Levantei, coloquei uma roupa leve, um short e uma regata, e desci para o jardim, fui caminhando em passos lentos até chegar onde a pessoa estava, como estava sentado de costas em um banco, não deu para ver quem era, assim que cheguei onde a pessoa estava, levei um enorme susto, meu coração bateu mais rápido e uma enorme tristeza tomou conta de mim.
- Felipe? – Perguntei confuso, aquilo só podia ser um pesadelo.
- Oi Omar – falou olhando em meus olhos.
- O que você está fazendo aqui? – Perguntei incrédulo enquanto sentava do lado dele.
- A gente não se falou depois do ocorrido e eu queria muito me explicar pra você – falou cabisbaixo.
- E aquilo tem explicação? – Murmurei – Você acha que o que você me disser agora vai mudar alguma coisa? – já estava começando a ficar bravo ao relembrar de tudo.
- Eu sei que o que eu fiz não tem perdão, mas eu estou arrependido, eu me sinto um lixo por ter feito aquilo com você, eu me deixei levar e quando percebi já estava fazendo o que fiz – as lagrimas brotavam de seus olhos, seus lindos olhos cor de mel que me hipnotizavam.
- Realmente o que você fez não tem perdão, você não sabe o quanto eu sofri, eu te amava, amava muito, e você retribuiu todo o amor, carinho, afeto que eu te dei se deitando com outro – eu também já chorava.
Ele olhou em meus olhos, eu olhei para ele, Felipe era um rapaz lindo, alto, magro, porem seu corpo era sob medida, não praticava exercícios físicos mas seu corpo era realmente lindo, seus lábios eram carnudos e perfeitamente desenhados com um tom avermelhado, parecia até que ele usava batom, sua pele era bem branca seu rosto era de garotos mimado, logo ele era filho de um grande medico da cidade. Seu estilo era incomparável, calcas Jens rasgadas predominavam em seu guarda-roupas, camisas largas e com tons escuros e mórbidos também faziam parte de seus looks, totalmente ele mesmo. Seus cabelos castanhos claros estavam quase sempre bagunçados, e os óculos escuros de vários tipos quase sempre estavam em seu rosto.
- Eu sei que eu não mereço, mas eu vim aqui, te pedir perdão – falou me tirando do tranze – Eu estou muito arrependido, faz seis dias que eu não durmo, minha consciência não me deixava, eu sei que eu fui fraco, mas Omar, me perdoa, se você quiser eu fico de joelhos, eu imploro – falou se ajoelhando diante de mim, aquilo estava acabando comigo. Ele chorava igual uma criança, sua cabeça deitada em minhas pernas e sua mão apertado a minha mão com força. Seu toque me deixava estático e eu não sabia o que fazer. Ouvir o meu coração e perdoar ele e viver com a dúvida de que se voltássemos ele poderia me trair novamente? Ou seguir o meu orgulho e seguir em frente com a minha vida, sem me importar com mais ninguém além de mim, e deixando Felipe com a sua culpa?
- Levanta Felipe, agora – falei ríspido. Ele levantou-se e em seguida eu levantei também ficando de frente para ele – Vai embora da minha casa e não me procura nunca mais, eu nunca vou te perdoar pelo que você fez, ouviu, NUNCA! – Falei em alto e bem tom!
- Por Favor Omar... – o cortei imediatamente.
- Já chega, eu não quero ouvir mais nada, FORA! – Falei apontando para a saída da casa.
Ele começou a andar em direção a saída da casa, ele chorava muito, apesar de ama-lo, eu ainda estava sofrendo muito, mas o meu orgulho era maior. Voltei para o meu quaro, eu estava me sentindo mal, muito mal, mas eu devia ser forte e seguir em frente.
*Alguns dias depois*
Eu já me sentia melhor, estava tocando algumas mensagens com o Guilherme, ele era um cara muito legal, não nos vimos depois daquele dia, eu não saí mais de casa e ele estava muito ocupado com a faculdade. Já era noite quando vejo o meu pai entrando de uma vez em meu quarto me assustando.
- O que foi pai? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei tranquilo, já ele parecia bravo.
- Chegou a fatura do meu cartão de credito, eu posso saber o que deu na sua cabeça para você gastar mais de 200 mil reais assim do nada? – Falou bravo.
- Há pai, isso não é nada comparado ao que a nossa família tem, não vai fazer diferença – falei tranquilo.
- Eu sei que não vai fazer diferença Omar, mais você tem que aprender a usar o dinheiro com responsabilidade, você tem que aprender a administrar os nossos bens com sabedoria, você sabe que você vai herdar tudo o que é meu e tudo o que seu avô construiu, agindo dessa forma, você vai levar o nosso patrimônio a falência – falou mais calmo – Você acha que a sua mãe ia ficar feliz com a sua atitude? – Ele sempre usa a memória da minha mãe para me fazer sentir mal, minha mãe faleceu vitima de câncer quando eu tinha dez anos.
- Eu sei que foi errado pai, mas eu estava sofrendo e você sabe disso – falei
- Isso não justifica – falou – E para pagar o rombo que você fez no meu cartão, você vai trabalhar na nossa fazenda por um ano, trabalhando pesado como qualquer um de meus empregados. – Antes que ele saísse do quarto me pronunciei.
- Nem morto, eu não vou – falei exasperado.
- Você não tem escolha, arrume suas coisas que na segunda bem sedo você vai para a fazenda, e não precisa levar celular, lá não tem sinal, você sabe – falou e saiu vitorioso.
- MAS QUE DROGA – gritei batendo a porta do quarto.
*Fim do Flashback*
- Então foi isso – falei ao terminar de contar a minha história para Felipe que me ouvia atentamente.
- Nossa, isso foi muito tenso – falou me olhando – Você foi muito mal ao não perdoa o Felipe, pelo jeito que você falou, ele parecia arrependido de verdade.
- Eu sei, mas o meu orgulho foi maior, apesar de...- fiz uma longa pausa – Apesar de ainda amar ele.
- E hoje, você ainda ama ele? Felipe fez uma pergunta um tanto difícil.
- Realmente não sei – falei olhando para o chão.
- Está certo – falou cabisbaixo, acho que ele ficou triste.
- Ei o que foi? – Perguntei.
- Não é nada – falou baixinho.
Nesse momento Luís chega onde estávamos, e me diz que tenho uma ligação de meu pai.
- Pareceu urgente – falou
Eu rapidamente me dirigi ao escritório e com rapidez peguei o telefone.
- Pai? O que foi? – Falei impaciente.
- Omar, eu estou te tirando do castigo – falou, eu fiquei sem entender nada.
- Mas porque pai? Não faz nem um mês que estou aqui – perguntei confuso.
- É o Felipe – meu pai falou e ficou em silencio.
- Pai, o que aconteceu com o Felipe – perguntei preocupado.
Continua...
Olá meninos e meninas tudo bom? Estou voltando só agora porque essa semana foi de provas na escola e não deu pra mim escrever, espero que gostem e os próximos capítulos estarão cheios de reviravoltas, só lembrando que esse é o único conto meu que eu não planejei nada, estou pensando e escrevendo então pode ser tudo de um jeito, mas pode ser que não seja como vocês estão pensando, espero que gostem e pra quem odeia o Ex Felipe, não parem de acompanhar, pois ele estará presente a partir do capitulo de hoje, muito obrigado e tenham um boa leitura meus amores. Há e continuem votando e comentando, é muito importante.
E caso alguém queira trocar uma ideia comigo:
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