A Vida é pra ser Vivida #10 - Final de Semana- Parte III

Um conto erótico de Hyuuga5
Categoria: Homossexual
Contém 1529 palavras
Data: 30/09/2016 23:15:45

A Vida é pra ser Vivida #10

Final de Semana – Parte III

Sabe aquela sensação de que você mudou? Então... Acho que eu mudei. Desde que tomei coragem e sai do interior do Ceará em direção à Capital para cursar Direito que eu venho tentando viver tudo que eu sempre quis. Hoje aconteceu. Bom, não aconteceu de fato, mas aconteceu e eu amei. Foi muito bom a sensação de estar com outro homem. Foram minutos de um sexo oral fantástico. Mas como sempre na minha vida nada é totalmente 100%, meu primo acabou vendo eu e Fernando na cama, pelados, aos beijos.

Vocês devem ter pensado que eu corri atrás do JP e pedi desculpas, chorei para ele me desculpar e tals. Mas sabe o que eu realmente fiz? Continuei abraçado com Fer na cama criando coragem para ir tomar banho. Isso sim foi difícil. Sim, eu sei que a paixão que sentia (ou sinto?) por JP não vai acabar repentinamente, vai durar um pouco até lá, mas não vou me fazer de coitadinho. Estou disposto a esquecê-lo e assim farei.

Permaneci alguns minutos a mais com Fernando na cama.

Antonio: Bom, deixa eu tomar um banho... De novo. – falei jogando ele de cima de mim.

Fernando: Poxa, fica aqui mais um pouco. – falou segurando o... é, isso mesmo que você está pensando.

Antonio: Ah cara para. Vamos precisamos sair pra almoçar, pois ninguém fez nada pra comermos.

Fernando: Tá bom seu chato. Vamos tomar banho juntos? – perguntou me abraçando por trás enquanto eu pegava uma muda de roupa.

Antonio: O que? Claro que não. – Sorri e saí.

Eu não vi JP na sala com o restante do pessoal, mas nem quis saber muito. Fui direto ao banheiro. Estava no chuveiro relaxando e relembrando tudo que tinha acabado de acontecer e acabei ficando excitado novamente. “Te acalma Antonio”, dizia pra mim mesmo. Quando percebi alguém entrando no banheiro. Quando me virei pra olhar quem era levei um susto. João Felipe estava olhando pra mim, encostado na pia de braços cruzados com uma cara de poucos amigos. A minha reação foi pegar a toalha e cobrir a parte de baixo do meu corpo. Mas que coisa chata. Cadê a privacidade nesta droga? Até parece que nessa casa tem apenas um banheiro pra esse idiota usar.

Antonio: Tá olhando o quê? – falei terminando de ajeitar a tolha na cintura.

João Felipe: Então quer dizer que tu só tem cara de macho num é? Mas adora dar a bunda. – falava rindo de uma maneira sarcástica.

Antonio: O quê? Qual é a tua cara. Eu não te conheço e nem tenho amizade contigo. Não tenho que te dar satisfação com o que faço da minha vida. – e fui em direção à saída. Mas ele segura o meu braço.

João Felipe: Calma aí cara. Para de dar uma de machão, eu sei que tu gosta de um macho de verdade! – falava insistindo. – ouviu uns gemidos no quarto de vocês mais cedo. Parece que a coisa tava boa por ali.

Antonio: Olha aqui cara. Eu já te disse que não tenho nada contigo eu nem sequer te conheço. – antes de eu terminar de falar, ele me dá um selinho roubado. – Puta que pariu porra. Qual o teu problema? – falei o empurrando e saindo dali.

Eu estava com um ódio tão grande que pensava que iria explodir. Como um idiota daquele se atreve estudar medicina sendo um babaca daquele. Voltei por quarto em disparada. Ainda bem que o Fernando não estava mais por ali. Procurei me acalmar. Botei uma blusa regata branca, amarrei meu cabelo no meu velho estilo samurai de sempre, um calção de listras e sai pra varanda. JP estava na varanda próximo à piscina. Resolvi ir falar com ele.

Antonio: O que tu está fazendo por aqui isolado?

JP: Então é isso Antonio? Tu está transando com alguém que tu não conhece há algumas horas?

Antonio: Olha JP, eu acho que eu não sou mais criança. Já tomo minhas próprias decisões e ninguém tem nada haver com isso.

JP: Não, você tem razão. Só acho que deveria se preservar mais. Não transar com o primeiro que aparecer. Não estou dizendo que o Fernando não seja um cara legal, mas só não tenta ser algo que tu não é. – falou saindo.

Antonio: Valeu pelos conselhos “papai”. – falei ironicamente.

Na realidade eu não tinha entendido o que ele quis dizer. Bom, pelo menos eu não demonstrou ciúmes e sim preocupação. Me surpreendi. Fiquei ali por mais alguns segundos quando recebo uma ligação de minha mãe.

Antonio: Oi mãe, benção! – por que você está me ligando? – no interior tomar a benção é uma prática ainda muito comum. E eu gosto e peço sempre.

Mãe: Oi meu filho. Liguei pra saber se você vai vir passar o Natal e o Ano Novo aqui em Barbalha!

Antonio: Ainda não sei, mas acho que irei sim. Preciso contar algumas coisas pra você. Mas tem que ser pessoalmente.

Mãe: Pois tá bom meu filho. Beijos e se cuide.

Minha mãe é a melhor pessoa do mundo. Eu não sei por que nunca contei sobre minha sexualidade a ela. Sei lá, o medo da rejeição é maior que tudo, mas temos que enfrentar, e seria nesses feriados de final de ano que iria contar a minha família que eu era gay!

Fomos todos a um pequeno restaurante no centro da cidade, bem aconxegante e com uma comida caseira maravilhosa. Pedimos um baião de dois com queijo e bastante temperado, cará tilápia, caranguejo, camarão e algumas bebidas. Comi bastante confesso kkkkkk. Mas tinha algo que estava me incomodando muito: João Felipe. Ele ficava toda hora me olhando e de vez em quando piscava pra mim. Pra minha sorte ninguém percebeu seus gestos.

JP: Pense numa comida boa! Estou estufado! – falava rindo.

Amanda: Tu não deveria comer assim, vai ficar gordo. Não quero namorado gordo. – falava fazendo biquinho. – sério, ela era muito mimada.

Joaquim: E aí senhor Antonio, comeu bastante né!? Kkkkkk

Antonio: Opa! Até repetiria se eu aguentasse mais. – falava sorrindo.

Fernando: Esse carangueijo estava encarando o Antonio a todo o momento, tive que devorá-lo pra saber qual era o lugar dele. – falou Fer olhando pro João Felipe. – PQP ele percebeu.

Antonio: Sem problemas meu caro. – falava pondo a mão na coxa do Fer por debaixo da mesa.

Voltamos pra casa dos pais de Amanda. Enquanto estava no volante Fer não falou comigo durante o trajeto. Logo percebi que ele não estava confortável com aquilo. Chegando à casa nos dirigimos ao quarto.

Antonio: O que foi Fer?

Fernando: O João Felipe me disse que você estava dando em cima dele no banheiro. E agora no almoço percebi os olhares entre você e ele. O que tá acontecendo aqui? – falava bravo.

Antonio: Eu estava dando em cima dele? Me poupe, até parece que daria em cima de um otário daquele. Fala sério Fernando. Olha pra minha cara.

Fernando: Desculpa príncipe. - Falou pausadamente. – eu me excedi um pouco, desculpa. – falou me dando um selinho.

Antonio: Deixa pra lá. Nem vale a pena insistir nessa história.

Aquele filho de uma p... Ele teve a cara de pau de dizer que eu dei em cima dele no banheiro. É um... Ah, nem sei que xingamento usar com aquele cara. Fiquei com um ódio tão grande. Porra, o que ele estava querendo? Nunca passou pela mente a possibilidade de ter algo com o João Felipe. Nada.

Fernando saiu do quarto e foi pra onde estava a galera na piscina. Já eu fui dormir. Estava cansado. Muito cansado. Passei a tarde dormindo e só acordei lá pelas 18 hrs. E por que o JP foi me chamar no quarto.

JP: Acorda Antonio. Vamos pra praia daqui a pouco. Bora?

Antonio: Oi, vamos sim. – falava bocejando.

Quando de repente ele se aproxima mais do que devia. Eu me afasto no mesmo instante. Mas que porra está acontecendo aqui? Todo mundo virou gay e todos me querem é isso?

Antonio: JP para. O que tu acha que está fazendo? Tua namorada está ali na sala.

JP: Nada. Eu só queria demonstrar meu afeto por ti, só isso.

Antonio: Pelo que eu saiba beijar o primo não é o ideal pra um cara que tem namorada. Não é?

JP: Beleza. Foi um erro. Desculpa. – falou me dando um beijo no rosto de saiu.

Fui tomar banho novamente. Sim, durante os dias que estava ali sempre tomava o máximo de banho possível pra tirar o sal que sentia na minha pele. Talvez fosse apenas coisa da minha cabeça, mas sei lá, eu jurava que podia sentir.

Fui me vestir pra sair com o restante da galera. Vesti uma bermuda preta, uma camisa branca, minhas pulseiras (miçangas, para alguns kkkkk), meu cordão de ancora (de estimação) e fui pra sala. Só faltava eu...

Aquela seria a nossa última noite aqui em Paracuru, pois sairíamos no domingo pelo final da manhã em direção à Fortaleza. Pela noite haveria um luau na praia, com algumas bandas da região. Seria interessante, presumia.

CONTINUA.

Um capítulo menor que o normal, mas é isso. Qualquer erro de digitação, concordância ou pontuação corrijo posteriormente.

Façam uma boa leitura. <3


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Comentários

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Nossa vey comecei a ler o seu conto hj e oq falar, simplemente maravilloso, envolvente, surpreendente, tem uma ótima narrativa, continue assim já sou cadeira cativa a partir de hj. Um bjo.

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João Felipe é outro enrustido. bom mas como o Antônio é difícil ne.

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ALGUÉM ME EXPLICA QUAL É A DO JOÃO FELIPE? ALGUÉM COLOCA ELE NO DEVIDO LUGAR POR FAVOR? BOM, BOBO DO FERNANDO SE CAIR NESSA. MAS, TUDO PODE ACONTECER.

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