Marmita - Parte 8

Um conto erótico de Márcia (Por Mark)
Categoria: Heterossexual
Contém 5509 palavras
Data: 14/06/2023 11:09:09

Ela foi em direção ao mar, fingindo mancar e ainda coçando a bunda. No caminho, dois carinhas até pararam para deixá-la passar na frente e ela sequer se abalou em cumprimentá-los. Ela seguiu seu caminho, enquanto os dois a encararam impiedosamente, conversando entre si. Seu Vicente olhava com cara de poucos amigos, mas se conteve, e ela entrou no mar, um pouco mais, ainda mais um pouco, cada vez mais, até sumir sob a linha da água. Logo depois, ressurgiu como se imitasse a abertura de um certo programa dominical, chamando a atenção de outros carinhas ali por perto dela. Realmente, eu tinha muito o que aprender.

(CONTINUANDO)

Pouco depois, ela retornou balançando os longos cabelos negros e sorrindo para a gente. Aqueles dois taradinhos ainda estavam parados no mesmo lugar e a encaravam embasbacados com tamanha beleza. Dessa vez, ela os encarou firme e com cara de poucos amigos, dizendo alguma coisa que não consegui entender, mas que foi suficiente para fazê-los continuarem andando pela praia. O pai dela começou a rir enquanto fingia ajeitar alguma coisa num cooler. Assim que ela chegou, vendo-o rir de gargalhar, falou:

- O que foi? Eu não fiz nada! Fiz? Não, não fiz!

Seu pai ainda levou um tempinho para se controlar, mas soltou:

- Brava, brava, brava, igualzinha sua mãe… - E voltou a rir, agora olhando na cara da esposa.

A Annemarye olhou para a mãe, mas não perdeu a linha:

- Brava não, sou justa! Aqueles tarados só queriam saber da minha bunda. Se quiser ter alguma chance comigo, terão que conquistar primeiramente meu cérebro.

- Nossa! Mas que mulher poderooooooosa! - Ele falou, brincando e rindo da cara dela.

Estendemos algumas cangas e ficamos conversando, brincando, tirando sarro uns dos outros e ela não se cansava de me surpreender com seu jeitinho de moça do interior, mas com claros e inegáveis requintes de cidade grande. Já estávamos indo para a segunda besuntada de bronzeador que eu passava nela e ela em mim, quando vi o Zeca passando ao longe. Ele foi, mas voltou, esticando o pescoço e olhando em minha direção como se quisesse confirmar ter visto quem viu e foi novamente:

- O Zeca viu a gente aqui. - Cochichei para a Annemarye.

- Então, já teve uma bela visão para começar o dia bem. - Brincou.

A cerveja havia acabado e nossos pais foram buscar mais um fardo num mercadinho próximo, levando o cooler, deixando somente as mulheres ali. Estávamos sentadas, conversando, rindo, parecendo um encontro de amigas, quando uma sombra tapou o sol da Anne. Ela já virou pronta para xingar o elemento, quando o reconheceu e sorriu. Guto sorriu de volta e já se abaixou dando um selinho em sua boca:

- Guto!? - Falou, surpresa e pela primeira vez a vi ficar corada, vermelha mesmo.

- Oi, gatinha. - Falou e deu outro selinho, brincando em seguida: - Saudade "d'ocê", morena!

Ela ficou claramente constrangida, sem jeito, envergonhada, mas, sendo a Annemarye, não poderia ficar por baixo, já emendando:

- Tudo bem, Guto? Deixa eu te apresentar a minha mãe. - Falou, frisando a palavra e virando seu rosto em direção a dona Luíza.

Ele arregalou os olhos e ficou roxo, gaguejou e soltou um quase inaudível: “Bom dia, senhora. É um prazer.” A Annemarye caiu numa gargalhada escrachada:

- Vai bobão. Acha que é assim, chegar e ir beijando? Tem que pedir “bença” sim!

Sua mãe estava parada, aliás, as nossas, mas a dela o encarava toda séria, cerimoniosa e esticou sua mão em sua direção:

- Prazer, moço! Sou Luíza, a mãe da Annemarye. - Disse-lhe enquanto aguardava o aperto de mão que ele não tardou em dar, voltando-se para a Anne: - Só suquinho, né?

Annemarye a olhava e somente levantou os ombros, como quem diz “então, né?”. O Guto tomou a frente:

- Desculpa, dona Luíza, é que imaginei que fossem amigas, no máximo irmãs das meninas. Eu nunca imaginei que a senhora fosse a mãe da Anne, mas se me permite, agora sei de onde ela herdou tanta beleza.

- Ôu! - Disse a Annemarye, brincando: - Ela é casada, seu safado. Para de cantar minha mãe!

- Quem tá cantando quem aí, Anne? - Ouvimos uma voz rouca e grossa que chamou nossa atenção para vermos os “Vicentes” se aproximando, e o pai dela insistiu: - E então?

- O Guto cantando minha mãe, pai. Vê se pode! - Ela insistiu, olhando de uma forma sapeca para ele.

- Gente! Não, Anne! O que é isso!? - Ele voltou a falar, roxo de vergonha, enquanto ela se acabava na risada: - Ele vai pensar o quê de mim?

O pai dela colocou o cooler de qualquer jeito embaixo de um guarda sol e foi quente para cima do Guto que o olhava de olhos arregalados, colocando a mão em seu ombro e dizendo:

- Olha aqui, rapaz, nunca mais mexa com a minha mulher. Se quiser levar a Annemarye, tudo bem, mas a minha mulher não. Essa aqui… - Disse indicando a direção da filha: - Essa pode, tá tudo bem, não me importo, mas se falar da minha mulher de novo…

- Poxa! Que bom saber que tenho um pai para me proteger. - Resmungou a Annemarye olhando para ele para receber um afago na cabeça logo depois e brincou, falando consigo mesma: - Calma, Rex! Fica manso, Rex! Xiu, Rex! Ai, ai, ai, cachorrinho.

Todos rimos e então o seu Vicente se apresentou e cumprimentou o Guto com educação, voltando a se sentar ao lado da dona Luíza:

- Perdi alguma coisa além da paquerada em você, Lú?

- Ah, só o beijo que ele deu nela… - Ela respondeu, sorrindo maliciosamente para a filha.

- Beijo!? Mas já? Nem eu ganhei beijo hoje, ainda…

- Não ganhou porque não trata bem a esposa, senão tinha ganhado. - Annemarye brincou enquanto ficava de quatro, indo em direção ao cooler para pegar uma cerveja e brincou comigo: - Quer uma, Má? Ah, cê não pode. Cê ainda é bebê.

Ela voltou engatinhando de ré com a bunda na direção do Guto que tentava fazer cara de paisagem, mas claramente não conseguia deixar de dar umas boas olhadas nela, mais ainda quando ela esbarrou o bundão nele e ainda brincou:

- Pi, pi, pi! Olha a ré!

Entregou-lhe uma cerveja e ficamos conversando. Estranhei o Zeca não ter vindo com ele, mas acho que ele não queria se comprometer com uma “de menor” e acabei aceitando minha sina. Guto e Anne pareciam estar se dando bem, pois conversavam entre si e conosco, e havia uma boa sintonia entre eles. Depois de um tempo, decidiram dar um volta pela praia e me convidaram, mas eu não quis ser vela e preferi ficar com nossos pais. Antes de saírem, seu Vicente perguntou:

- Não vai por uma canga, Anne?

- Pra quê!? Já tenho um macho pra me defender. - Disse e olhou para o Guto: - Não tenho, Guto?

- Ô! - Falou, um pouco envergonhado.

- Ó lá, hein, rapaz! Cuida direitinho dela, ou vou me apresentar melhor para você. - Falou seu pai, rindo de uma forma que eu não entendi se era de brincadeira ou ameaçando mesmo.

Eles se foram e ficamos conversando. Os adultos agora descaradamente analisavam o perfil do Guto. As mulheres pareciam ter simpatizado com ele. Meu pai começou a brincar com o seu Vicente, dizendo que ele agora havia encontrado o genro ideal. Seu Vicente aceitava bem as brincadeiras, mas sempre ficava de olho na direção para onde eles haviam ido, como que procurando o retorno da filha.

O tempo foi passando e de repente uma bola me acertou de leve as costas. Mesmo de leve, com o sol e a areia da praia, ardeu pra caralho! Quando me virei para brigar, vi o Helton, o mesmo menino que conheci perto da feirinha, vindo buscá-la, todo envergonhado. Quando ele me viu, abriu um sorrisão e eu brinquei:

- Tinha que ser você, né, Helton? - Sorri.

- Desculpa! Escapou mesmo. Meu colega é muito grosso, Márcia. Joga mal pra caramba. - Respondeu e se voltou para os adultos da barraca: - Bom dia, gente.

Todos responderam e foi a vez do seu Vicente metralhar meu pai, perguntando:

- Como é que é aquela história de genro mesmo?

Meu pai começou a gaguejar e aí o sarro correu solto. Quase me esqueci do Helton, mas ele não se esqueceu de mim:

- Joga futevôlei, Márcia?

- Eu!? Jogo nada, Helton. Só sei que a bola é essa coisinha redonda.

- Ué! Vem que eu te ensino. Vamos só brincar, bater uma bolinha ali ó. - Disse e indicou a direção de uma rede onde alguns meninos e meninas estavam aguardando seu retorno.

Olhei para meus pais com aquele olhar de “posso?” e meu pai, o meu pai, logo ele autorizou que eu fosse:

- Nu! Ele gostou do genro mesmo. - Brincou seu Vicente antes de dar uma alta gargalhada, chamando sua atenção.

Saí andando lado a lado com o Helton e rapidamente chegamos ao seu grupinho onde fui apresentada como uma “grande amiga”. Eu não jogava nada, ficou evidente logo no meu primeiro contato com a bola, mas, sejamos sinceros: ninguém ali tinha o sangue do Neymar. Era um pior que o outro e isso era ótimo porque geraram altas risadas enquanto gerávamos as jogadas mais espetaculares possíveis. Depois de um bom tempo, o dia ensolarado cobrou seu preço e decidimos dar uma pausa para um merecido sorvete. Eu já imaginava o “não” e expliquei para ele que meus pais eram meio controladores. Ele não se abateu e disse que pediria e me acompanhou até onde estavam. Paguei para ver:

- É… Desculpa, mas que é o seu Vicente?

- Eu! - Falaram os dois ao mesmo tempo, deixando-o bem confuso.

- Pai! - Falei, rindo.

- Esse sou eu! - Disse o meu pai, rindo e explicou: - Meu amigo também se chama Vicente. Você que não explicou direito.

- Ah tá. - Disse o Helton, rindo timidamente: - Eu e meus amigos vamos até o calçadão tomar um sorvete. Será que eu posso levar a Márcia comigo?

- Uai… - Falou me pai e o ficou encarando em silêncio por um momento, sob o olhar de todos os demais: - Pode, mas tenham juízo e voltem logo, ok?

Fui até meu pai e lhe dei um beijo, estendendo a minha mão logo após para não gerar ciúme. Depois voltei a ficar de frente para o meu pai e fiz aquele famoso movimento de esfregar o dedão e o indicador, pedindo uma graninha. Ele nem teve tempo de abrir a carteira e o Helton já foi se mostrando mais cavalheiro ainda:

- Precisa não, Márcia: eu convidei, eu pago!

- Nu! Ainda por cima é cavalheiro à moda antiga. - Falou o seu Vicente, cantarolando a marcha nupcial e me deixando roxa.

- Sai pra lá, jacaré! - Brincou meu pai e me deu uma nota de cinquenta: - É para emergência, ok? Se não gastar, traz de volta.

- Uai, então vou gastar! - Falei, brincando e ele me encarou, sorrindo e dando uma piscadinha.

Saímos andando em direção ao calçadão e logo encontramos a turminha dele. Ele realmente pagou o sorvete para mim e ficamos papeando ali. Todos estavam curiosos com a caipirinha nova na roda e eu tentava responder a todas as dúvidas da melhor forma possível. Após saciá-los ou não, Helton me convidou para darmos uma volta pelo calçadão e eu aceitei. Ele era gente boa demais, divertido, bonitinho, mas acima de tudo, muito educado e carinhoso na forma de me tratar. Acabei deixando-me envolver e quando vi já estávamos nos beijando.

Pois é… Como dizia o poeta: quando a coisa é boa, o tempo voa! Voou mesmo, demais da conta e quando vi já estávamos ali há mais de duas horas:

- Helton, eu tenho que ir. “Jesuis”, meu pai vai me matar.

- Vai nada, Márcia, eu vou com você e me desculpo pelo atraso.

- Cê tá louco!? Ele vai te matar também.

- Relaxa, menina, não fizemos nada demais. Vou com você.

Voltamos quase correndo para a barraca e os adultos já haviam saído. Em seu lugar, havia apenas uma Annemarye engatada na boca de um certo Guto. Aquilo não resolvia o meu problema, mas já aliviava o meu calvário, momentaneamente:

- Anne, cadê meus pais?

Ela soltou a boca do paquera e me encarou. Quando viu que eu estava acompanhada, sorriu maliciosamente:

- Foram pra casa, ou pra feirinha… Sei lá, acho que por aí! - Respondeu-me e cumprimentou o Helton: - Bão minino?

Ele me olhou confuso e perguntou:

- Hein!?

- Ela perguntou se você está bem.

- Ah… Opa! Tudo joia e vocês?

- Bão tamém. - Ela insistiu e riu, fazendo com que seu paquera fizesse o mesmo.

- Senta aí, carinha. - Guto o convidou.

Expliquei para ela toda a situação em que eu havia me envolvido, sonegando apenas o fato de que eu perdera a hora por estar beijando muito o Helton e ela começou a rir:

- Fala a verdade! - Pediu me olhando maliciosamente nos olhos.

- Uai, mas é a verdade. - Falei com os lábios tremendo.

- Eu poderia dizer dois ou três motivos que me levam a concluir que você está mentindo… - Resmungou e insistiu: - Fala a verdade!

Suspirei fundo, contei que estávamos ficando e que eu havia perdido a noção do tempo enquanto nos beijávamos:

- Agora sim. Não minta para mim, nunca! Sou sua amiga, não sua mãe. Para mim, você pode falar a verdade, sempre, que eu vou procurar te ajudar.

- E o que eu faço?

- Ara! Nada não, sô!

- Como nada, Anne, cê tá louca?

- Ô minha jovem padawan… - Falou, sorrindo para mim e continuou: - Fui passear com o Guto, lembra? Fomos pela praia e voltamos pelo calçadão. Eu vi vocês dois de agarramento lá no cantinho da pracinha e já imaginei que talvez tivesse que te acobertar. Daí cheguei aqui e sua mãe já estava um pouco preocupada, mas eu a acalmei e disse que tinha te visto numa rodinha de “aborrescentes” e que você estava se divertindo pra valer com as novas amizades.

- Sério!?

- Uai, lógico! Daí ela quis ir lá te ver, mas eu a convenci a te deixar curtir um pouco com os novos amigos. Ela se acalmou, seu pai se acalmou, minha mãe se acalmou, meu pai não acreditou, mas não me confrontou porque confia em mim, e situação resolvida. Caso encerrado!

- Essa é minha advogada! - Comemorou o Guto, rindo: - Como ocês dizem: dá nó até em pingo d’água.

- Dô mesmo, não dô? Dô, uai! - Ela brincou também.

Aquilo tirou uma tonelada de minhas costas. Ficamos conversando ali, papeando, e aproveitei para dar mais uns beijinhos no Helton até os “adultos” voltarem, daí minha coragem acabou e ele também não quis abusar. Insisti na versão que a Annemarye havia contado e todos aceitaram, mas seu pai olhava um pouco desconfiado realmente. Ficamos ali juntos até final da tarde e combinamos com os meninos de sair para comer uma pizza à noite. Era a desculpa perfeita para eu dar mais um tanto de beijo.

Chegamos em casa e eu estava radiante. Ela notou, nossas mães notaram, nossos pais, até um cego notaria. Fomos nos arrumar e quando estávamos para sair, veio a surpresa: eles queriam comer pizza também e perguntaram se poderiam nos acompanhar. Minha frustração foi evidente. Acho que nem a Annemarye esperava por aquilo, mas como ela dizia, a família vem antes. Quando Guto e Helton chegaram para nos buscar, também foram surpreendidos em cheio. Apesar de estarem de carro, eles nos explicaram onde queriam nos levar. Dava para irmos a pé, apesar de demorar um pouco mais, mas nada absurdo pra quem é de Minas Gerais e é regido pela regrinha do “logo ali”. Fomos andando, caminhando, conversando. A Anne notou meu desapontamento e me ensinou mais uma:

- Sabe brincar de “mestre mandou”? - Ela me perguntou.

- Sei, uai!

- Então, faça o que eu fizer.

Não entendi de imediato o que ela pretendia, mas decidi seguir sua orientação, porque até agora ela tinha sido perfeita. Vi que ela foi até o Guto e segurou sua mão, colhendo um sorriso dele. Depois, ela me olhou de canto de olho, cobrando. Gelei! Mas, pouco depois, fiz igual com o Helton. Ele arregalou os olhos como se eu o estivesse jogando aos lobos. Naturalmente, os “adultos” notaram, mas não falaram nada. Ponto para minha grande “guru”.

Continuamos andando e depois de uma boa caminhada, chegamos a tal pizzaria. Cada casal sentou-se lado a lado. A Anne ficou do meu. Nós brincávamos, interagimos, comendo e bebendo. À uma certa altura, a Annemarye me deu um sutil cutucão com o cotovelo e depois cochichou algo no ouvido do Guto que sorriu e a encarou, ganhando um caprichado selinho. Congelei! E gemi um “ai” sofrido ao ponto dela ouvir. Depois de dois novos sutis cutucões, decidi ligar o foda-se, afinal, meus pais precisavam entender que eu estava crescendo:

- Helton. - Cochichei próximo ao seu ouvido e decretei: - Quero um beijo.

Meu cavalheiro sucumbiu e engasgou com um pedaço de pizza. Depois de lhe dar uns bons tapas nas costas, sem muito efeito, meu pai o consertou com um gentil toque masculino. Quando levantou a mão para dar outro, o próprio Helton falou que já estava bem, agradecendo a “ajuda”:

- Tem certeza? Se precisar de mais uma ajudinha, é só falar, ok? - Disse meu pai todo solícito, rindo.

Ele me encarou, surpreso, assustado, quase fugindo, mas criei coragem, sei lá de onde, e segurei seu rosto, dando-lhe um selinho caprichado:

- Eu… Eu tô bem, Márcia, calma! Não vou morrer hoje, tá? - Respondeu, constrangido com minha atitude.

Voltamos nossa atenção para a mesa e os “adultos” haviam parados de comer, beber, conversar e estavam me encarando em silêncio. Helton ficou vermelho, eu perdi a cor, Annemarye ficou roxa tentando segurar a gargalhada, mas não conseguiu. Entretanto, ela sendo ela, contornou a situação:

- Gente, olha o clima, hein!? Cês viram que eles estavam juntos, de mãozinhas dadas e tudo, acharam mesmo que não iriam se beijar também? Ara, parô, né!

Meus pais continuavam em silêncio, mas seu Vicente e dona Luíza já começavam a conversar com eles, distraindo-os daquela situação. Meu pai, com olhar sério e compenetrado, encarou o Helton e, com uma faca na mão, sentenciou:

- Ó aqui, rapazinho, se abusar da minha filha eu ó. - Disse e imitou a faca passando no pescoço.

Helton de vermelho ficou branco, mas meu pai caiu numa risada logo após e disse algo que eu nunca vou me esquecer:

- A gente te criou bem, Márcia, mas juízo, hein!? Sempre!

Era a minha Carta de Alforria, do jeito dele, mas era, pelo menos foi o que eu entendi. Nem a Annemarye conseguiu esconder a surpresa e me encarou com olhos bem abertos e ainda brincou:

- Nu! Moderninho o teu pai, hein? Se fosse o meu, tinha acorrentado o meu pé na mesa e ainda dado umas chibatadas.

- Annemarye!

- O que foi, mãe? Credo, posso nem falar mais… - Ela brincou, forçando no sotaque e tirando risadas de todos ali com o seu jeito de falar.

Ficamos mais um tempão ali curtindo e acabei relaxando, dando mais uns beijos no Helton. Depois voltamos para casa e quando nos despedíamos deles, meu pai me surpreendeu novamente:

- Se forem sair juntos, podem ir, mas nada de amanhecer na rua hoje, ok, meninas?

Nós duas nos encaramos e depois a eles que concordaram de imediato em sairmos para darmos umas voltas. Entramos no carro do Guto e saímos. No caminho, ele já começou a conversar com a Anne enquanto eu já me pagava com o Helton no banco de trás:

- A gente podia ir pra um motel, né?

- Com dois menores de idade no banco de trás? Você tá querendo ser preso, né?

Ele começou a rir e seguiu passeando pela cidade. Depois paramos num mirante e ficamos um tempo namorando e conversando até que ele sugeriu:

- E se fôssemos lá pra casa? Meus amigos devem estar na rua e só voltam tarde.

- Guto, tá, a gente vai pra lá, fica, namora, “nhanhá” e, de repente, chegam seus amigos e nos flagram. Qual é, né!? - Annemarye o cortou novamente.

- E se eu te garantir que não tem chance da gente ser flagrado?

- E como você vai fazer isso, trancando eles para fora? - Ela perguntou e ele sorriu, praticamente respondendo à pergunta e ela insistiu: - Como?

- Confia em mim!? - Perguntou para ela, encarando-a bem no fundo dos olhos.

- Sem essa, Guto! Não joga essa pra cima de mim que não vai colar.

- Tenho como travar a porta. Fica tranquila.

Ela me olhou claramente não aceitando a proposta, mas eu estava tão envolvida com o Helton que acabei eu concordando com a proposta do Guto, para surpresa e certo desespero da Annemarye. Fomos então até sua casa, que na verdade era um apartamento quase de frente para a praia, e entramos. Assim que ele se certificou que estava vazio, voltou à porta da entrada e a trancou, colocando um calço na parte de baixo e travando uma outra fechadura interna na parte de cima:

- Tchanan! - Comemorou, triunfante.

- Posso estar enganada, mas deve ter uma porta na cozinha também, não é, Einstein? - Brincou Annemarye.

- Venham ver! - Pediu.

Acompanhamos ele até a porta para ver que essa, além de trancada, tinha uma espécie de trave que a bloqueava contra qualquer intruso externo. Novamente, triunfante e sorrindo, falou:

- Tá vendo, morena, falei que podia confiar em mim. Não tem porque ficar tão preocupada. - Insistiu.

- Sou mineira e, além disso, preocupação é meu sobrenome. - Disse Annemarye, enquanto examinava a porta.

- Sério!? - Perguntei, confusa, só para vê-la se voltar para mim e dar um sorriso de “claro que não, né, besta”!

Guto então nos ofereceu uma bebida e a Annemarye, neurótica, não queria que eu bebesse nada alcoólico. Os meninos a convenceram de que “só um golinho” não teria problema e ela deixou. Entrosamos novamente na conversa e pouco depois decidimos assistir um filme. Helton perguntou sobre Netflix e todos caíram na risada, pois sabíamos que aquilo já era quase uma senha universal para safadeza. Guto disfarçou e colocou um filme qualquer, de ficção científica e quase que imediatamente se atracou com a Anne. Depois de um tempo, avisaram que iriam para o quarto:

- Márcia, juízo, hein!? - Falou para mim e depois se voltou para o Helton: - Se forem fazer algo, usem camisinha.

- Isso aí, galera. - Disse o Guto, jogando duas sobre o Helton: - Essas são por conta da casa.

- Guto!? - Falou Annemarye: - Eu tô tentando por juízo na cabeça deles e você vem descarrilar o trem?

- Ué, Anne, só tô ajudando você na sua argumentação de uma forma mais física, entende?

- Ah tá, sei…

Depois disso, eles se foram para o quarto e nós continuamos na sala. De repente, a timidez e inexperiência do Helton, e minha também, falou mais alto e começamos a mais conversar que beijar. Depois, acabamos embalando na história daquele filme, enquanto nos acariciávamos timidamente. Uns quinze minutos depois, começamos a ouvir um som de “tuc-tuc-tuc” ininterruptamente e começamos a procurar a origem. O som vinha da direção do quarto e o Helton começou a rir:

- O que foi? - Perguntei.

- Sério que não sabe!? - Ele me perguntou, rindo: - É barulho de cama batendo na parede.

- Annemarye safada! - Falei e comecei a rir.

Continuamos fingindo assistir ao filme, mas naquela hora já havíamos abaixo o volume e estávamos mais interessados nos sons que vinham daquele quarto:

- Ah, eu vô lá escutar de perto! - Falei para ele e fui em direção ao quarto, pé ante pé, pisando suave, suave…

Cheguei próxima a porta e ela estava apenas encostada, o que eram mais que suficiente para o som se propagar fácil. A Anne gemia gostoso, bem manhosinha, enquanto o Guto parecia uma britadeira, batendo forte seu corpo no dela:

- Ai, caralho, devagar… Ai, não! Ah, aiiiiii! Ai, ai, Guto. Porra, cara, assim, assim, assim! Não para… Não para não! - Pedia e gemia até dar um gemido alto e longo: - Ah! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh…

- Caraca! - Falei baixinho, sentindo a minha xereca pingar.

Nesse momento, senti uma mão apertando meu seio e vi que o Helton estava ali também, ouvindo a safadeza dos dois. Acho que ficamos contagiados, eu pelo menos fiquei, ao ponto de pegar sua outra mão e colocar sobre a minha calcinha:

- Cê é muito gostosa, Anne! - Falou o Guto: - Cara que delícia de corpo é esse!?

- Ai, ai, ai… Ahhhhhh! Ai, que pau delícia! - Ela falou, respirando ainda com dificuldade: - Deita que eu quero brincar também!

Um breve silêncio e um gemido rouco do Guto chegou a nos surpreender:

- Pooorra! Que é isso, meu? Vai quebrar meu pau assim!

- Ah, para! Uma sentadinha de nada… Se não aguentou essa, não vai aguentar a próxima.

- Devagar aí, mulher! - Falou Guto, quase gritando.

- Xiiiu! - Resmungou a Anne: - As crianças vão ouvir a gente, caramba.

Logo depois, começamos a ouvir sons de batida, altos e fortes, seguidos de gemidos dela e agora dele também. A Annemarye devia estar dando uma baita surra de xereca no coitado porque, sinceramente, ele estava gemendo mais que ela:

- Caralho, o que é isso!? - Guto falava em voz alta, entre os sons de batida: - Porra, meu!

- Sou mesmo! Criada na roça, uma verdadeira amazona de pica. Agora aguenta que eu gozar mais! - Ela falou e ouvi o som de um tapa e ela parando: - Ai, desculpa, Guto. Doeu?

- Caralho! Quem é você? Devolve a Annemarye pra mim, por favor. - Falou dando uma gostosa gargalhada.

- Uai, gostou não? - Perguntou e ouvi um gemido rouco dele antes dela continuar: - Eu devolvo, mas não reclama depois de ter uma santinha em casa.

- Não, ai! Não! Porra! Ai, cacete. - Ele começou a falar e gemer: - Quer meter? Então, mete, sua biscate. Arregaça essa tua boceta no meu pau!

Nesse momento, começou uma sessão de sons de foda pesada, hardcore mesmo. A Annemarye era outra quando estava na cama, dava até medo. Aliás, só aí notei que eu já estava batendo uma punheta pro Helton, enquanto ele já me alisava o “sininho”, mas, também vou ser sincera, a foda dela estava tão gostosa de se ouvir, que parecia que nenhum dos dois, eu e ele, queríamos sair dali. Acelerei ainda mais os movimentos no Helton e ele começou a gemer na minha mão também. Aquilo me arrepiou e com seu contato mais acelerado em mim, logo seria eu a gozar.

No quarto, a selvageria continuava. A Anne trepava como se não houvesse um amanhã. “Crendeuspai! Que puta mulher, ou mulher, ou puta, não sei”, pensei, já quase gozando e ouvindo os sons daquela trepada que ficava cada vez mais alto. Logo, ela já estava praticamente gritando e o Guto também:

- Ai, cacete! - Helton falou e apertou forte meu “sininho” enquanto gozava gostoso na minha mão.

Nesse momento, com uma pressão maior e todo aquele clima de putaria, também não resisti e gozei forte, ficando com as pernas bambas e perdendo o equilíbrio. Helton havia gozado muito, mas muito mesmo e na minha bambeada, acabei pisando em sua porra e escorregando em direção à porta que só estava encostada. Resultado: a porta se abriu com um sonoro “nhééééé!”. A Anne e o Guto nos olharam assustados, surpresos e ela chegou a diminuir o ritmo, mas vendo a situação em que nós estávamos, falou:

- Ah, não vou parar, não!

Voltou a cavalgar rápido, intensamente e agora, vê-la dar um gás em cima do Guto, me deixou literalmente perturbada. O coitado gemia embaixo dela, ela gemia em cima dele e o Helton ainda gemia na minha mão. A única que não gemia ali era eu, mas isso durou pouco, porque o Helton voltou a me alisar e logo éramos quatro ali, perdidos em sensações que dificilmente as pessoas experimentam em suas vidas:

- Eu vou gozar! Ai, eu vou gozar de novo! - Começou a gritar Annemarye.

- Goza sua potranca do caralho. Eu também já não tô aguentando mais. - Falou o Guto.

- Só mais um pouco, mais um pouquinho… - Ela pediu acelerando ainda mais a cavalgada para explodir segundos depois: - Poooooooorrrraaaaahhhhhhhhhhhhh!

Ela se encolheu toda sobre ele, fechando os punhos, os olhos e ficando numa tensão como se estivesse recebendo um choque de duzentos e vinte volts ou mais. Seus braços tremiam, aliás, seu torso, coxa, pernas, tudo, terminando inclusive nos pés que estavam retesados. Então, surpreendendo a todos, ela gritou ainda mais alto:

- Câimbra! - E rolou para o lado, segurando o pé: - Ai, ai, meu pé! Guto, ai, meu pé.

Ele se levantou assustado, com o pau duro e sem saber o que fazer:

- Massagem, massagem! Estica! Faz alguma coisa. Aiiiiiiiii! - Ela gemia e rolava na cama.

Ele pegou seu pé e então o segurou esticado, aliviando a tensão do músculo, mas demorou um bom tempo até ela conseguir se aliviar de verdade. Quanto conseguiu relaxar, olhou para a gente e decretou:

- Já deu, né, gente!? Voltem pra sala! Já ouviram demais e viram até o que não deveriam.

Saímos os dois, murchos, envergonhados e voltamos para a sala. Sentamo-nos no sofá e começamos a rir feito dois bobos. Depois de um tempo, ouvimos a campainha tocar e fomos olhar pelo olho mágico da porta, vendo dois carinhas que alternavam chaves na fechadura, tentando abri-la, sem sucesso. Pouco depois, um urro sofrido, chorado mesmo do Guto, foi ouvido de longe, parecia que ela estava matando o rapaz. Eu dei uma olhada no olho mágico e os dois se encaravam surpresos, rindo da tortura do amigo e dando meia volta para deixá-lo em paz, ou em sofrimento, sei lá.

Voltamos ao sofá e ficamos esperando o retorno deles. Logo, apareceu a Annemarye, mais ou menos ajeitada na roupa, com o cabelo ainda meio bagunçado e cara de quem iria dar bronca:

- Que… Que palhaçada foi essa, Márcia?

- Ah, desculpa. - Preferi ser honesta mesmo me custando o couro: - É que começamos a ouvir barulhos vindo do quarto e fiquei curiosa. Daí fui lá, o Helton veio atrás e a gente acabou fazendo besteira. Daí escorreguei e caí pra dentro do quarto. Desculpa. Foi mal mesmo.

Ela estava brava, inconformada, e se virou para o Guto:

- Eu falei que não dá pra trazer criança junto. Viu!? A culpa é sua!

- Deixa de ser boba, morena, eles também aproveitaram. Cê não viu o jeito que eles estavam engatados quando entraram no quarto?

Ela me olhou curiosa e eu expliquei:

- A gente não fez nada demais. Só… - Parei, procurando as melhores palavras, mas não tinha como não ser objetiva: - Só toquei uma punhetinha pra ele e ele badalou o meu sininho.

- Badalou o sininho!? Pelo amor de Deus, Márcia! Siririca, filha, é siririca que se diz! Aprende a falar direito, senão você corta o tesão do teu homem.

Todos caíram na risada e ela pediu para o Guto nos levar para casa. Assim que ele abriu a porta, dois de seus amigos estavam sentados no corredor, praticamente cochilando. Ele os chutou e falou para entrarem, enquanto saíamos. A Annemarye saiu toda imponente, decidida, maioral e ainda os cumprimentou formalmente com um “Boa noite!”, como se nada tivesse acontecido. Mas o sorriso deles denunciava que eles sabiam o que tinha acontecido, ela sabia, todos sabíamos, mas fingimos naquela hora que era uma beleza!

Chegamos em nossa casa, nos despedimos deles e entramos. A Anne trocou telefone com o Guto e, por ele morar em São Paulo, talvez se encontrassem novamente. Já eu e o Helton, infelizmente, ficaria como uma paquera de verão. Nossos pais não estavam na sala, sinal de uma maior confiança na minha “mestre”. Fomos para nossa suíte e, igual a noite passada, capotamos na cama, dessa vez com roupa e tudo.

No dia seguinte, acordamos por volta das oito e meia, graças a mãe dela que queria curtir um último dia de praia. Fomos arrastadas à cozinha, tomamos um café e saímos com ele. Do jeito que a Annemarye deitou numa esteira, começou a dormir novamente, ronronando e babando. Para o pai dela, era gosto tirar fotos da filha naquele estado para sacaneá-la depois nos álbuns de recordação. Eu ria e aproveitava para interagir com todos. Logo, ela acordou e também passou a interagir, bebendo somente suco e água.

Passamos mais um dia delicioso e no final desse, fui obrigada a me despedir da minha irmã postiça que voltaria para São Paulo. Chorei sentida e, vejam só, a fiz chorar também! Aquele mulherão forte e independente tinha coração, e era enorme, cabia muita gente nele e, pelo jeito, já tinha me reservado um espacinho. A única forma que ela encontrou para me acalmar, foi combinarmos de eu ir passar um final de semana na capital com ela. Meus pais fecharam a cara, mas logo aceitaram, pois viram que havíamos nos tornado mais que amigas, praticamente irmãs mesmo.

Ela veio depois de nós e se foi antes da gente, alegando que não queria mais chororô em cima de sua roupa chique, apesar de estar usando só uma bermuda simples e uma blusinha solta com sandália rasteirinha. Fiquei observando enquanto ela ia embora até não mais enxergar seu carro na rua, então voltei e ajudei nossos pais com nossa tralha. Depois pegamos a estrada e voltamos para casa, mas com muita lembrança boa e altas aprendizagens.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.


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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 229Seguidores: 606Seguindo: 18Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Estaremos organizando um protesto em Brasília para o retorno dos contos... caso não atendam o pedido do povo, carros serão virados!!!

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Sei lá...

Senti um certo clima de adeus.

Espero que continuem a nós brindar com boas historias

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Anne é fenomenal mesmo, rouba até a história da Márcia, roubaria qualquer história.

Sobre a Márcia, tomara que não encontre outro estrume pela sua vida.

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Valeu Mark!Estava ansioso por mais contos da Márcia e da Annemarie. Como era o nome do noivo da Annemarie que traiu ela com a dama de honra? Esse lance com o Guto foi antes de ela encontrar o noivo? 3 estrelas. Abraços

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Excelente.

Gostaria de um esclarecimento, se possível: Em que fase da vida da Annemarye se deu esse encontro com a Márcia?

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Sensacional,adorei

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Boa tarde como sempre o conto e tudo de bom

E tudo de para todos vocês

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Raramente faço comentários, mas queira aproveitar esta oportunidade para agradecer sua decisão em retornar com suas estórias!!! Espero que possamos curtir não só este conto como os demais!! Abs e sucesso!!⭐️⭐️⭐️

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Somem não, cêis dois. Vocês se tornaram ponto de referência, por aqui, lógico, sem desmerecer nenhum outro. E a dona Fernanda é um capítulo à parte. Essa uma se tornou "musa inspiradora", pelo menos, pra mim... Qualquer decisão de publicar fora daqui, nos avise, por favor... Inté.

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Mark párabens por essa saga bem leve e gostosa amigo nota um trilhão parceiro.

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Uhuhu !!!

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