APRENDENDO COM O VIZINHO

Este conto ocorreu no começo da minha puberdade, eu estava no sétimo ano na escola. Eu morava em nova Iguaçu RJ junto com minha mãe, morávamos só eu e ela pois meu pai faleceu quando eu era mais jovem. Meu pai era um homem alto, branco dos olhos azuis, e sempre preservou um bigode farto kkk, já minha mãe é uma parda bonita, baixinha e com cabelos tingidos de vermelho, já eu sou branco, olhos verdes e pelos aloirados.

Depois que meu pai morreu, minha mãe teve que voltar a trabalhar na lanchonete de sua irmã, e a nossa vizinha que inclusive era melhor amiga de minha mãe iria ficar comigo depois que eu saísse da escola até minha mãe me buscar da volta do trabalho.

Sendo assim os dias foram se seguindo normalmente, de manhã eu e minha mãe tomávamos café da manhã e ela me levava até a escola. Sempre fui de tirar notas boas, mas esse ano eu estava tendo dificuldades com matemática então minha mãe perguntou pra vizinha se o filho dela poderia me ensinar matemática, pois estava perto das provas finais chegarem e eu precisava tirar notas boa pra poder passar, então Sandra(nossa vizinha) disse que ia pedir pro filho dela me ajudar quando ele chegasse da escola.

Sandra era uma mulher lindíssima, alta, magra, negra, e com tranças longas que chegavam até a bunda. Seu filho se chamava Charles, ele era alto, magro, negro e bem calado. Eu ficava na casa da mãe dele todos os dias basicamente, mas quase não tinha contato com ele, vivia enfurnado no próprio quarto.

Até que um dia a mãe dele chamou ele na sala e perguntou se ele podia me dar uma força em matemática, ele de primeira ficou meio incomodado com o fato de ter que dar aula pra um pirralho kkk, mas acabou que a mãe dele o obrigou.

Então quando voltássemos da escola iria ter a minha primeira aula de matemática com ele. E assim aconteceu, cheguei na casa dele primeiro pois minha escola era mais perto e uns 10 minutos depois ele chegou todo suado, pois o último tempo de aula dele era educação física. Então como de costume ele foi direto pro banheiro tomar banho e depois que ele saiu fomos almoçar. Eu almocei na sala junto com Sandra, e Charles levou o prato dele pra comer no quarto. Assim que eu terminei de almoçar eu peguei minha mochila e fui bater na porta de Charles perguntando se eu podia entrar. Ele abriu a porta com uma cara meio de entediado, mas me recebeu, ele estava sem camisa e usando uma bermuda comum.

O quarto de Charles tinha uma parede pintada de preto e com desenhos de giz, uma cama espaçosa, um armário com um grande espelho na frente da cama e uma mesa perto da cama. O quarto dele na real parecia meio bagunçado, toalha e um calção de futebol em cima da cama, mochila no chão...

Ele pediu pra eu sentar na cadeira frente à mesa e dizer pra ele qual era a dificuldade com a lição da escola. Ele estava em pé ao meu lado, ao me reclinar pra pegar meu caderno dentro da mochila, meu rosto ficou bem próximo à cintura dele é eu pude sentir um cheiro bom, mas até aí eu não reconheci o que era e também nada disse. Peguei o livro e o caderno e mostrei pra ele o que eu não tinha entendido da matéria.

Eu não sei o que era ao certo, mas não estava conseguindo focar muito na lição. Quando eu errei uma questão lá que ele estava me ensinando, ele se reclinou até a mesa pra me mostrar como solucionava a questão, e ali foi a primeira vez que eu reparei nele de verdade, ele tinha olhos bem marcantes, uma boca bem grossa, tinha um começo de uma barba bem escura também. Então me deparo com ele perguntando se eu tinha conseguido entender a explicação. Ao escutar isso eu consigo voltar pra realidade e peço perdão pois estava distraído. Acabou que ele me explicou novamente e consegui fazer aquela questão.

Nisso comecei a ficar mais animado pois realmente estava conseguindo entender e ele consequentemente passou a aceitar que teria que dá aula pra alguém mais novo. Até que depois de alguma questões já feitas ele me deixou fazendo sozinho pra ver se eu realmente peguei o jeito, nisso ele deitou na sua cama de barriga pra cima e ficou mexendo no seu celular.

Depois de ter feito mais duas questões, surgiu uma que eu não estava conseguindo fazer sozinho e iria chamar ele, e eu virei minha cabeça para chama-lo e novamente me peguei reparando mais nele. O sol da janela fazia com que pequenos pelos abaixo do umbigo se tornassem mais visíveis, devido a sua bermuda ser um pouco folgada dava pra ter um vislumbre de poucos pelos pubianos que decidiram ficar um pouco de fora da bermuda, nisso Charles repara que eu estou olhando o corpo dele e me pergunta o que eu estava olhando, eu disse que nada e voltei a olhar pro meu caderno. Então ele levantou da cama e veio até a mesa conferir as questões que eu fiz, e percebi que ele ficou de certa forma "orgulhoso" por eu ter conseguido, ele bagunçou meu cabelo do nada e então levantei meu olhar em direção ao dele e recebi um sorriso que me deixou meio perdido, não sabia o que pensar daquilo. Até que ele disse que poderia me ajudar daqui pra frente. Então logo em seguida minha mãe toca a campainha pra me pegar e irmos pra casa, me despeço tanto de Charles quanto de Sandra e volto pra casa com a cabeça cheia de novas dúvidas, porém não mais de matemática kkk