Um, dois, três... Eu já havia perdido a conta de quantos beijos havíamos trocado naquele instante rápido. Nossos lábios se moldavam numa pressa que eu desconhecia. Eram os beijos mais selvagens que eu já havia dado e recebido na vida. Tudo isso junto às mãos de César que passeavam da minha cintura até o meu cabelo. Ele segurou firme em meu quadril e me suspendeu me colocando sentado na mesa do centro da cozinha entrando entre minhas pernas e continuando a me beijar. Aquilo perdurou por um tempo até que o ritmo diminuiu.
Nossas respirações eram ofegantes e nossas testas se encontravam.
- Uau... – ele disse e sorriu.
- Meu Deus, o que foi isso?
- A gente dando uns pegas. – ele me deu mais um beijo rápido.
- Bem que o Rômulo disse que você ficava com alguns rapazes.
- Sim. Poucos na verdade, mas sim. Me diz como você se sente.
- Como me sinto?
- O que você sente. Agora. Me diz.
- Me sinto... Um pitbull. – da onde aquilo tinha saído?
Ele riu e me beijando ainda rindo.
- Tem certeza? – ele me olhou com receio.
- Tenho.
- Então você não liga de estar beijando o irmão do cara que você gosta?
Era óbvio que eu ainda gostava do Rômulo. Ninguém tira ninguém tão rápido da cabeça mesmo com o trabalho árduo que o César vinha tendo comigo. Mas não, eu não me sentia mal por ter beijado o César.
- Não. Não ligo.
- Você beija muito bem pra um ainda poodle. – ele disse.
- A gente faz o que pode...
Ele riu alto.
- Vamo embora. O pessoal já deve tá na cidade há horas e aqui não tem linha de celular.
Eu desci da mesa e saímos da casa. César trancou a porta e colocou a chave em um buraquinho na parede e tapou com uma pedra.
- Não posso deixar você pilotar porque é muito perigoso. – ele disse ao subirmos na moto. – Apesar de saber que você com certeza adorou me ter sem camisa atrás de você.
- Além de tudo, convencido.
- Conhecedor da sua respiração ofegante com minha voz bem pertinho do seu ouvido. – ele abotoou o capacete.
- Já eu tenho certeza que você odeia quando eu sento atrás de você e agarro seu peito pela velocidade. – eu demonstrei levando as mãos ao peito dele.
- Nossa... Esse é você sendo irônico?
- Sim. Porquê?
- Me excitou.
Um breve silêncio se fez até finalmente rirmos e ele dar a partida na moto mas não antes dele terminar a frase.
- Eu falei sério, viu?
Saímos em direção à cidade.
Eu fui deixado em casa por volta das 9:40h.
- Foi legal. Vamos outra vez? – eu me atrevi a perguntar.
- Claro! Você precisa aprender a pilotar direito.
- Preciso de mais aulas assim com você.
Ele prendeu o riso até que explodiu gargalhando.
- O que foi?
- Hoje você tá demais hein? Meu Deus... Vai tomar um banho porque eu acho que sua mãe não vai ficar contente em te receber desse jeito.
É. Eu estava com a calça toda suja de poeira e graças aos amaços com o César, a camiseta também.
- Nós vamos nos ver de novo?
- Vamos, Victor. Calma né? Eu preciso ir pra casa agora. Mas já estou de férias e você entra de férias amanhã... Vamos ter mais tempo pra...
- Eu vou entrar. – eu disse constrangido.
- É melhor. – ele colocou o capacete apressado e saiu.
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- Ow de casa? – eu perguntei passando pela sala vazia.
Subi as escadas e... Aff... O César havia voltado da porcaria desse motocross sujando a escada de areia.
- CÉSAR? – eu gritei no corredor.
- ROMILDO! PODE ENTRAR.
Eu entrei no seu quarto e a roupa do motocross toda suja estava no chão enquanto ele estava no chuveiro.
- Demorou chegar...
- É... É que eu fui inventar de ensinar o Victor a pilotar.
- O VICTOR? PILOTANDO?
- É ué... Que foi? Ele não tem medo de motos. Já pegou tudo até...
- Como foi?
- Foi ótimo... Ótimo mesmo. – ele riu.
- O Victor se enturmou?
- O Victor? Nossa... Demais. Fez até amizade com um moleque nanico que mora nas redondezas.
- Ele se divertiu então né...
- Muito. Disse que quer ir outro dia comigo.
- Pro motocross?
- Não. Pro clube de striper... Aff... Estamos falando do quê? Do motocross!
- Ele vai correr?
- Não sei. Se ele quiser...
- Hum... Vocês estão bem amigos.
- Ele é legal. Uma pena você não ser gay. Porque se fosse teria um ótimo namorado.
- Não tem graça.
- Olha... – ele saiu pelado do banheiro – Victor ainda gosta de você. Mas não se preocupe que se você não quer que ele sofra como disse eu já tô dando um jeito nisso.
- Como assim?
Ele hesitou um pouco.
- Tipo... Tô levando ele pra sair pra ver se ele conhece alguém legal e tal...
- Hum. – disse vendo ele pegando uma cueca que estava na cama e vestindo.
- Me diz uma coisa... Se por acaso você tivesse visto a gente se beijando mesmo naquela noite teria algum problema pra você?
- Não...
- Sério?
- Sério... – eu me sentei na cama.
- O que foi então?
- Victor está mudando. Mudando muito ultimamente.
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- Que bom. Ele tá deixando de ser aquele poodle que você gosta. Tá virando uma pessoa de fato.
- Ele não troca mais tantas mensagens comigo. – Rômulo disse.
- Você mede amizade por mensagem é?
- Você entendeu!
- Rômulo, o Victor tá dando a volta por cima cara. Ninguém gosta de ficar perto de alguém que não corresponde o sentimento que você tem. Ele tá até sem celular. – eu disse rindo lembrando da cena do celular jogado.
- Mas eu não quis deixar de ser amigo dele.
- E ele não vai deixar de ser seu amigo. Só está... respirando novos ares. – eu disse terminando de me vestir.
- Ele fala de mim?
- Fala.
- Com frequência?
- Eu não sei porque se importa tanto mas... Não. Fala de vez em quando só. Não se preocupe que ele já mudou o cd “Rômulo live in desilusão amorosa gay”.
- Eu não sei como perguntar isso...
- Perguntar o quê? – Lá vinha...
- César, você e ele tem passado muito tempo juntos nos últimos dias. Tem... Rolado algo entre vocês?
Eu poderia mentir mas quer saber, que se foda! Ele já suspeita e o que rolou entre Victor e eu foi legal então...
- Olha, hoje mais cedo a gente se beijou mas foi só isso.
Rômulo continuava estático me olhando.
- Eu sabia... Era muito estranho essa sua mudança.
- Não foi algo planejado. Além disso eu só me interessei por ele após a festa quando ele finalmente mostrou que podia ser mais que só um poodle seu.
- Você me disse ontem que...
- Ei! Só ficamos hoje! Ontem ainda era ontem! Por que você se importa tanto? Você disse que não teria problema.
- Não... Não tem... Eu não ligo.
- Sei... Olha, eu não vou casar com ele. Mas diferente de você eu tô gostando dele e quero aproveitar. Se amanhã ele quiser ficar de novo comigo vamos ficar. Se depois de amanhã não, então tudo bem. Você sabe que não sofro por ninguém mas enquanto ele quiser eu vou sim ficar com ele e curtir bastante. O Victor gosta de você, eu sei, eu vejo isso. Mas você já deixou claro a sua posição. Você fez a sua escolha. Não demonstre a ele que está incomodado sobre nós dois ou então... – eu suspirei.
- Ou então o que?
- Ou então nós três sairemos perdendo. Victor vai ser desapontado pela segunda vez por você. Eu vou ficar impedido de ficar com ele. Você que causa a confusão e depois não vai ficar com ele mais uma vez.
- Não estou incomodado... – eu não senti um pingo de confiança nessa frase dele.
- Então se afaste. Deixe a cabeça do Victor livre. Ele precisa superar você seja comigo ou com outro cara. Ninguém merece gostar de alguém que não gosta da gente.
- Eu já entendi...
- Me prometa que não vai avacalhar as coisas. Pro bem do Victor. Pro nosso bem aliás.
- Porquê eu faria isso? Já disse que não sou gay!
- Não quero saber se você é gay. Tanto faz se for ou não. Não se trata disso. Quero que você não confunda a cabeça do Victor como já fez antes mesmo sem ser gay!
- Tudo bem... Não se preocupe.
- Desculpa falar assim. – eu me aproximei dele. – Mas se você se aproximar de novo do Victor como antes ele vai confundir as coisas. Eu sei que vai. Eu realmente quero essa chance pra mim. De você não, mas de mim ele pode gostar.
- Ok.
Agora que havia começado, ia terminar.
- Isso que você tá sentindo é ciúme, Rômulo. Ciúme de mim, ciúme dele... Seu irmão pegando o seu amigo que era apaixonado por você e te idolatrava até ontem... Seu amigo que era doido por você mas agora quer pegar seu irmão e te deixou de lado. Isso é normal. Se chama ciúme mesmo.
- Não vou atrapalhar vocês dois. É que de repente vocês dois se distanciaram. Começaram a fazer coisas juntos e me deixaram de lado do nada...
Eu o abracei. Rômulo era sensível a abraços, eu sabia.
- Também não vamos nos distanciar de você. Eu prometo.
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Era segunda e minha última prova havia sido feita. Tudo nos conformes. Mais um semestre acabado finalmente. O curso de Direito é muito cansativo as vezes, principalmente em época de provas quando precisamos ler muito conteúdo e acabamos retendo pouca coisa. Eu bem que queria lembrar o número dos artigos mas não dá.
Eu havia marcado de sair com o César naquela noite. Desde o nosso beijo na manhã do domingo nós havíamos trocado poucas mensagens. Era estranho mas era bom. Era novo. Eu não estava perdidamente apaixonado pelo César como me sentia pelo Rômulo semanas antes. Mas eu gostava dele, gostava da forma como ele me fazia sentir e isso não tem nada a ver com paixão não... Gostava do jeito que ele me fazia sentir sobre mim mesmo. Da confiança que ele me passava, da forma destemida como ele queria que eu visse o mundo.
César não tinha medo de nada. Ele entrava de cabeça em tudo o que de fato o interessava. César era definitivamente alguém com atitude e presença. Alguém como eu queria ser um pouco mais. Estar com ele fazia o Rômulo ser sim um pouco sem graça de um certo ângulo e me fazia pensar exatamente o porquê de ter me apaixonado por ele primeiro.
Acho que a minha situação com o Rômulo foi feita com coincidências. Nós estávamos no mesmo local, sofremos a mesma situação, eu gosto de caras mais gentis e educados como ele e ele demonstrou isso de cara. Acho que foram os ingredientes necessários pra que eu me apaixonasse. Claro que a minha carência não ajudou. Rômulo era como um príncipe como o César havia dito. Só que príncipes não existem e muito provavelmente se não fosse pelo César eu estaria sofrendo muito mais com o Rômulo me negando amor da forma como eu queria.
Com o César pelo visto as coisas rolariam mais devagar. Ele não parecia ser alguém de compromissos sérios assim de cara. Muito provavelmente iríamos ficar de novo e eu não sei se haveria um depois. Mas tudo bem, eu só queria tirar o Rômulo da cabeça e ele... só queria curtir o momento comigo? Que seja. Isso não me incomodava. Mesmo com todo esse “descomprometimento” entre nós dois eu queria muito estar com ele.
Nas últimas 24h – pra ser sincero – bem mais que com o Rômulo.
Meu celular – digo, um celular velho da minha mãe que não funcionava algumas teclas – tocou em menos de 2 minutos após dar um toque no número do César. Fiz como ele havia pedido.
- Oi.
- Como se sente nesses primeiros 10 minutos de férias?
- Com muita vontade de saltar sobre alguma moto de estacionamento e sair pilotando.
Ele riu.
- Suas respostas estão cada vez melhores, sabia?
- Ando aprendendo bem.
- Já posso ir te pegar?
- Foi pra isso que te dei toque né?
- Meu Deus... Você está demais falando assim!
- Anda logo!
Ele chegou em seguida na porta da faculdade. Eu me despedi de alguns amigos negando uma pequena comemoração que eles estavam planejando em algum lugar, como de costume no fim dos semestres, e entrei no Corolla.
- Oi! – eu disse já pegando no cinto.
- Hoje nós vamos... Jantar. São oito horas e eu acho que você gosta dessas coisas, né? Tipo, sair pra jantar com o cara que você tá?
Com o cara que eu estou? Nós “estávamos” alguma coisa? Eu ri.
- Que foi? Você não faz o estilo meio romântico não? – ele perguntou confuso.
- Me surpreende é você fazer.
- Hum... Tem muito sobre mim que você não sabe. Mas vou te levar pra jantar. Todo mundo come. Isso não tem nada de romântico, é uma necessidade natural.
- Vamo lá então.
- Você come sushi?
- Sushi? Você janta sushi?
- Você quer o que então?
- Não sei mas sushi não está nas opções.
Ele revirou os olhos.
- Vamos então comer em uma churrascaria. Tá bom assim?
- Tá ótimo. – eu disse sentindo o aperto no estômago ao ouvir a palavra churrascaria.
- Olha, se você se acha romântico acho melhor rever seus conceitos. Churrasco não tem nada de romântico na noite de um casal de primeira viagem.
- Somos um casal? – eu sorri.
- Somos sim. Vamos casar. Vou fazer 10 filhos em você. Seus peito irão cair. Vamos criar 3 cachorros, todos meus e 7 gatos, todos seus. Aff... Você entendeu o que eu quis dizer.
Fomos até a churrascaria e entramos na área climatizada. Escolhemos uma mesa e o garçom veio nos atender. César disse tudo e ele saiu.
- Não vou deixar você pedir porque eu já sei o que é melhor. – ele disse.
- Você que sabe.
Enquanto nosso pedido ficava pronto começamos a conversar e ele começou a contar situações engraças que ele já havia passado com o Rômulo quando pequenos. Nisso, o pessoal da minha turma da faculdade que estava planejando sair após a prova chegou na churrascaria e foram todos pra uma mesa próxima a nossa. Claro que ficaram me olhando estranho. Eu nunca saia com ninguém. Recusei o pedido deles e saí com um estranho. O pior é que a desculpa que eu dei foi de não estar tão a fim.
- Esse pessoal do lado estuda comigo. Me chamaram pra sair e eu não fui. Agora a gente se bate aqui. Minha mentira foi por água abaixo.
- Você queria estar com eles ou comigo?
- Com você, é claro.
- Gostei do “é claro” no final.
Começamos a comer e esquecemos totalmente de onde estávamos. César me fazia rir muito com tudo o que ele contava. As histórias eram muito boas. Quando terminamos de jantar ficamos já cansados de rir e muito cheios.
- Quer tomar um drink?
- Drink numa churrascaria?
- Eles servem umas coisas exóticas aqui.
- O que seria exótico.
- Espera... – ele levantou e foi até o atendimento.
Eu fiquei na mesa e por puro costume saquei o celular do bolso percebendo que aquele não era mais meu celular. Eu não sabia quando teria um novo. Muito provavelmente demoraria um bocado já que minha mãe não tinha condições de comprar um novo no momento. Guardei o aparelho todo desbotado no bolso e vi que César vinha voltando do balcão de atendimento.
- Você vai adorar! É um dos meus preferidos daqui.
- O que?
- Você vai ver.
O garçom veio com uma bandeja com... Espera, dois abacaxis?
- Abacaxis?
- Prova. – ele disse quando o garçom os depositou na mesa.
Eram dois abacaxis cortados quase no lugar da copa. Todo o conteúdo havia sido extraído sobrando apenas a casca. A bebida é então preparada e volta a preencher o abacaxi. O canudinho era uma graça e tinha direito até aquela sombrinha de praia minúscula e espetada junto com algumas uvas e cereja.
César sugou o dele primeiro e fechou os olhos...
- Humm... É muito bom!
Eu suguei e meu Deus, era muito bom! Eu não sei que bebida era aquela mas era batida com várias outras coisas tipo leite, açúcar mascavo, o abacaxi e tudo mais.
- É muito bom! – eu disse sugando mais.
- Eeei! – ele tirou o canudo da minha boca. – É bom mas não é água. Tem que beber devagar senão pega.
- Senão pega?
- É... faz efeito... Te pega... Te deixa doidão que nem na festa.
- Eu não posso passar por aquilo de novo...
- Não. Não pode. – ele riu. – Seus olhos estavam soltos, você tagarelava sem parar, bebia a água que eu te dei como se fosse um litro de cachaça.
- Sem memórias, por favor.
- Escuta, eu vou viajar semana que vem. Tô muito ansioso pra ir, você não faz ideia.
Nossa... Aquilo soou como um tiro. Eu não lembrava que estávamos de férias. César iria viajar pra algum lugar distante e eu iria ficar sozinho. Sem saídas, sem festas, sem motocross, sem... ele.
- Hum... Legal. Pra onde você tá pensando em ir.
- Fortaleza.
Meu Deus, eu só conhecia Fortaleza por foto mas eu sabia que era um lugar lindo.
- É linda.
- Você já foi? É liiiinda! EU adoro Fortaleza. Até as piores vezes que já fui lá foram legais.
- Nunca fui. Mas já vi fotos e talvez tenha pesquisado numa noite qualquer preços de hotéis completamente fora do meu orçamento.
- Quer ir comigo?
- Pra... Pra Fortaleza? Sério?
Ele revirou os olhos.
- Victor. Já é a terceira vez... Quando eu te convidar pra um lugar só diz que sim ou que não. Para de me responder com outra pergunta.
- Como que eu vou pra Fortaleza? Com que dinheiro?
- Nós vamos juntos e você não precisa levar tanto dinheiro. Eu pago nossa hospedagem e mais algumas coisas.
- Fortaleza... – eu falei abismado.
- Não é uma viagem de turismo se é isso que você tá pensando. Mas é claro que dá de curtir um pouco.
- Não é turismo?
- Não. Minha mãe está lá.
- Como você sabe?
- Pelas minhas pesquisas... É o domicílio mais recente que eu encontrei.
- Você vai até Fortaleza sem ter a certeza?
- Eu penso pelo outro lado. Eu vou até Fortaleza para ter a certeza. Não quero ir sozinho... Além disso o Rômulo jamais iria comigo se eu dissesse o real motivo. Foi por isso que brigamos outro dia.
- É importante assim pra você?
- É.
- Bom... Eu só preciso falar com minha mãe.
- Então se programa porque a gente vai. Eu vou só decidir a data e cuidar da hospedagem. Agora vamos que tá tarde.
Saímos da churrascaria e fomos voltando até minha casa.
- Entregue sem faltar um pedaço sequer. – ele disse parando o carro.
- Muito bem. Bom sargento.
- Não cante vitória, você ainda está dentro do meu carro.
Ele me puxou pelo pescoço e me deu um beijo da mesma forma que na manhã anterior. Minhas mãos procuravam desorientadas o fecho do cinto de segurança pra que tivesse mais espaço. A mão dele foi mais rápido e soltou o meu cinto. A sua mesma mão que soltou o cinto agora estava em minha cintura me trazendo mais pra perto enquanto minhas mãos amarrotavam a sua camisa de tecido macio em seus ombros.
Suas mãos entraram na parte de trás da minha camisa e senti o seu toque em minhas costas com a ponta dos dedos deslizando sobre a barra da minha cueca. Deslizei até o seu peito sentindo seus músculos retesados e enquanto distanciava minha boca da sua apenas milímetros pra recuperar o ar. Minhas mãos entraram na parte de baixo de sua camisa encontrando sua cintura firme moldada em torno do seu abdome.
Ele descolou os lábios dos meus levou a boca ao meu pescoço. Sua barba por fazer roçou me eriçando e fazendo minha coluna ficar mais ereta junto com o meu gemido. Ele entendeu e imediatamente chupou o lóbulo da minha orelha. Minha mão esquerda afagava seus cabelos enquanto minha direita continuava em seu abdome sentindo seu corpo sob a camisa. Só se escutavam gemidos meus dentro do carro acompanhados pela respiração apressada do César.
- Assim? – ele disse rouco no meu ouvido ascendendo algo dentro de mim que eu até então não conhecia.
- Assim... – eu respondi confirmando pra que continuasse.
Minha ereção começou a ficar mais evidente já que o desconforto dentro das calças era muito grande. Imaginei se ele sentia o mesmo. Minha mão desceu do seu abdome indo de encontro à sua virilha. Ele pegou minha mão e guiou até seu membro rijo e quente sob o jeans. Ao tocá-lo ele finalmente gemeu arrastado no meu ouvido me dando tesão naquele tom grave que ele emitia pela garganta.
- Aí Victor... Bem aí... Mais forte. – ele pediu e eu apertei mais a carne que estava entre minhas mãos o fazendo gemer mais. – Assim! – ele disse levando a mão ao meu pênis e dando um aperto que me fez saltar sobre o banco gemendo em seguida. – Eu quero assim!
Continuamos nos massageando sentindo um leve aperitivo do que poderíamos dar um ao outro. Sua boca voltou a colar na minha e aquele beijo viciante se perdurou por mais um tempo. Até que uma buzina irritante soou atrás de nós. Nos separamos imediatamente pelo susto. A buzina soou mais uma vez. César tinha os olhos arregalados e olhando pelo retrovisor viu que estava atrapalhando a passagem de carros.
- Eu tenho que ir. – eu disse ajeitando os cabelos e abrindo a porta. Saí do carro e César saiu em disparada cantando pneu. O senhor do outro carro passou com o olhar furioso pra mim.
Mas o que havia sido aquilo?
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Olá! :D
Me desculpem não ter postado ontem, como era o meu planejado. É que normalmente eu sempre venho aqui me desculpar alegando a faculdade como a tomadora do meu tempo. Não. Dessa vez não foi. Foi o meu trabalho que rancou meu couro essa semana. Daí tenho chegado em casa exausto e só procurando o que comer e onde cair pra dormir.
Outra coisa, aqui no Piauí não tem horário de verão. Então pra mim, agora, são onze horas. Apesar de eu saber que pra muitos já é meia noite, como aqui ainda são onze então ainda é sexta. Não estou atrasado. Mas está aí, espero que continuem gostando.
Eu passei uma leve olhada no conto e por incrível que pareça não me lembro direito desse capítulo então tenho a leve impressão de que eu o pulei quando estava revisando. Desculpem qualquer erro que isso possa causar na leitura. Agora eu vou embora que eu preciso dormir!! Dormir muitooo!
loirinha25: Não é? kkk
AllexSillva: Cara, parece de propósito mas não é juro!
Gabriel978: A parte em que mais esperava pra liberar!
CDC✈LCS, LUCKASs, Geomateus : Obrigado!
Joshfontescdc: Obrigado! Olha, eu lembro vagamente de um username de Josh. Mas não sei se era você. Lá nos meus contos passados. Sobre o Rômulo, isso só lendo pra saber direito.
Helloo: Ah! Ok. Olha, a intenção é sim postar em outros dias além da sexta, só quero que entendam quando não der.
Monster: Já está colocando.
Tozzi: Victor merece sim. Eu tô gostando dessa mudança que ele tá sofrendo.
Sr.Chris: Ai não... Não fala assim não que eu já me entristeço. Já pulei pro time do César e se ele me decepcionar já era...
Higor Gonçalves: ENtão... Isso de eu citar motocross é porque o Kaio gosta. Ele não pratica mas vai de vez em quando com uns amigos asistir esse negócio daí eu fiz com base no que ele me conta. Acho que sim, a sensação deve ser maravilhosa principalmente pra mim que já adoro motos! Bernardo e Lucas estão bem. Vocês vão ter mais notícias deles por aqui.
Jardon: Concordo. Rômulo perdeu a vez e pronto.
Melancólico: Sugestão aceita. Pode ser sim que um capítulo assim role. Mas aí eu teria que revisar porque não sei de cabeça se fiz um capítulo assim. Sobre o César, sim, com certeza ele preza pessoas seguras de si mesmas.
Edu19>Edu15, Yami e lu6454 : Mal de contista.
Agatha(1986)/Agatha28: Seu comentário está vazio.
Matt sousa: Há pessoas que tem essa impressão do "mundo hétero". Me lembra muito o Lucas. Existem tantas coisas normais e cotidianas que eu, Kaio e Bernardo fazemos ou falamos e que o Lucas acha um absurdo! COmo se ele realmente viesse de outro planeta.
guisandes: Olha, não vai. Já tá rolando!!
Drica Telles(VCMEDS): kkkkk Meu Felix... E olha, eu juro que nem lembrei do Felix na hora de escrever o César.
: Estou tentando! Estou tentando!
Malévola: kkkkkk Sim! As vezes a gente fica tão impressionado com o que é agradável aos olhos que esquece do que é essencial.
Drica (Drikita): Acho que todo mundo aqui já tá no time do César sem nem pestanejar! kkkkk
Melancólico: Isso tem a ver sobre o dia de postar? SIm! É hoje!
Abraço.
Igor.