Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 97

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 2241 palavras
Data: 27/12/2015 00:42:10

- Oiiiii, Dona Cacilda! – Assim que chegamos na frente de casa, eu logo cumprimentei nossa secretária

Ela estava na varanda de casa nos aguardando.

- Oi, meu filho! Como você está? – Eu a abracei forte

- Estou ótimo!

- Tá magrinho, hein? Cadê o seu Bruno?

- Tô nada, o tanto que eu comia... O Bruno está pegando as malas nos carros. Como estão as coisas por aqui?

- Não sei, não... me pareces magrinho demais. Bom, mas aqui está tudo em ordem! Venha, entre!

Nós fomos entrando em casa e realmente estava tudo em ordem. Tudo estava do jeitinho que eu tinha deixado. A casa toda estava muito cheirosa, era por isso que eu amava a Dona Cacilda, ela cuidava de mim e do Bruno com muito carinho.

- Amor? – Bruno foi entrando em casa – Oi, dona Cacilda! – Ele também a abraçou

- Oi, meu filho! Como tu estás?

- Tô levando, tô levando! Vejo que a senhora cuidou de tudo muito bem por aqui, hein?

- Ei, folgado, me ajuda aqui! – Dudu disse olhando para mim

- Pode deixar que eu ajudo! – Bruno pulou na minha frente.

Ele não queria que eu forçasse muito o joelho, pois isso poderia agravar minha situação. Eu só não sabia que situação, pois eu ainda iria fazer mais exames. Mas eu deixava ele cuidar de mim, eu gostava disso, eu confesso.

- Por que a princesa não pode carregar?

- Esqueceu que ele está com o joelho machucado, mané?

- E os braços não funcionam, não?

- Mas ele iria forçar o joelho, deixa de ser burro, Dudu!

- Quanta frescura!

- Vem, vamos logo levar isso lá para o quarto. – Bruno disse carregando uma das malas.

- Eu vou lá para a cozinha terminar o jantar. – Disse dona Cacilda

- Amigo, vem pra cá! – Loh saiu me puxando para o sofá da sala

- Eu tenho que te contar uma coisa.

- É, e eu preciso saber de algumas coisas mesmo, mocinha.

- Aí, ele já te contou, né?

- Não, na verdade foi a Jujuba.

- Bom, então só me resta te contar como tudo aconteceu.

- Então, vamos lá. Eu estou super curioso para saber o que aconteceu entre vocês.

- Bom, na verdade, não aconteceu nada demais.

- Como assim não aconteceu nada demais? Quer dizer que um dia vocês acordaram e perceberam que não gostavam tanto assim um do outro.

- Foi!

- Ah, me polpa, Loh!

- Sério, Antoine! Foi isso! Ninguém traiu ninguém, ninguém brigou, ninguém está com raiva, não tem clima ruim, não tem nada anormal acontecendo. Nós só decidimos não namorar mais. Nós estávamos tentando, no inicio foi muito bom, mas com o passar do tempo, com a convivência, a gente percebeu que o que sentíamos era mais vontade de fazer companhia um para o outro do que amor. Nós estávamos carentes e nos confortamos, deu certo. Mas, não iriamos ficar para sempre em uma relação como essa, não é? Então, resolvemos terminar e continuar amigos.

- Só digo uma coisa: vocês são muito estranhos! Eu não consigo entender uma coisa dessas, a gente só namora com alguém quando a gente sente algo, bom pelo menos eu sou assim.

- Tu és sortudo, amigo. Tu namoravas o Thi e ele te amava incondicionalmente.

- Há controvérsias...

- E agora, tu estás casado com o Bruno que te ama ainda mais. Tu definitivamente tens sorte no amor.

Acredito que não era sorte, era destino. Nós estávamos destinados, tínhamos que viver nossas histórias.

- Se tu dizes que é sorte, tudo bem. Mas, eu acredito que não tem nada a ver com sorte. Eu não tenho um histórico de namoros muito grande, sabe Loh? Eu só namoro, só fico quando sinto alguma coisa de verdade. Meu coração controla mais meu corpo que meus desejos. Transar só por transar, por exemplo, comigo não cola.

- Bem que poderia haver um Bruno ou um Antoine hetero por aí, né?

- Deve ter, Loh! – Eu disse rindo.

- Amigo, tu estás bem? – Jujuba sentou junto conosco

- Tô, Ju!

- Não sentiste nada durante a viagem?

- Não! Foi tudo tranquilo!

- O que tu tens, Antoine? Por que todo mundo tá te tratando como se tu fosses uma peça de cristal? – Loh perguntou

- Eu estou doente novamente, Loh...

- Doente, o que tu tens? – ela olhou para a Jujuba e para mim - ... espera, tu...??

- BINGO!!! Isso mesmo! Câncer!

- Mas tu fizeste tratamento, não era para ele voltar...

- Não é o mesmo.

- Ai, meu Deus! É câncer de quê?

- É no joelho, o Bruno que sabe o nome, mas é câncer no joelho.

- Por isso tu gritaste quando o Dudu pulou em ti...

- Exatamente!

- Mas por que vocês falaram que tu tinhas batido o joelho?

- Mamam! Ela ainda não sabe de nada.

Eu lembrei que eu tinha que ligar para o Pi, para avisar que eu tinha chegado bem.

- Meninas, vamos lá para o meu quarto, eu tenho que pegar meu computador.

- Pra quê tu queres teu computador?

- Eu preciso falar com meu primo.

- Aquele gatinho francês? – A Jujuba falou

- Esse mesmo! Vamos lá?

- Vamos! – elas falaram juntas

- Onde o senhor pensa que vai? – Bruno falou descendo as escadas.

- Eu vou lá no nosso quarto, preciso falar com o Pi.

- Ele deve estar dormindo.

- Ele pediu para eu ligar, ele disse que estaria acordado.

- Atah! Fala pra ele que depois eu falo com ele, eu preciso ir lá com teus pais.

- Tudo bem!

As meninas e eu subimos as escadas e fomos para o meu quarto. Estava tudo muito bem arrumadinho, muito cheiroso. Nem parecia que a casa só tinha sido habitada durante um único dia.

Eu achei minha pequena mala de mão em cima da cama, era lá que tinha vindo meu computador. Eu me deitei de barriga para baixo, na cama, e as meninas fizeram o mesmo, cada uma de um lado. Eu liguei o computador e rapidinho eu chamei o Pi que logo respondeu a minha chamada.

- Oi, primo!

- Oiii!!! Chegaste bem?

- Cheguei, sim!

- Como foi a viagem?

- Tudo tranquilo.

- E os dois bebezões, se comportaram?

- No início deram trabalho, mas eu os fiz se comportarem.

- Que droga, eu não entendo nada! – Loh disse do meu lado.

- Tu tens que aprender francês, Loh! – Eu falei rindo.

- Primo, não vais me apresentar?

- Ah, sim, desculpa! Pi, essas são minhas melhores amigas, essa é a Juliana e essa é a Lohana.

- Oi, meninas! Tudo bem?

- Oi! Tudo, sim! E com você? – Jujuba conseguiu falar direitinho.

- O que vocês estão falando? Por que falaram meu nome?

- Eu só te apresentei pra ele, dá um oi.

Loh deu um oi com a mão para o Pi.

- Ela não fala francês, não?

- Não! Nem um pouquinho! – Eu disse rindo.

- Tadinha!

- Tadinha nada! Tu não falas português e aí?

- Engraçadinho! Me conta, qual foi o milagre que tu fizeste para os teus bebes não se matarem no avião?

Eu contei toda a história para o Pi que morria de rir.

- Primo, eu preciso dormir, infelizmente. Nos falamos mais tarde?

- Claro que sim! Ah, o Bruno te mandou um abraço e disse que depois ele fala contigo, ele teve que ficar lá embaixo com Papa e Mamam.

- Tudo bem! Poxa, mas eu estou morrendo de saudade de ti. Senti tanto a falta de vocês por aqui, é muito chato cozinhar só pra mim.

- Já te disse, vem para o Brasil.

- Bem que eu queria...

- Vem então, ué!

- Vamos ver...

- Brincadeiras a parte, eu também tô sentindo muito a tua falta, Pi. Uma hora dessas a gente estava assistindo filmes e comendo pipoca.

- Ou rindo das palhaçadas do Bruno. – Ele disse querendo chorar

- Vem pra cá, primo.... – Eu disse acompanhando ele no choro

- O que eles estão falando, Ju? Por que eles estão chorando?

- Não entendi muito bem, mas eu acho que entendi eles falarem de pipoca e filme.

- E eles estão chorando por isso?

- Parece que sim!

- Tchau!

- Tchau! Manda um beijo para a Tata e o Tonton.

-Vou mandar! Beijo, primo! – A gente chorava

- Beijo!

Encerramos a chamada de vídeo.

- Por que vocês estão chorando? Não me diz que era por pipoca e filmes. – Loh disse sentando na cama

- Não, não era por isso. É que estamos com saudade um do outro. Ele é meu primo, meu amigo, meu confidente lá na França.

- Ah, entendi. É tipo o Dudu francês.

- Mais ou menos. – Eu sorri.

- Que gato, meu Deus! Tá até subindo um fogo, aqui!

- Pois trata de baixar esse fogo, ele é do babado.

- Mentira?

- Mais pura verdade!

- Ai, que raiva! Quanto desperdício de homem! Por que eu não vim homem? Hoje em dia, os viados são tão gatos, tão gostosos... Pra gente só sobra os vira-latas, cachorros, galinhas, sem vergonhas, pilantras...

- Verdade, Jujuba! Que desperdício! Que gato!

- RAPARIGAAAAAAAA? – Dudu gritava do corredor

- AQUI, MINHA QUENGA!

- Ah, achei vocês! Pra vocês descerem, o jantar já está servido.

Nós descemos e todos já nos esperavam à mesa. Mamam estava com um sorriso imenso no rosto, ela estava muito feliz em me ter de volta a Macapá. Eu quase não falava com ela, pois com certeza eu não saberia mentir. Eu queria o colo da minha mãe, mas não podia ter, por enquanto. Eu queria saber quando Papa iria contar a ela, quanto mais ela ficasse para trás, mais raiva ela ficaria após a descoberta.

Nós jantamos e todos nos divertimos bastante, era bom estar de volta. Era muito bom ter meus amigos perto de mim, ter o Dudu e seu infinito bom humor, a Loh sempre querendo me proteger e cuidar de mim, a Jujuba e suas loucuras. Tudo estaria perfeito.... se no outro dia eu não tivesse que passar o dia dentro de um hospital mapeando cada traço, cada particularidade, cada perigo do meu câncer. Eu me preocupava com o Bruno, ele se fazia de durão, mas só eu o conhecia de verdade e sabia decifrar o que ele sentia de verdade. Eu sabia que ele estava angustiado, preocupado. Ele ria e falava com todo mundo, mas ao mesmo tempo ele vivia em um mundo particular, ele parava, em determinados momentos, e ficava olhando para o nada, vagando entre seus pensamentos. Era muito difícil eu vê-lo daquela maneira. Ele era sempre alto astral, era sempre ele que fazia palhaçada pra todos.

- Amor? – Eu peguei na perna dele tentando chamar sua atenção.

- Oi, meu bem?

- Tá tudo bem?

- Tá, sim! – Ele disse sorrindo

Eu sabia que não estava nada bem. Eu estava, verdadeiramente, conformado. Eu sabia o que me esperava e não estava angustiado, preocupado, desesperado como eu fiquei na primeira vez. Quando a gente sabe o que vai acontecer, a gente se conforma e se tranquiliza. E era assim que eu estava: tranquilo e conformado.

- Vai ficar tudo bem! – Eu passei a mão carinhosamente na perna dele.

- Vai ficar, sim!

Nós terminamos de comer e todos foram para a sala. Todo mundo ria das palhaçadas do Dudu e da Jujuba. Eles dois eram uma figura.

- Oi! – Eu falei com o Thi que estava sentado no segundo degrau da escada.

- Oi! – Ele sorriu – Que casa bonita, hein?

- Pois é, eu que planejei tudo aqui.

- Disso eu já sabia! Casarão! Muito bonito! Eu tenho orgulho de ti, sabias?

- Orgulho?

- É, tu conseguiste te reerguer, te casar, construir tua casa, ter uma vida muito melhor do que quando a gente estava juntos. Eu meio que parei no tempo.

- As vezes, a gente precisa de tempo para poder recomeçar, só isso.

- Pode ser! Mas eu fico feliz em te ver feliz, e como tu estás feliz com teu marido, na tua casa, com todo mundo aqui.

- Eu estou mesmo! – Falei sentando ao lado dele.

- Dá pra ver no teu rosto essa felicidade.

- Tu não me pareces tão feliz.

- Eu estou feliz, de verdade. Mas, ao mesmo tempo eu estou um pouquinho triste. Eu não tenho nada, tô na casa da minha mãe. Nem emprego eu tenho.

- Eu também não tenho!

- Mas tu tens os alugueis lá da vila. Isso te tranquiliza.

- É verdade! Mas, tudo vai se ajeitar, Thi, tu vais ver.

COMENTÁRIOS DO AUTOR.

Como eu sou uma pessoa de palavra (kkkk) cá está o novo capítulo.

FASPAN: Cara, eu engordei 2 quilos. 2 QUILOS!!!! MEUUUUUU DEUUUUUUUUS, DOIS QUILOS!! KK Muito obrigado pelas felicitações! E sim, teremos publicações diárias, eu ainda não defini um horário pq com o pessoal todo aqui em casa, eu publico na hora que dá, mas após as festas de final de ano, eu já irei publicar em um horário fixo, assim fica mais fácil para vocês acompanharem. Beijooooo

Tau: Minha coisinha maldosa e suas maldades kkkk Vale sim, senhor! Tanto vale que aqui estou publicando. Kkkkk E sim, infelizmente, eu sei que minha conta está no vermelho com vocês. Beijooooooooooooooo, meu amor.

Plutão: Obrigado por sempre acompanhar minha história, Plutão. Eu fico com receio de dar muitas noticias, pq pode, talvez, comprometer a leitura da história, mas tentarei fazer o possível. Um mega beijo pra ti!

Ninha M: Oi, meu amor! Obrigado! Que bom que teu Natal foi rodeado pela família e pelos amigos, isso é que é importante. E a tua princesa? Como vai? Beijoooooooooooooooo, minha linda!

Ursolino NOSSA, que chato isso! Ficar doente bem no natal? Poxa, poxa! Mas, se assististe filmes e comeste muuuitoooo tá valendo. Kkkk E que triste isso, passar o Natal longe do marido não dá, né? Deve ser difícil pra ti. Fiquei chateado, agora. E tomara que teu ano novo seja maravilhosooooooo ao lado do teu marido. Tens que aprontar bastante para compensar a ausência no natal. Kkkk Um beijo!

Amores, por hoje é isso. Até amanhã. Beijooooooooooo em todos, até nos leitores fantasmas. Kkkk


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Comentários

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Mon cher du coeur, que bom que voltaste a escrever. Estou ansioso para saber notícias tuas. Um beijo carinhoso para ti e para Bruno,

Plutão

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Oi Lindo, tava sem net. Deu um problema aqui e não tava conseguindo comentar, mas tava lendo pela net do celular. Bjs

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Valeu Antoine! Seu conto fica sempre com gosto de quero mais! Cara, depois que agente conhece certas histórias, como a sua, o meu pequeno sacrifício de natal não é nada! Abraços!

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Minha princesa está bem e muito feliz com o Papai Noel, kkk. Aproveitando esse final de semana e o Rio 50 graus, porque 40 já tá longe para curtir uma praia, coisa que faço raramente. Eu sempre falo que sua história de vida é muita linda, mas acima de tudo essa comunhão que você tem com a família e os amigos é o máximo. Beijos lindo!!

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Não espere que um dia faça com que eu acredite em ti. Uma promessa feita é uma dívida a ser paga constantemente.

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