Néia: Me desculpe policial, estou sem ele.
Policial: Como assim, minha senhora? Preciso do documento. – Ele disse olhando a placa.
Néia: Ah seu policial quebra essa, eu saí só para comprar um remédio, estou com uma dor de cabeça terrível, tive um cheio de trabalho.
Policial: Minha senhora, esse carro foi roubado.
Néia ficou em choque.
EM BUSCA DO SUCESSO – ÚLTIMAS SEMANAS – CAPÍTULO 44
Néia: Como assim roubado? Era só o que me faltava. – Ela disse nervosa.
Policial: A senhora está presa.
Néia: Absurdo isso, eu posso explicar, esse carro não é meu.
Policial: A senhora tem que explicar é para o delegado, meu dever é deter a senhora.
Néia: Meu Deus do céu. – Ela pegou a bolsa e saiu do carro.
Néia foi revistada e o policial encontrou a arma de fogo. Ela sabia que poderia estar muito encrencada.
Policial: Vai ter muito o que explicar hein dona.
CASA DE ENZO
Enzo estava chegando da faculdade, entrou em casa e viu que Rogério estava recebendo uma ligação.
Rogério: Entendo, ah que ótimo, eu vou avisar sim, valeu Zé! – Ele encerrou a chamada.
Enzo: Aconteceu alguma coisa?
Rogério: Era aquele meu amigo da polícia, parece que encontraram o carro daquele seu amigo que tinham roubado uma vez.
Enzo: Não creio! Cara, que boa notícia, vou avisar o Gustavo agora mesmo.
Rogério: Esse Gustavo é aquele... lá que tava andando com você?
Enzo: É pai, é ele sim.
Adriana: Espera Enzo, onde você vai?
Enzo: Vou avisar o Gustavo.
Adriana: Por que não liga?
Enzo: Prefiro dizer pessoalmente. – Ele saiu apressado.
APARTAMENTO DE GUSTAVO
Santana: Mas quem será essa hora? Pediu alguma coisa Gustavo? – Ela foi atender o interfone.
Gustavo: Não vó, mas acho que é o Enzo.
Santana: Tá, pode mandar subir.
Gustavo: Não sei o que aconteceu.
Santana: Não acabou de ver ele na faculdade?
Gustavo: Vi, mas sei lá, aconteceu alguma coisa acho.
Gustavo abriu a porta e Enzo entrou com tudo dando um abraço, sem perceber a presença de Santana.
Enzo: Bom, é... boa noite. – Ele disse olhando para Santana que estava sentada no sofá.
Santana: Boa noite rapaz.
Enzo: Gustavo, eu vim te avisar que encontraram o seu carro.
Gustavo: Não acredito! – Ele colocou a mão na boca.
Santana: Agora que já fiz até empréstimo pra comprar outro?
Enzo: Eu disse que meu pai tinha uns amigos da polícia e daí encontraram agora a noite na rua, então pelo jeito estava em bom estado.
Gustavo: Meu Deus, que felicidade, bom, vamos atrás dele então?
Enzo: Guga, agora não dá, só amanhã pra pegar o carro.
Gustavo: Verdade, nossa Enzo, eu tô muito feliz.
Enzo: Se você quiser eu vou com você amanhã cedo lá.
Gustavo: Claro, claro que eu quero, quer dormir aqui? É melhor né?
Enzo: Se não for incomodar.
Santana: Eu arrumo aqui o sofá pra você, é bem confortável.
RUA
Giovani: AHHHH. – Ele gritava de dor.
Giovani tirou a camisa para tentar estancar o sangue.
Giovani: Preciso me livrar disso. – Ele pensou ao pegar a arma e arremessar para o outro lado da rua.
O revólver acabou sendo destruindo com vários veículos passando por cima. Giovani mexeu no bolso e encontrou o pen-drive que continha o vídeo de César e Kauan.
Giovani: O que eu faço com isso?
Giovani enrolou o pen drive em um papel que continha no seu bolso, ali do lado havia um canteiro com uma árvore, mesmo baleado ele abriu um buraco com as mãos e enterrou o arquivo pois sabia que podia precisar daquilo ainda. Uma pessoa que passou pelo local acabou ligando para o SAMU prestar socorro a Giovani. Não demorou muito, Giovani chegou ao hospital.
Médica: Paciente baleado, paciente baleado, levem para o centro cirúrgico.
Enfermeiro: Caso de polícia.
DELEGACIA
Delegado: A senhora estava na posse de um veículo roubado, como explica isso?
Néia: Eu não sabia que era roubado.
Delegado: Tá e de quem é o carro então?
Néia: Eu... estava fazendo um favor para um amigo, iria devolver o carro em seguida, inclusive, faço questão que seja devolvido o carro ao dono, jamais imaginei que isso poderia acontecer, seu delegado... tenho certeza que não passou de um mero engano, eu sou uma vítima.
Delegado: E como explica isso? – Ele mostrou a arma de fogo encontrada no carro.
Néia: Delegado... bom, não era minha, eu sou uma mulher que ficou viúva há pouco tempo, meu marido era um homem do interior, proprietário de terras, que Deus o tenha, mas ele possuía essa arma sim, acabou que não me desfiz dela.
Delegado: Isso não explica nada, porte de arma ilegal, estava com a senhora dentro de um carro roubado.
Néia: Eu nunca usei essa arma, vivemos em uma cidade violenta, ainda mais pra uma mulher.
Delegado: Dona Lucinéia, a senhora cometeu um crime, isso não justifica.
Néia: Absurdo, absurdo isso, não vai ficar assim, meu presidente vai permitir em breve que eu possa proteger a mim, como cidadã e proteger minha família dessa corja de bandidos que tem por aí.
Delegado: Você precisa dizer a identidade desse seu amigo que a senhora diz ser o dono do carro.
Néia: Claro, eu vou passar o nome dele completo, é Giovani Alves da Silva, bom, é pra ser esse o nome creio eu, doutor, eu preciso da minha advogada, como vou ficar aqui presa? Eu não posso, eu sou uma mulher cristã, de bons princípios, uma cidadã de bem.
Delegado: A senhora vai ter sua advogada, mas... só amanhã, o que fazia com o carro essa hora da noite?
Néia: Já disse que foi um favor, um favor pessoal, não vou falar mais nada, quero minha advogada... eu vou ter que passar a noite aqui?
Delegado: Minha senhora, reze pra que seja só essa noite, podem leva-la.
Néia foi conduzida a uma cela com outras presidiárias.
Néia: Eu não posso ficar aqui com elas, me tirem daqui, me tirem daqui! – Ela gritava.
Néia olhou as mulheres e ficou apavorada.
Néia: Que que ta olhando caminhoneira?
Mercedão: Caminhoneira? Meu nome é Mercedão e você já deu seu show agora é bom ficar na tua aí, se não quiser problema pro teu lado.
Néia: Eu não vou ficar aqui... Mercedão? – Ela riu do nome.
Mercedão: Ô Xuxa, será que ela não sabe quem manda aqui?
Xuxa: É bom ficar quieta mulher, não mexe com a Mercedão não.
Néia: E você quem é? Xuxa? Ridícula, duas sapatonas!
Mercedão: Qual o seu problema? Já falei pra ficar quieta – Ela deu um tapa na cara de Néia.
Néia sentiu medo na hora e levou mais um tapa.
Néia: Eu vou ficar aqui, quieta, desculpa.
RUA
Mesmo com alguns ferimentos, César conseguiu entrar em um táxi e foi direto para casa.
Porteiro: O senhor precisa de alguma ajuda? – Ele viu o estado que César estava.
César: Não.
César entrou em seu apartamento e ligou para o advogado.
César: Kallel você precisa saber o que aconteceu.
Kallel: César, essa hora? O que houve?
César: Vieram aqui, me chantagearam com o vídeo, eu fui roubado, tive que fazer uma transferência, tive que sacar o dinheiro, você não imagina, apontaram a arma na minha cara e me bateram na rua.
Kallel: Quem? Aquela mulher fez isso com quem?
César: Não sei, um rapaz, Giovani era o nome dele, um bandidinho da pior espécie, eu estou desesperado, o que devo fazer?
Kallel: Prestar a queixa, se eles estão com dinheiro, devem ter fugido.
César: Mas e o vídeo? Se publicarem?
Kallel: César, você vai ter medo até quando? Hoje você perdeu dinheiro ou vai esperar perder a vida?
APARTAMENTO DE GUSTAVO
Santana havia ido dormir, enquanto isso Gustavo e Enzo aproveitavam para namorar no outro quarto.
Enzo: Não tem medo dela descobrir não?
Gustavo: Tenho, mas ela tem sono pesado e eu to tão feliz com essa notícia do carro, aí Enzo eu te amo tanto.
Enzo: Sabe que eu tô curtindo muito ter você pra mim, eu não sabia como era amar e ser correspondido, na verdade eu nunca amei ninguém, assim.
Gustavo: Ah é? Então vem cá, vem.
Enzo: Já quer meu corpinho seu safado? – Ele disse dando um beijo
Gustavo: Agora é meu corpinho, sabe que não é mais de ninguém né?
Enzo: Todinho seu! – Ele colocou Gustavo sentado e baixou a calça.
Logo, Gustavo estava mamando o namorado.
Santana: Meu pai amado que barulho é esse? Que não seja o que eu estou pensando! Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém. – Ela rezava com o terço na mão.
DIA SEGUINTE
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
Kallel: Como assim você ainda não prestar a queixa César?
César: Vim falar com você pessoalmente.
Kallel: Vai deixar por isso mesmo.
César: Kallel o inquérito do Anderson ainda corre, qual a chance de eu não acabar me prejudicando envolvendo a Néia nisso?
Kallel: Não existe nenhuma ligação a princípio do Anderson com a Néia?
César: Que eu saiba não, não sei de onde surgiu esse Giovani, Kallel eu tenho medo, não posso ser preso.
Kallel: Você não vai ser preso, o Anderson era bandido, você matou em legítima defesa.
César: Acha que eu devo contar que a Néia participou na noite do crime? Devo contar a verdade?
Kallel: Precisamos conversar com o outro rapaz, Kauan.
César: Eu e ele acabamos nos desentendendo.
Kallel: Traga ele aqui, mande ele vir, sei lá, ele precisa dizer o que aconteceu aquela noite na mesma versão que você.
César: O bandido entrou na casa e aconteceu uma briga corporal entre eles, ele tocou na arma, mas deixou cair e enquanto ele batia no Kauan eu peguei a arma.
Kallel: Não temos o exame de corpo de delito pra provar que o Anderson bateu no Kauan, me diga uma coisa, alguma prova da chantagem que eu te pedi da Néia?
César: Bom, eu tenho algumas conversas, tenho o comprovante da transferência que fiz.
Kallel: Vamos imprimir isso agora, vou arquivar junto ao processo... César o melhor caminho agora é a verdade, vamos enfrentar essa mulher, ela vai pagar pela chantagem.
César: Tudo bem.
DELEGACIA
Néia ficou aliviada quando recebeu a visita de Kayte.
Néia: Kayte você precisa me tirar daqui! Estou presa com duas sapatonas, a caminhoneira até meu bateu.
Kayte: O que você fez sua doida?
Néia: Aí que ódio daquele Giovani, espero que tenha morrido, por culpa dele fomos tentar arrancar o dinheiro do César e agora me fudi, me fudi, olha onde estou!
Kayte: Conta tudo.
Néia: Depois de pegar o dinheiro todo com a chantagem eu tentei matar ele, dei um tiro no Giovani, ele ficou na rua baleado, só que eu estava no carro dele, carro que era roubado, fui pega numa blitz e agora to aqui, eu não sei o que o César vai fazer.
Kayte: Calma, onde está o dinheiro?
Néia: Bom, tinha uma parte no carro e outra parte está na minha conta.
Kayte: Então tem dinheiro pra me pagar né.
Néia: Claro que tenho, Kayte pelo amor de Deus, mova céus e terra pra me tirar daqui.
Kayte: Vou consultar o que está acontecendo e pedir a sua liberdade provisória ainda hoje, mas Néia, porte de arma ilegal, não há o que fazer, não tem fiança, você vai acabar voltando pra cá.
Néia: Consiga a liberdade provisória.
Kayte: Você conhece o dono do carro?
Néia: Não faço ideia.
Gustavo estava na delegacia e olhou por uma barreira de vidro, mas não reconheceu Néia.
Investigador: Tem certeza que não conhece?
Gustavo: Não faço ideia.
Investigador: Foi encontrado uma quantia em dinheiro no carro, quando você prestou a queixa de roubo não informou nada sobre dinheiro, procede?
Gustavo: Procede, não tinha mesmo, deve ser dela.
Investigador: Certo, o carro foi recolhido, está no pátio da PRF, me acompanhe.
Enzo foi junto com Gustavo retirar o carro e logo o neto de Santana estava dentro do seu veículo.
Gustavo: Aí que bom que deu tudo certo. – Ele dirigia.
Enzo: Pois é, agora como foi parar nas mãos daquela mulher, só Deus sabe.
Gustavo: Nem me importo mais em saber, o importante é que o carro voltou pra mim, só que agora vou vender né, encostar ele numa oficina pra dar uma geral e passar pra frente depois, muito obrigado Enzo.
Enzo: Na verdade se não fosse o amigo do meu pai né.
Gustavo: Quando eu perdi esse carro era uma época em que eu nem imaginava que ia ter você. – Ele parou no semáforo e tascou um beijo no namorado.
Enzo: Nem eu, estava com a Valentina ainda.
Gustavo: Falando nisso... ela voltou, o que você acha que muda agora?
Enzo: O clima não está lá aquelas coisas, mas eu acho que vai fazer bem pro Miguel passar essa semana com a mãe.
Gustavo: E o seu pai?
Enzo: Ele vai ter que aguentar a ex mulher em casa né.
Gustavo: Enzo, você não pensa em sair de casa? Morar sozinho?
Enzo: Com o que eu ganho?
Gustavo: Vamos combinar que você não ganha tão mal assim, o estagiário aqui sou eu.
Enzo: Você é estagiário de banco, eu sou funcionário da empresa do meu pai que anda muito mal com essa crise aí.
Gustavo: Ué, achei que ia melhorar o país com o seu candidato que venceu as eleições.
Enzo: Ah Gustavo, não quero falar de política, o fato é que eu queria sim morar sozinho, mas é complicado, tem o meu irmão.
Gustavo: Saia da empresa do seu pai, procure um emprego melhor.
Enzo: Eu já pensei nisso.
Gustavo: Então... bom, eu vou te deixar aqui que eu já to atrasado pro trabalho, tá bom amor?
Enzo: Claro, é só umas quadras, eu vou a pé daqui, até depois na aula.
Gustavo: Até. – Ele deu mais um beijo.
Enzo: Delícia.
Gustavo: Vai logo bobo, senão eu me perco nessa sua boca e não largo mais.
Enzo: Até. – Ele saiu do carro jogando um beijo.
Gustavo entrou no estacionamento pensando no namorado.
Gustavo: Lindo, amor da minha vida. – Ele ria.
RUA
Kauan estava saindo do trabalho quando recebeu uma ligação de um número desconhecido.
Kauan: Alô?
Kallel: Alô, Kauan?
Kauan: É ele mesmo, quem é?
Kallel: Kallel Nobre, eu sou advogado do César Macoppi, o senhor o conhece né?
Kauan: Sim, pois não?
Kallel: Eu ligo para marcarmos uma reunião sobre o processo que ocorre com o meu cliente, tem a ver com a você, a morte do Anderson.
Kauan se arrepiou naquela hora.
Kauan: Sei.
Kallel: Compareça ao meu escritório, eu vou me ausentar por três dias pra participar de um congresso em Londrina, mas assim que eu voltar eu preciso falar com você, é um assunto que diz muito a respeito de você.
Kauan: Tudo bem.
Kallel: Anote o endereço por favor.
APARTAMENTO DE RENAN
Mais tarde, Kauan chegou a casa de Renan, ainda preocupado.
Renan: Meu amor. – Ele deu um beijão quando abriu a porta.
Kauan: Tudo bem gato?
Renan: Tudo e você que cara é essa?
Kauan: Nada não, será que foi uma boa ideia faltar aula hoje?
Renan: A gente precisava tirar um tempinho pra namorar, tá com fome?
Kauan: Tô sim, mas é um outro tipo de fome. – Ele puxou Renan para um beijo.
Renan: Para bobo, estou falando sério, você que janta todo dia naquele R.U
Kauan: Eu comi um negocinho no caminho pra cá, mas se tiver um cafezinho, eu aceito.
Eles foram para a cozinha e sentaram-se à mesa.
CASA DA FAMÍLIA MACOPPI
Guilherme chegou do trabalho e encontrou Estela no sofá olhando para o nada.
Estela: Chegando agora filho?
Guilherme: É, eu decidi não ir hoje, o que aconteceu? Está triste?
Estela: Estava aqui perdida nas lembranças, com saudades de seu pai. – Ela disse com a voz embargada.
Guilherme: Ah mãe, não fica assim não. – Ele a abraçou.
Estela: Você tem notícias dele?
Guilherme: Estava tudo bem quando vi ele no shopping, ele disse que talvez não se casasse.
Estela: Sério?
Guilherme: É mãe.
Estela: Pois eu não vou desistir da separação.
Guilherme: Mas mãe se a senhora ama ele, por que não insiste pra voltar? Foi só um momento de loucura que passou na cabeça dele talvez.
Estela: Meu filho seu pai me traiu com a empregada.
Guilherme: Mas homem é assim mesmo.
Estela: Não, não é, eu não admito traição e você quando casar não deve trair a sua mulher.
Guilherme: Hum, não sei, bom, se eu fosse a senhora iria conversar com ele.
Estela: Só vou ver na audiência do divórcio.
Guilherme: Ele vai estar aqui na minha festa.
Estela: Será que vem com a outra?
Guilherme: Não sei, bom, espero que corra tudo bem.
Estela: Só quero ver.
APARTAMENTO DE RENAN
Renan e Kauan namoravam no quarto, eles tinham acabado de transar e estavam agarradinhos na cama.
Renan: Eu te amo sabia?
Kauan: Eu também te amo. – Ele disse olhando nos olhos do namorado.
Renan: Como você acha que vai ser pra sua mãe descobrir que vai ter um genro ao invés de uma nora?
Kauan: Nora quem vai dar é a Jéssica. – Ele riu.
Renan: Pretende se abrir com ela?
Kauan: Pretendo sim, no momento certo eu vou te apresentar, Renan tem uma coisa que você não sabe... do meu passado.
Renan: O que?
Kauan: Bom... é... – Ele procurava as palavras certas.
Renan: O que foi?
Kauan: Antes de te conhecer, eu me envolvi com outro cara.
Renan ficou chocado.
Renan: Ual.
Kauan: Que cara é essa?
Renan: Fiquei surpreso, não esperava, mas e o que tem?
Kauan: É isso.
Renan: Mas não tem nada a ver amor, já passou, não é?
Kauan: É, já passou, eu amo você. – Ele disse por cima do namorado o beijando.
DIAS DEPOIS
Kayte estava visitando Néia.
Kayte: Néia, eu não tenho boas notícias.
Néia: Vá direto ao assunto Kayte.
Kayte: Seu pedido de liberdade provisório foi recusado Néia, o Giovani sobreviveu e te acusa de ter dado o tiro nele.
Néia: Como é que é? E eu vou ter que ficar aqui?
Kayte: Néia sua situação está ficando cada vez mais complicada, está difícil.
Néia: Você que é uma incompetente! Eu não devia confiar no trabalho de uma travesti, já perdeu um processo meu uma vez com o falecido Juvenal que já deve estar no inferno e agora você quer que fique aqui aguentando uma sapatona naquela cela?
Kayte: Você se contenha, eu fiz tudo o que estava ao meu alcance e não sou travesti, sua uma mulher.
Néia: É uma traveca fracassada, nunca vai ser uma mulher como eu, por mais que tenha tirado o pinto.
Kayte: Você vai ganhar mais um processo com essa sua transfobia.
Néia: Vai lá fofa, vai lá, você me faz sentir ódio dessa sua cara de sonsa, com esse nariz de macho, com tanto dinheiro que ganha não dá nem pra fazer uma plástica? Já sei não ganha dinheiro né, porque todo o processo você perde, incompetente.
Kayte: Pois eu quero que você fique por aqui muito tempo, se vire, agora ficou sem advogado, você merece pagar por tudo o que fez.
Kayte saiu dali estressada e Néia foi conduzida a sua cela novamente.
Xuxa: Que foi hein? Que que deu?
Néia: Não é da sua conta mulher careca.
Xuxa: Quem você pensa que é? – Ela deu um tapa na cara de Néia.
Néia e Xuxa começaram a se estapear, acordando Mercedão.
Mercedão: Que porra é essa? Para com essa zona aí caralho.
Xuxa: Ela que é boca dura.
Néia: Você me deu um tapa.
Mercedão: E eu vou dar outro se você não ficar quieta aí.
Mercedão ficou olhando o corpo de Néia.
Mercedão: Sabe que você não é de se jogar fora?
Néia: Eu não sou isso daí não.
Mercedão: Não é? Será que não é? – Ela puxou Néia pela cintura.
Néia: Me solta inferno.
Mercedão soltou, mas passou a mão nos seios de Néia.
Néia: Nojo – Ela pensou.
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
Kauan foi recebido por Kallel para se informar sobre o processo de César.
Kallel: O famoso Kauan, como vai?
Kauan: Tudo bem, espero que esteja realmente.
Kallel: Sente-se, fique à vontade. – Ele não deixou de reparar na beleza do jovem.
Kauan: E então?
Kallel: Agora eu entendo o César.
Kauan: Oi?
Kallel: Nada, nada, bom, vamos ao que interessa, a morte do Anderson.
DELEGACIA
Néia estava conversando novamente com o delegado.
Delegado: Lucinéia nós encontramos o “amigo” da senhora, Giovani né?
Néia: Ah é?
Delegado: Ele nos informou que foi baleado pela senhora.
Néia: Legítima defesa.
Néia se surpreendeu com Giovani chegando de cadeira de rodas.
Giovani: Como vai Néia?
Néia: O que ele ta fazendo aqui?
Delegado: Agora eu quero a versão dos dois, além de toda essa confusão com o carro roubado, ambos são acusados de chantagem contra César Macoppi.
Giovani e Néia se encararam.
RUA
Alguém foi diretamente até onde Giovani tinha sido baleado, a pessoa começou a mexer no canteiro até achar o pen-drive que Giovani havia enterrado.
???: Agora é só terminar o serviço, aquela festinha do Guilherme vai ser muito divertida.
CONTINUA...
Aguardem as emoções do próximo capítulo!