Eu, e minha amiga Lú e a faxineira I.

Eu, e minha amiga Lú e a faxineira I.

O último encontro com Lú rolou dentro do elevador e depois mais um pouco no meu apartamento. E nos falamos pela rede algumas vezes durante as férias do marido e do filho na escola. E que falei com a dona Rosa para marcar para daqui a uma semana quando acabavam as férias de trabalho do marido e ela poderia vir me ajudar, pois não entendo nada de faxina, preço essas coisas. Lú garantiu que estaria no apartamento na hora marcada para falar com a moça.

Chegada à semana a Lú como sempre vinha depois do almoço horário que levava o filho na escola, ela chegou conversamos um pouco sobre as férias e a campainha tocou e era dona Rosa que veio trazer a menina. Quando eu e Lú a olhamos ficamos surpresos, então não devia ter mais de dezoito anos, pele cor de jambo carinha de criança e cabelos lisos e negros até as costas, agradecemos a dona Rosa e mandamos a menina entrar, nos apresentamos e se chamava Sara.

Ela sentou de frente pra nós e eu perguntei qual era a experiência dela no trabalho de faxina, ela respondeu tímida que era nenhuma, que no interior não tem emprego e não sabia fazer nada, e que precisa estudar fazer cursos e lá não tinha como ganhar dinheiro e seus pais não podia pagar, pois tinham quatro filhos menores e ela era a mais velha. Aí a mãe pediu para a tia se pudesse ajudar para que ela encontrasse um emprego e pudesse estudar por um tempo e que a tinha disse que a maneira mais rápida de ganhar dinheiro era faxinando que era uma profissão muito requisitada na cidade grande e ganharia o suficiente para pagar seus cursos ou mesmo a faculdade. Concordamos com ela e Lú falou que se era para ela aprender que fosse ali no apartamento do Marcos e que ela iria ensiná-la como trabalhar, usar materiais e que mais tarde ela poderia ser a faxineira da casa dela e corrigiu que aqui não falamos faxineira e sim diarista.

Sara agradeceu e disse que não iria decepcioná-los pela ajuda, Lú falou que tinha uma condição que ela e Marcos eram amigos e nem dona Rosa podia saber o que faziam ali e que Sara deveria vir na segunda feira as treze horas até as quinze e trinta para começarem as aulas e conseqüentemente a faxina. Lú falou para Marcos se ele tinha gostado da mocinha que ela tinha visto os olhos dele brilharem, e ele falou que não é todo dia que vemos uma menina inocente do interior. Lú falou que não era tão inocente assim e que deixasse que ela iria sondar mais sobre a vida dela, mas se ela quisesse mesmo trabalhar ela mesma a ajudaria. Marcos deu a Lú uma cópia das chaves da entrada e do apartamento, pois na segunda teria compromisso de trabalho a tarde e não poderia estar. Lú se despediu de Marcos e se foi...