Jules: A Fantasma Que Roubou Meu Coração (Parte 2)

Um conto erótico de J. R. King
Categoria: Lésbicas
Contém 1526 palavras
Data: 25/09/2022 20:52:47

Quando a euforia passou, percebi que estava toda molhada com o ectoplasma que Jules havia deixado. Não só o meu corpo e a minha roupa, como também a minha cama. Levantei e tirei a roupa de cama e coloquei direto na máquina e liguei, na manhã seguinte eu pensaria em alguma desculpa para os meus pais, mas agora eu só queria me limpar.

Tomei um banho onde conseguia sentir todo aquele líquido espesso saindo do meu corpo. Era como se eu tivesse mergulhado em uma banheira de gel de cabelo. Um gel transparente, mas com um sabor incrível. Dormi quase duas da manhã, ainda pensando se o que eu tinha vivido era real ou não. Mas desde que conheci Jules, a realidade parecia tão fantasiosa que eu já nem me importava mais.

Fiquei sem ver Jules o dia inteiro. Meus pais não desconfiaram de nada. Talvez nem tivesse notado a roupa de cama suja, ter pais corretores de imóveis super atarefados tem lá suas vantagens. Mesmo assim, eu senti falta de Jules, queria conversar com ela sobre o que havia acontecido, mas ela não aparecia. Pensei que ela talvez estivesse envergonhada ou algo do tipo. Mas quando já era de noite, senti uma presença enquanto me deitava para dormir.

– Boa noite, Jules. – Falei ao vento, não sabia onde ela estava, só sentia que ela estava no quarto.

– Boa noite.

– Por que você se esconde? É sobre o que aconteceu na noite passada.

– Talvez.

– Você gostou?

– Talvez.

– Pois eu gostei. Gostei bastante. Muito obrigada, eu acho que eu tava precisando disso.

O vento soprou mais forte pela janela, e como um passe de mágica ela apareceu na minha frente, com seu rosto quase colado ao meu, senti aquela presença gélida e fantasmagórica, mas não tive medo.

– Você está agindo estranho, Jules. O que houve.

– Eu… posso ter gostado também do que aconteceu ontem a noite.

– Você quer fazer de novo.

– Talvez.

– A gente pode fazer, mas temos que arrumar um jeito de não sujar tudo de novo. Não posso ficar colocando roupa de cama pra lavar todo dia.

– Eu acho que eu sei como.

– Como?

– Bem, eu nunca fiz isso com humanos, apenas com gatos e ratos. Mas talvez funcione.

– Do que você tá falando?

Jules levitava sobre o chão, como sempre, com seu vestido mais longo que seus pés, e quase tão translúcido quanto sua própria pele. Ela esticou as duas mãos e disse:

– Pegue as minhas mãos.

Encostei em suas mãos, elas se materializaram na minha frente, úmidas e geladas.

– Ok, agora, prenda a respiração.

Prendi a respiração o mais forte que pude. De repente, Jules puxou os meus braços em sua direção. Senti sendo puxada, mas me sentia mais leve, como se o peso do meu corpo virasse o de uma pena. Cai nos braços de Jules e quando percebi, eu estava com a mesma aparência dela, translúcida. Percebi que eu conseguia tocar todo o corpo de Jules, mas não sentia a umidade do ectoplasma.

Olhei em volta e meu quarto parecia diferente, parecia sem cor, morto. Quando olhei para o chão, levei um susto. Estava lá o meu corpo, estirado no chão, em uma posição completamente torta, mas mole.

– Jules, o que você fez!? – Gritei assustada.

– Separei sua alma do seu corpo.

– O quê!? Mas por quê!? Quer dizer que eu morri!?

– Não, espera. Você está viva, só o seu espírito está separado do seu corpo. Você vai viver. É só você entrar no seu corpo de novo. Enquanto isso ele vai ficar aí no chão desmaiado.

– Por que você fez isso, Jules?

– Por quê… – Ela se aproximou de mim e tocou o meu rosto. Seu toque era gélido, como uma bolsa de gelo tocando a minha bochecha para curar um machucado. – Eu queria te tocar, Nina.

Ela se aproximou de mim, fechou os seus olhos e me beijou. Eu não resisti, me entreguei ao seu beijo por alguns segundos, soltei o meu corpo e foi quando eu reparei que estava flutuando junto de Jules.

– Nina, eu não sei se eu gostava de garotas na vida passada ou não, mas eu gosto de você. Você é a primeira pessoa que não tem medo de mim, a primeira com quem eu posso conversar. Eu achava que o meu sentimento era só amizade, mas depois da noite passada percebi que era algo mais.

– Também senti algo a mais por você, Jules.

– Vem, eu quero te mostrar uma coisa.

Ela me pegou pela mão e começou a subir. Atravessamos o teto, fomos até o sótão e depois atravessamos o telhado. Subimos um pouco mais, era uma bela noite de lua cheia. Lá do alto, eu podia ver todas as ruas, o shopping já alguns quilômetros de distância e até os morros verdejantes. Olhei para baixo e senti um pouco de vertigem, e me abracei em Jules com medo.

– Tá tudo bem, Nina, você não vai cair. Veja só, não é lindo?

– É sim. Parece que ser um fantasma tem suas vantagens.

– Mas eu não posso ir muito longe. Aqui é o máximo que eu consigo ir. Eu estou presa a essa casa de alguma forma. Eu queria poder estar viva para ir a qualquer lugar, mas estou fadada a ficar aqui até descobrir o que me prende.

– Seja o que for, eu vou estar com você.

Eu me aproximei dela e a beijei novamente, agora com a luz do luar a nos iluminar. Foi um beijo intenso e delicioso. E mesmo que o corpo de Jules fosse frio como um picolé, ela me fazia sentir um calor intenso.

Descemos de volta até o teto, e ali ficamos para apreciar a bela vista da noite. Nos deitamos nas telhas e voltamos a nos beijar. Com o clima esquentando, Jules começou a acariciar o meu corpo. Ela pegou no meu seio e o apertou, me fazendo dar um leve suspiro de prazer entre o nosso beijo. Depois, ela desceu sua mão até entre as minhas pernas, tocando o meu clitóris por dentro da minha calcinha.

– Deixa eu fazer em você dessa vez. Deixa eu te chupar. – Disse para Jules.

– Você tem certeza? Eu não sei se vai ser bom, meu corpo está morto, se lembra.

– A gente pode tentar, mas deixa eu ver o que você esconde por debaixo desse vestido.

Jules se levantou, ficou de frente para mim com a lua em suas costas. Ela cruzou os braços na frente e começou a puxar o vestido. Ele foi subindo, desenhando as curvas do seu corpo, até revelar primeiro sua boceta fechada e inocente, com um pouco de pelos pubianos por cima para destacar a sua pouca idade. Em seguida, seus seios saltaram para fora da roupa, eram grandes, empinados e maravilhosos. Sob a luz das estrelas o seu corpo iluminava tão belamente que eu me sentia nas nuvens.

Jules sentou no meu colo, voltou a me beijar um pouco e depois parou para que eu pudesse chupar os seus peitos. Eram deliciosos de se lamberem, de se chuparem, de serem acariciados.

Jules começou a gemer baixinho, eu a virei e a coloquei no telhado, comigo por cima. Fui descendo, beijando o seu corpo pálido e gelado até chegar no meio de suas pernas. Comecei a chupar o seu clitóris com tesão e voracidade. Ela ficou em silêncio por um tempo, mas depois começou a gemer.

– Ah… Nina… Você faz eu me sentir viva… – Disse Jules entre suspiros. Talvez esse tenha sido o elogio mais lindo que eu poderia ter recebido de uma fantasma.

Continuei a lhe chupar um pouco mais, mas logo ela falou que queria fazer algo. Ela então me pegou e me levou para dentro da casa. Agora no porão, ela cruzou as nossas pernas e começou a esfregar sua boceta contra a minha.

– Ah… Jules… isso é tão bom… continua, não para, por favor… – Disse entre gemidos de prazer sentindo os nossos clitóris se beijarem apaixonadamente do mesmo jeito que nós beijávamos.

Jules aumentou o ritmo, esfregando com mais força. Ela alternava entre me beijar e beijar os meus seios, e eu não sei dizer o que era melhor. Acho que ambas eram igualmente maravilhosas. Eu gemia alto, Jules também. E assim continuamos até eu gozar. Foi maravilhoso, intenso e espiritual. Senti meu corpo (quero dizer, minha alma) amolecer relaxado enquanto Jules se deitava do meu lado.

– Você… você gozou também? – Perguntei, ainda meio desnorteada.

– Acho que eu não consigo gozar. Como eu disse, meu corpo está morto. Mas isso não quer dizer que foi bom. Foi maravilhoso, Nina.

Ela me beijou e ficamos ali deitadas nos abraçando por um tempo. Até que falei que precisava ir dormir.

Jules me colocou de volta em meu corpo, a sensação foi quase tão estranha quanto sair dele. Era como aqueles sonhos em que você está caindo e quando bate no chão, você acorda em um espasmo muscular. Por fim, dei um beijo de boa noite em Jules, sentindo aquele delicioso sabor do ectoplasma em meus lábios. Antes de dormir, fiquei observando a lua pela janela do quarto, extasiada e incrédula do que tinha acontecido. Parecia que o sobrenatural era mais belo do que eu imaginava.

(Continua…)


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Comentários

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Maravilhoso.

A Procópio não curto esse tema mas vi e conseguiu tecer uma trama romântica e erótica. Estou adorando, e curioso para saber o desfecho final.

Parabéns

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