal maior:

- Aconteceu alguma coisa com a Amanda, Maurício?

- Não, nada. Bom, com ela nada.

- Não estou entendendo…

- Nem eu! Por isso, vim aqui, preciso conversar com a senhora para tentar entender.

Surpresa era o mínimo que eu podia dizer de sua expressão, mas ela me convidou para entrar e o fiz. Fui conduzido até a cozinha e ela me serviu um café preto, forte e sem açúcar, do jeitinho que eu gosto. Quando ela se sentou e me encarou, entrei de sola:

- A Amanda me traiu, aliás, ela vem me traindo faz tempo com um sujeitinho que não vale nada. Flagrei ela em nossa casa há alguns dias e…

- Foi por isso que você infartou? - Ela me interrompeu, surpresa.

- Uai! Mas como a senhora sabe?

- E quem não saberia!? Moramos num ovo de cidade, homi!

- É… Então! Bom, isso não interessa, dona Siriana. A Amanda nunca me contou muita coisa do seu passado, só que teve uns namoros, mas… - Era constrangedor jogar na cara dela uma certa realidade, mas seria necessário: - E vários desentendimentos com a senhora por causa do Juvenal e…

Ao citar esse nome, vi uma surpresa se estampar em seu rosto e tudo o que eu não precisava era arranjar uma briga, um novo desentendimento naquele momento. Então, olhei em volta e perguntei:

- Ele está aí?

- Não, pode ficar tranquilo. A gente já não está junto há um bom tempo.

- Ah! Sinto muito…

- Eu não! Aquele miserável fez muita coisa errada, pelas minhas costas. - Disse e suspirou fundo, transparecendo um arrependimento sem igual: - Inclusive, hoje, vejo que algumas coisas que a Amanda dizia podem ter sido verdade…

- Que ele dava em cima dela? Eu sei dessa história também. - Antecipei, olhando seu semblante ficar constrangido de imediato: - Sei também que a senhora nunca acreditou nela e, de certa forma, a culpava.

- Foi isso que ela te contou?

- Foi, uai! Por quê? Tem mais?

Ela colocou o cotovelo do braço esquerdo sobre a mesa e escondeu a boca com a mão, me olhando por um breve tempo. Depois, olhou e segurou a sua xícara com as duas mãos e notei que tremiam levemente. Por fim:

- Ela não te contou tudo. Tem mais sim. Bem mais…

A partir daí ela começou a me falar de como era a vida delas antes da chegada do Juvenal, de sua chegada e de como Amanda mudou depois de um tempo da convivência com ele. A cada nova revelação, meu estômago revirava e o ódio que eu tinha pela minha mulher começou a se transformar em pena por imaginar o que ela pode ter passado nas mãos daquele animal, sem conseguir o mínimo de proteção da própria mãe. Transtornado, comecei a atacar a inércia da dona Siriana e ela, em lágrimas, tentava se justificar:

- E o que eu poderia fazer? Eu amava aquele desgraçado! Amava!? Acho que ainda amo. Só que ele desgraçou a minha vida e pelo jeito a da minha filha também.

- Você é a mãe dela! Deveria ter ouvido sua filha quando ela lhe pediu ajuda, no mínimo, ter desconfiado do Juvenal. Você negou o benefício da dúvida para a Amanda, para a sua filha! Como pode ser tão insensível, cega ao acontecia dentro da sua própria casa?

- Eu não sei se tudo o que ela falou realmente aconteceu, mas hoje, eu acredito que pode ter acontecido. Sei lá, na época eu pensava que pudesse ser ciúmes do meu relacionamento com o Juvenal. Depois, pensei que ela pudesse estar querendo o meu lugar. Depois… - Começou a chorar e após um tempo, complementou: - Ah, se arrependimento matasse…

Ela voltou a chorar e assim ficou por um tempo. Nada parecia ser inventado, nada parecia ser forçado. Ela realmente parecia sincera na narrativa e nos sentimentos:

- Poxa vida! Onde eu fui amarrar o meu burrinho?... - Resmunguei num certo momento.

- Não, não fala assim! Você foi a melhor coisa que aconteceu na vida da Amanda, a melhor! E nunca duvide disso! Se não fosse você ter surgido e praticamente resgatado a minha filha daquele… daquele animal, eu não sei o que teria sido dela.

- Nu! Grande consolo… - Zombei de sua colocação, ácido e machucado como eu estava: - A senhora simplesmente transferiu um problema para mim. Logo para mim que entrei de gaiato, totalmente inocente no meio dessa lama toda.

Ela mudou de cadeira e se sentou bem próximo a mim, segurando forte em meu braço e depois em minha mão. Olhou então no fundo dos meus olhos:

- Minha filha te ama demais, Maurício. Você está magoado, machucado e com toda razão, por isso não consegue enxergar, mas não duvide do amor dela.

- Ah tá…

- Acho que você não sabe, mas numa de nossas últimas, talvez a última conversa, quando ela me jogou na cara tudo de mau que eu havia feito por não tê-la defendido, e disse que estava indo embora para se casar com você, eu vi no fundo dos olhos dela um amor que eu nunca tive para mim. Ela te ama, te venera, de verdade, e eu não entendo por quê ela fez isso com você.

Balancei negativamente minha cabeça, com lágrimas nos meus olhos, porque eu realmente amava demais a Amanda, mas era realmente difícil de acreditar que me amasse da mesma forma. A dona Siriana me pediu que esperasse porque queria mostrar algo, levantando-se em seguida. Sumiu dentro de sua casa e voltou em questão de minutos, trazendo um porta retrato grande:

- Você sabe que ela não me convidou para o casamento de vocês, né? Acho que acompanhou tudo…

Balancei afirmativamente minha cabeça e ela continuou:

- Pois é, mas eu fui. Fui e tirei duas fotos sem ela saber. Ó…

Entregou-me nas mãos não um, mas dois porta-retratos. O primeiro era de uma foto tirada da porta principal da igreja, bem distante, das minhas costas e da de Amanda em frente ao altar do Santuário, bem bonita até; o outro, de uma foto mais próxima, pegava a lateral do rosto de Amanda e parte do meu. Amanda sorria lindamente naquele momento e era uma alegria genuína, ninguém poderia fingir aquilo, nem mesmo ela. Quando lhe devolvi os porta-retratos, ela os abraçou com uma vontade tão grande que pensei que fosse quebrá-los:

- Desculpa ter feito isso, mas eu precisava ver a minha filha. Ela estava tão linda…

- É… - Concordei, mas pigarreei na sequência: - Por que a senhora não se reaproxima dela, dona Siriana? Sei lá, tenta conversar, pedir perdão… Explica o seu ponto de vista.

- Ah não! Eu tenho medo de atrapalhar. Nunca quis o mal dela, mas reconheço que poderia ter agido diferente, em muitas coisas mesmo…

- Atrapalhar o quê, exatamente? Nosso casamento acabou! Acho até que seria bom a senhora se aproximar, porque ela vai precisar de apoio.

Ela tentou me fazer desistir e usou vários argumentos, mas não seria ela, nem ninguém que tomaria aquela decisão por mim. Antes de me despedir, perguntei se poderia tirar uma foto daquelas fotos, mas ela retirou duas cópias menores de uma caixinha e me entregou. Apesar de haver tanto a ser dito, decidi que seria melhor não insistir, na reaproximação ou na minha sanha de culpá-la pelo trauma da Amanda e… Trauma! E se fosse esse o caso? E se a Amanda tivesse desenvolvido algo por figuras do tipo do Jurandir, do Juvenal? Aliás, não dava para negar que ambos eram bastante parecidos, tanto fisicamente, quanto na limitação intelectual e moral. Mas eu não tinha ainda elementos suficientes para nada, nem para decidir qual caminho seguir, nem mesmo para ajudá-la, caso ela aceitasse alguma forma de ajuda.

Retornei para casa e a encontrei solitária, sentada à mesa da cozinha, olhando para o nada, perdida em pensamentos, talvez arrependimentos. Sentei-me ao seu lado e me servi de uma xícara de café. Ela, vez ou outra, me olhava de soslaio, intrigada por eu estar ali. Enquanto eu bebia, empurrei em sua direção as fotos que ela olhou surpresa e sem nada entender. Decidi entrar de sola no assunto:

- Fui conversar com a sua mãe…

Seus olhos se arregalaram e ela se levantou, tomando uma posição ereta e me encarou, surpresa e perdida ao mesmo tempo:

- Mas… Mas como!? Por que? O que aquela megera te contou?

- Pode parar, Amanda, senta aí, caralho, e vê se fica calma! Fui tentar entender porque você age dessa forma. Sei lá, porque enfiou a gente nessa desgraceira toda. Talvez ela seja a única pessoa que te conheça melhor do que eu e pudesse me dar uma luz, um rumo.

- Ah, Maurício, que merda você fez…

- Merda nenhuma! Tivemos uma boa conversa e ela me contou um tanto de coisa. Inclusive, algumas histórias do Juvenal, que…

- O que ela te falou sobre aquele merda do Juna!? - Ela me interrompeu, irada.

- Juna!?

- É! É o jeito que aquele preto, velho e asqueroso me obrigava a chamá-lo. Por quê?

Não respondi, mas até aí a coincidência era grande. Jurandir, o velho, o negão, virou Jura; Juvenal, outro negão e também velho, virou Juna; e apesar de eu não poder dizer que o Jurandir seja asqueroso, honesto ele não era, tanto que na primeira oportunidade que teve, transou novamente com a Amanda, inclusive trazendo mais um. Acabei não respondeu a sua pergunta, mas decidi escarafunchar pelas beiradas:

- Sabia que eles não estão mais juntos, já há algum tempo?

- Não sabia e não me interessa!

- Tá… - Eu queria ser cirúrgico nas palavras, mas minha dor me tornou deveras objetivo: - Por que você nunca me contou que o Juvenal te estuprou e te obrigava a dar para ele e para os amigos dele quando sua mãe não estava em casa?

Ela me encarou surpresa e branca, colocando as mãos sobre a boca:

- Por que também não me contou que abortou algumas vezes, Amanda!? Por quê isso!?

- Eu… Eu… Eu… - Começou a gaguejar, puxando o ar com dificuldade e cheguei a pensar que ela fosse passar mal, mas no final, gritou, já se levantando da mesa: - É mentira dela, Maurício! Não vê que ela quer que a gente se separe?

- Olha, ou é verdade e talvez um trauma justifique a forma como você agiu comigo, ou você é a pior pessoa na face do planeta. Em que eu devo acreditar?

Ela se calou e ficou me encarando por um instante, mas logo destemperou de vez, chegando a dar um tapa na mesa e se levantou novamente:

- Isso não é problema seu! Já passou, acabou. Acabou! Eu não quero lembrar mais disso.

- Senta. - Falei de uma forma seca e decidida.

Ela não se sentou e deu dois passos para trás, tentando fugir da conversa, mas ninguém, nem ela, nem mesmo Deus, me interromperia naquele momento. Tá! Deus interromperia facilmente, bastaria dar outro infarto mais forte que o presenteado há dias, mas fora ele, ninguém:

- SENTA! - Gritei, agora batendo eu com a mão fechada na mesa.

Amanda arregalou seus olhos, pois eu nunca havia gritado com ela antes em todos esses anos de convivência. Sentou-se, então, ressabiada comigo e eu insisti:

- Não sou um especialista, mas acho que tudo o que você passou, tem a ver com o que está acontecendo hoje?

- Acontecendo? - Resmungou baixinho.

- Sim, Amanda, acontecendo! Suas traições, a sua falta de consideração comigo, de honestidade, de cumplicidade, tudo! Ou você acha normal fazer o que você vem me fazendo?

Ela fechou os olhos e suspirou profundamente. Na sequência, balançou a cabeça em silêncio, negando algo para si mesma e só voltou então a me encarar:

- Naquele dia, eu não esperava encontrar o Jurandir. Ele veio bater aqui em casa com o… o… acho que é Fernandinho o nome do outro, sei lá, só sei que é um “chapa” que o tem ajudado a fazer carga e descarga no caminhão. Bem, ele veio aqui e disse que você o tinha mandado, porque andava muito preocupado comigo, pois havia descoberto que eu tinha um caso com um bam-bam-bam da cidade.

- É, eu liguei mesmo! Só que depois que tivemos aquela conversa e você me explicou tudo, eu dispensei o Jurandir. - Expliquei e tomei uma golada do meu café: - Ah, e eu nunca falei para ele vir aqui em casa. Isso é mentira dele!

- Eu acredito em você! Pela cara que você fez quando nos pegou naquele dia, eu tenho certeza de que ele me enrolou. - Ela concordou, respirou fundo e pegou a minha xícara, tomando o restante do meu café: - Então… Naquele dia, eu fiquei surpresa, mas o recebi, não tinha porquê não o receber e como ele me disse que vocês haviam conversado, menos ainda. Fomos os três até a cozinha e servi um café com bolo para eles. Só que…

Ela se calou nesse momento, talvez constrangida e eu a encarei:

- Só que!?

- Não sei! Teve uma hora que me deu uma quentura enquanto eu conversava com ele encostada na beira da pia da cozinha e tive meio que um apagão. Quando dei por mim a gente já estava se beijando e o outro nos encarando com olhos arregalados, mas lembro do Jura dizer algo do tipo: “Te falei que pegava fácil essa safada! Sabia que ela não ia resistir ao preto véio dela e hoje vai poder até experimentar um preto novo também.”

- Porra, Amanda, e como você não faz nada!? Achou mesmo que eu tinha compactuado com isso depois de tudo o que aconteceu?

- Achei e não achei, sei lá! Eu estava perdida, ainda chateada pelo que havia acontecido no dia anterior, e ele me beijando, bolinando… Só sei que, quando vi, já estávamos os três pelados e eles se esfregando em mim como cachorros no cio ali na sala. Foi onde tudo começou a desandar, porque aí perdi a cabeça e mergulhei de vez.

Eu a olhava sem acreditar na forma como ela contava, parecendo ter prazer e dor com as lembranças, algo totalmente inesperado para mim. Ela não parava:

- Daí, depois da primeira, o Jura me jogou no ombro, como se eu fosse um saco de batatas, e me levou para o quarto, com o outro atrás da gente, olhando para mim como um tarado e punhetando o pau sem parar. Ali em nossa cama, voltamos a transar e transamos pra valer, várias vezes, de tudo que é jeito. - Suspirou novamente chateada, mas agora com a situação: - E antes que você pergunte, eu dei o meu cu para ele sim, para ele e para o Fernandinho, várias vezes…

- Guarde os detalhes para você! E só para constar, eu vi que você deu o cu para ele, inclusive, sem camisinha, de novo.

- Cê tá preocupado com camisinha, Maurício!? Porra! Essa é uma coisa que eu ainda não entendi. Por que esse estresse todo se naquela vez, lá no começo que eu te falei que havia transado sem, você até me chupou! Por que isso agora?

- Já te expliquei: risco de doenças! E naquela vez, eu… eu, sei lá! Acho que eu devia estar bêbado, não me lembro direito. - Falei, despistando.

Aliás, essa realmente havia sido uma falha minha, mas naquele dia em específico, eu me lembro bem que estava tomado por um tesão que sequer eu entendia e acabei fazendo aquilo. Mas só Deus sabe os dias de tensão que passei depois, com medo de ter me contaminado com algo daquele infeliz. Por sorte não me contaminei, nem eu, nem ela, mas o erro já tinha sido feito e aprendi; ela aparentemente não:

- O Jurandir chegou a falar que você tinha um tal “tesão de corno” quando falei que você tinha me chupado depois de eu ter transado com ele…

- Você contou para ele!? Você só pode estar louca, Amanda? Porra!

Ela suspirou fundo e fez um simples meneio de cabeça, confirmando ter falado. Decidi não dar sequência nesse assunto porque em nada ajudaria a resolver o nosso problema:

- Tá! É o seguinte, não dá para a gente continuar do jeito que está. Você não está normal, disso eu tenho certeza, ou isso, ou você é a pessoa mais degenerada, falsa e hipócrita que existe na face da Terra, mas eu prefiro acreditar que não me enganei tanto a seu respeito nesse tempo todo.

Ela me ouvia cabisbaixa, sem nada dizer:

- Quero que você procure ajuda, exijo isso! Vá atrás de um psicólogo, psiquiatra, terapeuta, quem você quiser, mas eu exijo isso.

- Eu não quero, Maurício. Não preciso que mais ninguém saiba disso.

- Tudo bem! Tudo bem... Se é o que você quer, então faça suas malas e procure um advogado, porque não vamos mais continuar juntos.

Certamente ela acreditou em minhas palavras, pois começou a chorar, se levantou e foi se trancar em nossa suíte. Infelizmente, eu já havia tomado a minha decisão e esperava que ela tomasse a melhor para ela. Não a vi mais nesse restante do dia e no seguinte ela me avisou que não trabalharia. Eu trabalhei normalmente, na medida do possível e almocei fora para não encontrá-la. À tarde, quando retornei, ela havia ido embora e dessa vez levando praticamente todas as suas roupas e artigos de uso pessoal, inclusive, seus vibradores. Obviamente ela escolheu o caminho mais fácil e eu sabia bem com quem ela estava. Só me cabia desejar que fosse feliz.

Os dias se passaram e os dias viraram semanas, que viraram meses. Já contava três ou quatro de sua saída quando recebi a visita da dona Siriana que imaginei estar preocupada com o sumiço da filha:

- Como é que é!? Explica isso direito, dona Siriana… - Pedi enquanto eu lhe servia uma xícara de café.

- É isso mesmo, ela tá em casa! Só que não fica direto. Dorme alguns dias, some em outros, chegou a passar uma semana fora e depois me falou que estava com um tal de Jurandir, acho que é esse o nome…

- É sim, o cara com quem ela me traiu. - Expliquei.

- Eu o conheci e esse até não parece ser tão maldoso, Maurício. O problema é que a Donana, uma comadre minha, veio me contar que soube de Estelinha Vieira, que é sua prima, que soube do Tonhão do Gás, marido de sua cunhada Fernanda, que viram ela junto do Juvenal num boteco no Cantagalo.

- Tá de brincadeira!?

- Não! Eu até gostaria de estar, mas não tô não. Você precisa ajudar ela, Maurício, eu não tenho mais a quem recorrer. Eu sei que se você pedir, ela para. Acho que só você consegue.

- Dona Siriana, eu pedi para ela procurar ajuda, mas ela recusou. O que mais eu posso fazer? Não posso amarrá-la, jogar no porta mala e depois desovar num sanatório!

- Vamos os dois então! Ela está em casa agora, dormindo. Voltou de madrugada, altas horas ontem, e sei que não tava com o tal do Jurandir…

Mesmo a contragosto, resolvi ajudá-la com a Amanda. Liguei para a doutora Cristina e pedi uma indicação, explicando por cima a situação da Amanda e ela me passou o contato da doutora Laura, uma psiquiatra que atendia duas vezes por semana em nossa cidade. Ela me pediu para aguardar que ela ligaria e explicaria, e pediria para ela me retornar. Expliquei para a dona Siriana a situação e aguardamos minutos que pareceram horas, mas realmente ela me retornou, se apresentou e explicou o que precisava ser feito naquele momento:

- Mas e se ela não quiser ir?

- Traga ela! Caso não consigam, me liguem e eu mandarei uma ambulância com enfermeiros. O importante é que ela seja trazida ainda hoje, porque tudo indica um quadro profundo de depressão e se for esse o caso, todo minuto faz uma diferença enorme.

Desliguei e seguimos para a casa da dona Siriana naquele mesmo instante. Assim que entramos, ela me falou:

- Vai você primeiro. Tenta conversar com ela. Eu fico aqui na porta, se ela tentar algo contra você, eu entro e ajudo, nem que tenha que dar umas chineladas nessa menina.

Mesmo ressabiado, concordei. A porta do quarto estava destrancada e a abri em silêncio. Dentro, a luz que entrava pela janelinha simples de vidro, clareava o ambiente. Um passo adentro e notei que ela dormia profundamente, mas o que me espantou de verdade foi ver um cenário de total abandono e desleixo: roupas jogadas para todos os lados, amassadas e meio sujas, restos de embalagens de comida e bebida, algumas alcoólicas, enfim, ela parecia ter desistido de tudo. Voltei minha atenção para ela e apesar de dormir, notei que não era um sono tranquilo. Ela parecia ter alguns tiques nervosos, dando mesmo pequenos saltos, enquanto tentava se agarrar a um travesseiro numa posição fetal.

Aproximei-me de vez e me sentei numa beirada da cama. Alisei os seus cabelos suavemente e tive tão boas recordações, mas várias más também. Decidi focar no que precisava ser feito e me aproximei de seu rosto:

- Amanda… Psiu! Amanda… - Falei ainda baixinho.

- Huummm… Mau… rício… Só mais um pouquinho. Já, já eu levanto…

“Pelo menos, está sonhando comigo.”, pensei e sorri para ninguém naquele momento. Na verdade, acabei achando graça e comecei a rir sozinho. Só depois de alguns segundos, voltei a encará-la e vi que ela me olhava espantado de baixo para cima:

- Oi, loirinha. - Falei, ainda sorrindo.

Ela firmou a visão na minha direção, apertando os olhos como se duvidasse dos próprios olhos:

- Maurício!?

- Uai! Esse é o meu nome. Prazer… - Brinquei.

Não deixei de sorrir um segundo sequer, tentando passar alguma tranquilidade e leveza para aquela situação tão delicada e o que veio a seguir certamente eu não esperava. Ela levou uma das mãos tapando os olhos e falou:

- Nu! Eu não devia ter bebido aquele trem! Tô começando a ver coisas… Só posso estar delirando, tem outra explicação não, uai!

Não aguentei e voltei a rir. Ela tirou as mãos do olho e se sentou sobre a cama, olhando-me como se eu fosse um fantasma. Então, encostou uma mão em minha perna, depois em meu peito e, por fim, em meu rosto:

- É você mesmo!?

- Uai, sou! Estou tão diferente assim?

Lágrimas brotaram de seus olhos e desceram por sua face. Então, ela se jogou sobre mim, agarrando o meu pescoço como se não me visse há uma vida de tempo. Deixei que chorasse, aliviar a alma facilitaria a nossa conversa. Depois de um tempo chorando em meu ombro, ela se afastou, voltando a ficar sobre a cama e enxugou as lágrimas:

- Não preciso de piedade. Vai embora!

- Eu vou, mas não volto. É isso mesmo que você quer?

Ela me encarou e seus olhos responderam. Não há necessidade de palavras para um coração que sabe falar e outro que sabe ouvir, e eles se comunicavam maravilhosamente bem. Tive vontade e toquei em seu rosto, já sem toda a vida e brilho de outrora, mas ainda era ela e poderia voltar a ser, caso ela quisesse:

- Precisamos conversar… - Falei.

Abri o jogo e expliquei que estávamos preocupados com a vida que ela vinha levando, tanto eu quanto a sua mãe. Depois, entrei na parte técnica do assunto, mesmo não o dominando, e contei tudo o que a psiquiatra me pediu que contasse para ela:

- Eu não sou louca…

- Ninguém está dizendo isso! Só que você está se destruindo aos poucos. Não pode continuar assim, principalmente se envolvendo com pessoas do tipo do Juvenal, do Jurandir…

- Há! O Jurandir… - Ela resmungou.

- O que tem ele?

- Vocês e ele são os únicos que parecem se preocupar comigo. Sabia que ele tenta me convencer toda a vez que a gente se encontra a procurar ajuda? Acho que até ele pensa que eu não tô certa das ideias…

- Pensa assim: eu, sua mãe e ele, já somos três, pensando desse jeito. Será que não temos uma certa razão?

- Ah, Maurício, o que eu faço? - Perguntou, olhando para mim, mas sempre apertando os dedos das mãos, fechando o punho.

- Deixa… a gente… te ajudar! - Falei, pausadamente: - Eu já combinei tudo com a médica. Se você vier comigo, vou te levar lá e ela vai te explicar tim-tim por tim-tim como você pode sair dessa. Só depende de você.

- Você vai ficar comigo lá?

- Eu vou te levar. Acho que eu não posso ficar na sessão. - Falei e ela se entristeceu, mas eu expliquei: - Vou junto! Se puder ficar, eu fico, senão eu aguardo na sala de espera.

Ela ficou em silêncio, olhando por sobre o meu ombro e só então notei que sua mãe observava e ouvia debaixo do batente da porta do seu quarto a nossa conversa. Ela mordia os lábios, respirava profundamente, olhava para a gente e para o nada, e depois de um bom tempo, falou:

- Eu posso tomar um café antes? Tô com fome…

Nunca vi uma mulher ficar tão feliz em servir um café na sua vida como ficou a dona Siriana. Ela saiu saltitante e foi arrumar da melhor forma que podia uma mesa de café. Enquanto isso, pedi que a Amanda fosse tomar um banho e se arrumar para irmos. Nesse meio tempo, a dona Siriana decidiu fazer um “bolo ligeiro” e só entendi o porquê do nome quando ficou pronto em menos de trinta minutos. Amanda já havia saído do banho e colocado um vestido floral, longo e simples, e aguardava ansiosa do meu lado. Aliás, ela não tirava os olhos de mim, nem eu dela:

- O que foi? - Ela me perguntou num certo momento.

- Podia passar um batonzinho, né? - Falei e para melhorar ainda mais sua autoestima, brinquei: - Sei que você é uma moça bonita, mas um tapinha na peteca nunca é demais!

Ela riu e foi fazer uma maquiagem bem suave, quase imperceptível, apenas para esconder marcas do tempo de seu rosto e passou um batom, de um tom pouco mais escuro que seus lábios vermelhos:

- Está bom assim, moço?

- Quase… - Falei, levantando-me e indo em sua direção.

Peguei então um elástico de cabelo e prendi os dela num rabo de cavalo baixo, próximo a sua nuca, colhendo um lindo sorriso dela. Enfim, tomamos um café com bolo e, saciados, fomos até a clínica em que a doutora Laura já nos aguardava, avisada por mim via WhatsApp.

Foram meses de tratamento, montanhas de medicamentos e um diagnóstico que não entendi muito bem, mas que envolvia alguma coisa relacionada a um trauma decorrente do estupro inicial, que acabaram se transformando em violações consentidas por ela como uma forma de autodefesa própria e da mãe, que era sempre ameaçada por tabela pelo Juvenal, e também decorrente dos pelo menos três abortos a que foi obrigada a se submeter por aquele animal. Além disso, ela acabou desenvolvendo uma sexualização precoce e engatilhada a figuras parecidas com a do seu agressor, o que justificaria seu interesse pelo Jurandir. A doutora Laura também explicou que, com o casamento, Amanda conseguiu bloquear os efeitos nocivos do trauma, mas que nunca deixou de ser ansiosa (isso é uma verdade!), mas o contato com o Jurandir serviu como um gatilho para ativar a libido sexual permissiva e sem limite dela. Por fim, nossa separação inverteu o que antes era ansiedade para uma depressão severa com comportamentos autodestrutivos.

Como parte de seu tratamento, acabei tendo de participar de algumas sessões e descobri que eu próprio havia desenvolvido um quadro de ansiedade ou depressão, nunca entendi direito a diferença um do outro, mas lembro-me de uma explicação da médica que me marcou bastante: “Ansiedade é excesso de preocupação com o futuro; depressão é excesso de preocupação com o passado…”. Tomei medicamentos também, por pouco tempo, mas o maior problema foi ter que participar ativamente das sessões da Amanda, nos quais ela chegou a relatar com uma impressionante qualidade de detalhes, o seu envolvimento com o Juvenal e depois com o Jurandir. Claro que eu ficava constrangido, e muito, mas entender o quadro dela serviria como base para eu superar o meu próprio trauma, dizia a doutora Laura.

Como sugestão para potencializar o tratamento, Amanda e sua mãe vieram morar em minha casa, o que acabou sendo bom para todos, pois cuidamos uns dos outros, mas principalmente, dona Siriana pode cuidar de Amanda, o que as reaproximou. Entretanto, um mês e pouco depois, a dona Siriana inventou uma desculpa de ter que cuidar do gato da vizinha e nos deixou. Mesmo dormindo em quartos separados, evitar uma mulher linda com Amanda não era fácil e acabei sucumbindo semanas depois, o que se tornou uma rotina quase diária, porém seguimos dormindo em quartos separados.

Certa feita, em uma sessão a sós com a doutora Laura, perguntei-lhe porque eu deveria continuar vivendo com Amanda, pois eu já não me sentia tão bem:

- Maurício, eu já notei que você não nutre o mesmo amor por ela, mas ela te ama demais! Reconhecer estar doente já foi um passo e tanto no tratamento dela, mas ter um objetivo de vida… isso é o que certamente a moverá para a cura, e ela tem a esperança de que poderá te reconquistar. Não tire isso dela.

- Mas… Doutora! Realmente eu não sei se iremos continuar juntos. Então… O que a senhora quer exatamente? Que eu minta para a Amanda?

- Não! Quero apenas que você omita isso por enquanto. Dê a chance dela se tratar e se fortalecer, e eu irei preparando ela com o tempo para aceitar as consequências de suas escolhas. Agora entenda que nem tudo que ela fez foram escolhas conscientes. Muito de tudo que ela te impôs foi decorrente do trauma, eu já te expliquei isso, não foi?

- Foi, mas… não é fácil! Além disso, a senhora ouviu o que ela falou do Jurandir na última sessão, não ouviu?

- Ouvi... - Respondeu, meio encabulada.

- E acha isso justo comigo?

- Não, não acho, mas se te incomodou tanto ela falar que sente saudade dele, do sexo que tinha com ele, você já não parou para pensar que talvez você ainda tenha um certo amor guardadinho aí dentro do peito? Pensei nisso.

- Independente disso, doutora, ela falou claramente que gostaria de transar com ele, falou na nossa cara!

- Sim e acredito que ainda seja um reflexo do trauma, mas pode ser também um indicativo de decisão racional dela, uma vontade livre e espontânea de viver aquela situação.

- Me trair de novo? Que ela quer me trair, conscientemente?

- Não, Maurício, de que simplesmente ela tem um viés liberal, e que quer explorar isso, ué! - Ela balançou graciosamente a cabeça em negação e depois deu um sorriso quase malicioso: - Além disso você também chegou a confessar que achou prazeroso certa feita esse compartilhamento dela com ele, não foi?

- A senhora quer dizer que eu tenho, como foi que o Jurandir disse para ela uma vez… Ah é: “tesão de corno”. É isso?

- Talvez!? Não julgo ninguém, Maurício. Se isso der prazer para vocês, que mal tem?

E foi assim que o meu calvário começou… Por “indicação clínica”, Amanda se reaproximou do Jurandir. No início, um simples café. Depois, encontros uma vez só por semana, por minutos, depois por horas e no fim ele já pernoitava em certos finais de semana em nossa casa.

Nada como um fim de semana daqueles para acabar com a minha paz de espírito e aquele não seria diferente. O Jurandir, autodenominado “dono” da minha esposa numa brincadeira sem graça alguma, viria passar mais um fim de semana em nossa casa. Nesses fins de semana, eu não tinha sossego e muita das vezes, para evitar um confronto, eu saía de casa, simplesmente deixando-a para os dois “pombinhos”. Isso quando eles não davam um jeito de me incluir, transformando-me quase numa espécie de mordomo para satisfazer todas as vontades dele e dela. E agora estava eu, quase às 19:00, parado em um Posto de Gasolina fora de nossa cidade, aguardando ele chegar. Naturalmente, eu estava apreensivo, chateado, com raiva mesmo, até que vejo um caminhão já conhecido entrar na área do posto e manobrar.

Ele desceu e veio até o meu carro, entrando. Em silêncio, seguimos até minha casa, onde tudo se repetiu: jantar, falsas demonstrações de cordialidade, sexo até altas horas da madrugada aos berros e coices na parede de casa (parece que faziam aquilo para me desabusar!) e, terminada mais uma sessão de tortura, para mim é claro, eu o levava novamente para o posto, onde ele ficava sem sequer se despedir, a única parte boa da noite, pelo menos para mim. Só não posso negar que quando em voltava, a Amanda se tornava a mulher mais maravilhosa da face da Terra e se desdobrava para me fazer feliz, realizando todos os meus desejos, até os mais insanos e inusitados, sem pestanejar, tudo como uma forma de compartilhar comigo a sua felicidade. Ah, se ela soubesse como isso não bastava…

Entretanto, com o passar do tempo, notei uma certa mudança na Amanda, mas só com relação a ele, pois os encontros começaram a ficar mais esporádicos, de semanais passaram a ser quinzenais e nos últimos tempos eram mensais e muitos só realizados a pedido dele. Inclusive, num final de semana, agora não me lembro qual, a Amanda, durante um jantar entre nós três, explicou que não estava gostando da forma como ele vinha me tratando e exigiu que ele mudasse, ou…

- Ou o quê, branquinha!? Certeza que cê guenta ficar longe do seu véio? - Ele falou, todo cheio de si, alisando o pau por sobre a calça.

- Quer arriscar!? - Ela retrucou em alto e bom som, segura e senhora de si: - Homem eu já tenho, Jurandir, um ótimo por sinal, muito melhor que você, e outro como você, se eu quiser, arrumo aos montes.

Nesse dia, apesar dele pernoitar em nossa casa, a transa foi curta, rápida, acho que deram umazinha só. Depois, ela foi se banhar e veio se deitar comigo. Estranhei o acontecido e perguntei o que havia acontecido. Ela só disse um simples “nada”, me beijou e se aninhou no meu peito, dormindo rápido. Ele foi embora no dia seguinte bem cedinho, sem tomar café sequer, chateado com algo e sem se despedir de ninguém, o que era mais estranho ainda, pois ele fazia questão de beijar sua boca e alisá-la toda na minha frente quando se despediam.

No meio da semana seguinte, durante o nosso jantar, ele ligou para a Amanda. Ela o atendeu no viva voz, na minha frente e ouvimos, com certa surpresa, um pedido de desculpas dele, além de um compromisso de mudança. Inclusive, perguntou se não poderíamos pernoitar em nosso sítio no final de semana, como já havíamos feito outras vezes, pois era fora da cidade e muito mais discreto. Ele disse que queria muito fazer uma surpresa que certamente agradaria “por dimais a sua branquinha”:

- O Maurício vai poder participar? - Ela perguntou sem pestanejar e de uma forma até ríspida

- Amanda, não se preo…

Ela levantou sua mão, me interrompendo e insistiu:

- O meu marido vai poder participar, Jurandir!?

- Oxi! Se ele quisé… Acho que quanto mais mió!

Ela me perguntou o que eu achava e insisti em dizer que não fazia sentido eu participar:

- Eu preciso de você comigo! Não quero mais ter prazer e causar dor, ou aproveitamos juntos, ou paro tudo.

Aquilo era música para os meus ouvidos e quando disse que gostei da última opção, ela me cobrou:

- Pelo menos tenta, comigo, por mim, pela gente… Por favorrrrrr. - Implorou de joelhos no chão e fazendo um biquinho cômico.

- Eu não vou curtir. Tenho certeza.

- Então, será a minha última vez, mas que seja com você junto.

Concordamos com o pedido dele, mas ela disse que não poderia ser nesse final de semana que tínhamos um compromisso em família, o que me surpreendeu, pois não tínhamos, marcando então para a outra semana, dizendo que o pegaríamos no local e horário de costume. Assim que desligaram, perguntei:

- Que compromisso é esse? Não estou sabendo de nada…

- Não tem compromisso algum. Eu só quero que ele se sinta como a última bolacha do pacote.

Os dias passaram. No dia e hora combinados, lá estávamos os dois, no mesmo posto, aguardando no meu carro. Amanda estava ansiosa e mais feliz do que o de costume, tudo porque eu decidi participar. Logo, vimos o caminhão chegar, ser manobrado e estacionar. Então, desceram três pessoas. O Jurandir reconhecemos de longe:

- Fernandinho…

- Quem?

- O outro, meio molecão, é o Fernandinho. Aquele, daquele dia, do flagra…

- Ah… - Resmunguei e perguntei: - E o outro?

- Nunca vi mais gordo na minha vida. Deve ser um carona, sei lá…

Eles se aproximaram e entraram no carro, todos os três. Virei para trás e antes de perguntar, Jurandir falou:

- Bão, gente?

- Não sei se está bom, Jurandir. Que história é essa? - Perguntei fazendo um meneio de cabeça em direção aos outros dois.

- Minha branquinha disse que tinha vontade de fazer cocê, né, não? Do jeitinho que nóis fizemos lá na sua casa naquele dia do… Bão, naquele dia lá... Cê sabe! Então… convidei o Fernandinho e o Carlão que é um chegado meu, mas gente da mió qualidade. Cês pode ficá tranquilo.

Olhei para a Amanda, pronto para negar, mas ela colocou a mão sobre a minha e me pediu para conversarmos fora do carro, longe deles. Lá fora, naturalmente eu neguei, mas ela me convenceu a “deixar rolar”, pois se eu não gostasse, seria a última vez mesmo, pois nunca mais fariam algo do tipo. Aliás, argumentou que uma suruba é o sonho de toda a mulher, então talvez fosse a única chance da sua vida:

- Você está jogando alto demais, Amanda. Vai acabar sendo a sua última vez. - Falei.

- Tudo bem. Se você não curtir, eu concordo.

Combinados, voltamos para o carro e fomos para o nosso sítio. No trajeto, o único que conversava era o tal Carlão, se mostrando o mais divertido e equilibrado deles. Acabamos entrosando numa conversa divertida sobre futebol e o que não falta foram xingamentos contra a nossa seleção nacional.

De sexta para sábado, nada demais aconteceu, nada além da Amanda se exibir nua para todos a mando do Jurandir, que tentava se mostrar o maioral, o senhorio da minha mulher. Num certo momento, ele se voltou para mim e fez questão de me chamar “o manso” para os demais:

- É o teu cu, Jurandir! - Amanda o repreendeu, irada.

- Oxi, mulher, que é isso!? - Deu-lhe um tapa de leve na bunda e voltou a insistir: - Deu pra fazer falta de educação na frente dos meus amigos agora?

- Nunca mais tente humilhar o Maurício, entendeu? Nunca mais! - Gritou, dando-lhe um forte tapa na mão e foi se trancar no quarto principal da casa.

Nós nos entreolhamos surpresos, eu inclusive, pois nada até então indicava uma atitude como aquela. Ele se levantou e foi atrás dela, deixando-nos para trás. Carlão falou de imediato:

- Mancada das bravas, mano…

- Oi? - Perguntei.

- O Jura… Cara burro da caralho! Será que ele não entendeu ainda que aqui ele é hóspede e quem dá as cartas é ela? Aliás, ela e você. - Falou indicando a minha direção com um meneio de cabeça: - Desagradar um dois é dar um tiro no pé. Errou feio e…

Ele nem teve tempo de terminar sua colocação e o Jurandir retornou, mais murcho que maracujá de gaveta. Sentou-se à mesa, tomou uma golada de sua cerveja e falou para mim:

- Ela qué falá cocê.

- Comigo?

- É.

Levantei-me e fui até o quarto, batendo duas vezes na porta. Assim que ela perguntou quem era e eu me identifiquei, ela abriu a porta e me puxou para dentro, trancando-a na sequência e sob o meu olhar atônito, falou:

- Me come!

- Oi!?

- Me fode, Maurício! Fode com gosto, faz escândalo, chupa, morde, dá tapa, murro, mas mostra praquele babaca que essa mulher tem dono, e não é ele!

Resumo da ópera: transamos como dois atores pornôs nessa noite. Ela fez questão de ser a mais escandalosa possível, berrando como se estivesse morrendo no meu pau. Eu sabia que não era para tanto, mas dei o meu melhor, fodendo sem dó ou piedade e fazendo a nossa cama ranger forte. Após a minha primeira gozada, e ela já tinha gozado ou fingido pelo menos duas, ela me pediu um copo de água. Fui buscar na cozinha. Os três ainda estavam sentados no mesmo lugar, bebendo em silêncio e me encararam com olhos arregalados quando entrei, todo suado e vestido só com uma bermuda, com o pau meia bomba balançando livre de qualquer cueca. Jurandir já foi perguntando:

- Seu Maurício, a brincadeira já começou?

- Ahhhhh já, viu! Começou e começou forte.

- Bão tamém que ocê já tá quentando a nossa marmitinha… - Brincou e piscou para os amigos, que riram totalmente sem graça da piada horrível: - E quando é que nóis entra?

- Olha, Jurandir… - Bebi um copo de água e enchi outro para levar até Amanda: - Acho que vocês vão ficar de fora hoje. Ela disse que vai ficar só comigo.

- Oxi! Como é que pode isso!? E nóis? Viemo de fora! Como é que a gente fica?

Amanda chegou nesse momento, nua e descabelada, marcada por algumas tapas e chupadas, e muito sedenta, mas mais que isso, determinada:

- Cadê minha água, amor? Tenho que resfriar um pouco ou não vou dar conta de você hoje!

Estiquei o copo em sua direção e ela o bebeu todo numa golada de dar gosto, soltando aquele típico “Ahhhh!” no final:

- Branquinha!? Cê não vai aliviá nóis, não? - Jurandir perguntou.

- Aliviar!? Ah, Jura, hoje vai dar não. Tô treinando o meu… Como você disse mesmo? Ah é: “mansinho” para deixá-lo mais bravinho e vou te dizer… Nu! O homem tá numa ira de dar gosto. - Então se voltou para mim e falou, após me dar uma piscadinha: - Vem comigo, vem, meu “mansinho” gostoso. Vamos treinar mais um pouquinho…

Trancamo-nos no quarto novamente e transamos mais um tempão, alternando trepadas intensas, quase violentas, com momentos de pura paixão e amor. Ela realmente não “aliviou” para eles, nem cogitou me deixar sair do quarto. Após a minha terceira, já sentindo quase o meu pau cair, falei:

- Você vai me matar, Amanda! Já estou quase abrindo a porta para pedir ajuda aos universitários.

- Universitários aonde, Maurício!? Só tem uns bocó na sala. Acho que o melhorzinho ali é o Carlão. Esse ainda parece que tem algum conteúdo. - Falou, riu e se deitou no meu peito: - Além do mais, tá tão bãããooo…

Dormimos igual pedra, pelo menos, eu capotei quase de imediato. Na manhã seguinte, acordei com ela sentada ao meu lado, olhando para mim de uma forma preocupada:

- Exagerei, né? - Já foi falando.

- Com eles?

- Não! Com você e com ele. - Disse apontando para o meu pau que estranhamente já estava mais de meia bomba.

Eu ri da situação e ainda brinquei:

- Relaxa! Enquanto houver vida e ele estiver de pé, há esperança! Só não sei por que ele está assim?

- É que eu tava… assim… dando uma chupadinha…

Levantei-me na cama e parti para cima dela, enfiando o pau no fundo de sua garganta:

- Então, termina o que começou!

Ela própria passou a bombar sua cabeça no meu pau, mas logo a segurei pelos cabelos, tirei meu pau e lhe dei um leve tapa na cara. Ela sorriu, surpresa e mordeu os lábios, indicando ter gostado. Joguei-a de quatro na cama e passei a fodê-la forte e intensamente. Só depois de minutos, me dei conta de que a porta do nosso quarto estava aberta e os três nos assistiam de olhos arregalados. Meu pau bambeou pela platéia inesperada e ela sentiu:

- Eu abri quando fui ao banheiro, amor. Foca em mim! Fode a tua mulher!

Voltei a minha atenção naquela bunda linda e voltei a fodê-la com vontade. Daí dei uma bela chupada e uma babada no meu dedão, enfiando-o em seu cu:

- Ah, safado… Uuuuuiiii! Filho da puta! Gosto muito… - Ela gemeu.

- É!?

Tirei o meu pau de sua buceta e encaixei a cabeça em seu cu, sem prévio aviso. Ela suspirou alto e pediu para eu esperar. Esperei uns dois, três segundos e forcei passagem. Curioso, Carlão se ajoelhou aos pés da cama para assistir de perto e ela mandou que saísse:

- Espera, Amanda, deixa. Ele foi legal ontem. Acho que merece assistir dali.

- Você manda, amor. Agora… Fode gostoso a sua putinha, fode? Enterra esse pauzão gostoso dentro de mim.

Enterrei, uma, duas, inúmeras vezes, até sentir todo o seu corpo estremecer e eu ao meu próprio, explodindo num gozo dos mais fortes que já tive. Deitei-me por cima dela e ela virou o rosto, cobrando-me um beijo enquanto ainda passávamos pelos espasmos dos orgamos:

- Caralho! Eu espero ter a minha chance. - Carlão disse enquanto se levantava com uma baita barraca armada na bermuda.

- Os amigos… do meu marido… são sempre benvindos… Carlão! - Amanda respondeu, de forma entrecortada: - Agora… preciso de banho… e café… forte, beeeeem forte!

- Ouviram a moça, senhores. Caiam fora! - Falei e ainda vi o Carlão enxotar os demais.

Levantamo-nos rindo da situação e fomos tomar um banho gostoso junto. Enquanto nos ensaboamos um ao outro, ela perguntou:

- Gostou?

- De ontem, demais; de hoje, mais ou menos.

- Por que?

- Sei lá. Acho meio estranho esse negócio de transar com alguém assistindo.

- Eu acho excitante… - Ela resmungou e entrou na ducha para enxaguar a espuma: - E vou te dizer, amor, adorei transar com você na frente deles! Acho que até mais do que quando transo com o Jura…

Com aquilo, parecia que as minhas surpresas pareciam não ter fim. Seguimos com o nosso dia. Fernandinho e Jurandir decidiram pescar no lago depois de nova recusa da Amanda a um coito consentido, despistando o inconformismo com a desculpa de que queriam fazer um peixe assado. Eu e o Carlão dividimos nossa atenção entre a churrasqueira que assava algumas carnes e a piscina, onde Amanda aproveitou para se bronzear, totalmente nua:

- Cara, essa mulher é demais!

Não concordei, nem neguei, mas sorri, apenas deixando no ar a sua impressão:

- Você não curte, né?

- O que?

- Dividir a sua mulher?

- É complicado…

- É e não é! - Ele falou, chamando a minha atenção e explicou: - Eu já tive uma namorada liberal, acho que até mais que a sua esposa, Maurício. Lilian era o seu nome… Cara, a minha aprontava demais! Não podia ver uma pica ou um macho bonito que já queria sentar em cima, mas era gente muito boa…

- E por que não estão mais juntos?

- É complicado…

- Ah é, né!? Pimenta no cu dos outros é refresco, né, mané? - Brinquei e caímos na gargalhada.

- Também quero rir! - Amanda gritou da piscina.

Fomos até ela com um prato de carne e cervejas, e ele contou algumas histórias da sua namorada. Amanda parecia deslumbrada, mas teve a mesma curiosidade que eu sobre porquê não estavam juntos e quando ele respondeu que era complicado, comecei a rir novamente. Ela me olhou sem entender e eu expliquei o começo da conversa. Ela riu e depois sorriu para mim de uma forma doce, falando, por fim:

- Acho que é complicado se não houver cumplicidade... O que estamos fazendo aqui hoje não está sendo legal?

- Ruim até que não está. - Concordei, dando de ombros.

- O que não pode faltar é isso, gente: olho no olho, brincadeiras e diversão entre o casal. Nós aqui, eu, Jura e o Fernandinho somos avulsos. Nós devemos apenas ampliar o prazer de vocês, nunca roubá-lo. Entenderam?

- Ihhhh… Carinha tá querendo dar uma de entendido, Amanda! - Brinquei.

- A Lilian que me ensinou e acho que está certa. - Ele retrucou.

- Merece até um reconhecimento… - Disse Amanda, alisando a perna dele até a altura da coxa e me olhando em seguida: - Posso, amor?

Estranhamente aquilo não me incomodou tanto, mas também não me satisfazia. Então, falei que iria para a churrasqueira cuidar das carnes, mas que eles poderiam “conversar”. Voltei com o prato já quase vazio e o coração apertado, mas conclui que antes fosse com o Carlão do que com os demais. Eles ficaram conversando e notei que ela correspondia, mas também me olhava às vezes. Logo o Carlão pulou dentro da piscina, chegando mais perto dela e voltou a falar algo bem perto do seu ouvido. Então, ela concordou com algo e saiu, vindo em minha direção e me abraçando:

- Só vou se você deixar…

- Então vai, uai! Deixei… - Sorri, mas acho que não fui convincente.

- Maurício, eu não quero desentendimentos entre a gente. Você pode não acreditar, mas eu nunca me diverti tanto como hoje, e ele parece ser gente boa…

- Nisso, eu concordo.

Ela foi até a churrasqueira onde estava uma grelha com alguns bifes, um embrulho de papel alumínio com costelinha suína e três espetos. Tirou os espetos, colocando-os sobre uma bancada lateral e pediu que eu tirasse a grelha. Quando perguntei o porquê disso, ela foi bastante sincera:

- Quero você junto, aproveitando comigo.

Estranhamente até para mim, fiz o que ela me pediu e peguei mais cinco latas de cerveja. Duas eu virei ali na hora, as demais levamos até o Carlão, que agora estava sentado na borda da piscina. Sentei-me ao seu lado e ela entrou na água. Depois, cada um pegou uma lata e brindamos:

- À vida. - Falei.

- À liberdade. - Disse Carlão.

- Ao amor. - Falou Amanda, olhando em meus olhos.

- É isso, moça: Ao amor... - Ele concordou, levantando a sua latinha, mas não perdeu a chance, encarando-a com um sorriso malicioso: - Livre, compartilhado, safado, bem gostosinho…

Rimos de seu comentário e eu ainda fiz um carinho no rosto dela que, após dar uma golada em sua lata, veio ficar entre eu e o Carlão. Ela então passou a alisar as nossas pernas, subindo suas mãos pelas nossas coxas até alcançar a altura dos nossos paus. O dele devia estar duro desde ontem, pois o volume era imenso dentro da sunga, ou talvez essa fosse mais apertada que o necessário para causar esse efeito. O meu não passava de meia bomba ainda, bastante abusado pela Amanda, mas a forma como ela me olhava, aliás, muito mais a mim do que para ele, despertou algo e meu pau endureceu rapidinho. Por eu estar de bermuda, foi fácil para ela descobri-lo, mas o dele não e ele notou o seu olhar:

- Peraí! Já resolvo… - Disse e tirou a sunga, deixando um pau bem grosso à vista.

Na realidade, o pau dele era grosso, isso não nego, e bem mais que o meu que, entretanto, era mais comprido. Perder e ao mesmo tempo ganhar dele fez com que eu não me sentisse diminuído como ficava em frente ao Jurandir. Acabei comentando isso e o Carlão riu:

- Cara, não dá pra comparar, né? O Jurandir é quase um jegue.

A descontração com que Carlão dava as suas tiradas, ajudava muito na situação. Claro que a mão da Amanda também fazia uma baita diferença:

- Devagar que ele ainda tá meio sensível, amor. - Falei após uma punhetada mais forte dela.

Ela parou tudo o que estava fazendo e me encarou. De imediato, notamos que se entristeceu e os olhos marejaram. Apesar da água da piscina dava para notar a diferença. Olhei surpreso para o Carlão que também parecia não entender e entrei na piscina, ficando ao seu lado:

- O que foi? Fiz algo errado?

- Errado!? Sabe há quanto tempo que você não me chama de amor? Eu adorei! - Explicou, choramingando.

Eu a abracei e fiquei olhando o Carlão que disse que iria buscar mais cerveja, deixando-no a sós. Acho que não precisava: eu não quis e não disse nada, ficando apenas abraçado a ela. Quando ele voltou, fizemos algumas piadas ao léu e logo ela já estava sorrindo novamente. No final, ela já esculachava:

- Tadinho! Abusaram de você, foi, amor? - Ela riu alto.

- Ah se foi! Peguei uma puta de uma mulher ontem que quase me arrancou o couro.

- Eu vou mais devagar hoje, pode deixar… - Ela falou, dando uma piscada para mim.

- Ó! Eu tô zeradinho ainda, hein? Pode usar e abusar. - Disse o Carlão.

Ela sorriu para ele, sem largar o meu abraço, mas agora olhando fixamente para o pau dele. Realmente eu precisava ir mais devagar e decidir esticar um pouquinho mais a corda, cochichando em seu ouvido:

- Por que você não dá uma atençãozinha para o Carlão, amor?

- Ooooolha! Perigoso, hein!? - Cochichou de volta.

- Pode ir. Vou ficar aqui.

Ela me encarou e confirmei com um movimento de cabeça, ainda lhe dando um intenso beijo na boca. Quando nos separamos, soltei o abraço e a virei na direção dele, empurrando suavemente e ainda cochichando:

- Ele merece.

- Então tá…

Continuei dentro da piscina, ao lado dela, apenas assistindo e mesmo com o coração ainda apertado, vi quando ela tocou novamente em seu pau, alisando suavemente e depois o segurando com mais firmeza, sentindo toda a dureza. Ela o olhava e também a mim, analisando as minhas reações, porque as dele eram bastante óbvias. Passou a punhetá-lo e também encará-lo no fundo dos olhos, colhendo uma satisfação sem igual. Por fim, aproximou sua boca do pau dele, olhando em meus olhos e falou, quase encostando:

- Eu vou, hein?

Sorri de volta, agora já curioso:

- Você quer? Então, vai.

- Eu quero, mas e você?

- Nós não viemos aqui hoje para experimentar? Então, acho que eu também quero.

- Então, fala para mim, diz assim: “eu quero”.

Olhei meio invocado para ela, mas agora ela não aliviou:

- Diz: “eu quero te ver chupando esse pau”.

- Poxa, Amanda… - Tremi na base.

- Não! Amanda, não! Me chama do jeito certo!

- Amor!?

- Isso. Agora fala!

Desisti de resistir ou aquela situação não teria fim:

- Vai, amor, chupa esse pau.

Ela sorriu maliciosamente para mim e encarou novamente o Carlão que tinha um baita sorriso no rosto, mas ela novamente surpreendeu:

- Não!

- Não!? - Falamos os dois quase ao mesmo tempo.

- Não. Só vou chupá-lo se você me disser como você quer que eu faça. Já que vamos brincar, eu quero brincar direito, fazendo a sua vontade também.

- Amanda, o cara vai brochar daqui a pouco. - Falei.

- Não! Espera… Eu tô gostando da brincadeira. Ela quer fazer algo do tipo “o chefe mandou”, não é, Amandinha? - Falou o Carlão.

- Chefe não! O meu dono mandou… - Amanda o corrigiu, olhando para mim.

- Amaaaanda! - Falei, sorrindo, pois achei graça da ideia.

- Não é assiiiiiim que você tem que me chamaaaaaar! - Ela retrucou e riu de si mesma.

Fiquei olhando para ela em silêncio por um breve momento, mas decidi encarar:

- Ok! Você sabe como eu gosto. Então, vai punhetando ele de leve. Depois, beija a cabeça do pau e dá umas lambidas bem gostosas. Chupa um pouco a cabeça. Depois, lambe todo o pau até o saco e faz um carinho caprichado nele. Volta na cabeça e começa a chupar o pau todo, para cima e para baixo, ajudada pelas mãos, numa punhetinha gostosa.

- Vai devagar, amor! Assim eu não dou conta.

- Dá! Ah, se dá… Sem frescura, amor, vai! Você sabe o que tem que fazer.

- Então olha e vê se eu estou fazendo direitinho, ok?

Concordei com um meneio de cabeça e ela começou a seguir o “roteiro”. No início, sem tirar os olhos de mim, mas quando passou a lamber o pau dele até o saco, o encarou e sorriu maliciosamente, e acho que o contato no olhar fez toda uma diferença, pois o Carlão li-te-ral-men-te gemeu, e alto!

- É assim, amor? Tô fazendo direitinho?

- Tá, safada! Você sabe que está…

- Aiiiii, cacete! - Gemeu o Carlão.

- Vai! Está liberada. Capricha. - Insisti.

Nesse momento, ela passou a dar toda uma atenção para o Carlão e quando ele estava prestes a gozar, ela parou:

- Não quer que eu te chupe também?

- Depois. Agora, alivia o amigo.

Ela voltou e caprichou numa punheta enquanto mantinha a cabeça do pau na boca e logo ele começou a se contorcer, gemendo alto, quase urrando:

- Avisa quando for gozar, hein, Carlão!? - Pediu Amanda.

Voltou a concentrar toda a sua habilidade nele e em questão de minutos, ele começou a se retorcer e a avisou. Ela parou, apertou o pau e me encarou, perguntando:

- Onde?

- Hein?

- Onde você quer que ele goze, amor?

- Você decide…

- Certeza!?

Só balancei afirmativamente a cabeça e ela voltou a carga, abocanhando o pau dele e acelerando uma forte punheta. Acho que ele não durou mais que um minuto naquela pressão e avisou novamente que estava para gozar, mas ela não aliviou, sugando forte a cabeça e punhetando. Ele começou a urrar e vi de perto seu pau dando solavancos na boca da minha esposa, enquanto ele despejava porra dentro da sua boca, e tudo isso a menos de meio metro de distância. Foi muita porra mesmo, tanta que não coube e vazou pelas laterais de sua boca, caindo na beirada da piscina. Amanda me encarou, encabulada, com a boca cheia e vazando pelas laterais, sem saber o que fazer ou com medo de me assustar. Carlão, mesmo abobado, a segurou pelos cabelos e mandou:

- Engole!

Ela o olhou surpresa e resmungou um “Um-Um!”, negando. Ele me olhou, analisando minha cara, piscou um olhou e mandou novamente:

- Engole! O seu marido merece conhecer bem a putinha que tem em casa.

Ela me encarou ainda encabulada e já fungando com toda aquela porra na boca. Então, falei eu:

- Faça o que você quiser, mas faça algo e logo. Olha a meleca, Amanda!

Ela desviou o olhar para o Carlão, depois para mim, para ele novamente e então olhou para cima e engoliu tudo o que tinha na boca, para enfim falar:

- Ah, sacanagem, Carlão. Porra, cara! Ele nunca me viu fazer isso assim tão de perto e você me obriga a engolir!?

Carlão deu uma risada debochada e explicou:

- Você acha que engolir a minha porra foi pior que fazer o boquete na cara dele? Qual é, Amanda? Tudo é uma sequência, engolir ou não, não mudaria em nada o efeito! Ou você acha que seria menos safada só por que não engoliu?

Ela me encarou, ainda meio encabulada e eu disse:

- Errado ele não está…

Ela se deu por vencida e fez menção de sair da piscina para limpar o resto de porra que tinha escorrido em seu rosto, mas novamente Carlão a segurou pelos cabelos e mandou:

- Agora, beija o seu marido! Você já é uma baita safada e ele agora também precisa ser coroado.

Nesse momento, eu o encarei e soltei:

- Vai rolar não! Beijar ela, seria um prazer, mas com resto de porra sua, não vai rolar mesmo.

- Qual é, Maurício, curte aí!

- Curto nada! - Segurei em sua mão, soltando o cabelo da Amanda e falei: - Vai lá se limpar.

Amanda saiu da piscina, mas ao passar do nosso lado, ele segurou em sua perna, parando-a e se levantou, até surpreendendo-a um pouco:

- Com licença, ok? - Ele disse e encaixou a sua boca na dela, dando um baita e profundo beijo de língua nela.

Acho que nem ela esperava, pois assim que seus lábios se desgrudaram, a ouvi dizer um sonoro:

- Nu! Cê é louco demais, Carlão.

Ele sorriu e passou a lamber todo o seu rosto, recolhendo o resto de sua própria porra e ouvindo ela reclamar que aquilo já era nojento de mais. Assim que ele se deu por satisfeito, deu um outro beijo nela, certamente dividindo a própria porra e só então a soltou. Assim que ela se afastou, sob os nossos olhares lascivos, ele falou:

- Você ainda precisa aprender um tanto de coisa, meu amigo. Qual o problema você dar um beijo nela? É só porra, cara, tem nada demais?

- Nem vou perguntar se você já fez isso antes… - Retruquei.

- Já! Várias vezes com a Lilian.

- Mas a sua porra ou a de outros?

- Minha e de outros. É tudo igual. Aliás, algumas são mais doces, outras meio amargas, mas no fim porra é porra.

- Fez nada! Você está só curtindo com a minha cara.

- Claro que fiz! Você acabou de ver. A primeira vez é esquisita mesmo, mas depois vai de boa.

Ficamos conversando mais um pouco, mas recusei enfaticamente sua argumentação e logo Amanda voltou. Tomou mais uma baita golada em sua lata de cerveja, até mesmo gargarejando um pouco e se sentou na beirada da piscina. Tive uma vontade imensa de chupá-la e me posicionei entre as suas pernas, puxando-a bem para a beirada. Então, as coloquei sobre os meus ombros e cai de boca, fazendo ela gemer alto:

- Isso aí, mermão! Todo mundo tem que gozar, principalmente a nossa rainha. - Disse o Carlão.

Aliás, dito isso ele deu outro beijo de língua dos mais safados e ficou curtindo os seus lábios superiores enquanto eu curtia os inferiores. Enfiei dois dedos nela e já senti que ela começou a arfar e se contorcer, afinal, eram dois lhe dando atenção, sendo eu um deles. Foi questão de minutos até ela começar a arquear o corpo para trás e arfar o ar, gemendo mais alto até explodir num orgasmo magnífico, trançando suas pernas em meu pescoço e gritando:

- Ahhhhhhhh! Isso tá bom demaiiiiiiiiiisssss!

Carlão que apoiava seu corpo enquanto ela aproveitava o orgasmo assim que sentiu que ela relaxava, deitou-a na lateral da piscina e avisou que iria usar o banheiro. Saí da água e me sentei na beirada, olhando para ela que respirava deliciada com a recente gozada. Após algum tempo, ela falou:

- Ai… Que delícia! Eu precisava disso.

- Precisava, né!? Não gozou direito ontem, é isso? - Perguntei.

- Ao contrário… - Disse e se levantou, sentando-se meio de lado, mas voltada para mim e se agarrando ao meu pescoço: - Eu precisava ter te incluído desde o começo. Nunca gozei tão gostoso com ninguém como tem sido com você desde ontem. Estou em Nárnia, amor.

Ela veio e me beijou a boca, mas se afastando quase que imediatamente:

- Ai, desculpa, esqueci… - Referindo-se à recente gozada do Carlão.

Não sei se foi a cerveja, ou a limpeza que ela havia feito antes, ou o próprio beijo mais recente do Carlão, mas praticamente não senti diferença no gosto e a peguei pela nuca, trazendo-a até a minha boca para um beijo muito mais gostoso e intenso, isso realmente a gente fazia muito bem juntos. Ela me olhou surpresa e eu sorri, um sorriso cúmplice de toda aquela safadeza. Ela apertou ainda mais os braços em volta do meu pescoço e suspirou:

- Obrigada!

- Tudo isso por uma gozada?

- Não! Obrigada por não ter desistido de mim…

Nesse momento, um aperto no peito, um sentimento ruim me abateu, mas fiquei em silêncio, afinal, ela não precisava saber que eu ainda tinha dúvidas quanto ao nosso relacionamento, aliás, muito mais dúvidas do que certezas. Infelizmente, a única certeza que eu tinha é que tudo o que havia acontecido me machucou muito e eu ainda não sabia se conseguiria relevar.

Carlão retornou e junto dele os outros dois que, contra todas as previsões, conseguiram pegar duas belas tilápias e um pacu. Jurandir se aproximou todo feliz, mostrando o resultado de seu trabalho e passou para o Fernandinho a responsabilidade da limpeza:

- Por que eu? - O mais novo reclamou.

- Depois eu tempero e asso, agora você é quem vai limpar! - Decretou novamente.

Ele se foi e Jurandir começou a se despir para se juntar a nós, mas Amanda parecia não disposta a aliviar para o seu “preferido”:

- Pode parar, Jura! Vai sujar a minha piscina não! Vai lavar essa mão fedendo a peixe ou vai ficar de castigo mais um tempão…

- Oxi, branquinha, mas… mas…

- Sem “mas-mas”, vai!

Ele saiu resmungando enquanto o Carlão voltava a se sentar próximo da gente, entregando novas cervejas para mim e para ela:

- Cê tá brava com o Jurandir, Amanda? - Perguntou o Carlão.

Ela pensou brevemente e explicou:

- Ele tem um costume nojento de folgar para cima do Maurício. Tô tentando colocar ordem na casa e mostrar que ou ele aprende, ou vai ficar na vontade.

- Entendi.

Ficamos bebericando, conversando bobagens, mas logo me calei e fiquei observando a Amanda. Ela realmente parecia bem feliz e diferente das vezes que saía com o Jurandir, voltando com toda uma vontade de me satisfazer, ela parecia estar mais satisfeita em me incluir em seu mundo e se divertir junto de mim. Não sei se essa era a intenção do tratamento que ela fazia com a doutora Laura, mas uma coisa era certa: Amanda estava mudando e para melhor. Acabei refletindo, relembrando tudo o que havia passado e como poderia ter sido diferente se nós tivéssemos adotado isso desde o início. Acho que me perdi em meus pensamentos porque quando dei conta de mim, Carlão, Amanda e o próprio Jurandir me olhavam curiosos:

- O que foi? - Perguntei, quebrando um silêncio incômodo.

- Não sei, aliás, eu que pergunto, você ficou quieto, calado, meio cabisbaixo. Fiz alguma coisa que te incomodou? - Perguntou Amanda.

Eu a olhei, mas não queria quebrar aquele momento gostoso em que estávamos. Puxei-a para mim e lhe dei um beijo na testa, cochichando em seu ouvido:

- Nada mesmo, amor. Por enquanto, está tudo perfeito!

Ela me olhou nos olhos e vi os delas marejarem novamente. Balancei negativamente a minha cabeça e gentilmente sequei suas lágrimas com as pontas dos meus dedões. Ela sorriu e me deu um selinho na boca. Jurandir, sempre ele, quis mostrar quem mandava:

- Bem, vejo que já se divertiram com a minha branquinha. Acho que é a minha vez também, né, não?

Só então notei que o folgado já estava nu e sua “mamba negra” já estava mais de meia bomba e confesso, de perto era realmente intimidadora, para não dizer assustadora. Daquele jeito em que estava, já era maior e mais grosso que o meu e até o do Carlão. Amanda, naturalmente olhava interessada para o pau dele, mas o comentário pareceu ter lhe tirado parte do interesse, pois vi uma expressão de certo desdém, complementado por um comentário ácido:

- Acho que você ainda não entendeu quem dá as cartas aqui, Jura, então, deixa eu desenhar para você… - Disse olhando em seus olhos e passou a falar pausadamente, para fixar bem sua explicação: - Quem… manda… aqui… sou eu! Entendeu? A rainha de todos vocês três aqui, sou eu! E quem… manda… em mim… é o meu marido. Então, no final, quem dá as ordens para todo mundo aqui é ele. Não folga comigo e não tente humilhar o meu marido, ou a gente vai se desentender novamente, estamos conversados?

- Oxi, oxi! Que que deu nessa mulher hoje, homi? - Jurandir perguntou, olhando para mim.

Dei de ombros, mas não perdi a chance:

- Não sei o que deu, mas estou curtindo demais, aliás, nós, né, não Carlão? - Perguntei, dando uma cutucada nele.

Jurandir o encarou e Carlão deu uma risada debochada, levantando sua mão para um “bate aqui” comigo e completando após o tapa:

- É nóis, mano!

Jurandir e ele começaram a conversar. Notei que Jurandir queria saber se já havia acontecido alguma coisa e Carlão olhou para Amanda, perguntando se podia compartilhar. Ela deu de ombros e ele confirmou já ter ganhando um dos melhores boquetes de sua vida. Jurandir a encarou surpreso, mas teve que engolir o orgulho, pois discutir não lhe daria retorno algum. Falei para ela que iria na churrasqueira para recolocar as carnes e ela ficou ali mais um pouco, conversando com eles. De longe eu observava e foi a primeira vez naquele final de semana em que ela beijou o Jurandir, certamente depois dele ter implorado bastante.

Recoloquei as carnes na churrasqueira e logo o Fernandinho veio trazendo os peixes. Pedi que ele chamasse o Jurandir, já que ele disse que iria prepará-los e ele foi. Acabou que todos vieram para a área da churrasqueira e o Carlão já “chegou, chegando”, tomando espaço:

- Tá bom já, Maurício, deixa que eu fico um pouco! Vai lá curtir com a tua mulher.

Esse sabia o que fazer para conquistar uma confiança. Passei o comando da churrasqueira e fui sentar num banco lateral. Amanda veio na sequência e se sentou no meu colo. Jurandir foi temperar os peixes e acondicioná-los em papel alumínio, para depois colocá-los na churrasqueira, explicando alguma coisa sobre altura do fogo para o Carlão. Depois veio se sentar perto da gente. Seu pau já havia baixado um pouco, certamente relutante em tomar outra invertida da Amanda. Fernandinho também se juntou a nós e só aí notei que apenas eu e ele estávamos vestidos, os demais nus.

O papo com o Jurandir, pela primeira vez, se tornou agradável de verdade, sem picuinhas, “mi-mi-mis” ou indiretas. Ele parecia gente querendo se enturmar e parecer agradável. A impressão deve ter sido geral, porque até mesmo a Amanda começou a interagir mais com ele, brincando com algumas situações. Chegaram até a relembrar algum detalhe ou outro de algumas trepadas entre si e só aí acho que ela se deu conta de que isso poderia me incomodar, pois me olhou preocupada. Eu sorri e pisquei, e ganhei um novo selinho. Ela então pediu licença, dizendo precisar do banheiro e se foi. Jurandir foi enfático:

- Só eu que tô estranhano ou a branquinha tá diferente? Tá, num tá, seu Maurício?

Me fiz de desentendido, mas acabei dando uma resposta condizente:

- Olha… Acho que ela está ficando mais madura, mais mulher, mostrando o que ela quer de verdade. Sinceramente, estou gostando muito dessa nova Amanda.

- Oxi! Porque eu venho tomando cada lapada…

- É só não folgar com ela e com ele, Jura! Vai de boa, irmão, e entenda que o marido dela é ele aí, ó! - Carlão falou da churrasqueira, indicando a minha direção com um garfão.

Jurandir deu um gole em sua lata de cerveja e me encarou:

- É… Bão saber…

Carlão chamou a nossa atenção após quase derrubar um bife de picanha no chão, mas contornando a emergência o jogou sobre uma tábua de carnes. Jurandir voltou a chamar a minha atenção:

- Posso perguntar um negócio pro senhor?

- Pode falar.

- Assim… Quando a gente tivé lá com ela, o senhor vai está junto?

- Acredito que sim.

- A gente… vai podê falá besteira?

- Que tipo de besteira?

- Ah, sei lá, chamá ela de biscate, putinha, safada, essas coisas…

- Então… - Comecei a falar.

- Lógico que pode! - Carlão me interrompeu e explicou: - Eu… Olha estou falando por mim! Eu não acho que isso seja desrespeitoso, Maurício. É só no momento da transa, para tacar aquele gostoso na xana da mulher, entende? Sexo tem que ter essas paradas mais selvagens, mais safadas, senão fica muito artifical, sem graça, mecânico. Para e pensa assim: já imaginou como seria chato ela ficar lá deitada de pernas abertas e a gente só metendo, sem fazer um barulho ou brincar com uma safadeza? Eu acho que tem que ter xingamento sim!

- Também acho! - Falou o Fernandinho.

Jurandir me encarou e concordei com um meneio de cabeça, explicando:

- Desde que ela esteja de acordo, sem problema. Também acho que uma safadeza serve para temperar.

- Bão! Bão tamém… - Jurandir resmungou e insistiu: - E o senhor? A gente também pode falar uns trem assim, tipo safado, manso, corno, viado, bi…

- Não! Não pode! - Amanda gritou de longe, já se aproximando da gente: - Safado, talvez possa, mas não quero ninguém humilhando o meu marido. Esqueçam esse negócio de corno, manso, viado, bicha, o diabo a quatro. Ele não é nada disso!

- Amanda, corno ele é… - Carlão falou num tom comedido da churrasqueira, já esperando pedrada.

- Não! Não é e…

- De certa forma, eu sou, uai! - Eu a interrompi, surpreendendo-a e expliquei: - Corno, eu sou, uai! Você já me traiu antes e sabe disso.

Ela baixou a cabeça, mas eu lhe dei um tapa na bunda e a puxei para o meu colo:

- Só estou falando o que aconteceu. Não estou bravo mais com isso. - Expliquei e ela fez biquinho, dando de ombros: - Manso acho que não, porque a gente já discutiu um tanto, não foi, Jurandir?

Ele balançou a cabeça e eu continuei:

- Viado e bicha eu não sou, então não tem nada a ver! Então, acho que dessa bela lista aí, no máximo corno e safado.

Amanda ainda argumentou contra a questão do corno e depois de todos explicarem os seus pontos de vista, acabamos deixando para decidir no momento, mas…

- Se for rolar alguma coisa, né!? - Disse Amanda, fazendo todos, menos eu, arregalarem os olhos.

Continuamos bebendo e as carnes saindo. Conforme a cerveja entrava, algum tempo depois a urina tinha que sair. Então, na minha hora, pedi licença para ela e fui. Decidi voltar nu e quando retornei, pela primeira vez, vi a Amanda tendo uma certa intimidade com o Jurandir, pois estava sentada em seu colo, beijando-lhe a boca, enquanto ele apertava um de seus seios. Voltei a sentar em minha cadeira e ela, antenada, tentou sair do colo dele para voltar para mim, mas não conseguiu, pois ele a segurou pela cintura. Ela então me encarou preocupada, com olhos suplicantes por uma atitude minha e entendi o que devia fazer:

- Jurandir, solta a Amanda!

Ele me olhou surpreso. Depois deu uma olhada em volta, mas todos permaneceram em silêncio. Ele a soltou e ela se levantou, mas fiz um sinal com as mãos para que permanecesse onde estava:

- Se você quiser ficar mais um pouco, pode. Não tem problema algum para mim. Eu só não quero que ele te segure contra a sua própria vontade.

- Posso mesmo? - Amanda perguntou, ressabiada.

- Pode. Estou falando que pode, uai!

Ela voltou a se sentar em seu colo, esfregando suavemente sua bunda para encaixar sobre o seu imenso falo e o encarou como se disse “Entendeu quem manda?”. Ouvi ele ainda dizendo baixinho:

- Fiz nada dimais não. Só te segurei porque tava bão.

Voltamos a conversar e Carlão trouxe mais uma rodada de carnes, servindo a todos, um a um. Na vez da Amanda, ele perguntou se ela não queria um pedaço generoso de linguiça e ela não se fez de rogada, segurando em seu pau, colocando-o em sua boca e o sugando forte, até ouvir um gemido dele. Assim que ela o soltou, pegou um pedaço de linguicinha suína caipira pura e sorriu:

- A sua não serve para o que vou fazer com essa. - Ela falou e mostrou os dentes, antes de morder aquele pedaço.

Todos riram da brincadeira e ouvimos o Jurandir pedir:

- Oxi, branquinha, e o seu negão aqui? Vai nem ganhar um agrado?

Ela o olhou e apertou sua bochechas, dando um selinho em seguida, mas explicou:

- Faço o que o meu marido autorizar. Ele é o meu dono, sou a cachorrinha dele. Se ele falar “chupa”, eu vou e chupo. Se ele falar “senta”, eu sento. Se ele falar “trepa”, aí meu veinho, eu baixo o seu pau rapidinho…

- Oxi! Seu Maurício, ajuda aí, homi! - Ele falou quase em pânico, arrancando risada de todos os presentes.

- Será que devo? Acho que o Jurandir não está merecendo não… O que você acha, Carlão?

- Falo nada, viu! Eu já me considero amigo dos donos da casa. Ele eu já não sei de nada… - Respondeu, rindo alto e debochado.

- Bosta de amigo que ocê é, hein, Carlão!? Fui eu que te chamei, homi. Não me sacaneia…

Depois de rirmos um bocado da situação, chamei a Amanda e falei:

- É o seguinte: acho que o álcool já subiu e bateu um sono, então vou subir para dar uma cochilada. Se você quiser se divertir um pouco, fique à vontade. Depois, mais à noite, se você ainda tiver gás, a gente pode, sei lá, brincar juntos. Pelo menos tentar, ok?

Ela olhou para mim meio desapontada e depois em direção aos demais que a devoravam com os olhos, ainda mais agora que eu estava dando carta branca. Entretanto, novamente, ela me surpreendeu:

- Vou junto! Descansamos os dois para mais à noite.

Se eu fiquei surpreso, imaginem eles. Foi uma brochada geral! Eles se entreolhavam sem saber o que dizer, pois já estavam excitados de tempos. Bem, todos menos o Carlão que ainda deu uma risada debochada, virando uma lata de cerveja na sequência:

- Faz isso não, gente. Fica aí, por favor… - Pedi Fernandinho, quase implorando.

- Cês tão muito ansiosos, gente. - Disse Amanda, rindo da cara deles: - Desse jeito vão gozar rapidinho. Melhor que cês fazem é dar um mergulho e esfriar a cabeça.

- Bran-Bran-Branquinha!? - Falou Jurandir, totalmente atordoado.

Para piorar ela entrelaçou seus braços no meu, dando como certa sua decisão e o Carlão chegou a dar uma gargalhada quando viu isso e a cara que o Jurandir fez, de boca aberta e olhos arregalados. Até eu fiquei com pena, não muita, mas fiquei. Então, decidi sugerir, cochichando em seu ouvido:

- Que tal uma brincadeirinha?

Ela me olhou intrigada e expliquei:

- Nada demais… Vi uma vez uma cena num filme pornô, bem antigo, e acho que poderia ser legal revê-la.

Ela continuava me olhando, mas agora já abria um sorriso:

- Coloca os três lado a lado, se ajoelha e bate uma punheta para eles até eles gozar no seus peitos. O que acha?

Seu sorriso aumentou ainda mais:

- Como você é maldoso, amor… Mas e você?

- Só quero assistir e aproveito para tomar mais uma.

- Putz! Me trocando por uma loira…

Não entendi seu comentário e soltei:

- Você é loira, caramba!

Ela riu e foi andando em direção ao Jurandir. Então explicou a brincadeira e mandou que fizessem o que eu sugeri, pegando algumas toalhas, dobrando-as e as colocando no chão, onde se ajoelhou. Carlão recusou o convite e veio se sentar perto de mim, para também assistir:

- Ideia sua, né? - Perguntou-me.

- Vi num filme. - Falei e sorri.

Ele riu e brindou com sua lata de cerveja. Amanda passou a punhetá-los com vontade e conforme acariciava os seus paus, eles endureciam rapidamente. O do Fernandinho era um pouco maior que o meu e também da grossura do de Carlão. Já o do Jurandir era fora de base, imenso e grosso, superava facilmente os vinte centímetros e com a espessura de uma garrafa de “long neck”. Num certo momento, já gemendo ao trabalho manual da Amanda, Jurandir olhou para mim e implorou:

- Seu Maurício, nem uma chupadinha?

Fernandinho, quase em pânico, não falou, mas me implorou com o olhar. Amanda me encarou também, sorrindo de uma forma quase maléfica e aguardou minha resposta:

- Você quer? - Perguntei.

- Você quer que eu queira? - Ela retrucou, mandando-me um beijinho na sequência.

- Se quiser chupar, fique à vontade. - Falei e ela mordeu o lábio inferior.

A partir daí ela se banqueteou nos dois, alternando toda a técnica de boquete que conhecia com uma punheta feroz, parecendo querer arrancar seus paus para pendurar numa galeria própria de machos abatidos. Eles gemiam e arfavam, e os olhos dela brilhavam, mais ainda quando cruzavam vez ou outra com os meus. Ela parecia uma criança frente a uma mesa liberada de um “buffet” de doces, mas o que mais parecia lhe agradar era saber que eu estava participando e curtindo:

- Cara não sei se eu vou… se não vou… Quer saber? Eu vou! - Disse o Carlão, já com o pau duro, indo ficar do lado do Jurandir.

Ela parecia uma instrumentista agora, revezando-se nos paus com mãos e bocas, tentando agradar a todos sem distinção, inclusive a mim, e estava conseguindo, pois meu pau endureceu a ponto de doer. Comecei a alisá-lo numa punheta lenta e controlada, e quando Amanda viu isso, ficou transtornada, louca, querendo fazer os três se renderem a seu bel prazer. Fernandinho foi o primeiro, gozando sem aviso em sua bochecha, ao ponto de escorrer nos peitos. Jurandir foi o segundo, começando na boca, rosto e também em seus peitos. Carlão, como já tinha gozado antes, ficou por último. Amanda arfava, tomada por um tesão louco e mandou:

- Deita no chão, Carlão, deita!

Ele mais que depressa a obedeceu e ela subiu em sua barriga, de frente para mim e falou:

- Ai, desculpa, eu não aguento.

Olhei para ele, para mim, para ela, todos tomados por um tesão quase incontrolável, quase, pois ainda tive discernimento para falar:

- Sem camisinha!?

Ela arregalou os olhos e saiu de cima dele, fazendo uma careta. Carlão entendeu e saiu correndo em direção a sua bermuda, enquanto ela veio em minha direção e agarrou o meu pau, enfiando-o todo na boca:

- Me come, eu quero, eu preciso. - Pediu, com olhos arregalados.

- Calma!

- Posso dar para o Carlão? Só um pouquinho?

Falando nele, vi que já voltava com uma camisinha em mãos, aberta e já encapando o pau. Quando a viu de quatro fazendo um boquete em mim, não soube se voltava a deitar ou a pegava naquela posição. ficou me encarando e ela insistiu:

- Posso? Por favor…

- Chupa o meu pau! - Falei e conduzi sua cabeça, fazendo-a abocanhá-lo, enquanto olhava para o Carão e falava: - Mete nessa safada!

Não precisei falar duas vezes. Ele se posicionou e a penetrou até o fundo, de uma vez:

- Ahhhhhhhh! - Amanda gritou, estremecendo toda num orgasmo inesperado.

Ele aguardou poucos segundos e começou a meter nela de uma forma cadenciada. Quando ela se recuperou, parcialmente, voltou a me chupar. A transa não deve ter durado mais que cinco minutos, com ele gozando na camisinha aos berros e fazendo Amanda estremecer novamente, chegando a ficar com os olhos marejados de prazer. Ela ainda continuou me chupando e não aguentei toda aquela cena e situação, gozando em sua boca. O que ela conseguiu beber, engoliu, o que não conseguiu e respingou para forma, ela lambeu depois. Só então, se largou no meu colo, gemendo baixinho.

Quando nos recuperamos, nos despedimos e entramos em casa, indo diretamente para o banheiro, onde tomamos um merecido banho. Dormimos das 16:00 até quase 20:00, quando eles nos chamaram, pois haviam acendido a churrasqueira novamente e montando uma estrutura com algumas luzes para um bailinho particular.

Vesti uma camisa simples, uma bermuda e chinelo. Ela colocou um vestido floral rodado, pouco acima dos joelhos e uma rasteirinha, amarrando o cabelo num rabo de cavalo e passando um batom vermelho biscate. Descemos e todos já estavam lá, vestidos também, divertindo-se, brincando, interagindo. Comemos e bebemos até altas horas, como se fôssemos amigos das antigas. Depois passamos a nos revezar nas danças com ela, embalados pelas músicas do DJ Fernandinho, basicamente forró, em que a esfregação foi geral e liberada. As altas horas, Fernandinho começou a tocar algumas lentas e daí todos, embalados pelas esfregação e boa bebida, começaram a se despir. No final da festa, Amanda dançava com dois, às vezes, três, embalada à vácuo em sanduíches de linguiça. Eu participei, mas não tão ativamente como gostaria, porque o Jurandir, tomado pela cachaça, monopolizava quase brigando com os demais, e eu já não me sentia tão bem, e não era por causa do álcool…

Nessa noite, ela transou, se exibiu, ousou, usou e abusou, mas também foi abusada, principalmente pelo Jurandir que insistiu e só sossegou após comer o seu cu. Ela estava radiante e sempre vinha até mim, compartilhar suas emoções e sensações. Eu também transei, fui o primeiro e o último, e nessa última, a minha performance deixou a desejar. Ela notou, óbvio, pois não gozei, mas justifiquei que o cansaço já me dominava, além de que, o “brinquedo” do homem é de armar e precisamos estar bem fisicamente para que ele funcione a contento, diferentemente do “brinquedo” dela que é de abrir e não exige a mesma performance. Já em nosso quarto, após o banho, deitei-me para descansar. Eles vieram bater na porta e convidá-la para mais uma rodada de “danças”, mas seu sexto sentido dizia que algo não estava certo e ela recusou, preferindo ficar comigo. Já deitados, ela entrou num assunto que eu não queria conversar:

- Você está doente? Tá me escondendo alguma coisa, não tá?

- O doutor Maciel já te explicou, né? Eu sei porque estava acordado.

- Por isso você desanimou? Está passando mal?

- Não, estou bem. Só estou cansado, meio bêbado, foram fortes emoções, não foram?

- Foram e… - Ela se calou e se sentou, me encarando: - Você não pode com fortes emoções, o doutor lá falou!

- Estou bem, está tudo bem, relaxa!

Ela se deitou, mas pouco dormiu. Sei disso, porque a todo o momento, ela acordava e me cutucava para ver se eu estava vivo. Foi uma longa noite…

O dia já foi bastante curto, para eles. Já de manhã, ela avisou que não poderíamos ficar o dia todo, porque havia surgido um imprevisto, um problema de família. Eles tentaram convencê-la do contrário, menos o Carlão que parecia também ter um sexto sentido e veio saber como eu estava. Esse parecia ser um bom cara, talvez até para Amanda seguir, caso em ficasse pelo caminho…

Voltamos para casa ainda no domingo de manhã, deixando-os no estacionamento do posto, mas não sem antes combinar um novo final de semana. Não prometi, nem ela, mas pegamos o contato do Carlão, porque este sim parecia valer a pena. Na segunda fui obrigado por ela a ir ao doutor Maciel, repetir uma bateria de exames que comprovaram nada ter mudado, nem para melhor, nem para pior:

- Mas ele passou mal nesse final de semana! - Ela retrucou, inconformada.

- Passou mal? Como assim, Maurício!?

- Só uma indisposição, mas foi por conta do excesso de bebida e porque dançamos muito, além de termos uma intensa atividade física, né, Amanda!? - Falei, sorrindo.

- Ah, mas atividade física é ótima para uma boa saúde. Inclusive, Amanda, eu prescrevi isso para ele e talvez você possa me ajudar, colocando ele numa academia e contratando um personal para acompanhar de perto o treino.

- Ah, qual é? - Resmunguei.

- Pode deixar, eu resolvo! O que mais? - Ela disse.

- Alimentação também precisa melhorar…

- Também resolvo! Mais alguma coisa?

- Tomar os remédios e evitar fortes emoções.

- Pode deixar comigo, doutor. Garanto que resolvo tudo.

E ela resolveu mesmo, tudo, “tudim mesm!” Contratou uma nutricionista e passou a controlar a minha alimentação quase de forma ditatorial; matriculou-me na sua academia e contratou um “personal” para me acompanhar; e o mais importante, passamos a evitar fortes emoções.

Falando em fortes emoções, um mês depois desse final de semana, Jurandir ligou e praticamente exigiu revê-la. Ela concordou, pois sentia mesmo falta do seu negão. Pediu-me para buscá-lo e como de costume, lá estava eu aguardando ele no estacionamento do posto. Após chegar e estacionar, ele veio caminhando tranquilamente na minha direção e entrou no meu carro:

- Bão, Maurício? Como é que ocê tá?

- Vou bem, Jurandir, na medida do possível…

- Coração tá bão, né? Vai surtar de novo quando eu pegar de jeito a minha branquinha, não, né!?

- Já falei que ela não é sua! Para com essa história!

- Oxi! É só jeito de falar, homi. Ela gosta quando eu falo que sou dono dela.

- Não foi isso que eu vi lá no sítio, não… Bom, de qualquer forma, isso nem importa: sei nem se vou ficar em casa hoje…

- Oxi, homi! Justo hoje que eu trouxe uma branquinha das boas lá de Salinas? Ó só! - Disse enquanto tirava uma garrafa de Salínissima de um embrulho de papel simples.

- Uai, talvez eu fique para uma dosinha só, mas você é quem vai me servir, seu folgado.

Em casa, enquanto Amanda se revezava em nossos colos para nos servir, cachaça para ele e guaraná para mim, ele começou com a mesma ladainha de sempre, tentando monopolizar o posto de macho da casa. Ela já havia me confessado estar ficando incomodada com a folga do amante e eu sabia que isso iria desandar, mais cedo ou mais tarde. A certa altura, como o folgado do Jurandir não queria mais compartilhá-la em meu colo, ela se revoltou e se levantou, apontando-lhe o dedo indicador que quase esfregava em sua cara:

- Ele é o meu marido. É ele quem tem me dividido com você, Jura. Ponha-se no seu lugar.

- Oxi! Isso lá é jeito de falar com o seu dono, branquinha?

- Dono! Que dono, seu bocó!? Acho que você não ouviu direito: o Maurício é o meu marido e nem por isso ele se acha no direito de ser o meu dono. Quem você pensa que é? Se alguém pode mandar em mim é ele! Você!? Há! Nem em sonho!

- Oxi! Tá de chico, tá?

- Tô… Não! Tô não. - Disse e veio se sentar em meu colo, encarando-o invocada, mas depois me olhando nos olhos: - Vamos dormir, amor? Acho que já deu por hoje.

- Branquinha!? Mas… Mas… E eu?

- Você!? Uai! Cê pode dormir no quarto de hóspedes, ou na sala, ou na puta que te pariu!

Ela se levantou, segurou em minha mão e me puxou para o meu quarto, o de hóspedes que eu já ocupava desde que voltamos a morar juntos, pois nunca mais voltei para a nossa suíte. O Jurandir foi embora nessa noite e nunca mais voltou, nem entregas mais ele faz para a minha empresa. Soube depois que ele havia se mudado para o nordeste.

Carlão se tornou um bom amigo e às vezes vem em casa. Engraçado compartilhar a esposa com alguém que sabe respeitar, pois eu me sinto satisfeito em vê-la se satisfazer com ele e isso é bom. Certa vez comentei com ela que, se eventualmente em batesse as botas, ele seria uma boa companhia. Nu! Dormi na sala uma semana…

Minha saúde física? Vai bem, obrigado. Inclusive, a Bia, minha nutricionista já pode comprovar isso na pele e no pelo. Como eu não poderia sair na vantagem, Amanda também se enrosca vez ou outra com o Valdeir, o “personal”. Esse sim faz a minha loirinha urrar, porque gás tem de sobra.

“Ah, e o psicológico, o emocional, Maurício?”, vocês podem perguntar. Vai bem também. Não sei se viveremos juntos para sempre. Esse negócio de amor é muito complicado e sei que o meu por ela mudou, mas ela tem sido tão amorosa, companheira e cuida tão bem de mim que… Separar pra quê? Melhor é viver! E vamos vivendo juntos, enquanto der…

FIM

- Fim o caralho! Já disse que você não vai morrer, Maurício! Não antes de mim... - Gritou Amanda ali da cozinha.

- É o fim da história, Amanda, do conto...

- Tô nem aí. Pode mudar!

Pensei um pouco mais e reescrevi:

FIM, OU NEM TANTO

- Ainda pode melhorar, mas, por enquanto, deve servir.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, MAS OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL PODEM NAO SER MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.


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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 219Seguidores: 581Seguindo: 18Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

Foto de perfil de Majases ♠️♥️♠️

Muito bom essa série para casais maduros como nós que evitamos surubas e bacanais.

Preferimos swing e ménage masculino.

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Eu tenho prá mim que esse é só um preparatório para uma nova fase, mais liberal, onde se reunirão o casal nota mil e o... não sei nem se devo mencionar o nome do cara..., formando um "triunvirato". 🤣🤣🤣🤣🤣🤣

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Sem palavras! Parabéns pelo belíssimo conto e pela excepcional série Mark!

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Foto de perfil de MisterAnderson

17k de palavras. PQP.... Hahahaha mas pra mim valeram a pena.

Coerente até o fim e até aquela paradinha vc deu um jeitinho... Parabéns Dr. Mark.

Forte abraço

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Foto de perfil de Velhaco

O q dizer né, uma vez corno trouxa, sempre corno trouxa, o cara foi traído, humilhado, tratado como um bosta pela esposa traidora e pelo amante e por fim aceita continuar sendo corno? Cara na boa, q.se foda o trauma, não.foi ele q a estupro ou q a deixou vulnerável e a disposição do estuprador, então porque ele tem q ser o otário q vai servir de muleta e suportar os traumas não resolvidos dela, tudo bem q ele poderia sim ter ajudado ela a procurar um tratamento psicológico,se curar dos traumas, mas voltar a viver com ela e aceitar ser corno manso depois de tudo q ele passou? Foi realmente decepcionante, mas até já esperava por algo assim

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Nao vou mentir, javtinha desistido dessa historia, me decepcionei muito com mauricio no nono conto mas amigo, vc é um excelente escritor, me surpreendeu e me trouxe de volta pra historia. Muitos comentarios nehativos mas vc trouxe honra de volta s todos os personagens inclusive a mae da antes flamigerada amanda, parabens para vc, so uma observacao, mauricio se fez de bobo mas amandadeu e muito pro vendedor da caminhonete e mentiu desvaradamente pra ele, disse que ficou na praca conversando, e o cabelo molhado veio de onde? Choveu na caminhonete sera? Forte abraco e ate mais, aguardo ansiosamente o desfecho de claire de lune, se tiver pronto e tiver pack dele gostaria de compra-lo como o lael faz

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Infelizmente achei meio fraco o final... muita espera para pouco resultado... mas a história foi boa ate o final.

Mas Mark é Mark.... credibilidade nota mil....

Esperando outra série.

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O Jurandir ficou dominando a esposa do Maurício até quase o final do conto.

Oxi,ainda teve que compartilhar a esposa com mais dois no final(Carlão e o personal) que droga meu,foi corno pelo resto da vida.

Sua saga foi muito boa,mas é uma pena o destino do Maurício,deveria ter deixado a Amanda num puteiro,que era o lugar ideal para ela e se casado com uma mulher fiel e descente.

E o Jurandir bater o caminhão e ficar paraplégico.

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No comentário anterior manifestei meu desagrado com a coerência da narrativa, e pretendendo ser justo além de demonstrar respeito pelo histórico do autor neste espaço, cito a momento a partir do qual, me desinteressei na leitura: qdo aceitou mãe e filha morar em sua casa, por indicação da psiquiatra. A partir desse instante, pulei muitos parágrafos, TB não terminando nenhum. Para ser interessante, mesmo a ficção precisa ter coerência, a fim de fazer sentido. Qdo aceita receber em casa outros parceiros da Amanda, pior ainda. E a conclusão de q o marido aceitaria as loucuras da esposa, confirma o q previ nos capítulos anteriores. Pq terminar diferente, contraria o perfil das preferências eróticas, do leitor típico deste site. Então, entendo não haver sido feliz a escolha do tema, uma vez q seu final podia ser antecipado.

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sensacional muito bom adorei, um conto que um final surpreendente que so vc Mark pode fazer

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Bom... que o cara tinha tesão de corno, não precisava nem de terapia. Que a esposa era ninfomaníaca tb era notório. No final juntou o útil ao agradável. O corno aceitou e deu tb suas escapulidas. A esposa continuou sua saga desenfreada por cacete.

Resumindo, virou um casamento por conveniência. Virou um casamento aberto. Qualquer outro final seria incoerente.

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Na consulta feita, pedi q a história terminasse hj, confiando na competência conhecida do autor. Mas consegui ler somente até certo ponto, qdo o aumento de personagens e de situações não críveis, destas q mesmo sendo a série sabidamente uma ficção, não são cabíveis, perdendo, portanto, a atração natural na leitura. Por outro lado, como autor de obras sobre outro tema, entendo ser muito difícil pra não dizer impossível, manter a qualidade da obra premido contra o tempo, se obrigando a publicar diariamente. Por TD isso, o autor tem crédito de sobra, pelo menos comigo.

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Honestamente? Foi um final sensacional

O pessoal fala muito em se impor e etc, mas é bom quando tu não precisa fazer isso, quando a pessoa ao teu lado exerce essa imposição oor respeito e carinho a ti.

Claro que o personagem tinha seus muitos e enormes defeitos, mas com esse final ficou nítido as mudanças

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Que mudança? Ela continuou puta e ele mais corno ainda. A a mudança foi que aceitou a mansidão.

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Como eu disse anteriormente, que esse não é tipo de conto que o Mark, pública, então eu só li os dois primeiros capítulos que também não são os meus gostos de histórias, ainda bem que eu me abidiquei de ler as sequências dos capítulos só resumo final da minha parte, NOTA QUATRO e estralas zero, venha com uma saga melhor Mark que essa deixou a desejar

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Foto de perfil de Hugostoso

E teve a redenção do casal!👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Que conto meu irmão, espetacular, aplaudo de pé, meu caro!

Perfeito em tudo meu irmão!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Vai ter o conto na visão da Amanda? 😁😁😁😁

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Foto de perfil de Himerus

Ótimo final, o trauma muda completamente a leitura do comportamento de Amanda, entretanto, duas coisas me incomodaram:

Primeiro o conselho da psiquiatra. Dento do processo de cura o que a paciente menos precisa é expectativas falsas, continuar morando com Amanda foi um grande risco, Maurício se tornou uma "muleta" emocional que pode desaparecer a qualquer momento, já que seu amor por ela mudou.

Por fim, entendi ela sentir saudades dos momentos com Jurandir, afinal ele foi o gatilho que trouxe de volta as experiências da sua juventude, todo o trauma do passado que construiu sua sexualidade, para o bem e para o mal. Ficou claro que tal gatilho fez ela perder o controle, colocando em risco sua vida e seu relacionamento. Claramente uma parafilia. Sentir saudades é normal nessa situação, como um alcoólatra que sente saudades do gosto da cachaça, o que me estranhou foi ela voltar a se relacionar com ele. Não importa que ela estivesse tentando "adestrar" o jumento chucro a respeitar o marido, o problema maior foi ela se entregar ao "gatilho" de sua parafilia. Tipo o alcoólatra dizer que só vai beber uma dose pelos velhos tempos...

Amanda amadureceu, usou do que aprendeu na terapia para controlar seu ambiente, mas não venceu seus traumas, sutilmente impôs a vida liberal ao marido que, acomodado, vai levando.

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Sabia q o corno iria ceder , aqui no site o homem acaba se tornando manso por bem ou por mau

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Parabéns por estas voltas e reviravoltas. Para mim foi o melhor final possível e como todos os casais liberais se devem relacionar.

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Foi um final politicamente correto, mas foi "bão" demais.

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Listas em que este conto está presente



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