Prefácio:
Este conto não foi criado para falar de príncipes encantados e princesas intocadas, o já citado conto vai tratar das pessoas ordinárias, seus desacostumes diários e triviais cheios de aspirações, medos, dúvidas e seus pequenos prazeres mundanos antes de serem novamente tragados pelo fluxo da realidade.
O autor baseia-se superficialmente em suas experiências pessoais, misturando fatos reais e ilusórios para tornar a história tanto real quanto lúdica. O intuito deste conto é mostrar que fantasias de romances e aventuras continuam sendo vivenciadas nos tempos modernos assim como nossos antepassados, estes por sua vez experienciaram aventuras ainda mais arrebatadoras devido aos contextos sociais.
Os encontros em sua maior parte parecem ter sido normalizados de tal forma que seus estímulos perderam sua capacidade de tocar profundamente a alma dos que os experienciam, isso tudo, apesar de vivermos em um mundo moderno onde a sexualidade e a eroticidade são conceitos discutidos e vividos mais abertamente.
Por isso o autor escreve seus contos de forma a ressuscitar as emoções e prazeres vividos ao entregar-se para tais desejos e ao profano que existe dentro de todos nós. Desejo a você uma boa leitura
Capítulo I: "Melhor segura do que arrependida."
Essa história inicia com a enervante rotina de uma jovem moça a flor da idade, seu dia raiou, seu despertador já havia tocado mais de 3 vezes. Preguiçosamente ela levanta da cama e desliga o alarme do seu celular com tela trincada ao som dos pássaros cantando que mais a irritavam do que tornavam fantasiosa sua manhã. Se dirige então ao espelho do banheiro e por um momento reflete se ela estava realmente vivendo ou aquilo era uma simulação, quem sabe um sonho repetitivo que terminava antes que ela pudesse alcançar seu objetivo.
Depois de cuidar de sua higiene básica coloca uma chaleira no fogão, ela preferia chás calmantes ao café, pois sua mente era agitada o suficiente para precisar de qualquer estimulante, colocava em cima do armário um pequeno timer enferrujado para 5 minutos, retornando ao banheiro deitava em sua banheira cheia enquanto aguardava a água ferver, deslizando nua para a água gelada que cobria até sua boca, o frio fazia sua pele morena arrepiar e seus mamilos ficarem tensos. Enquanto banhava-se, aspirou por um momento tocar suas partes íntimas e presentear-se com um pouco de deleite, um luxo que foi roubado dela ao ouvir o barulho da chaleira assobiando vigorosamente, ela havia se perdido em seus devaneios dentro da água fria. Hora de abrir a porta e fingir-se de forte, ela recebe a luz do sol e vai mais uma vez enfrentar seu dia.
Seu nome era Lis, uma jovem estudante de estética que trabalhava para si mesma aos finais de semana, morava naquela capital por obrigação, ela vinha das praias semi-virgens reservadas a parte interior do seu estado, por isso, sua pele era definitivamente morena porém de maneira suave como chocolate ao leite e tinha olhos castanho escuros de traços delicados herdados de sua herança indigena, quem sabe Anacé ou Potiguara, os cabelos dela eram negros e sedosos porém não muito longos, pousando um pouco abaixo de seus ombros com uma franja que quase tocava seus olhos, sua boca tinha lábios carnudos de curvas sinuosas por muitas vezes fazendo um bico que na maior parte do tempo nem mesmo ela percebia estar expressando. O que dizer então de seu corpo? Bom… vocês saberão logo mais.
“Melhor segura do que arrependida”, dizia constantemente para si mesma, acredito eu que essa era a forma dela validar toda aquela pressão que vivia como algo bom, como algo que iria valer a pena no futuro. Finalmente terminara seu estágio por volta das 18:00 naquele dia, ela precisava pegar dois ônibus, todos os dias, o primeiro lhe deixaria num ponto exatamente na metade do caminho de sua casa, depois de meia hora de percurso no qual ela torcia para que houvesse um lugar na janela onde ela pudesse ouvir três ou quatro músicas e o segundo ônibus deixaria ela numa esquina a dois quarteirões do seu apartamento.
Desceu então do primeiro onibûs para aquele ponto isolado cheio de pichações, estava e solitário e frio porém ela já havia se habituado a estar lá pois seu transporte não demorava mais de 15 minutos para chegar, sempre havia algumas pessoas com ela e aquele também era o famoso horário do Rush e as ruas estavam fervilhando de automóveis fazendo barulho e deixando seus rastros quentes de fumaça. Garota corajosa, eu diria, ou talvez apenas descuidada.
Ficou lá em pé abaixo da luz amarelada do poste quando sentiu os primeiros respingos — Ah não! — exclamou decepcionada — Logo hoje? Não tinha uma nuvenzinha no céu hoje de manhã — Disse Ela. Voltou para baixo do toldo cheio de goteiras do ponto de ônibus, e lá se vão os minutos que passaria descansando, seus pés já estavam frios e encharcados, seu tênis branco recém limpo cheio de lama. — Não tem jeito, vou chamar um Uber para me levar, a essa hora deve estar uma fortuna mas é melhor do que ficar aqui pra sempre — Disse em seu pensamento, sim… ela costumava falar sozinha.
O barulho das buzinas e dos carros embalados pela chuva era quase ensurdecedor, os cheiros não eram nada agradáveis, e havia luzes de farol e placas de neon que lhe ofendiam a vista já castigada por um astigmatismo vindo de seu vício em redes sociais, não era difícil imaginar que até o mais calmo dos homens poderia sair estressado daquele pequeno retalho de rotina, porém, em meio aquele cenário no mínimo caótico teve a sorte de ser rápida o suficiente para ler na tela de seu celular que já estava quase descarregando: “Seu motorista vai chegar em breve em um HB20s Preto” notificou seu celular que logo desliga subitamente — Que merda, como eu vou saber que que carro é esse? — Pensou e então cutucou o braço de um senhor que estava a poucos passos dela e disse:
— Moço, tu sabe qual desses é um hb20s preto chegando? — Disse apontando pros carros que ainda estavam chegando.
— Eu acho que esse que acabou de parar aqui em frente é um desses, minha filha — mostrou pacientemente o senhor um carro preto desligado em pleno sinal vermelho.
— Puta que pariu! — Disse ela enquanto pegava sua mochila, suas sacolas molhadas de compras e guardava seu celular no sutiã — obrigado moço, desculpa! — disse ela enquanto corria debaixo da chuva para dentro do carro.
Entrou quase se jogando no banco traseiro, ao mesmo tempo que o carro começou a funcionar, como se o solavanco do seu pulo o tivesse ajudado a retomar a força, ela enxugava seu rosto, tirava o celular — que droga molhou to… — interrompendo sua fala ao perceber os olhos vidrados do motorista nela através do espelho, os carros de trás buzinaram freneticamente e ouviam-se gritos e xingamento para que aquele carro saísse do lugar pois o sinal já estava aberto e ele estava atrasando o trânsito já lento daquela metrópole — Quem é você? — perguntou num tom grave e sério de forma que fez ela parar tudo que estava fazendo e olhar para ele pelo reflexo do retrovisor viu seus olhos vidrados nela de tal forma que nem piscavam.
Medo, essa era a sensação que percorreu todo seu corpo, gelando sua espinha e transportando calor por suas veias de seus braços até suas mãos que começaram a suar e que perderam as forças. só podia sentir seu coração latejar e crepitar do peito a garganta mais rápido do que jamais havia sentido — Eu perguntei quem é você? — Disse o motorista que passava a marcha começava a acelerar e liberava o trânsito, ela mal podia respirar, quanto mais falar. Estava no carro de um estranho que lhe assustava só com a voz, um carro preto o qual não tinha a menor ideia de qual era a placa. Se encontrava em completo desespero pelo que poderia lhe acontecer e em sua mente mil cenários aconteciam, todos eles acabando muito mal para ela.
— Calma — Disse o motorista ao perceber o estado trêmulo e mudo em que ela se encontrava.
— Mas eu não poderia ficar lá parado senão tomaria uma multa então vou te deixar no próximo sinal verde numa farmácia que tem logo mais a frente.
— Moço… por favor — exclamou ela quase soluçando.
— eu já disse que não vou te machucar menina, se acalma! Se eu ficasse ali seria pior. Eu vou estacionar ali na frente, tá vendo? Naquela farmácia.
— Desculpa, eu to com medo, moço, por favor… — disse ela chorando.
— Essas coisas só acontecem comigo… — Exclamou, posteriormente deixando um silêncio sepulcral tomar conta daquele ambiente pelos próximos segundos até estacionar ao lado de uma farmácia.
O motorista parou devagar na vaga, respirou fundo e abriu a porta e em um só impulso abriu a porta e saiu. A moça se aliviou por um momento vendo que ele cumpriu sua palavra mas ainda assim pensou em correr, porém, ao tentar mover as pernas elas não lhe corresponderam a ordem, ouviu então a porta abrindo e uma mão se estendeu para ajudá-la. — Eu sinto muito, hoje o dia foi muito difícil, eu não deveria ter falado daquela forma com você, sei que está assustada. — Ela então engoliu parte de seu choro e limpou seus olhos marejados recolhendo suas coisas e tomou a mão dele mas não tinha forças para apertar, mas ele apertou a dela, as mãos daquele homem eram quentes e ásperas mas não eram grossa ou calejada, eram como as mãos precisas de um cirurgião ou as rápidas mãos de ladrão.
Após ajudar ela a sair do carro observou ela ficou estática embaixo da sacada que estava acima da fachada da farmácia olhando pra baixo tentando se acalmar ainda, ele se precipitou de volta para dentro do carro na chuva para procurar por alguma coisa e achou um celular e tentou entregá-la dizendo — acredito que isso seja seu… — Ela finalmente levanta a visão pela primeira vez olha ele diretamente nos olhos de perto.
Não era muito mais alto que ela nem mais velho que ela, não parecia ter chegado a casa dos 30 anos, ele vestia uma blusa social branca respingada pela chuva parte de um terno azul escuro slim de seda, sua pele era branca, quase pálida, e tinha uma barba feita naquele mesmo dia não muito volumosa, seus olhos eram de um castanho mel, afiados como os de uma águia que a miravam ela sem exitar, exalava certa tranquilidade que só se adquire ao viver muitas experiências o que era incomum para alguém daquela idade.
— Você vai ficar bem aqui, pode pedir o wifi da farmácia pra chamar um uber ou pode caminhar para pegar um ônibus quando a chuva passar — disse ele caminhando e entrando no carro. Fechou a porta rapidamente como quem queria se livrar de mais um problema e suspirou, apoiando seu cotovelo na porta e sua mão na sua boca então, virou os olhos para a menina, pobre garota, ainda estava lá sem mover um músculo, então tomou alguns segundos para pensar enquanto sentia o doce cheiro de perfume e suor daquela morena que ainda pairava no ar condicionado do carro — Que porra eu tô fazendo? — disse ele para si mesmo abrindo novamente a porta e saindo mais uma vez na chuva se aproximou dela tomando-lhe pelo braço mostrando pouca delicadeza e a fez sentar em um banco de ferro que ficava na frente da farmácia, — Tá tudo bem? — Perguntou o estranho, ela apenas acenou com a cabeça que sim — Não parece estar então — falou ele.
Entrou rapidamente na farmácia deixando ela só e assim como entrou saiu com uma garrafa de água na mão e lhe ofereceu — Toma isso, vai fazer você se sentir melhor, você tem como ligar pra alguém vir te pegar? Seus pais? — Novamente ela respondeu apenas com a cabeça balançando negativamente e tomou um gole da água — Olha, eu sinto muito, ok? Não foi por mal, é o meu jeito, onde você mora? — Perguntou ele enquanto observava sua blusa molhada tornando-se transparente e marcando um sutiã também branco de renda e por um instante desejou ser a gota de água que escorria nos seios dela, porém rapidamente trouxe sua atenção de volta. — Meu celular descarregou e eu nunca peguei ônibus por aqui nessa parte da cidade. — Suas primeiras palavras concretas desde que chegou a companhia daquele homem. Ele para e suspira tomando um momento para pensar e diz — Pega, você sabe ligar um carro, não sabe? É só colocar a chave da ignição e girar até ele ligar. você pode carregar seu celular lá dentro, eu fico aqui. POR FAVOR não tente roubar meu carro, eu vou te rastrear até o fim do mundo. — disse ele enquanto colocava as chaves na mão dela, alternando entre tons de voz complacentes e sérios.
A moça abre a porta do banco do passageiro e se senta procurando na sua mochila o cabo do seu carregador enquanto seus ouvidos lentamente se acostumam com o barulho abafado da chuva no teto e nos vidros e percebeu que não estava mais com ela seu carregador, devia ter deixado no trabalho — O que mais pode dar errado? — Pensou ela fechando os olhos e passando a mão no rosto.
Olhou ao seu redor e notou um pequeno maço de cartões de visita pretos recém impressos escrito “Adrian: Advogado Empresarial” olhou então para fora aquele e viu aquele homem sentado na ponta do banco onde estava com seus cotovelos apoiados nos joelhos olhando para os lados. Pensou então: — Ele é bruto, mas não parece ser alguém ruim, se esse cartão for dele então ele trabalha com a lei… talvez por isso tenha tentado me ajudar, só para não ser acusado de assédio ou quem sabe ficou com pena de mim — De repente viu o homem se aproximar e dar a volta no carro, nesse momento a chuva já se acalmava e caia suavemente em forma de garoa.
Ele abre a porta e diz:
— Não conseguiu ligar?
— Esqueci meu carregador. — fazendo-o a olhar com uma cara descrente.
— Minha nossa... enfim você não me disse onde morava. — deixou a pergunta no ar.
— Moro na Alameda das Rosas — respondendo já imaginando o que viria a seguir.
— Não é exatamente minha rota, mas é perto o suficiente, se você quiser uma carona eu te levo até lá… — disse o estranho, porém solicito homem. Enquanto isso ela se perguntava, o que esse cara quer? Será que vai tentar algo? Imaginou que se ele queria a machucar poderia ter feito isso logo quando entrou no carro deixando-a presa e me levando pra um lugar sombrio.
Acenando novamente que sim com a cabeça, confirmou positivamente que aceitava a carona daquele homem que lhe causava tanta confusão, bom e mal, cuidadoso porém ríspido, ela não tinha muitas opções afinal, porém ainda estava com medo. Já havia saído no carro de estranhos outras vezes, mas nunca sem suas amigas de balada. Então ele deu partida e saiu deixando novamente o silêncio tomar conta daquele carro.
— Eu não sou uma menina! E Obrigado Adrian, esse é seu nome não é? Desculpa pelo incômodo.
- O seria então? Um menino? — disse de maneira sarcástica — Tá tudo bem, nós dois criamos essa situação juntos. Mas facilitaria minha vida saber seu nome…
— Lis.
— Ok, agora somos iguais. Você sabe meu nome e eu o seu, mas segure isso se vai te fazer sentir melhor, não tenho internet mas pode ligar pra emergência a qualquer momento, não que eu ache que vai precisar. — Disse ele entregando seu celular no colo dela.
Então na curta viagem que se seguiu e em pequenas falas começaram a notar que eram completamente diferentes porém também tinham suas semelhanças nos pontos mais inacreditáveis. Nesse ponto ela estava quase relaxada, sua respiração tomava novamente um ritmo regular e ele reparou um estranha tendência a obediência que vinha dela.
A atração entre eles começava a surgir à medida que aquela situação incômoda ficava para trás, principalmente da parte dele que soube disfarçar melhor do que ela os olhares, ela no entanto observava ele com atenção enquanto ele falava, percebendo que seus traços lhe eram agradáveis e talvez isso tenha lhe ajudado a baixar sua guarda novamente. Finalmente chegando ao seu destino estacionou onde a moça havia indicado e disse:
— Bom, chegamos, deixa eu te ajudar com essas coisas — saiu primeiro do carro e abriu a porta traseira tirando todas as sacolas de uma só vez. Deixando ela sozinha por um momento a pensar que poderia estar agindo como uma completa louca por ter aceitado aquela carona e por tudo que poderia ter acontecido. — Obrigado de novo e desculpa de novo também.
— Não se preocupe, não moro tão longe daqui, — Então estendeu a mão para ela e dessa vez foi correspondido por um vigoroso aperto de mão.
— O celular moça… — Disse ele rindo novamente incrédulo com o quanto aquela mulher conseguia ser estabanada, porém era divertido e delicado o seu jeito. Ele então desceu as escadas da calçada alta onde ela ficou e abriu a porta sem olhar para trás quando ouviu um semi-grito:
— Ei, espera, quer subir? Para se secar, sabe? Você se molhou todo por minha causa… — exclamou gaguejando de maneira que nem mesmo ela acreditava no estava dizendo. antes de se virar ele sorriu com o canto da boca, sim, ele não tinha outras intenções mas aquele homem não era nenhuma criança, teria sim, agido de boa fé mas sabia onde aquilo poderia parar.
Subiram então as escadas deixando rastros de pés molhados, ela morava no terceiro andar, era bastante ventilado mas ao abrir a porta com dificuldade para achar a chave, o ar abafado de um dia inteiro se esvaiu mostrando o cheiro de uma casa definitivamente habitada por uma mulher, não era desagradável, cheirava como um pomar banhado pela relva, porém não havia um só lugar sem livre de bagunça e Adrian passou a se perguntar se Lis era mãe pois ali pareciam morar crianças.
— Fica a vontade, pode se sentar ou sei lá — disse ela sem olhar para trás enquanto recolhia algumas peças de roupa do chão, das mesas e cadeiras.
— Eu tô bem aqui, não pretendo demorar mesmo.
Ela volta depois de alguns segundos com uma toalha seca que tinha manchas de tinta, sinal de que ela já havia mudado a cor do seu cabelo tentando se encontrar. Lis então entregou a toalha e ficou lá parada vendo ele enxugar seu cabelo e rosto enquanto cobria seu rosto sentiu novamente o aroma dela mais claramente e num momento foi arrancado daquela realidade e em um tipo de delírio viu ela saindo do banho enrolada naquela toalha exalando um aroma doce, refrescante e suave.
Trouxe de volta sua atenção e tentou enxugar a barba mas ao revelar seus olhos viu ela parada na sua frente com um sorriso inexplicável, ele não imaginava que ela ainda estaria aí ainda mais sorrindo depois de tudo que aconteceu e disse:
— O que foi?
— Nada, só tô rindo, porque desde que você apareceu eu não tomei sequer uma decisão prudente e aqui está você na minha frente com sua indelicadeza e olhos penetrantes, você trata todas assim? Dessa maneira? Quando você me olha sinto como se atravessasse minha pele
— Só trato assim as que tem nariz empinado igual você.
— Eu não tenho nariz empinado! Ou tenho?
— Se não tivesse não seria descuidada ao ponto de me trazer aqui, talvez você ache que coisas ruins não podem acontecer com você, mas está enganada.
— Está falando de você? Vai me fazer algum mal?
— Não me provoque
— sabe o que você me parece Adrian? Um cãozinho, um filhote perdido que late alto tentando amedrontar tudo que se aproxima sem compreender o que está a sua frente. — Disse ela mostrando uma seriedade que até então ele desconhecia, Adrian dá um passo à frente soltando a toalha no chão e fazendo ela andar para trás e encostar na parede. Parou para observar friamente os olhos dela que estavam quase cobertos pela franja nesse momento, o silêncio toma conta do ambiente e sem nenhum aviso lhe toma um beijo.
Smack! Fez o som dos lábios descolando, ambos ficaram em silêncio por um momento, quando se tocaram sentiram ambos um choque inesperado, foi claramente um beijo úmido e macio ambos tinham lábios carnudos. Ele pensava no que tinha acabado de fazer por impulso, e ela sem entender ainda se estava zangada, tímida ou se queria mais.
Adrian deu um passo pra trás e desviou o olhar quando sem nenhum aviso duas mãos frias lhe seguraram pelo rosto o trazendo de volta para Lis que saltou para ele o fazendo recuar para a outra parede e dessa vez ele a segurou pela cintura enquanto ela lhe tocava a face entrelaçando seus dedos na sua barba áspera.
O coração de Lis batia forte novamente sentiu calor por todo seu corpo vindo daquele surto de coragem, seu ato não foi medido pela mente mas pelo seu eu mais primitivo, parou por um momento de boca aberta tomou um pouco de ar e o beijou de novo, sentiu então que uma das mão dele saiu da sua cintura e percorreu sua nuca até que sentiu um aperto e um puxão.
— Ahg! — suspirou Lis em dor e excitação, sentindo suas cabeça ser puxada para trás, Adrian havia feito isso para olhar lhe de novo, precisava saber se aquela era a mesma mulher que estava com ele, ainda segurando seu cabelo coloca a cabeça de Lis de lado, se debulhou sob sua nuca, entregando-se ao desejo, ele queria ter feito isso desde que sentiu seu aroma pela primeira vez, e foi recompensado ficando extasiado entre beijos lentos e mordida que iam da orelha ao ombro por todo aquele pescoço.
O corpo e a mente de Adrian se preparavam sentia também calor e vontade de tirar a roupa seu volume começava a marcar a calça e estava colado no corpo de Lis que sentiu imediatamente e sorriu, Lis levou suas mãos que nesse momento estavam no peitoral de Adrian deslizando até sua calça acariciando ele enquanto recebia dúzias de beijos caloroso na sua pele, ele se assustou a princípio mas permitiu que ela o tocasse livremente mas ela retira suas mãos e se afasta.
Sem dizer uma palavra tomou suas mãos e o levou até o sofá e sentou nele enquanto ele estava de pé, ele se curva puxando a blusa de Lis enquanto a beija ferozmente e retira seu sutiã em um só jogada de mão, algo que ela percebeu habilmente levando-a ela a crer que ele já tinha feito aquilo muitas vezes. Ele coloca um joelho entre as pernas dela e a recosta no sofá lhe empurrando pelo ombro para que pudesse observar seu corpo semi descoberto. Ela não tinha seios fartos, ou uma marca suave de bronzeado. As suas aréolas dos mamilos eram um pouco mais escuras, e os mamilos estavam intumescidos, e podia ver que seus pequenos pelinhos loiros estavam também arrepiados em volta. Seu cheiro mais uma vez exalou, o cheiro de um dia inteiro de trabalho naquela cidade quente, era frutado e floral ao mesmo tempo.
Adrian amou aquela visão, que apreciou sem pressa pois lhe ela parecia deliciosa de todas as formas e ele percebeu que ela o observava esperando sua próxima ação, ele já não pensava mais sobre o porque aquilo estava acontecendo mas seu instinto novamente pode tomar conta da sua mente e respirou fundo, porém aquilo causou dúvida nela que disse:
— O que foi? Você não quer mais?
— Não é isso…
— Por favor, não me faça repensar agora porque se não…— Quando subitamente foi beijada mais uma vez
— Eu quero, mas isso vai ser do meu jeito, e pra começar quero observar você…
Então trocou de lugar com ela fazendo ela ficar em pé e ele sentado, virou-a de costas sem qualquer delicadeza enquanto pensava sobre sua tendência a obedece-lo que lhe agradava. Abriu o zíper de sua calça e beijou sua coluna, o que a assustou fazendo-a contrair suas nádegas pois estava muito sensível e a barba dele fez cócegas. Tirou lentamente sua calça revelando uma calcinha preta de cintura alta e uma bela bunda, redonda, morena e grande, que prontamente passou dar beijos arrastando seus lábios nos caminhos deixados por suas pequenas estrias, algo que pouco lhe importava. Lis se virou então ficando de joelhos e segurando o rosto de Adrian com as mãos dizendo:
— Eu não me preparei pra isso, você entende o que eu tô dizendo?
— Não somos crianças Lis, não se preocupe com isso.
— Eu sei, mas eu tenho vergonha…
Fim do capítulo I