Dani e Guto decidiram que iam realizar uma fantasia antiga: casa de swing. E seria naquela noite. Ela pôs um vestidinho preto, deixando as pernas de fora. Cabelos soltos, maquiagem e muita curiosidade. Ele também estava vestido com alguma coisa, mas descrição de roupa de homem não excita, então eu vou pular essa parte. O ambiente era bem escuro, embaixo um bar, pessoas bebendo, conversando e dançando. A putaria acontecia no andar de cima.
Dani estava preocupada se Guto ficaria com ciúmes, se ele depois se arrependeria da brincadeira. Decidiu que seria cautelosa e ia medindo a temperatura bem devagar. Mas a mulher tinha fantasias bem secretas, algumas delas bem peculiares. Achou que teria controle, mas quando chegou naquele segundo pavimento, seu discernimento moral desmoronou.
O casal chegou a um labirinto todo escuro onde várias pessoas se tocavam e se permitiam. Dentre os fetiches de Dani o primeiro que lhe acendeu os desejos foi a gerontofilia. Dani adorava velhos. Aquelas peles murchas, aquelas ereções incompletas e sofridas, as palavras chulas com a voz rouca. Adorava como se sentia a novinha de 30 anos em meio aos sexagenários. Eles começaram tocando o corpo da mulher, todo invasivos. "Ai, vem meu Kirk Douglas! Vem, meu Charlton Eston, meu Sassá Mutema!" Pronto! Uma mulher de trinta e poucos sendo a mais perfeita novinha colegial que tanto fantasiava.
Facilmente ela se perdeu de Guto, em meio ao asilo do tesão. Mas Dani era um banquete que nem mesmo todas as mãos e bocas murchas daquele lugar dariam conta. Num canto, sem ter para onde escapar, um jovem rapaz cheio de atitude se aproximou da mulher fogosa. Ele tinha cantadas baratas, mas Dani não ligava para palavras, até achou sexy. Era embaixo que estava o que a deixaria louca.
O rapaz abriu o zíper... Levou a mão ao local e sacou a arma: 8cm de puro desejo, mal chegava a preencher toda sua mão. Dani amava pinto pequeno. Gostava de homens discretos, que não gostassem de ser protagonista. Ela era feminista e pregava aos 4 cantos do mundo a necessidade de derrubar essa sociedade falocêntrica, de homens mal resolvidos, que acreditam merecer controlar a sociedade por causa de pau. Portanto, quanto menos pau, melhor. Assim sendo, em meio àquele canavial de rola, ela perdeu a cabeça ao ver aquele toquinho. Ela olhava aquele aparato modesto, humilde e lembrava do joystick de videogame, Freud teria mil explicações para essas reminiscências dos primeiros tempos da vida na construção da libido da mulher.
Dani olhava aquele membro com luxúria. "Ai, que rebelde! Tão pequeno!" Ela cobiçava a banana nanica como a raposa cobiçava as uvas.
Ele a virou de costas na parede, a penetraria com vigor. Ela empinou, toda safada e ele começou a meter.
- Ai, vai, vai, mete, mete! - Ela gritava toda louca.
- To metendo.
- Ah já começou? - ela disse, vacilando no teatro - Então mete mais.
O homem não gostou do que ouviu e decidiu que daria uma lição naquela mulher. Meteu com toda sua raiva e intensidade.
- Ai, ai, ai, ai, que tesão! Que delícia! Mete mais.
- Eu to metendo. - disse já ficando roxo, como um repolho. No pensamento, ele já pedia socorro.
Sorrateiramente, o homem retirou sua pequena manete de videogame e, envergonhado, sumiu na multidão. Dani permaneceu em sua farsa: "Ai, ai, ai, ai", mas não tinha mais ninguém ali. Quando se deu conta, abaixou o vestido e foi tomar uma bebida.
Outro velho: "te quero".
- Só se for agora. - ela respondeu, selvagem. Uma predadora de vulneráveis. Era um... homem rodado, versão 7.0, quase 8. Ela levou ele para o louge e tentou chupá-lo, mas não adiantou. Apreciadora de frutas, agora não tinha mais uma banana nanica, mas sim uma ameixa. O velho orgulhava-se de ser um homem invulnerável, impossível de ter suas emoções manipuladas por mulheres. E, por isso, não adiantaram caras e bocas, ameixa permaneceu ameixa, figo continuou figo. Ela não foi capaz de elevar os ânimos do ancião e desistiu dessa coisa de frutas de natal.
Tentou então beijá-lo, mas o hálito não ajudou. Desistiu daquele. Era murcho e safadinho como ela gostava, mas infelizmente estava fora de alcance. Largou o velho no louge e foi experimentar a cama de baco. Chegando lá, encontrou um homem gordo, barriga peluda e uma barba que chegava nos peitos. Ela achou aquilo tudo muito másculo. "Tão displicente com aparência, tão largadão", aquilo acendeu suas fantasias. Empurrou a montanha de pêlos sobre a cama, o homem caiu jogando as pernas pro alto. Ela subiu para cavalgar feito Xena da noite carioca. O homem também tinha um joystick, pequeno e fino. Ela gostou do que viu.
Quem olhasse Dani pelas costas veria aquela bela paisagem tatuada, aqueles cabelos ruivos, quicando sobre todo aquele volume de homem, como se estivesse pulando num sofá. Ele metia com intensidade, passeando pelas bordas exteriores da intimidade da mulher. Ela gemia alto, mais pelo prazer psicológico do que físico - não tinha nada muito físico ali, convenhamos, né. Mesmo assim ela insistia. Cavalgou com força, não deixaria ele ser o dono do movimento, aquilo tinha que ser com ela. Mulher intensa, quase quebrou o graveto ao meio, espatifando-o em dois átomos. Caprichou no movimento até que o homem apagou, sem fôlego e, quem sabe, sem vida.
A sensação de ter abatido o pobre diabo obeso fez a mulher sentir-se a transgressora malvadona das histórias eróticas que costumava ler no cdc. Mas não queria se ver com a lei. Deu uma disfarçada de leve, gemeu um tanto alto e se agarrou com uma senhora de distinta verruga no rosto, primeiro ser humano que encontrou para salvá-la da cena do homem-sofá. Ela largou ele ali, uma montanha ao redor da qual todo mundo se pegava no escuro e ninguém percebia, um excelente estofado do cenário.
Não demorou a se desvencilhar da verruga. Aquela noite talvez estivesse passando dos limites. Lembrou de Guto. "Onde estará esse filho da puta? Será que viu tudo isso?" - pensou preocupada. "Vou transar com ele pra disfarçar e ainda vou fazer uma cena, dizendo que só vim aqui pra satisfazer a fantasia de voyer dele".
Mas o embuste não deu certo. Agora Guto era o senhor do louge, com duas ninfas, uma loira, uma morena, uma japa e uma negra. Ops! Eu disse duas? Contei errado, eram 4, desculpa aí, povo, é que às vezes me empolgo na fanfic. É que Guto tinha fetiche de democracia racial, queria se sentir o próprio revolucionário progressista colecionando melanina e etnias. Um pau para 4 ninfas, Guto podia até ser governador (não do Rio, é claro, paulista é que gosta desses caras).
As ninfas se foram e Dani sentou-se ao lado do marido.
- Se divertiu bastante, né? Este lugar tem tudo que você ama. - ele disse.
Ela olhou desesperançada para ele. Pediu uma garrafa de vodka e mergulhou nela como um avestruz enfia a cabeça na terra.
(ahahahahh desculpa aí, galera, se eu cortei o tesão de vocês. Esse conto é pra ser bosta mesmo. Minha colega de trabalho faz aniversário hoje e eu resolvi dar de presente, pregar essa peça nela. Qualquer dia escrevo uma parada legal pra geral punhetar e siriricar. Beijo em todo mundo do inferninho cdc, vcs são os melhores).