Acasos #44

Da série Acasos
Um conto erótico de Keyla
Categoria: Homossexual
Contém 2096 palavras
Data: 26/11/2023 18:51:55
Última revisão: 29/12/2024 00:13:41

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Keyla:

Quando eu me assumi como lésbica, minha maior preocupação era com meus pais. Graças a Deus, mesmo minha mãe não aceitando bem no início, tudo ficou bem depois. Meus pais me apoiaram, principalmente meu pai. Mas, claro, teve quem não achava aquilo certo; muitas pessoas da família se afastaram de mim e mudaram comigo de uma maneira ruim. No entanto, teve quem me ajudou muito, como Suzana e sua família. Minha vó Maria sempre foi um amor comigo. Depois que ficou sabendo da minha sexualidade, não mudou nada entre a gente, a não ser que agora ela perguntava sobre minhas namoradas e não sobre namorados.

Depois que voltei para o Brasil, eu não a vi mais. Ela não pôde ir ao velório do meu pai porque estava doente. Depois, aconteceram tantas coisas na minha vida que eu esqueci de ir visitá-la. Eu estava em dívida com ela e com muitas saudades também.

Chegamos na casa dela às 11 em ponto. Fui recebida pela minha mãe, que me deu um abraço muito apertado e um beijo no rosto mais demorado que o normal. Depois, foi abraçar Patrícia, que também ganhou um beijo. Entramos, e minha vó abriu um sorriso lindo quando me viu. Nos abraçamos, e eu apresentei minha noiva. Ela foi um amor com a Patrícia, disse que ela era muito bonita, pediu para ver os nossos anéis de noivado, e as duas pareciam ter se dado bem.

Almoçamos em um clima muito bom. Conteí para minha vó sobre meu trabalho, meus estudos, que tinha ganhado um carro da minha noiva e tirado minha carteira de motorista. Aproveitei e me desculpei pelo meu sumiço, prometi que iria visitá-la com mais frequência e que viria buscá-la em um final de semana para ela passar um dia com a gente na nossa casa.

Terminamos o almoço e ficamos ali de papo na cozinha mesmo. Minha mãe estava muito feliz. Ver o sorriso dela e da minha vó era muito bom. Em um certo momento, minha mãe me chamou para ir ao quarto dela para conversarmos um pouco a sós. Eu aceitei o convite dela e deixei minha vó e Patrícia ali de papo.

Seguimos para seu quarto e nos sentamos na cama. Notei que ela tinha uma pequena foto minha e da Patrícia ao lado da cama. Achei aquilo muito fofo. Me sentei na beirada da cama, e ela fez o mesmo, virou de frente para mim e segurou minhas mãos.

Mãe— Filha, eu tenho algo para te contar. É algo que provavelmente vai te surpreender, mas espero que você reaja bem, porque foi a melhor coisa que me aconteceu ultimamente.

Keyla— Tudo bem, mãe. Pode falar, prometo que vou procurar reagir da melhor maneira possível.

Eu notei que ela estava muito tensa; sentia que suas mãos tremiam segurando as minhas.

Mãe— Que bom, filha. É que o assunto é muito delicado e não sei por onde começar. Eu entrei aqui cheia de coragem, mas agora estou tentando achar alguma forma de te contar.

Resolvi acabar com aquele sofrimento dela; não era justo ela ficar ali daquele jeito sem motivos.

Keyla— Mãe, vou te ajudar. Se é sobre a Érica, pode ficar calma, porque eu já sei o que aconteceu e você não tem motivos para se preocupar.

Mãe— Você sabe!?!

Keyla— Sei, mãe. Eu ouvi os gemidos na minha casa aquela noite, e Patrícia viu o roxo no seu pescoço. Como Naty e Gabi afirmaram que elas não passaram de beijos, ficou óbvio para nós.

Mãe— Meu Deus, que vergonha!

Keyla— Mãe, relaxa. Não precisa ficar com vergonha, e nem se preocupar comigo, porque eu te dou o maior apoio, caso você e Érica decidam ficar juntas. Até porque, Érica é uma pessoa incrível; eu gosto muito dela e a admiro muito.

Mãe— Nossa, obrigado, filha. Bem que Érica disse que provavelmente a sua reação e a da Gabi seriam boas. Mas por que você não me contou, filha?

Keyla— Porque achei melhor deixar você decidir me contar. Mas, mãe, eu juro que está tudo bem, não precisa se preocupar comigo ou com as meninas. A gente apoia seja lá qual for a decisão que você e Érica tomarem, ok?

Mãe— Filha, eu estou apaixonada por ela. Quero muito ficar com ela, e acho que ela também, mas estamos indo devagar por enquanto.

Keyla— Claro, vocês devem ir no tempo de vocês. Mas, mãe, infelizmente, eu tenho que tocar em um assunto muito chato por causa disso.

Mãe— Como assim, filha? Qual assunto?

Keyla— O final do seu casamento com meu pai. Eu vi como foi, e eu queria te pedir para não fazer o mesmo com Érica, caso vocês decidam ter uma relação séria. Érica sofreu muito no seu casamento, você provavelmente sabe disso. Então, por favor, não repita os mesmos erros. Você perdeu um amor por causa disso. A vida está lhe dando outra oportunidade; não estrague tudo de novo. Me desculpe por falar isso, mas eu precisava.

Mãe— Não se desculpe. Você tem toda razão em tudo que disse, e te prometo que aquela mulher que você viu durante dois anos não existe mais. Eu juro isso a você.

Keyla— Mãe, eu acredito em você, mas até hoje não entra na minha cabeça tudo o que aconteceu. Por que você fez o que fez? Não estou mais magoada, juro que te perdoei de coração, mas queria entender.

Mãe— Eu já queria mesmo te contar umas coisas que você não sabe, mas estava com medo de remoer esse assunto e trazer certas feridas de volta, estragando nossa reaproximação. Mas acho que está na hora de você saber.

Em primeiro lugar, queria deixar claro que não estou me justificando pelo que fiz. Sei que errei e sou consciente disso. Mas, às vezes, algumas coisas bobas no início se tornam uma bola de neve e acabam levando a gente a perder a cabeça e fazer coisas impensáveis.

Quando seu pai começou a trabalhar em parceria com a polícia civil, o trabalho dele consumia muito do seu tempo. Você lembra bem disso. E justo nessa época, eu comecei a engordar um pouco. Comecei a notar que eu já não era tão jovem e bonita como antes. Eu estava me sentindo feia, na verdade. Bom, seu pai começou a me procurar menos na cama e, às vezes, até fugia de mim quando eu o procurava. Não que o sexo tivesse ficado ruim ou parado, mas não tinha a mesma frequência de antes.

Eu comentei isso com umas amigas minhas, e logo ouvi que era para eu ficar esperta, que geralmente homem, quando faz isso, é porque arrumou uma amante. Aquilo ficou na minha cabeça. Em vez de eu notar o óbvio, que seu pai estava trabalhando muito, que o trabalho dele era muito cansativo mentalmente e ele só estava cansado, eu comecei a acreditar que ele tinha mesmo arrumado outra. Aí juntou minha baixa autoestima, minhas inseguranças e meus ciúmes, e as minhas amigas me enchendo a cabeça. Eu fiquei cega de ciúmes.

O resultado você sabe. Eu brigava todos os dias com ele, mesmo ele não me dando motivos ou sem ter provas na minha cabeça de que ele tinha outra. Eu sei que ele tentou muito salvar nosso casamento, mas quando ele não aguentou mais, ele me deixou, e aquilo só piorou as coisas. Eu me sentia um lixo, jurava que ele tinha me deixado por outra. Eu, boba, arrumei outro, achando que ele iria se arrepender e me procurar. Grande erro! Além de afastá-lo mais, eu coloquei um aproveitador dentro de casa.

No dia em que fui levar seu número para ele, a gente discutiu porque ele tentou me alertar sobre meu ex. Eu, com raiva, nem falei do seu número novo.

Quando fiquei sabendo que ele estava com uma novinha linda morando na casa dele, eu pirei de vez. Liguei e xinguei ele de um monte de coisas. Ele me explicou o porquê da Patrícia estar na casa dele, mas eu não acreditei.

Aí, por raiva, eu tentei jogar você contra ele. Eu queria me vingar de tudo que achava que ele tinha feito comigo. Bom, só fiz merda. Roubei você, deixei você sem falar com seu pai durante um ano, magoei as duas pessoas que eu mais amava. Só percebi isso muito depois, quando você saiu de casa, quando meu ex me deixou porque o dinheiro acabou, quando você falou o que falou para mim aquele dia na sua nova casa, quando sua vó falou umas verdades para mim.

Aquilo tudo fez eu começar a enxergar as coisas de maneira mais clara, mas eu precisava de ajuda. Aí procurei um psicólogo, que foi ótimo para mim. Hoje posso te dizer que sou a mulher que eu era antes de ficar cega de ciúmes. Infelizmente, não pude me redimir com seu pai, mas com você estou tentando. Eu juro.

Keyla— Mãe, devia ter me contado isso antes, mas entendi suas razões. Eu quase fiz algo muito ruim também por causa de algo que me deixou cega. Quase perdi tudo, inclusive a Patrícia. São situações diferentes que vivemos, mas eu te entendo. Eu juro, está tudo bem. Vamos esquecer o passado. Infelizmente, já aconteceu e não tem volta, mas o futuro está aí na nossa frente. Vamos focar nele.

Mãe— Obrigado, filha. E vamos sim! Eu te amo muito e sinto muito mesmo, de verdade.

Keyla— Eu sei que você sente, mãe. Já disse que isso é passado. Também amo muito você e estou muito feliz de ter minha mãe de volta.

Mãe— Filha, sinto muito não estar ao seu lado quando você passou por esses problemas com Patrícia.

Keyla— Tudo bem, mãe. Já superamos isso, mas vou te contar o que aconteceu, tá?

Contei toda a história para minha mãe. Ela teve reações diversas com meu relato. No fim, me abraçou e disse que, graças a Deus, eu acordei a tempo. Tive que concordar com ela, mas comentei que às vezes ainda me sentia insegura. O medo de perder Patrícia ainda me assombrava às vezes. Minha mãe sugeriu que eu falasse com um psicólogo, e eu comecei a achar que seria uma boa ideia.

Voltamos para a cozinha, e minha vó estava contando umas histórias de quando eu era criança para Patrícia, que parecia muito interessada no que minha vó falava. Sentei ao seu lado, e minha mãe começou a ajudar minha vó a contar as coisas que eu aprontava. Aquilo me deu uma baita saudade dos meus tempos de criança.

Eu e Patrícia voltamos para casa, e quando chegamos, contei a ela sobre a conversa com minha mãe e sobre o conselho que ela me deu em procurar um psicólogo. Patrícia disse que já tinha notado essa insegurança e falou que talvez fosse mesmo uma boa ideia. O problema seria arrumar tempo, já que nossos horários, a partir do dia seguinte, seriam muito corridos.

Eu falei para ela que iria pensar com calma sobre isso, mas que realmente achei que seria bom eu ter pelo menos algumas sessões. Ela me lembrou que a Rita tinha dito que poderia me indicar alguém quando estive no hospital e que eu poderia ligar e ver com ela se tinha algum que atendia aos sábados depois do almoço.

Falei para ela que eu iria fazer isso, que no outro dia ligaria e falaria com ela. Talvez ela pudesse mesmo ajudar. Eu estava decidida a ir ao psicólogo. Depois do que minha mãe me disse, eu realmente percebi que algumas coisas não devem ser ignoradas. Minhas pequenas inseguranças poderiam me trazer grandes problemas no futuro. Aquilo, no momento, raramente me incomodava, mas não queria dar chance ao azar.

Levantamos no outro dia cedo para trabalhar. O novo espaço ainda não estava pronto, então Patrícia ainda ficaria comigo no meu setor. Mas Cristina avisou que na quinta tudo estaria pronto e na sexta já estaria em funcionamento. Disse que Naty já estava divulgando e iria na loja fazer uma live na sexta durante a inauguração.

Na hora do almoço, eu liguei para a Rita. Quando ela atendeu e me identifiquei, ela disse que foi muita sorte eu ter ligado, que precisava muito falar comigo ou com Patrícia sobre um assunto urgente. Nessa hora, eu fiquei muito preocupada. Será que ela descobriu algo a mais nos meus exames e não me falou no dia?

Ela era médica, então não passou nada na minha cabeça a não ser que eu estava com algum problema de saúde. A palavra "urgente" que ela usou só piorou a situação.

Continua…

Criação: Forrest_gump

Revisão: Whisper


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Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 391Seguidores: 87Seguindo: 62Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

Foto de perfil de Jubs Oliver

Agora as ações da mãe da Keyla fazem sentido, n são justificáveis, mas dá para entender bem

Tudo esclarecido entre mãe e filha! 🥰🥰🥰🥰🥰🥰❤️

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Foto de perfil de Whisper

Concordo, não justifica, mas dá para entender 🤷🏻‍♀️

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Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Gostei dessa conversa franca é sincera entre mãe é filha, foi bom elas conversarem logo, é Keyla seguir o conselho da mãe e procurar ajuda com um psicólogo, pra perder toda essa insegurança. Mais agora o que será que a Dra Rita tem a dizer de urgente 😲, tomara que não seja nada sério, talvez é só uma conversa franca, vai que a Rita conheceu os pais da Patrícia, e tem notícias dessa gentalha. Aguardando o próximo capítulo.

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Foto de perfil de Forrest_gump

Foi legal o papo mesmo, e Keyla buscar ajuda logo no início do problema foi ótimo! A médica quer outra coisa, na verdade a cunhada dela que quer algo das meninas 😈

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Foto de perfil de rbsm

Que será que a médica tem de urgente ? Bora para o próx

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