Sábado 16 de Novembro de 2013
Acordei e olhei pro lado da cama onde ficava o pufe e vi que o Nicolas não estava lá fiquei um pouco aliviado, e encostei a cabeça novamente no travesseiro, comecei a pensar na noite passada, no meu beijo com o Daniel e como tinha sido incrível, estava viajando bem viajado mesmo nos meus pensamentos, quando sinto um mão fria pegar na minha bunda, eu me assustei e gritei, acabei caindo da cama é o Nicolas acordou também assustado, ele ainda tava lá, eu não tinha percebido que ele tava deitado comigo.
- Nicolas: Você quer me matar de susto? Isso é jeito de acordar alguém?
- Eu: Você quem queria me matar, passando essa sua mão enorme e gelada na minha bunda, quase que eu tenho um infarto. E o que você ta fazendo aqui ainda?
- Nicolas: Eu não ia dormir no pufe Henrique, muito desconfortável. Resolvi deitar contigo.
- Eu: Então já que acordou pode ir embora, sua namoradinha não vai gostar nem um pouco de saber isso.
Fui no banheiro me higienizar e tomar um banho, vesti uma roupa bem largada pra ficar em casa mesmo, e desci pra tomar café, eram 9 da manhã mais ou menos e não tinha ninguém em casa, então eu já sabia onde encontrar o pessoal, na casa do Daniel. Como eu não podia deixar o Nicolas lá só, fui chamar ele, e o mesmo foi com uma cara não muito boa, estavam todos na piscina e não estavam escutando o interfone, estava tentando ligar pra minha mãe mas não estavam atendendo, liguei pro Rafa e ele também não atendeu. Eu não tinha o número do Daniel por birra mesmo, então liguei pro Heitor que atendeu e disse que tinha ido comprar mais bebidas com o Rafa e que já estavam chegando. Ótimo... eu teria que esperar eles chegarem pra entrar, então resolvi voltar pra casa e dormir mais um pouco, mas quando eu tava entrando em casa escuto a voz dele chamando meu nome, olho pra trás e ele estava todo suado, com uma regata cinza e short preto, e de tênis. Estava fazendo sua corrida matinal.
- Daniel: Você ta bem?
- Eu: Hãm... ah sim! Eu tô! O que você disse mesmo?
- Daniel: Perguntei se vocês iam entrar. – falou rindo.
Entramos e eu tava um pouco nervoso, eu sabia que a gente ainda não tinha nada mas o fato do Nicolas ter dormido lá e ele saber me deixava meio inquieto, eu precisava dizer a ele que não tinha acontecido nada, ele foi tomar banho e disse que podíamos nos juntar aos outros, e assim fizemos, fomos pra piscina, eu com uma calça de pijama e uma camisa regata, resolvi não entrar na piscina, então fui fazer o que faço de melhor, comer, eu adoro churrasco, e a Esté veio falar comigo enquanto eu comia.
- Esté: Escuta aqui garoto, você se acha muito esperto mesmo levando meu namorado bêbado pra sua casa pra dormir contigo ne, porque só assim mesmo pra ele ter algo contigo, bêbado, você é muito baixo em fazer isso viu, esperava tudo de você, menos isso, ficar com alguém a força.
- Eu: Endoidou de vez... eu hein, se enxerga garota. Ô Nicolas... vêm cá. – gritei chamando o Nicolas.
- Nicolas: O que tu fez dessa vez Estéfani?
- Eu: Diga a sua namoradinha, que não aconteceu nada ontem a noite no meu quarto, e que nunca vai acontecer nada entre nois dois porque eu prefiro ficar com mulher ao ficar com você. – Falei saindo dali.
Eu já tava de saco cheio daquela garota, eu não suportava ela, eu não aguentava mais olhar pra cara dela, então resolvi voltar pra casa e ir assistir um filme, ou algo do tipo, o Pietro veio atrás de mim e eu resolvi levar ele pra casa comigo e ele foi, em casa fiz bastante pipoca e coloquei o DVD do irmão urso pra assistir no meu quarto, o Pietro adorava, se pudesse ele assistia todo dia. Estava bem tranquilo quando batem na porta do quarto, era o Heitor junto com o Daniel e eu chamei ele pro quarto pra assistir com a gente, mas o Pietro não deixava, ficava brincando com o Daniel e quase não assistimos o primeiro filme direito, pareciam duas crianças e eu achei até que muito bonito o momento e depois se um tempo o Pietro adormeceu no colo dele, ficamos nos olhando e rindo até que resolvi esclarecer tudo.
- Eu: Não sei se tu ficou chateado pelo Nicolas ter dormido aqui, mas não aconteceu nada, eu tinha até esquecido que ele tava aqui, não fique brabo comigo por favor.
- Ele: Calma, não precisa de explicar. A gente não tem nada.
Aquilo foi a pior coisa que ele poderia ter dito, caralho como minha fantasia acabou naquele momento, fechei a cara pro lado dele w continuei assistindo e comendo pipoca, ele me olhava as vezes e ria, tentava fazer carinho mas eu não correspondia.
- Daniel: Você fica tão fofo quando ta com raiva, eu disse que a gente não tem nada mas eu não soube me expressar muito bem. A gente não tem ainda, mas vamos ter dependendo de mim nós vamos.
Olhei pra ele e não disse nada, voltei a assistir e ele colocou o Pietro deitado na cama e veio pra cima de mim e começou a rir e me fazer cócegas, eu perdi minha brabeza ali mesmo, eu me desmanchei todo e me entreguei aos beijos dele.
- Eu: Posso te fazer uma pergunta?
- Daniel: Claro que pode.
- Eu: Porque eu? Tantas garotas no mundo e porque logo eu?
- Daniel: E porque não você? Eu não sei explicar, eu apenas to sentindo e to gostando muito de ter parado de rejeitar isso. Mas porque essa insegurança toda?
- Eu: É que eu acho que nunca vou ser tão bom suficiente pra alguém sabe... eu fico pensando, será se é só uma coisa super passageira? Será se só quer experimentar?,
- Daniel: Olha, se é passageiro eu não sei, mas porque essas dúvidas?
- Eu: Sei lá... é que sempre quando alguém faz eu me sentir amado, e suficiente. A mesma me faz ver que era só ilusão, que eu não sou tão especial assim.
- Daniel: Pra mim você é, desde que beijou o Gustavo na minha frente, desde a primeira vez que a gente ficou, desde que você falou comigo de uma forma bruta e sexy, e eu vou fazer de tudo pra me doar 100% a isso aqui que estamos tendo e tentar não decepcionar você.
Eu amei o que ele me falou, não por ter sido o que eu precisava ouvir, mas pela forma que ele falou, foi tão verdadeiro que me fez querer mais ainda ele, eu não sabia se ia dar certo, se era só mais uma frustação em forma de homem, mas eu tava muito fora de mim. Eu não queria que aquele momento terminasse. Ele ali na minha frente dizendo aquelas coisas enquanto pegava na minha mão, nem terminamos o filme, já íamos saindo do quarto quando lembrei do Pietro e voltei até a cama pra pegar ele. Voltamos pra casa do Daniel e o pessoal parecia não querer ir mais pra casa, estavam bebendo desde a noite anterior até as 4 horas da tarde. E minha mãe já tava bem bêbada, chamou o Daniel pra conversar e eu ficava só rindo de longe, a Esté me encarava e eu passei a não dar ousadia, ai começou a tocar “When I Was Your Man” do Bruno Mars, e eu cantava e quando olho pro Nicolas ele balançando a cabeça que não, e eu sem entender direito ai depois ri e voltei a cantar. E cantei todas as outras músicas que eu conhecia e sabia a letra, o Daniel veio até mim depois e deitou na grama com a cabeça no meu colo, pediu pra eu cantar pra ele, continuei cantando e mexendo no cabelo dele. Depois disso a noite foi maravilhosa, pedimos pizzas e depois de algum tempo o pessoal foi cada um pras suas casas. Eu tomei um banho pra ir dormir e comecei a escrever no meu diário, depois deitei e fiquei pensando nos beijos dele e nas palavras que ele me disse, e eu tava amando.
Domingo 17 de Novembro de 2013
Acordei meio bobo ainda, sem acreditar em tudo aquilo, fui me higienizar pensando, tomei café pensando e rindo a toa, eu tava tão feliz é o pessoal lá de casa perceberam e ficavam me perguntando o motivo de felicidade, passei a manhã é o almoço todo com minha família, a tarde eu ia vê a Erika e a Ana, o Heitor ia levar a Jade pra sair e me deu carona, fomos conversando sobre o Daniel e como eles eram muito amigos o Dan já tinha falo com ele antes de dizer que gostava de mim também e foi uma longa e boa conversa. Passei a tarde com as meninas conversando e tudo mais, resolvemos sair pra lanchar já que a gente estava com fome e com pouco tempo depois que chegamos a lanchonete o Lucas apareceu por lá, a gente nunca mais tínhamos nos visto e ele veio falar comigo, ele parecia bem, estava limpo de drogas e me pediu muita desculpa e disse que estava mudado, eu fiquei feliz por ele estar bem e trocamos os números pra podermos manter contato. Voltamos pra casa da Eriika e depois de algum tempo o Heitor foi me buscar, fomos conversando sobre coisas aleatórias e quando chegamos em casa eu fui direto pro meu quarto tomar um banho, depois do jantar fui conversar com a Clara e começar a planejar os preparativos do meu aniversario, fizemos listas e listas do que comprar, de quem convidar, de onde ia ser, eu tava tão animado e fui escrever no meu diário depois e dormir.
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A Semana seguinte passou rápida devido a rotina no colégio, mas não deixei de ver o Daniel, toda noite assim que ele chegava da faculdade ele passava lá em casa, cumprimentava meus pais e ia até mim, ficávamos nos curtindo um pouco e depois ele ia pra casa dele e eu ia dormir, eu estava achando o máximo, mas não sabia ainda o que estávamos tendo, se ela só um lance ou se estávamos namorando, no fim daquela semana ele passou o sábado todinho abraçado comigo no meu quarto assistindo filmes e se pegando muito, eu estava quase todo entregue a ele quando ele botou a mão no elástico do meu short e tentou abaixar, eu por reflexo e por lembrar do acontecido comigo o chutei, ele caiu da cama com o chute, eu tava apavorado e me senti um idiota por ter feito aquilo, me desculpei muito e pedi pra ele ir pra casa.
Domingo 24 de Novembro de 2013
Acordei meio triste e fui me higienizar, desci pra tomar café e ele tava lá conversando com meus pais, dei bom dia a eles e me juntei a eles, eu ficava olhando pra ele com cara de envergonhado e doido pra pedir desculpas sobre a noite anterior e ele sorria pra mim e convidou meus pais pra jantarem na casa dele e eles aceitaram, eu chamei ele pra conversar no meu quarto e fomos pra varanda.
- Eu: Olha Daniel eu queria te pedir desculpas pela forma que eu agi ontem...
- Daniel: Relaxa meu amor, eu conversei com o Heitor e ele me explicou e me falou o que eu já desconfiava.
- Eu: O que ele falou?
- Daniel: Não importa, só saiba que eu nunca te machucaria, e eu não quero só sexo com você, que fique claro isso. Sexo eu posso conseguir facilmente, então nunca pense que é isso, e eu super te entendo, eu vou esperar, eu espero quanto tempo for preciso, eu morro na punheta se for preciso, mas eu nunca vou forçar nada e nem abusar de você, porque eu estou completamente e intensamente apaixonado por você.
- Eu: Garoto... você não existe – falei beijando ele – eu nunca imaginei que ouviria você dizer isso.
- Daniel: Nem eu meu amor, nem eu...
Eu sou uma pessoa muito chorosa e já tava chorando e beijando ele e ficamos assim por um bom tempo até minha mãe ir chamar a gente e dizer que iriamos sair e chamou o Daniel pra ir com a gente, eu tava super feliz, fui trocar de roupa e ele também, e eu fiquei falando com a Clara sobre tudo e fui agradecer ao Heitor também, e quando ele voltou saímos todos juntos e fomos comer no “Candido's” o melhor lugar pra comer frutos do mar e é onde tem o melhor peixe de Porto Alegre, eu adoro aquele lugar. Como o Daniel é vegetariano, ele não comeu do peixe, só os acompanhamentos; depois daquela tarde maravilhosa fomos tomar sorvete e depois fomos pra casa, o jantar era as 20:00 e eu tava até que ansioso, quando eu a hora fomos pra casa do Daniel tinha um bufê lá pra nos servir e eu não tava entendendo o quão especial era o jantar pra um bufê estar ali, sentamos a mesa junto do Sr. Magnum, Ragael, Nicolas, Nicole e a Soraia, fora minha família. Começaram a servir a gente, e tava tudo tão maravilhoso, a comida estava incrível, o Pietro tava adorando, se melecando todo, nossos pais conversando pareciam até uma única família, teve entrada, prato principal e quando chegou a sobremesa o Daniel começou a falar.
- Daniel: Então... eu marquei esse jantar com vocês, pra poder pedir a permissão de vocês pra namorar o Henrique.
Eu engasguei na hora, como assim ele tinha feito aquilo tudo pra pedir aos meus pais a permissão pra me namorar? Eu não estava acreditando, ele ainda nem tinha me pedido em namoro e já foi pedir aos meus pais, não sabia nem se eu queria (claro que eu queria), a cara de alguns ali de surpresa era o que me deixava mais nervoso ainda, eu parei de engasgar pra ouvir a respostas dos meus pais e do Sr. Magnum.
- Mãe: Claro querido, nem precisava disso tudo, eu já até meio que sabia que vocês tavam namorando.
(Como que ela sabia se nem eu sabia?)
- Daddy: Por mim tudo bem, você é um garoto bom, responsável, ótimo filho, vai ser um prazer te ter como genro.
- Daniel: Obrigado, eu vou tentar ser o melhor genro que vão ter.
- Clara: Vou adorar ser sua cunhada.
- Daniel: E você pai?
- Sr. Magnum: Eu jurava que quem namorava o Henrique era o Rafa, mas eu aprovo vocês dois, eu já tinha conversado bastante com a Soraia pra se caso acontecesse isso um dia, só não esperava que fosse tão cedo. Mas o Henrique é um menino bom, não teria outro melhor pra você escolher.
- Nicolas: Podemos voltar a comer? Agora que todos já aceitaram... – falou me olhando com um olhar bem fixo.
Eu não conseguia falar nada, eu tava entalado ainda e muito, mas muito surpreso com aquilo, ele poderia ter me dito pra que eu me preparasse, mas eu achei incrível, eu tava me apaixonando cada vez mais, eu ali tive a certeza que gostava muito dele. Fomos conversar depois do jantar e eu tava adorando tudo aquilo, ficamos conversando muito de como seria dali pra frente e ficamos aproveitando um tempinho só nosso, nos beijando, conversando sobre o exagero que ele fez contratando até um bufê e o quanto eu tava feliz. Fui pra casa e o Heitor ficou tirando onda o caminho até em casa, quando entrei e fui pro meu quarto minha mãe veio atrás e conversamos sobre sexo. Depois fui tomar banho, escrever no meu diário e dormir.
