Liberais & Apaixonados 13. A visita do tio Omar.

Um conto erótico de San e Jen
Categoria: Heterossexual
Contém 2865 palavras
Data: 14/03/2022 16:30:50
Última revisão: 14/03/2022 18:34:25

Continuando…

Após a conversa franca que Jen e eu tivemos, terminamos o domingo em um ótimo clima. Assistimos um filme e fizemos amor carinhoso antes de dormir.

Eu passei a semana pensando em tudo o que eu havia conversado com as duas, Jen e Lívia. Pelos meus horários, saía cedo e voltava muito tarde, eu mal via a Jen durante a semana útil. Tomávamos um rápido café da manhã juntos e já saíamos, cada um para o seu lado. Quando ela estava com muito tesão, ela me esperava acordada à noite ou eu a acordava mais cedo para fazer amor. Passamos uns três meses nessa rotina e eu ainda pensava sobre aquela conversa. Jen respeitava o meu tempo e quando tocava no assunto, não era como cobrança. A amizade entre ela e Lívia se estreitava a cada dia mais.

Em breve meu tio viria nos visitar e essa foi uma semana de muita ansiedade para mim. Eu não voltei mais ao Rio depois que fui embora e estava contando as horas para a chegada dele.

Durante essa semana, na terça-feira, eu comprei para a Jen o seu primeiro celular. Aquele famoso Nokia azul com jogo da cobrinha. O sexo de agradecimento naquela noite, foi um dos mais intensos da minha jovem vida. E a quarta-feira foi um dia tão puxado no serviço, que eu resolvi faltar na faculdade e ficar em casa descansando.

Naquela noite, Jen falou pela primeira vez com os pais após a mudança. Ela chorou muito e me disse que estava morrendo de saudade da sua família. Nunca tinha ficado tanto tempo longe. Mesmo quando ela passou os três meses em Bangu, eles sempre iam visitá-la.

Do nada tive uma ideia. Com a vinda do meu tio, eu ia separar um dinheiro e pedir que ele levasse para os pais dela. Assim, no outro fim de semana, eles poderiam vir e faríamos uma surpresa para a Jen. Fui puxando a informação de como contatá-los aos poucos. Jen, achando que eu só queria saber mais sobre a vida dela, foi respondendo sem desconfiar das minhas intenções.

A sexta-feira chegou e com ela, meu tio também chegava. Por esquecimento, não lhe passei o meu endereço de residência e ele acabou indo parar na casa da minha mãe. Local que ele já havia visitado anteriormente e conhecia o caminho muito bem.

Para a minha surpresa, quando Jen e eu saíamos para buscá-lo, Lívia apareceu do nada dizendo que queria ir com a gente. Pela cara de safada dela, eu sabia que tinha caroço nesse angu.

Aqui, uma explicação: Omar, meu tio, é dez anos mais novo do que o meu pai, que se chama Zahid, e também, dez anos mais velho do que eu. É o homem mais alto e com os traços árabes mais marcantes da nossa família. É um homem muito bonito e muito safado também. E como já tinha servido de cupido por duas vezes, para mim e a Jen no passado, ela tinha um carinho muito especial por ele. Tenho certeza que ela contou tudo isso para Lívia, atiçando o desejo na safada.

Chegamos à casa da minha mãe e logo nos abraçamos, meu tio e eu. Eu estava com muita saudade. Por causa do trabalho do meu pai e da distância constante, meu tio foi o meu exemplo de homem durante a adolescência. Foi ele que me ensinou a fazer a barba, me ajudava em época de provas na escola, me ensinava como um homem devia se portar e estava sempre ao meu lado quando eu precisava de uma palavra de apoio.

Ele também deu um abraço caloroso na Jen, dizendo:

- Eu sabia que isso ia acontecer. Vocês dois nunca conseguiram ficar longe um do outro. Fico muito feliz em saber que agora é oficial.

Ela agradeceu e logo o apresentou à Lívia. Jen, muito a vontade, e para minha surpresa, até começou a chamá-lo de tio:

- Tio, essa aqui é nossa amiga Lívia. Lívia, esse é o tio. - E piscou para Lívia com a maior cara de safada.

Lívia logo tomou a frente, se insinuando para ele:

- Prazer! Jen falou muito de você essa semana.

Meu tio, sem perder tempo, beijou sua mão como um cavaleiro e sem deixar de olhá-la nos olhos, respondeu:

- O prazer é todo meu! Espero que ela tenha falado bem.

Minha mãe assistia a cena rindo e fazendo sinal de negativo com a cabeça. Já passava das dezenove horas e minha mãe detesta visitas noturnas. Eu disse:

- Vamos, então? A semana foi cansativa e tenho certeza que a mãe quer descansar. Pela cara, ela não vê a hora de ficar sozinha com suas novelas.

Todos riram. Tio Omar e minha mãe deram um abraço de despedida e trocaram palavras carinhosas. Ela ainda pediu para ele não ir embora sem vir se despedir e o lembrou de passar também na casa da minha irmã, dizendo que ela queria muito vê-lo. Partimos.

Passamos no mercado e compramos cerveja e tira-gostos. Compramos também, limão e vodca para a caipirinha das meninas. Tio Omar e Lívia já estavam bem à vontade na conversa. Os olhinhos da safada até brilhavam ao lado dele. Deixei que ela fosse no banco da frente e me sentei atrás com a minha Jen enquanto voltávamos para casa.

Já em casa, a conversa rolava naturalmente. Jen sentada no meu colo na poltrona menor e tio Omar e Lívia juntos no sofá maior. Lívia estava de quatro por ele. Passava a mão no cabelo constantemente, ria de qualquer coisa, por mais sem graça que fosse, que ele falava… tio Omar era experiente e sabia que alí tinha jogo. Ficamos bebendo e conversando por umas duas horas, até que a bebida começou a fazer efeito nas meninas e meu tio me fez sinal para acompanhá-lo. Fomos até a cozinha preparar mais caipirinha para elas.

Ele me falou:

- Cara! Ela tá dando muito mole. Assim eu não aguento. Tu não liga? Afinal, estamos agora na sua casa e eu não quero faltar com o respeito.

É claro que eu não ligava. Meu tio, meu exemplo, tinha total liberdade comigo. Dentro de casa, não seria diferente. Mas, eu precisava lhe contar alguns detalhes. Eu sabia que não ia fazer diferença para ele. Eu disse:

- Fique à vontade! Você tirou a sorte grande. Lívia é garota de programa. Tenho certeza que vai ser uma das melhores noites da sua vida.

Meu tio, muito feliz com o que eu lhe contei, respondeu:

- Rapaz! Essas são as melhores. Não tem frescuras como essas patricinhas idiotas.

Eu ainda pedi:

- Só não diga nada do que eu lhe contei. Não é legal, fica parecendo que eu quero diminuí-la. Lívia é nossa melhor amiga. Eu jamais faria isso com ela.

Tio Omar me tranquilizou:

- Fica tranquilo, sobrinho! Isso fica entre a gente.

Eu ainda fiz um segundo pedido:

- Amanhã podemos sair para conversar longe das duas? Preciso de ajuda em uma situação que está acabando com a minha sanidade. Mas, isso tem que ser conversado com calma e sóbrio. Pode ser?

Ele, sempre presente para mim nos momentos de necessidade, respondeu:

- Claro! A gente diz que vai jogar uma sinuca e tomar uma cerveja e conversamos sim.

Eu preparei as caipirinhas e meu tio abriu mais uma cerveja para nós dois. Voltamos a nos juntar às meninas na sala. Mas dessa vez, ele não perdeu mais tempo. Já voltou dando um beijaço na boca da Lívia e ganhando aplausos da Jen, que estava bem altinha. Eu aproveitei o clima e também beijei a minha Jen.

Ficamos ali, os dois casais namorando por uns vinte minutos, até que Lívia se levantou e puxando meu tio pela mão, olhou para mim e para a Jen e disse:

- Vamos deixar os dois pombinhos matar a saudade, já que eles mal se vêem durante a semana.

Lívia deu outro beijo fogoso no meu tio e disse para ele:

- Você vem comigo. Vamos ficar mais à vontade na minha casa.

Tio Omar nem pestanejou, abraçou-a por trás e foi saindo junto com ela.

Jen e eu limpamos a bagunça, lavamos a louça e guardamos e fomos tomar banho juntinhos com direito a muita sacanagem. Fizemos amor demorado naquela noite para matar a saudade da semana. Pela parede fina, ouvíamos claramente os sons do outro lado:

- Gostoso do caralho… me fode, carioca… fode forte essa boceta… não para… delícia de homem… aaahhhhh…

Jen e eu tivemos um pouco de dificuldade para pegar no sono e demos mais uma foda, para acabar de vez com as forças.

Eu acordei na manhã de sábado e me arrumei sem fazer barulho para trabalhar. Passei toda aquela manhã no serviço, ensaiando em minha mente a conversa que teria com o tio Omar. Eu não tinha o porquê de ficar inventando subterfúgios, ele era a pessoa que eu mais confiava na vida. Se ele não conseguisse me dar um norte, talvez seria melhor esquecer tudo isso e tentar fazer com que a Jen entendesse o meu ponto de vista. Mesmo arriscando perdê-la.

Cheguei em casa por volta das treze horas naquele sábado e ao entrar no meu apartamento, uma pequena festa acontecia: além da Jen, da Lívia e do tio Omar, minha irmã, cunhado e sobrinho, também estavam por lá. Perguntei por minha mãe e Sarah, minha irmã, disse que ela estava com enxaqueca e preferiu ficar em casa descansando.

Meu tio é um ótimo cozinheiro e eu fiquei muito feliz ao saber que ele estava preparando sua famosa costeleta de cordeiro, que eu não comia desde a saída do Rio. Ele é um especialista em misturar a comida árabe com a culinária brasileira. Além do cordeiro, ele também preparou uma espécie de cuscuz para substituir o arroz, e uma pasta chamada de Homus, que é feita com grão de bico, tahine e azeite. A mistura da culinária árabe com a nordestina ficou muito equilibrada. Para quem não sabe, o Rio de Janeiro tem uma forte influência da culinária nordestina.

Todos elogiaram muito a comida e comeram de se fartar. Lívia não desgrudava do tio Omar e Minha irmã, que nunca gostou muito dela, fazia cara feia. Foi preciso que eu chamasse sua atenção algum tempo depois. Estava ficando chata a implicância sem motivo. Ela preferiu ir embora logo depois e eu nem precisei chamar o tio Omar para conversar. Ele mesmo disse para as meninas:

- Agora eu vou pedir licença às duas e roubar meu sobrinho por um tempo. Temos muitos assuntos de família para colocar em dia. Vamos sair para jogar uma sinuquinha, tomar uma cerveja e conversar. Enquanto isso, vocês duas vão planejando onde vão nos levar à noite.

Lívia e Jen ameaçaram protestar, mas tio Omar não deu chance e já foi me arrastando para a porta e pegando a chave do carro.

Eu sentia um certo desconforto no jeito do meu tio falar durante o trajeto. Ele nunca ficava constrangido, não importando o assunto. Paramos em um posto para abastecer e eu fui direto ao ponto:

- Por que você está estranho, agora que está sozinho comigo? O que foi que a linguaruda da Lívia te disse?

Ele resolver ser honesto:

- Linguaruda eu concordo. Mas, acho que foi por um bom motivo.

Eu insisti:

- Então, fala! Que bom motivo seria esse?

Tio Omar respirou fundo e disse:

- Acho que ela estava procurando um aliado para te convencer. Pelo que ela me contou, acho que esse também é o motivo de você querer se aconselhar comigo: Jen também gosta de mulheres, né? E você não sabe como lidar com a situação.

Como sempre, minha mudança de feição, revelou meus sentimentos.

O posto tinha uma pequena área com mesas e cadeiras onde as pessoas podiam se sentar para fazer um lanche rápido ou tomar uma cerveja. Meu tio apontou para o pequeno recinto e me chamou para sentar. Ele foi até a loja de conveniência e voltou com duas garrafinhas de Antarctica trezentos ml, conhecida como cracudinha no rio ou como litrinho na região do estado de São Paulo que eu morava. Ele se sentou ao meu lado e voltou a falar:

- Para te aconselhar, eu preciso saber melhor o que está pegando nessa situação para você. O lado dela e da Jen, ela já me contou. Quais são os seus medos?

Eu precisava de algumas informações primeiro. Eu perguntei:

- Você já passou por alguma situação como essa?

Tio Omar pensou um pouco, deu um sorriso enquanto lembrava de alguma coisa e depois começou a contar:

"Eu tive uma namorada na faculdade que era bissexual. Acho que foi o namoro que durou mais tempo. Ficamos juntos nos últimos dois anos do curso. Ficamos pela primeira vez em uma festa no campus e ela me chamou para ir para sua casa. Eu felizão, achando que ia me dar bem, nem pensei duas vezes. Chegando lá, a amiga que dividia com ela o apartamento, estava em casa. Fiquei muito puto, achando que os meus planos estavam indo por água abaixo."

Nesse momento, eu interrompi:

- Espera um pouco, vou buscar mais duas.

Fui num pé e voltei no outro, ansioso para ouvir a continuação da história. Tio Omar voltou a contar:

"Ficamos um tempo bebendo e conversando. Ela me dava uns beijos bem safados e se esfregava em mim sem se importar com a amiga sentada na nossa frente. Do nada, ela me perguntou:

- Você já ficou com duas mulheres ao mesmo tempo?

Eu até engasguei. A amiga me olhava com cara de quem queria arrancar a minha roupa. Eu nunca tinha feito um ménage e estava louco para experimentar. Dei uma de garanhão, respondendo:

- Nunca fiz. Mas como dizem, tudo tem uma primeira vez, não é?

Ela me olhou sorridente e a amiga não perdeu tempo em se juntar a nós. Foi uma noite selvagem. Jamais vou esquecer."

Apesar da ótima história, eu queria mesmo era saber o que ela tinha a ver com a minha situação. Tio Omar percebeu a minha impaciência e disse:

- Eu fiquei com essa garota até o fim da faculdade e ela sempre trazia alguma garota diferente para transar com a gente. E ela nunca me pediu para deixá-la sair com outros homens. Pelo que a Lívia me contou, esse também é o desejo da Jen. Agora, é só vocês terem uma conversa definitiva e definir os limites que cada um aceita.

Eu ainda perguntei:

- O que aconteceu com a garota?

Tio Omar deu mais um sorriso de saudade e respondeu:

- Voltou para a terra dela após se formar.

Tomamos mais algumas cervejas e conversamos coisas de família. Ele me disse que minha vó não estava bem de saúde e que eles concordaram que ela iria morar perto do meu pai no interior do Rio. Eles iam vender o apartamento e ele estava pensando em se mudar para perto de mim. São Paulo é realmente melhor para se ganhar dinheiro. Quem ia ficar feliz com a notícia era a Lívia.

Eu tinha muita coisa para considerar antes de conversar com a Jen. Mas, depois da conversa com meu tio, eu estava bem mais seguro para seguir adiante.

Voltamos para casa e Lívia e Jen estavam na cama cochilando. Acordei a Jen com um beijo carinhoso que foi logo retribuído. Lívia também acordou e já foi buscar aconchego nos braços do tio Omar.

Novamente, Lívia nos chamou para ir ao barzinho com karaokê. Acho que ela queria impressionar meu tio com seus talentos vocais. Todos concordaram. Como ainda era cedo, voltamos a nos divertir por ali mesmo.

Lívia, muito malandra, sugeriu um jogo de verdade ou consequência. Eu sabia que ela queria ver o circo pegar fogo. Ela deveria imaginar a conversa que eu e o tio Omar tivemos. Jen, inocente, pelo menos era o que eu achava, topou na hora. Eu e o tio fomos no embalo.

Antes de começar, enquanto eu preparava caipirinhas, Lívia aproveitou que eu estava sozinho e distante e veio conversar comigo. Tio Omar e a Jen conversavam animados na sala. Ela disse:

- Eu sei que o Omar falou com você e quero dizer que eu não quis fazer fofoca. Mas, você está precisando de um empurrão para ver se pega no tranco. Vai acabar matando a Jen de ansiedade.

Eu aproveitei o momento para colher mais informações e definir de vez o que eu iria fazer. Eu perguntei:

- Esse jogo aí que você propôs é para testar os meus limites?

Lívia, sempre me avaliando, respondeu:

- Também. Veja pelo lado positivo. Hoje você tem a melhor chance para testar as intenções da Jen. Eu sei que o seu medo não é que ela fique com outras mulheres. E sim, que ela tenha vontade de ficar com outros homens e não está sendo honesta. Acertei?

Lívia, muito mais experiente do que eu, tinha total razão. Esse era realmente o meu maior medo. Que essa história de bissexualidade, fosse só um subterfúgio e que no futuro, ela quisesse sair com outros caras. Lívia disse:

- Hoje está aqui o cara que você mais confia no mundo. Faça o teste e tire suas próprias conclusões. Hoje é o dia de você levá-la ao limite.

Lívia estava certa de novo. Era hora de parar de pensar e começar a agir.

Continua…


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Comentários

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Uao,cada lida mais interessante fica este conto,e qual será a decisão,vou ler mais,

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Ótimo história, personagens muito bem elaborados, San e Jen não ótimos juntos, só acho que essa Lívia tá forçando um pouco, o San devia brecar um pouco as coisas

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caraca que top, esta cada vez ficando melhor, esta delicioso de ler, parabéns novamente...nota 1000

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Cara não sou de comentar, mas seus contos são excelentes, não perco um e fico na expectativa do próximo. Esse jogo promete!!! Será que o tio Omar vai tirar uma casquinha da Jen??? Já sou seu seguidor, aguardando ansiosamente pelo próximo. 3 estrelas em todos os seus contos

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Precisa comentar, amigo! Assim a gente fica sabendo o que mais agrada para bolar o próximo conto. Abração e obrigado pela leitura!

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Al-Harbi estou adorando cada parte destes contos nota mil.

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