Um Novo Começo 6

A volta a realidade foi mais forte que sua vontade e mesmo não querendo, Luiz Mario terminou saindo do lugar e seguindo direto para o trabalho no Centro da cidade. Ele chegou bons vinte minutos atrasado e assim que passou pela mesa de sua secretária e deu bom dia com um sorriso enigmático nos lábios, notou que tinha um homem a sua espera. Imediatamente Carla lima, a secretaria, o seguiu e disparou no mesmo momento em que ele dava a volta à mesa...

_ Esse cara que tá lá fora é Policial Civil. Torquato Araujo Neto, inspetor.

_ E o que esse cara quer comigo? Perguntei rapidamente pra disfarçar meu nervosismo...

_ Eu não faço a menor ideia. Ele só disse que precisava falar com o Dr. Luiz Mario Praxedes Ventura e eu sei que esse é o seu nome. mando o cara entrar?

_ Claro Carla. E por favor segura o resto da agenda do dia o mais que você puder... Talvez demore essa conversa com esse tal Investigador.

_ Pode deixar chefe. Antes que ela saísse, Luiz Mario pediu:

_ Pede pro Francês vir a minha sala assim que esse cara sair, Carlinha.

_ Pode deixar, chefe. Ambos sorriram com a mais pura camaradagem e após a saída da secretária duas leves batidas na porta fizeram Luiz Mario falar:

_ Pode entrar. E já levantou da cadeira para cumprimentar o homem que a princípio o olhou diretamente nos olhos e com força e precisão apertou sua mão...

_ Investigador Torquato Neto, bom dia.

_ Bom dia Torquato. Em que posso ser útil apesar de não entender o porquê de sua visita logo tão cedo.

_ Dr. Luiz Mario...

_ Luiz Mario apenas, por favor.

_ Então Luiz Mario, como deu pra notar, o Senhor é um homem bem direto e eu também o serei... Frederico Praxedes Ventura que suponho ser seu irmão esta neste exato momento sob investigação criminal e nosso serviço de inteligência nos informou que o mesmo estamorando atualmente com o Senhor. Isso provede?

_ O mais correto em suas observações, Torquato Neto, é colocar o verbo no passado. Meu irmão morou comigo até o dia de ontem. Ele simplesmente foi embora e pode me acreditar, até a mim surpreender sua atitude.

_ Perfeito. A minha visita então ficou sem proposito pois tinha um pedido a lhe fazer... Parece que não será mais necessário.

_ E qual seria esse pedido, Torquato? Seu olhar pra mim era penetrante. parecia até que eu estava sendo escaneado pelo cara.

_ Algo simples... Que o Senhor o convencesse a prestar alguns esclarecimentos acerca de sua participação em crimes relacionados ao tráfico de drogas e prostituição... Claro que com um Advogado.

Sua avaliação me fez ficar acuado momentaneamente e um riso nervoso me brotou no rosto por míseros minutos...

_ Parece que ele andou se divertindo, não? O cara não esboçou nenhuma tipo de reação a minha tola e ridícula piada.

_ Somos homens da Justiça e pela Justiça Dr. Luiz Mario. Desculpa não poder participar de sua ironia. Como já lhe disse esse pedido agora é totalmente irrelevante. O que me resta a lhe dizer agora é tão somente um simples aviso, não se surpreenda caso saiba a qualquer momento que seu irmão foi preso.

Gostei do cara de imediato. Era um homem sério e pela firmeza de suas palavras e gestos, soube que meu irmão seria pelo logo logo. O tal Investigador ainda me avaliou por alguns segundo e após me estender a mão finalizando nossa conversa, saiu da sala me deixando totalmente sem ação.

Torquato Neto passou pela sala da Secretária e dobrou a direita em busca dos elevadores do prédio esbarrou de cara com Bernard Bresson que vinha com três pastas nas mãos e por estar totalmente distraído as mesmas caíram no chão...

_ Putz, cara me desculpa. Falou o Investigador.

Os dois se fitaram ao mesmo tempo e mais uma vez o olhar penetrante de Torquato prendeu o olhar de Bernard que não conseguiu desviar os seus dos dele, pelo menos por enquanto.

_ Eu também devo me desculpar pois estava meio que distraído. E dois pares de mãos começara, ajuntar alguns papéis que haviam saído das pastas.

_ Não precisa se desculpar, cara. Eu também estava em outro mundo nesse exato momento. E o Investigador sorriu.

E foi esse sorriso que fez com que Bernard ganhasse o dia. Tanto o olhar do cara como o seu lindo sorriso passaram segurança, altives, força, caráter, lealdade, sinceridade e zilhões de outras coisa num a fração de segundo. Era inevitável não continuar olhando pro rosto daquele cara moreno, que sabia que era um homem bonito, forte, másculo e que tinha a barba por fazer. Seus lábios abriram o suficiente pra mostrar dentes brancos e retos e quando os dois levantaram...

_ Prazer, Torquato Neto. E sua mão direita foi estendida em direção a Bernard que a segurou e apertou firmemente enquanto dizia...

_ Bernard Bresson, prazer em conhecer você, cara.

_ Pelo sotaque devo afirmar que você não é daqui,certo?

_ Realmente não. Cheguei há pouco tempo na Cidade.

_ Rio Grande do Sul, Santa Catarina...

_ Na verdade sou de Curitiba.

_ Era minha última opção... E os dois voltaram a sorrir. _ Com certeza esta no seu local de trabalho, certo?

_ Sim e por mais que queira ficar aqui e te conhecer... A frase não foi completada pois Bernard ficou tal qual um pimentão por conta da burrada que acabara de falar.

_ Desculpa mas não entendi o que...

_ Eu que peço desculpas por ter falado... É que eu queria dizer que por mais que o papo tivesse legal, eu tenho muito trabalho... Seu nervosismo era palpável e Torquato tentou tranquilizá-lo...

_ Eu entendi, não precisa explicar nada Bernard. Se você quiser continuar nosso papo me liga. E rapidamente o Investigador tirou um cartão do bolso da jaqueta que usava e entregou a um envergonhado Bernard.

_ Pode deixar que ligo sim, cara. Agora eu devo ir pois o chefe esta a minha espera.

Enquanto seguia pelo corredor até a sala de Luiz Mario, Bernard não deixou de pensar um só momento no cara que acabara de conhecer.

O dia de trabalho na Justiça Federal foi bem intenso e no final da tarde Bernard que já estava no trânsito de volta pra casa voltou a lembrar do cara da jaqueta preta que tinha conversado com ele nos corredores do andar onde trabalhava e praticamente perdido em pensamentos chegou em casa.

D. Fátima já tinha ido embora e assim que entrou em seu quarto havia um aviso de Marcel sobre a cama numa simples folha de papel oficio... " COMEÇO HOJE NA ACADEMIA. CHEGO EM CASA POR VOLTA DAS 20:30 H ".

_ Muito bem molecão, é assim que quero te ver meu mano... Feliz.

Rapidamente Bernard se despiu e foi tomar um merecido banho. Em seguida após se vestir começou a somar as faturas que já haviam chegado lembrando que as contas do mês já iam vencer e que as responsabilidades com sua casa teriam que ser também sua prioridade.

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Marcel finalizou o cadastro na nova academia e os exames de praxe na mesma exatamente às 18:15 h e juntamente com mais dois novatos se dirigiu a ala de musculação. Ele tava vestindo uma regata vermelha e calção e tênis pretos. A toalha pequena que acabara de comprar, já que era uma exigência da própria Academia, estava segura pela mão direita e assim que ele subiu uma pequena rampa após fazer um rápido aquecimento na esteira teve uma sensação de estar sendo observado e isso o deixou intrigado. Na verdade não sentiu medo por isso. Olhou para aos lado por várias vezes e nada de saber quem o olhava na escondida. Seu instrutor o orientou em alguns exercícios e quando ele saiu do banco do Supino Reto, alguém falou com ele...

_ Olá, tudo bem? E Luiz Mario esperou sua resposta com um sorriso nos lábios.

_ Tudo sim. O senhor é instrutor aqui? E foi sua vez de esperar por uma resposta.

Luiz Mario sorriu e falou apenas:

_ Não tá lembrando de mim não, garoto?

_ E eu devia me lembrar? E deu um leve sorriso.

Algo naquele cara fez com que Marcel o fitasse sem a menor vontade de desviar o seu olhar. Até parecia que os dois estavam medindo forças... Foi estranho.

_ Na verdade, não sei. Falou Luiz Mario.

_ Então... Falou o garoto.

_ Você passou hoje em frente ao meu carro e acenou pra mim. Não lembra? Colégio Brasil, por volta das sete e alguma coisa da manhã?...

_ Era você naquele Range Rover preto? E ampliou o sorriso.

_ Parece que você gosta muito de carros, acertei?

_ Sou amaradão, cara. Me diz uma coisa, foi muito caro?

_ Digamos que deu pra comprar. Falou Luiz Mario pegando carona no riso do garoto.

_ Me chamo Marcel e o senhor? O garoto fechou a mão e a levantou para um cumprimento. Luiz Mario o imitou e disse já batendo a sua mão fechada na do garoto...

_ Mario, prazer. Agora que já somos amigos já posso te pedir um favor até fácil de ser atendido.

_ E o que seria Mario?

_ Não me chama mais de senhor não, garoto. Eu sei que sou o mais velho aqui, só que não tão velho, entendeu?

_ Fica tranquilo, rapaz. Tu já é parceiro.

Desse momento em diante os dois passaram a fazer os exercícios praticamente juntos e todo santo dia. Tanto Mario como Marcel começaram a falar de suas vidas sem se revelarem muito. Mario ficava cada vez mais fascinado pelo garoto que acabara de conhecer e soube como conduzir o início daquela amizade. Os dois saíram juntos da Academia após uma rápida ducha no banheiro coletivo do alojamento masculino - os banheiros eram individuais, os dois não se viram pelados - e quando voltaram a se encontrar já vestidos Mario perguntou:

_ Você aceita uma carona?

_ Claro que aceito. Você acha que eu ia deixar essa oportunidade passar? Falou Marcel.

_ Qual oportunidade, garoto? e Mario o olhou meio abobalhado e surpreso.

_ A de andar naquele carão, rapaz... Vamos?

Mario ficou meio envergonhado por pensar um monte de bobagens e sem demonstrar o fora que havia dado, seguiu rumo a casa do garoto.

Faltavam dez minutos para às 21:00 h quando Marcel entrou em casa e trancou a porta com sua chave. Bernard estava em seu quarto e ele assim que Marcel bateu na porta do quarto e pediu pra entrar disse:

_ Oi mano. Como foi seu dia? E beijou abochecha do irmão enquanto passava os braços em volta do seu dorso.

_ Foi bem corrido Molecão. E o seu? Como foi o seu dia, hein?

_ A palavra que define esse dia é INTENSO. Como você deve ter visto pelo aviso que deixei aqui, comecei na Academia hoje e tenho quase certeza que vou acordar todo dolorido amanhã.

_ Invejo você. Qualquer dia desses vou junto e faço uma aula por lá. beleza?

_ Vai ser legal ter você mais perto ainda. Ta fazendo o quê com esse monte de papel nas mãos?

_ Somando nossos gastos. Senta aí que quero te mostrar algumas coisa e te dar o que é seu por direito.

_ Pode ser depois do nosso jantar, não? Perguntou Marcel.

_ É coisa rápida. Olha só... Esse extrato é referente as aplicações do nosso dinheiro que eu falei que seria só pra você, lembra? O irmão concordou e quando viu o valor do salto ficou até espantado.

_ Tudo isso será meu todo mês, mano?

_ Todo ele. Só que eu gostaria que você soubesse como gastar sua grana. Na verdade eu quero te pedir para que use esse dinheiro com cautela, entende?

_ Fica tranquilo mano.

_ Em dois meses você será considerado um maior de idade e até lá eu é que vou tirar seu dinheiro do banco e lhe dar, beleza? Só que um pedi um cartão de crédito pra você como meu dependente legal e como a operadora de cartão só liberaria se você tivesse 17 anos e seis meses, ele chegou... Tome e saiba como usar. Eu disponibilizei apenas 40% do meu valor total de crédito pra você o que da uma boa quantia pra gastar.

_ Mais isso é fantástico, Bernard.

Todos as despesas do apartamento e cartões de créditos seriam vinculados ao débito automático que o Banco disponibilizava aos clientes o que facilitaria e muito a vida de Bernard.

Os dois após o papo econômico, como Marcel batizou a conversa entre os dois, foram jantar e quando Marcel mais uma vez esperou o irmão sair do banho para lhe dar o boa noite ele falou...

_ Preciso falar algo bem sério com você. E seu olhar mostrava apreensão e tristeza.

Bernard tava bem cansado só que simplesmente disse:

_ Estou aqui molecão, pode falar...

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TRenattoZ, meu querido amigo que salada vc fez...kkkkkkkkkkkkkk. Olha só Bernard e Marcel são irmãos assim como Luiz Mario e o Ted. No passado de Marcel Ted o usou e sumiu. Com a vinda dos irmão para Fortaleza o destino tratou de aproximar Marcel e Luiz Mario. Mario nunca se interessou por Bernard e nem sonha que o garoto Marcel já foi uma das vítimas de seu irmão Ted. Só que tem um ditado que diz que até as pedras se encontram... Agora é só ordenar as coisas e aguardar os próximos acontecimentos. Um grande abraço.

Guiiinhooo meu querido Pernambucano eu também fico meio ansioso na hora de ordenar as ideias e postar. Valeu pela força, meu querido. Grande abraço.

Neneu meu querido, o maravilhoso disso tudo é poder ter essa troca boa de energia. Um grande abraço.

Ze Carlos e você como sempre me emocionando. Muito obrigado por esse amor de irmão e essa amizade maravilhosa que sei existir entre nós. Beijo nesse coração guerreiro.

Higor Gonçalves meu querido que bom saber um pouco sobre você. Somos gotas invisíveis nesse oceano de lama em que vivemos. Que eu possa sempre te deixar ligado nesse trama. Grande abraço, garoto.

Mr. John meu querido. Não pense que não o vi na estrada. Super feliz com sua chegada a nossa velha estrada. Ta bom mesmo? Por favor, segue junto. Um grande abraço e obrigado por todo esse carinho e que sejam maravilhosos.

Valtersó meu querido amigo eu serei sempre um devedor pois um simples obrigado nunca será suficiente por tanto retorno que vc me deu. Grande abraço garoto.

Pequerrucha minha querida amiga... Você e os demais amigos sempre merecerão o meu melhor. Prometo que vou tentar sempre fazê-lo. Grande beijo.

Ru/RUANITO meu querido confesso a vc que tbm fico meio virado com esse lance de não reconhecer o que nos fazer de bem ou mesmo um não se importar com o outro. Quanto as suas outras observações eu tenho que ter pelo menos um endereço, né? Bj nesse coração amigo.

Geomateus meu querido amigo, na leitura de hoje vc deve ter notado que não haverá esse triângulo pois os vértices se distanciaram muito e um dos segmentos de reta encontrou uma paralela... Beijo nesse coração e obrigado mais uma vez pelo carinho.

Prireis822 minha querida não só aventuras, mas amores também... Beijo nesse coração lindo.

RoseVital minha querida Mama, uma pequena correção no seu comentário... Ted nãoé o chefe do irmão do Marcel e sim Luiz Mario seu irmão. No mais eu quero falar da alegria de poder vê-la junto a mim e aos demais amigos nessa nossa estrada. Deixei uma resposta pessoal a vc no e-mail quase agorinha. Um beijão do tamanho do Universo Vital.

LuckasS meu querido amigo é assim que quero que meus contos sempre sejam, interessantes. Favor me ajuda a fazê-los?!!! Grande abraço e obrigado por estar junto comigo mais uma vez.

Drica(Drikita) minha lindona até eu pensei que seria... Só que Marcel será peça fundamental no meu roteiro e claro que Bernard estará sempre do lado dele. Valeu pelas observações e prometo muito amor pra essa dupla de irmão. Beijo na bochecha.

Ghiar minha doce e querida amiga... Acredito que as histórias sempre estarão interligadas. Veja a nossa por exemplo. Nunca nos falamos pessoalmente e há entre nós uma sintonia maravilhosa, né mesmo? Obrigado pelo carinho de sempre. beijo nesse coração morena.

JamesBlack meu querido amigo... É verdade sim, rapah... Voltei e vou ficar... O que me deixa mais feliz é essa alegria quase palpável em suas palavras. Fica com o meu MUITO OBRIGADO e votos demaravilhoso.

Aos demais amigos e amigas, o meu abraço mais que apertado... SUFOCANTE, blz? Nando Mota.