Meu nome é Lara, casada, mãe de dois filhos lindos, um marido afetuoso, super gostoso. Não tenho que reclamar da minha vida pessoal e nem da profissional.
Não tenho do que lamentar, não tinha para ser mais exata. Até uns meses atrás, quando uma sucessão de fatos começou a acontecer e eu me vi envolvida num turbilhão de emoções.
Nunca pensei que uma coisa assim viesse a me acontecer, mas aconteceu e como diziam por aí: "nunca diga nunca".
Eu sou corretora de imóveis e o Enzo trabalha no ramo de construção civil. Tem uma construtora em sociedade com o irmão. Meus filhos estão na faculdade. Vida tranquila até que a empresa do meu marido começou a ter problemas financeiros por conta de um problema com o contador.
Do dia para noite a vida confortável e tranquila em que nós vivíamos passou a ficar em perigo. Descobriram o desfalque no final do ano passado.
"Nem usando o que nós economizamos resolve o problema. Ainda ficamos devendo mais de 300 mil."
"E seu irmão? Ele não tem como ajudar?"
"Estou somando o que ele tem. Fernando tem menos do que nós."
Minha vida começou a ficar de pernas para o ar. Como corretora eu às vezes ganho muito dinheiro, já me aconteceu de ter uma sequência de vendas incrível. Mas não é toda hora que isso acontece. É raro, ainda mais com valores assim.
Os irmãos começaram a estudar a possibilidade de colocar a firma em recuperação judicial. Parecia ser a única saída, mas mesmo assim as coisas lá em casa iam piorar bastante.
Não víamos perspectivas. Enzo começou a falar em vendermos a casa. Uma idéia que me deixava ainda mais deprimida. Foram anos até conseguirmos construir a casa dos meus sonhos. Não tinha nem dois anos que morávamos ali.
Eu não queria nem pensar muito. O Natal e a virada do ano novo foram uns dos mais tristes que eu já vivi. Mas foi aí que tudo começou a mudar.
Começou com um telefonema de uma grande amiga, Julia, corretora como eu:
"Lara! Bom dia."
"Oi Júlia! Como vai?"
"Querida eu estou precisando de uma ajuda. Você pode ver para mim?"
"Posso, mas o que é?"
"Eu estou de férias e um cliente não para de me ligar. O chato quer comprar um terreno e o problema era o financiamento do banco, pelo jeito conseguiram. O problema a negociação com a dona do terreno. Justo quando eu estou de férias. Que saco!"
"Tá certo. Eu quebro esse galho pra você."
"Depois você me passa um outro cliente seu."
"Pode deixar. Mas quem é a figura?"
"Lembra do Marcelo? Aquele que eu te contei a estória."
"O que te levou pra jantar?"
"Jantar! Você sabe que foi mais. Pode falar, o que me comeu."
"Você é louca Júlia. Imagina se o Francis descobre?"
"Só se você contar para ele."
"Claro que eu não vou fazer isso."
"Eu sei que não sua boba! Mas olha o negócio com o Marcelo é grande, tudo ali é grande, háhá! E lindo, aí que homem lindo."
"Mas ele não é o chato, o que tem o ego maior que um estádio de futebol?"
"Esse mesmo. Por isso não reclamo muito em passar o Marcelo pra você. Pena mesmo é a grana que eu vou perder, a negociação é de milhões. Vão comprar um terreno para construir uma fábrica. Sua comissão vai ser gorda amiga, se tudo der certo."
"Tanto assim?"
"Pois é, você vai ter que me passar mais do que um cliente pra compensar. Fora que... que o Marcelo é um gato, lindo e gostoso."
"Você sabe que eu não sou dessas. Já tenho quem me satisfaça."
"Era o que eu pensava até ir pra cama com ele. Chato, mas muito, muito safado. E ainda me pagou por fora."
"Igual uma prostituta! Sem essa Júlia."
"Você é que sabe. Mas que valeu a pena, valeu."
Toda mulher, ainda mais as corretoras sabem como são os homens. Os tímidos demais que nem olham, ou os extrovertidos que acabam exagerando. Na maioria das vezes basta você se fazer de desentendida que o sujeito entende o recado.
Quando são abusados o jeito é deixar claro que você é casada. Pra mim, exceto um caso ou outro, é sempre o suficiente. Até porque eu sou apaixonada no meu marido, não tem por que eu aceitar algum tipo de flerte.
Marcelo não me deixava apreensiva, era só usar das mesmas técnicas. Seria só mais um cliente, mesmo sabendo das coisas que Júlia havia me contato, um dia bêbadas na casa dela.
Nunca vi uma mulher tão impressionada com um membro masculino, nem as adolescentes são assim!
"Que boca... que corpo meu Deus! Que pau maravilhoso!"
Juro, foi isso que Júlia disse. Achei muito engraçado. Parecia mesmo uma adolescente. Porém, o cara não era nem um santo. Convencido, abusado, um canalha, foi o que ela me disse.
Disquei no celular o número que Júlia me passou. Uma voz de locutor de rádio surgiu do outro lado.
"Pois não?"
"Alô! Eu sou Lara, amiga da Júlia. Ela me pediu que falasse com você. Parece que é sobre a compra de um terreno?"
"Oi Lara! Marcelo, pensei que seria com ela?"
"Júlia está viajando. Férias. Ela me pediu pra ajudar."
Havia uma certa decepção na voz do rapaz.
"Que pena! Bom! Se não tem outro jeito. Podemos marcar um encontro, aqui no meu escritório?"
Foi o que fizemos, no dia seguinte, nove horas da manhã, lá estava eu no elevador de um edifício envidraçado, uma vista magnífica da lagoa das Veredas. Vendi alguns escritórios quando lançaram o empreendimento há uns três anos. Me deu um bom retorno na época.
Bati na porta da sala que ele me passou. Demorou, mas alguém destrancou a porta com alguma pressa e abriu. E eu me surpreendi.
"Marcelo?"
"Lara! Entre por favor. Sente ali no sofá enquanto eu termino a ligação."
Um homem de cabelos grisalhos, bronzeado, na faixa dos cinquenta anos, segurava um celular encostado na orelha. Aquela voz de trovão, lindo, realmente lindo, ainda mais no terno azul marinho que ele vestia, uma gravata de seda e um sapato italiano.
Júlia me deixou outra impressão sobre o sujeito. Achei que era mais jovem. Era um senhor, mais velho do que eu. Me deixou um pouco decepcionada. Ainda bem que a vista da lagoa era maravilhosa, ainda mais do décimo quinto andar onde nos estávamos.
Não demorou muito Marcelo se sentou numa poltrona ao lado do sofá onde eu estava. Aquele jeito destemido de um homem de negócios, objetivo, eles sempre me lembram uma onça atrás da caça.
Seus olhos azulados combinando com o sorriso cativante só deixam o homem ainda mais simpático, e bonito, apesar de ser mais velho que eu esperava. Fui me acostumando com a figura.
Ele me explicou tudo, me disse que queria fechar o negócio o mais rápido possível, que os sócios já haviam concordado. Era só a questão com a dona do terreno, uma viúva sem filhos que era muito complicada.
"Por isso eu precisava da Júlia, entendeu? Parece que a viúva se deu bem com ela. O problema do valor já está acertado, a questão é que precisamos da papelada assinada até o meio do mês e a viúva não quer falar comigo. Só queria a Júlia."
"Então deixa eu tentar Marcelo. Quem sabe eu consigo? Já tive casos assim."
"Sei não, a velha não te conhece, daquelas cheias de manias."
"Não custa tentar, não é? E qual o valor da transação afinal, você não me disse?"
Tomei um susto quando ele me falou, cinco milhões de reais com três porcento de comissão.
"Se você fechar o negócio antes do dia quinze ainda te dou uma gratificação."
"Gratificação?"
"Um porcento a mais se o negócio for concluído até o dia 20. Você tem quinze dias."
Gostei, ele viu que meus olhos faiscaram. Não resolvia o problema do Enzo, mas era quase um milagre um dinheiro desses caindo do céu. Quem sabe ajudasse numa negociação com os credores.
"Eu vou ver o que eu posso fazer. Você não sabe como eu ando precisando de grana."
Ele riu, impetuoso colocou a mão no meu joelho e falou:
"Dinheiro não é o problema. Gostei de você, Júlia é mais nova, mas agora olhando com calma vejo que você tem muitas qualidades."
Deu para perceber até onde o homem queria chegar.
"Brigada. Bom, mas deixa eu indo, meu tempo é curto pra resolver o seu problema."
***
Sai dali já ligando para a Vilma, a viúva que era dona do terreno. Foi um custo para conseguir falar, só consegui marcar um encontro no final da tarde do dia seguinte.
Enquanto isso o Marcelo não parava de me ligar ou mandar mensagens, não é atoa que a Júlia chamava o sujeito de chato, eu diria um porre! Daqueles que não conseguem ouvir um não. Tudo tem que ser resolvido na hora e a tempo. Esses ricaços que vivem numa bolha isolados do mundo.
Quando encontrei Vilma, ela era como eu a imaginara. Muitos clientes são, desconfiados, amendrotados. Ainda mais uma senhora de quase oitenta anos de idade que não parava de falar do falecido marido.
"Tobias é quem cuidava dos negócios, minha filha. Ele é que entendia dessas coisas. Eu, eu não sei por que os jovens de hoje querem tudo com tanta pressa, não podíamos conversar mais?"
"Não é o doutor Marcelo, dona Vilma, são os bancos que financiam a negociação. Eles que estão pressionando, parece que conseguiram uma taxa de juros mais vantajosa."
Nem sei se aquilo era uma verdade, devia ser, só que o Marcelo não falou pra mim. Mas o mais importante é que eu fui conseguindo ganhar a confiança da Vilma. Ainda que ela permanecesse em dúvida sobre a venda do terreno.
Era uma questão de tempo, o problema era que o prazo de 15 dias podia não ser suficiente. Isso me deixava ansiosa, como sempre me acontecia nos fechamentos dos contratos, ainda mais agora com a pressão dos meus problemas familiares.
Contei a Enzo sobre a negociação, o homem se animou, mas duzentos mil não resolviam o problema. Eram os trezentos ou nada.
"Poxa amor, será que você e seu irmão não conseguem baixar esse valor?"
"O banco deu esse como o valor mínimo, tiraram um tanto, mas se não for esse valor vão nos acionar na justiça até o final do mês. Ou isso, ou pedimos recuperação judicial?"
Apesar da notícia não ser boa, confesso, naquela noite eu estava assanhada, são os hormônios a flor da pele. Me excita viver dentro de um nível mais alto de estresse toda vez que estou perto do fechamento de um negócio. Enzo sabe, e adora quando eu fico... assanhada.
Ele vê nos meus olhos.
Viu nesse dia, nós dois já na cama. Nossos rostos colados, o riso sapeca.
"O que é Lara?"
"Nada, nada... amor"
"Tá precisando, é?"
"Tô, muito. Cê sabe como eu fico."
Ele riu, como se fosse um pai olhando para uma garotinha. Adoro quando ele faz assim. Trocamos uns beijinhos, eu enfiei a mão por dentro do lençol, fiz uns carinhos na barriga, até mexer no calção. Enzo sempre fica duro antes mesmo dos toques. Não foi o caso desse dia, já não era há semanas, mas também com os nossos problemas não era para menos.
"Que foi amor? Ainda preocupado, esquece! Relaxa."
"Tô tentando, tentando, mas..."
"Deixa eu te ajudar, hum? Um beijinho quem sabe? Um boquete?"
Eu não gosto de usar palavras chulas numa conversa, mas tem hora no sexo, sei lá, esquenta o clima. Faz a gente pegar fogo. Eu sei Enzo adora.
Eu ri e desci. Estava mais molenga do que o normal. Senti meu marido tenso, agitado, coloquei seu membro na minha boca. Ele gemeu...
"Uuuunnnh!"
Aquilo foi inchando, crescendo na minha boca. Não sei dizer se o pau do Enzo é enorme. Meu marido sempre me satisfez, e a gente sempre apimentou nossa relação para não deixar cair na rotina.
Não sou de me preocupar com isso até por que nunca tive problemas. Pelo menos não até aquele dia. O problema que tinha alguma coisa estranha no ar. Enzo não conseguia se concentrar, mesmo sem me dizer nada eu sentia que ele não estava ali.
Trabalhei a cabeça do pênis com a língua, eu sabia como Enzo gostava, mordi a glande... Ele gemeu e endureceu. Fiz uma coisa que eu não costumo fazer, mas que eu sei que ele gosta. Cuspi, uma baba longa, uma coisa bem sacana. Olhei pra ele, safada, bem safada e masturbei o meu homem.
Minha vagina estava que era um forno, sentia o suor nas minhas virilhas. Eu precisava me aliviar, aquela tensão toda. Os problemas com firma, da negociação com a Vilma, o Marcelo. E fico ansiosa, como sempre uma boa foda alivia o espírito. Nada melhor do que uma boa noite de sono depois de uma transa.
Foi nisso que eu pensei quando sentei no colo do Enzo. Eu estava com uma camisola transparente, sem calcinha. Segurei a pica do Enzo e montei. Aquele tronco foi me invadindo o útero. Grosso e gostoso.
"Aaaahhh! Uuuuuh! Amor!"
Montei meu homem com muita fome. Meus sucos desciam molhando os nossos corpos. Eu cavalgava e gemia, mas tinha uma coisa errada. Eu não sentia a química com Enzo. Ele não estava ali, não concentrava, não permanecia duro, nem ativo.
Tentei duas, três, sei lá quantas vezes, fazer ele me penetrar novamente, mas nada funcionou. Não era a primeira vez, mas as poucas vezes foram quando ele estava muito cansado ou muito bêbado.
"Vai amor! Vem, vem! Goza em mim! Vem!"
Já mais que ansiosa tentei fazer ele entrar de novo no clima. A gente abraçado, os rostos colados, o suor escorrendo nos nossos corpos. Não adiantou muito.
"Desculpa, desculpa amor. Hoje eu não estou conseguindo."
Eu ainda tentei me concentrar. Eu estava quase chegando, quase! Era meio frustrante, mas, eu entendia preocupações do Enzo. Não estava sendo fácil tudo aquilo. Respirei fundo tentando não me mostrar nervosa.
"Tudo bem, amor. Não tem problema. Não se culpe."
Dei um beijo na face. Enzo parecia um menininho que quebrou o brinquedo. Me deu pena, mas também... aquilo tudo estava me deixando louca. Foi difícil me controlar.
"Que sabe amanhã?"
"É, amanhã a gente faz querido."
Sai de cima, aquele clima constrangedor, deitei ao lado. Dei boa noite e tentei dormir. Que disse que conseguia! Estava tensa, doida por uma boa foda, mas eu podia fazer o que?
Não demorou pro Enzo dormir, comecei a ouvir os seus roncos. Meu marido não ronca muito, até me embala na hora de dormir. Me acostumei, ou sou surda. Só que naquela noite nem isso me acalmava.
O jeito foi fazer o que toda mulher faz nessas horas. Cuidei de mim mesma. Usei minhas coxas pra me provocar, meu clitóris logo deu sinal de vida, comecei a molhei as coxas. O Enzo roncando e eu do lado me masturbando. Enfiei a mão entre as minhas coxas.
Aquela sensação gostosa voltando a tomar o meu corpo. Eu só não podia gemer muito. O perigo de ser pega me deixou ainda com mais tesao. Minha vagina melava, minha boceta pulsava.
"Enzo, Enzo!"
Comecei a falar baixinho o nome dele quando uma imagem nublada começo a surgir na minha mente. Eu tentando imaginar uma foda louca com o meu homem e de repente quem apareceu sorrindo? O chato do Marcelo, pode!? Aquele sorriso cativante, os olhos azulados, a pele bronzeada.
E o pior é que a imagem não sumia. Cada vez mais nítida, ele rindo, falando umas bobagens.
"Oooooh! Oooooh!"
Eu gemia mais baixo que conseguia, o homem me despia a camisola, me agarrava a mama e chupava. Um mordia esfomeada, me puxando o bico do seio.
"Aaa.. Aaaaah!"
Meus dedos se afundaram na minha vulva. Apareceu a voz da Júlia em meus ouvidos.
"Gostoso, muito gostoso! Um pau maravilhoso!!"
Na tal história o Marcelo me deitou numa mesa do escritório dele, me despiu inteira. Seus olhos brilharam me vendo nua. A boca salivando, um macho louco pra me comer.
"Aaaahh! Cara...lhooo! Vem, vem logo. Aaannn!"
Sem cerimônia seus dedos me invadiram a vulva, me tocando por dentro ao mesmo tempo que me excitava o grelo. Me dizendo um monte de sacanagem.
Me comeu gostoso, agarrando as tetas, expremendo. Me chamando de vagabunda gostosa. O tesão la em cima. Só que a imagem foi nublando de novo. De repente, não era ele, era Enzo, os dois ao mesmo tempo.
Minha boceta melava, meus dedos untados e eu quase chegando no meu limite. Gemi sem me dar conta, senti o Enzo se mexer na cama. Resmungou alguma coisa e voltou a dormir.
Não era o meu dia. Acabei chrgsndo, mas não foi o melhor dos orgasmos,pelo menos me senti aliviada.
Nossa!
Só não entendi por que Marcelo apareceu ali? Não tinha motivo nenhum pra me excitar com ele. Não passa de um chato egocêntrico como Júlia falou.
Pelo menos me fez dormir mais calma, amanhã era um novo dia e o meu tempo para fechar o negócio com a Vilma só ia diminuindo.