Advertising - Entre Ternos e Gravatas Capítulo 4

Capítulo 4

Chego em casa pouco depois da sete. Meu deus, hoje foi uma provação. O maldito Stoch falou coisas que nunca iria imaginar que passassem pela sua cabeça, mas agora não saem da minha. Eu preciso desabafar com a Lana! Corro até a mesa de centro onde pus o celular e disco seu número com urgência.

- Alô?

- Lana por favor vem dormir aqui em casa??? Eu preciso da minha melhor amiga!!

- Calma, seu maluco! Porque desse desespero todo? Não vou te emprestar dinheiro em. Hahahaha!

- Não é nada disso, sua tonta! Se você vier prometo que não vai se a arrepender, tenho uma bomba bombástica pra você!

- Ah é? Que tipo de bomba bombástica? – Disse gargalhando.

- Do tipo bomba atômica, vem logo!! Estou te esperando.

- Aff migo, o que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando? – Retrucou sarcástica.

Desliguei o telefone e fui tomar um banho. Estava morrendo de calor e um bom banho iria acalmar meus ânimos. Liguei o chuveiro e senti o jato de água morna descer pelo meu corpo. Como é relaxante!

Estava refletindo sobre o meu dia quando me lembrei das palavras do meu chefe: “... quero beijar essa boquinha linda, quero foder você com força sob a minha mesa, quero deixar essa sua língua afiada sem palavras.”. Sem perceber meu amiguinho lá embaixo começa a dar sinal de vida.

- Acalme-se aí amigo. – Implorei em tom de brincadeira. – Você não vai me obedecer mesmo né?

Droga, vou ter que me aliviar. Não quero que a Lana chegue aqui e me ache de pau duro. Ela não iria me perdoar, provavelmente passaria o próximo mês tirando sarro de mim. Lentamente pus minha mão sobre o meu amigo. Comecei com movimentos lentos e prazerosos, mas a medida que o tempo passava fui acelerando os movimentos.

“... só o tocarei quando implorar pelo meu toque.”

Caralho! Eu estou batendo uma pensando no meu chefe! Ah, foda-se! Deus me perdoe mas não vou parar não, isso tá muito bom. Fui acelerando até sentir minhas pernas ficarem bambas.

- Ohhhhhh! – Gritei quando estava prestes a gozar.

De repente ouço umas batidas na porta. E de novo. E de novo. Que droga nem se quer pude gozar!

- Greeeeeeeg!! Você tá batendo uma, não tá? Hahahahahaha! – Gritou Lana do lado de fora do banheiro.

Como ela chegou tão rápido?? Caralho, não se pode mais tomar banho em paz?

- Cala a boca Lana!

- Seu punheteiro!! Hahahahahahaha! – Agora fodeu de vez! Ela vai encarnar em mim.

- Eu não sou o maldito do seu namorado! – Respondi com raiva.

- Não mesmo querido, meu namorado não precisa disso. Ele teria que ser um X-men para passar a noite toda transando e

depois ainda sobrar tesão para uma punheta. Hahahahahaha. – As vezes esqueço como ela é boca suja!

- Informação demais!!!!!- Gritei!

- Vai sair desse banheiro ou não Greg?

- Já estou saindo, sua bruxa!

Abri a porta do banheiro com apenas uma toalha ao redor da cintura e fui em direção ao meu closet. Tinha intimidade suficiente com a Lana para ficar pelado em sua frente, então não me importei e me vesti lá mesmo.

- Entããão bunda branquela, qual é a bomba? – Questionou com o maldito sorriso perverso em seu rosto.

- Primeiro: como você conseguiu entrar na minha casa?

- Eu tenho a chave ué. – Como é?

- E desde quando você tem a chave?

- Desde quando roubei a sua. Hahahaha! – Ok, isso é assustador.

- A chave que eu supostamente tinha perdido?? – Perguntei.

- Essa mesma. – Falou irônica.

- Tudo bem, vamos fingir que você não é anormal.

- Para de desviar do assunto e conta logo Gregory Müller!! – Ela só me chama assim quando quer ser autoritária, que

atrevida!

- Tá legal. Lá vai, o Stoch disse que queria beijar a minha “boquinha linda”. – Disse-lhe fazendo o sinal de aspas no ar.

- Nãaaao!!! – Comentou em descrença.

- E tem mais, disse que queria me foder em cima da mesa dele! – Porque toda vez que penso nisso fico meio excitado???

Força, Greg! Força!

- Caraaaaaaaaaaambaa! Tô chocada migo! Se bem que eu falei pra você que você era o maior gatinho. Hahahahaha! –

Que palhaça!

- Não começa Lana!

- E o que você fez?? Deu pra ele??

- Claro que não, sua maluca! Ele é o meu chefe, se quer ter problemas no trabalho é só transar com o chefe. Não vou fazer nada disso, seria prejudicial à minha carreira. Eu saí correndo e o deixei falando com a parede.

- Nossa migo, admiro sua força de vontade, não sei se eu conseguiria resistir à aquele pedaço de mau caminho.

- Lana, você não está ajudando!

- Hahahahaha! Mas eu sei de algo que pode ajudar. Olha só o que eu trouxe! – Falou abrindo uma sacola e me mostrando uma garrafa de tequila.

- Você é o meu anjo da guarda sabia? – Comentei rindo.

- Eu sei, não precisa me agradecer. – Metida! – Então... partiu maratona de The Walking Dead com uns shots? – Perguntou

animada.

- Vamos nessa! – Respondi alegre.

***

Graças às doses de tequila acordei como se tivesse levado uma tijolada na nuca. Deus! Eu nunca mais quero beber. Fui tão irresponsável. Mesmo sabendo que hoje teria que ir trabalhar deixei essa pestinha da Lana me embebedar.

Deixei a Lana dormindo, arrumei-me para o trabalho e tomei dois comprimidos para dor de cabeça. Fui em direção ao elevador e encontrei minha carona no caminho.

- Bom dia Leo! – Falei educadamente!

- Bom dia Greg! Você tá bem?- Questionou com um olhar de preocupação.

- Sim, porque não estaria? – Perguntei achando estranho.

- Porque você tá com cara de que tomou um porre. Hahahaha! – Droga!

- Tá tão evidente assim?

- Um pouco. Você tá meio corado e com os olhos vermelhos. Mas tá lindo.

- O-O que? – Perguntei assustado.

- Quer dizer... v-você tá... ah esquece! Como tá indo no trabalho? – Indagou mudando de assunto.

- Bem, apesar de o meu chefe ser um babaca. – Respondi tentando não deixar a situação desconfortável.

As portas do elevador se abriram e entramos. Fomos seguindo para o seu carro e logo já estávamos em meio ao trânsito caótico.

Ao chegar em frente ao prédio da SEG, o Leo me olha estranhamente como se quisesse dizer-me algo. O encaro de volta e resolvo quebrar o silêncio.

- Obrigado pela carona Leo! – Proferi agradecido e, um pouco, constrangido.

- D-De nada Greg, até amanhã.

Após essa despedida esquisita, adentro o prédio em direção ao meu balcão. Aparentemente o Sr.Stoch ainda não chegou. – Sorte a minha. – Pensei. Mas logo minha alegria foi arremessada contra a parede quando um alto e lindo homem de cabelos escuro-acobreados adentra pela porta.

J-E-S-U-S!!! Ele estava mais maravilhoso do que nunca! Com o paletó em uma mão e sua maleta na outra. Estava usando uma camisa social branca com uma gravata prateada em conjunto com suspensórios pretos que combinavam com suas calças. Seus braços musculosos e peitorais definidos ficavam desenhados sob a fina malha de seda.

- Bom dia Sr.Müller. – Cumprimentou- me. Até parece que você é tão educado Sr.Stcoh! Eu sei a verdade!

- Bom dia. – Fui curto e grosso.

- Parece que alguém acordou com o pé esquerdo hoje. – Declarou com um sorrisinho. Droga, Esse sorriso!

- Parece que esta vem sendo uma constante desde que comecei a trabalhar para o senhor. Seria apenas coincidência? – Boa Greg! Começando a cortar o mal pela raiz.

Dito isso ele se inclina lentamente até ficar com os olhos no meu nível. Podia sentir seu perfume de homem e admirar seus lindos olhos.

- Que pena Sr.Müller, lembre-me de acalmá-lo bem antes de fodê-lo sob a minha mesa. – Falou marotamente e seguiu para dentro do seu escritório, me deixando atônito encarando sua porta.

Droga, ele não vai desistir tão fácil. O que eu vou fazer? Vou acabar transando com o meu chefe se continuar pensando nesse corpo perfeito, ou essa boca maravilhosa, ou essa voz sexy – Chegaaaa!- Greg seja racional!!

Comecei a redigir alguns documentos para tentar me acalmar até o maldito me chamar para repassar a agenda:

- Sr.Müller, preciso que passe minha agenda diária, entre.

- Sim, senhor.

Levantei-me entrei em sua sala. Me assustei quando passei pela porta e vi que ele estava ao lado, esperando que eu passasse. Assim que passei, ele trancou a porta. Comecei a respirar fundo. Deus me ajude.

- Porque trancou a porta? – Perguntei.

- Porque sim. – Respondeu petulante.

- “Porque sim” não é resposta.

- Porque eu sou o chefe e faço o que quiser. – Que arrogante! Já chega! Não posso trabalhar com ele, vou acabar

destruindo minha carreira antes mesmo de começar.

- Bem, se é assim então eu me demito! – Gritei.

- O-O quê? – Perguntou chocado.

- Você me ouviu bem! EU ME D-E-M-I-T-O!! – Vociferei.

- Você não vai se demitir, tá louco?

- Abre essa porta. AGORA!

- SHHH. Para com esse escândalo, as pessoas vão ouvir! – Exclamou para mim.

- Foda-se! Dê-me a chave Stoch! – Disse-lhe destilando raiva.

- Não. – Respondeu.

- Então eu vou gritar! – Quem ele pensa que é?

- Você quer a chave? Então vem pegar! – Declarou puxando a cintura da calça e jogando a chave dentro de sua cueca. Eu não acredito que ele fez isso!

- Seu idiota! Qual o seu problema? – Questionei. Ele veio andando em minha direção e parou a poucos centímetros.

- O meu problema é que você me deixa maluco! Graças a você eu não consigo trabalhar sem ficar de pau duro o dia inteiro!! Tudo por causa das suas provocações. – Vociferou.

- Eu não tenho culpa se você é o maior dos babacas! – Gritei de volta. Não sabia o que estava acontecendo, mas a coragem estava fluindo de dentro de mim. Nunca fui um valentão, foram poucas às vezes com que discuti assim com alguém. Desde pequeno fui ensinado que confusão nunca é a saída, mas a raiva estava à níveis fora do normal, já não estava mais controlando o que saia da minha boca. Até que ele me olhou nos olhos e disse:

- Eu vou te mostrar quem é o babaca!

Foi se aproximando de mim lentamente, puxou-me pela cintura como se eu não fosse nada, colou seu corpo junto ao meu e...

Continua...

Oi galera! Peço desculpas a vocês pelo atraso na postagem, tive uns problemas com meu servidor de internet e acabei não conseguindo postar ontem. Mas próximo domingo com certeza estarão normais as postagens. Obrigado pela compreensão!