Sabia que depois de um capítulo anterior "morno" viria um episódio quente
O CHALÉ - Cap. 2
Ao despertar, vi que eram 11 horas.
Fiz café, fumei um cigarro, fui ao banheiro, tomei banho, depois, ainda nu, como era meu costume quando estava sozinho, preparei o almoço, enquanto refletia.
Eu nunca tivera relações nem tendências homossexuais, muito menos interesse por alguém cuja idade se situava três décadas abaixo da minha. O que estava acontecendo, apesar de ter sido provocado por ele, classificava-me em termos tão horríveis, que eu evitava verbalizar até em pensamentos.
Porém, por mais que tentasse fugir daquela atração inaudita, a carne era fraca. Apenas a recordação das noites anteriores já me deixava de pau duro. E foi de pau duro que Marquinhos me encontrou, ao sair do banho também nu. E sabem o que ele fez? Pegou no meu pau.
— Marquinhos! — admoestei em tom de brincadeira.
Meia hora depois, de volta à cama, eu estava recebendo no pau as carícias de Marquinho. Sem masturbação propriamente dita, apenas carícias e toques agradáveis.
Em determinado momento, vendo seu semblante de contentamento, tive vontade de beijá-lo. Mas evitei, a fim de não gerar paixonites de consequências imprevisíveis. “Vamos nos limitar ao sexo”, decidi.
Como também decidi subir alguns degraus na escala da nossa concupiscência. O que não foi difícil. Como se lesse meus pensamentos, ele repousou a cabeça em meu peito para ver de outro ângulo o membro que o fascinava. Dali, foi um pulo. Ou melhor, um empurrãozinho.
Empurrando aos poucos sua cabeça, senti seu hálito quente em meu pau e, em seguida, a deliciosa umidade macia de sua boca. Satisfazendo o desejo que ele ainda não exprimia em palavras, Marquinhos chupou meu pau com verdadeira gula. Eu me contorci de prazer. E ejaculei em sua boca, que, naquela primeira vez, deixou escapar uma pequena quantidade de esperma, cujo odor ele ficou longamente aspirando.
***
Até então, Marquinhos só havia expresso em palavras dois desejos. O do colinho e o de ver meu pau. Após seu primeiro boquete, ele acrescentou uma terceira frase, que repetia duas a três vezes durante o dia:
— Deixa eu chupar?
E chupava maravilhosamente, deliciando-se com o creme do meu prazer.
Seu último desejo, contudo, fosse por algum tipo de insegurança, fosse por receio, ele preferiu demonstrar sem palavras. Sei que, ao sair do banho, encontrei-o na cama, nu, bundinha para cima, em tácito oferecimento.
Mensagem recebida.
Colocando um travesseiro sob sua pelve, para lhe alçar as nádegas, posicionei a pica à entrada do cuzinho, forcejei. Ai! gemeu ele quando a glande ultrapassou a barreira do esfíncter, abrindo caminho para a pica, que entrou sem dificuldade. Foi a primeira vez que penetrei um cuzinho de macho.
— Tá gostando? — perguntei.
— Estou...
A facilidade com que se concretizava a penetração me deixou em dúvida a respeito de sua virgindade. Dúvida que ele sanou semanas mais tarde. Era, realmente, sua primeira vez. Doeu, mas ele não reclamou; pois era grande o seu desejo de dar; assim como o de chupar. Desejos que o afastaram da praia, mesmo em dias de muito sol. Em vez disso, passávamos o tempo usufruindo os prazeres carnais.
Ele chupava meu pau na cozinha, sentado, na cama, deitados. E se deliciava com o esperma, que degustava com visível satisfação. Eu nunca estivera tão viril e potente, nem quando tinha vinte anos a menos. O intervalo entre uma ereção e outra era pequeno. Ele sentava na pica, eu masturbava seu bilau. Às vezes, ao gozar em seu cuzinho, o pau nem chegava a amolecer de vez, permitindo retomar os movimentos de vaivém que lhe arrancavam gemidos de prazer. Meu delicioso sobrinho, de quem ouvi:
— Se eu pedir uma coisa, o senhor faz?
— Faço, neném.
— Chupa?
Sem hesitar pus seu pintinho duro na boca e chupei longamente para retribuir todo o prazer que ele sempre me prodigalizava.
Até que chegou o dia da troca de visitas.
***
Era fim de tarde, quando minha irmã chegou, trazendo Mariane.
— Nem parece que pegou praia — observou ela, referindo-se à pele de Marquinhos, que não apresentava a cor característica de quem se expõe ao sol.
— É que quase não deu sol — justificou ele.
— Deu foi muita chuva — acrescentei.
E, assinalando o céu nublado:
— E esta noite parece que vamos ter é tempestade.
Marquinhos se despediu com um abraço, sem demonstrar tristeza. Diria até que se sentia orgulhoso. Não era para menos. Em poucos dias ele havia seduzido o tio, conseguindo concretizar tudo o que vinha desejando havia muito tempo.
Tristeza, quem sentiu fui eu, que já estava habituado (diria até, viciado) aos prazeres que alteraram a rotina do chalé.