É isso aí... Vamos a mais um capitulo 😍
CAPITULO 14: JULIA
Depois da visita da Fernanda preferi não contar nada para a Alexia. Não queria preocupa-lá. Combinei com a Lara que seria um segredo nosso. Ela concordou na hora. Prometeu sigilo.
No dia de visita eu fiquei super nervosa quando vi a Ale. Ela chegou a me perguntar se havia acontecido algo, mas eu disse que não. Tentei disfarçar ao máximo e parece que consegui, pois a Ale não disse mais nada.
A Fernanda continuava a me atormentar. Em todos os dias de visita ela ia até a clínica e ficava me observando de longe. Eu estava com medo, muito medo mesmomês depoisO dia da minha doce liberdade chegou. Eu estava animada e com medo também. Medo de encarar o mundo novamente. Medo de decepcionar os meus familiares.
Avistei ao longe meu pai e minha namorada me aguardando. Eles sorriam para mim enquanto eu caminhava em suas direções. Quando abracei meu pai tive certeza que todo o meu esforço nesses últimos três meses tinham valido a pena. Chorei, sorri, gritei... Eu estava feliz demais da conta.
Fomos para casa, onde o restante da família me aguardava. No caminho meu pai me deu uma caixa.
- Seu presente de boas vindas. -- Disse ele. Era um celular... Bem bonito.
- Obrigada pai. Não precisava.
- Claro que precisava. Você precisa para se comunicar comigo. Meu número já está gravado.
- Legal. Obrigada.
Chegamos em frente ao portão de casa e logo entrei. Eu estava louca pra ver minha mãe. Quando abri a porta dei de cara com uma multidão que gritou: - SURPRESAAAA! Nem preciso dizer que fiquei emocionada, né?! Fiz questão de cumprimentar um por um. Minha mãe, Janaína, o chato do Sandré, Kamille, Junior, Elias, Seu Cléber... Estavam todos ali por mim. Eu não podia acreditar!
Eu estava me divertindo demais. Ter todas aquelas pessoas boas a minha volta era sensacional.
- Ôo pai...
- Diga-me filha. -- Respondeu ele.
- Vou destrancar a minha faculdade.
- Ai meu Deus! É muita notícia boa pra um dia só! Assim meu coração não aguenta! Filha eu estou tão feliz.
- O senhor acha que a mamãe me deixaria voltar a trabalhar com ela?
- Claro que sim, filha. Pode deixar que eu mesmo falo com ela. Ta ok?
- Obrigada, pai. Por tudo que o senhor tem feito por mim. Eu te amo.
- Só estou fazendo meu papel de pai. Eu também te amo, meu bebê.
- Aah pai. Não faz isso...
- Isso o que?
- Me chamar de bebê.
- Você sempre será minha bebezinha.
- Pelo amor de Deus, pai. Que horror.
- Bebê, bebezinha do papaiDisse ele caindo na gargalhada. Ele realmente não tinha jeito.
Depois de deixar meu pai rindo sozinho fui atrás da Ale. Eu queria aproveitar o tempo com ela. Desde quando cheguei na festa não parei pra conversar e nem sequer da um beijinho nela. Saí procurando ela pela festa até que a encontrei num canto da cozinha com o celular na mão. Ela estava pálida demais. Parecia que tinha visto uma assombração.
- Mô? O que foi?
Ela não disse nada. Só estendeu a mão e me entregou o celular. Li atentamente a mensagem absurda que a Fernanda mandou.
- É por isso que você está assim?
- O que você acha?
- Ela não vai fazer nada. Ela só fala. Não tem coragem.
- Tem certeza? Eu estou com medo Julia! Ela está fora de controle. Nós devemos procurar ajuda, ou sei la, acionar a polícia.
- Não vai ser necessário. Ela não vai fazer nada. Confia em mim.
- Eu continuo achando que é melhor a gente procurar a polícia.
- Vamos fazer assim... Se ela voltar a te mandar mensagens ou qualquer outra coisa a gente vai até a polícia. Pode ser?
- Pode.
- Ótimo. Agora vem cá me da um beijo.
Confesso que eu estava morrendo de medo da Fernanda, mas eu sabia que qualquer escolha errada poderia colocar a vida da Alexia em perigo. Eu mais que ninguém sabia como a Fernanda estava descontrolada.
A festa acabou e todos foram para suas casas, inclusive a Alexia. Ela queria que eu curtisse mais a minha família. Muito nobre da parte dela, né?! Eu com certeza tenho a namorada mais fofa do mundo. Mas eu queria ela ali comigo...
Fui para o meu quarto tentar dormir, mas foi uma tentativa falha. Eu rolava de um lado para o outro sem conseguir pregar os olhos. Num impulso me levantei, pus um vestidinho azul por cima da minha lingerie preta e saí. Bati na porta do quarto dos meus pais torcendo para o meu pai está acordado. A minha sorte é que não era tão tarde e meu pai me atendeu de imediato. Ele se vestiu e fomos para o carro.
Ele estacionou em frente a um portão de madeira, onde eu toquei a campainha e logo fui atendida.
- Obrigada pai.
- De nada.
Ele voltou para nossa casa e eu fiquei.
- Julia? O que faz aqui? Entre!
- Vim falar com sua irmã. -- Falei enquanto entrava na casa.
- Sei... É um assunto muito importante, né?! Você não pôde esperar amanhecer.
- É! -- Foi a única coisa que consegui responder para a Kamille.
O Junior e o Elias acenaram pra mim enquanto devoravam duas vasilhas de pipoca.
- A Alexia ta dormindo, mas pode ir lá no quarto dela.
- Ta ok. Obrigada.
Segui para o quarto que me indicaram e lá estava ela. Toda linda. Parecia um anjinho dormindo. Tirei o meu vestido e me encaixei atrás dela. Adorei quando passei a mao em seu corpo e contatei que ela estava apenas de calcinha. Comecei a sussurrar seu nome bem próximo ao teu ouvido. Ela foi despertando aos poucos com o som da minha voz. Num movimento rápido ela ficou de pé com o susto.
- Julia?
- Sim... -- Minha voz já estava rouca de excitação.
- O que faz aqui?
- Advinha... Vim provar cada parte de você, meu amor.