Fala ae galera, mil desculpas pela demora mas a vida tava complicada, em compensação fiz um capitulo especial, são tres partes aonde relato coisas que aconteceram que vão permitir que voces conhecam melhore os meninos, ja que muitos vinham me pedindo isso, os relatos não estão em ordem cronologica, espero que gostem
11.1 GABRIEL
Estava voltando pra casa depois de um dia de estagio na clinica, não haveria aula esse dia então voltei direto pra casa enquanto Arthur continuou trabalhando (hoje em dia eu e ele trabalhamos juntos em uma clinica diferente dessa que trabalhávamos na época. Arthur se especializou em fisioterapia neurofuncinal, ele tenta restaurar o movimento de pessoas que por alguma razão perderam os movimentos e hoje em dia ele se tornou bastante procurado por aqui devido ao excelente trabalho que ele faz ao restaurar os movimentos de vitimas de acidentes, sem querer ser muito orgulhoso, vem ate gente de outros estados atrás dele. Eu por enquanto sou fisioterapeuta geral, mas minha especialização em fisioterapia pediátrica, neonatologica e hebeatica esta a caminho, basicamente vou estar melhor preparado para atender recém nascidos, crianças e adolescentes. E a caso de curiosidade Carlos se especializou em fisioterapia do trabalho). Cheguei em casa esperando não ver ninguém pois aquela hora todos deveriam estar ocupados com suas respectivas funções cotidianas, mas ao abrir a porta me deparo com Gabriel deitado no sofá lendo uma revista.
— Opa – ele me cumprimentou. Bem já o descrevi aqui, mas como o objetivo desse capitulo especial seria fazer vocês conhecerem mais todos eles, vou descrever de novo: Gabriel tem uns um e noventa de altura, forte, loiro dos olhos verdes, queixo quadrado, o cabelo era cuidadosamente penteado para o lado, esse dia ele vestia uma regata verde clara, que deixava os músculos mais amostra, e uma bermuda rosa.
—Opa – cumprimentei de volta – não devia estar na aula? – Gabriel tinha conseguido passar na sua tão sonhada faculdade de educação física
— Só tivemos prova hoje, depois fomos liberados
— Entendi – disse passando por ele e indo para a cozinha tomar um copo de água, quando voltei ele tinha uma expressão engraçada no rosto, acho que era uma cara de confusão misturada com indignação – algum problema? – Perguntei.
— Não, não, só que o aniversario do Carlos ta chegando e não sei o que dar de presente pra ele, e essa revista da capricho não ta ajudando.
— Serio que tu ta lendo capricho? – comecei a rir alto, um homenzão daquele lendo revistas para mulheres para achar presentes pro namorado.
— Meio que to desesperado, por isso comecei a ler essa revista .
— Acho que você não vai conseguir achar nada muito útil ai – disse depois que consegui parar de rir.
— Então me da uma idéia do que dar pra ele, alias o que você vai dar?
— Eu e o Arthur compramos um kit com umas bugigangas daquele anime que eles gostam.
Arthur e Carlos adoram animes, mas eu e Gabriel não levamos o menor jeito pra coisa, eles ate tentaram nos explicar mais sobre esse universo, mas acabaram desistindo quando viram que seria perda de tempo, a única vitoria deles foi nos fazer falar anime, e não desenho.
— Eu devia ter pensado nisso – Gabriel disse cruzando os braços e deixando seus músculos maiores.
— Porque você não o pede em namoro? – Sugeri
Acho que não tem coisa mais engraçada do que ver um homenzão todo desconcertado. Gabriel ficou mais vermelho que um pimentão, e começou a fazer uns sons com a boca de engasgo que são intraduzíveis em palavras, desabei a rir enquanto ele tentava se recompor.
Gabriel sempre foi o mais sensível dos trigêmeos, não que ele fosse delicado, mas era o que mais se importava com os outros ao seu redor. Ele, apesar de negar, sempre foi do tipo de pessoa que vê um cachorro machucado na rua e leva pra casa pra cuidar e depois sai de porta em porta procurando um dono pro animal, ou vê uma pessoa de cadeira de rodas na rua com dificuldade de subir na rua e vai la e levanta a cadeira de rodas pra pessoa andar na rua. Na época de escola enquanto ele e seus irmãos batiam em Arthur ele era o primeiro a falar que já tava bom, que o menino jogado ao chão já havia aprendido a lição, foi ele que me fez pensar que eles maltratavam meu moreno porque o amavam.
— Porque tenho medo – ele disse depois de se recompor.
Eu o entendia, o medo que ele falava não era o medo da rejeição da parte de Carlos, mas sim medo de todos os obstáculos que eles teriam que enfrentar.
— Biel – ao contrario da maioria das pessoas, eu chamo meus amigos pelos apelidos quando estou falando serio – não precisa ter medo, vocês vão estar juntos e o amor consegue vencer qualquer coisa.
Ele deu um sorriso amarelo
— Arthur ta te deixando filosofo.
— Pior que ta mesmo – sorri concordando.
— Sempre gostei disso nele, de pensar demais, de falar demais – Gabriel começou – às vezes ia estudar na casa dele nem era porque realmente eu preciso, mas sim para ouvir as filosofias dele sobre o universo.
— Entendo, acho essa à qualidade mais atraente dele – eu disse
— Carlos não pensa tanto sobre tudo como Arthur, mas tem um jeito simples de ver as coisas que me encanta, um jeito inocente de enxergar tudo – o loiro disse com um tom apaixonado.
— Os dois lados da moeda são atraentes, tanto Arthur com os seus pensamentos complexos sobre tudo, tanto Carlos com seu jeito simples de ver as coisas.
— Me ajuda a comprar um anel pra ele? – Gabriel me perguntou
— Olha só, vai mesmo pedir ele em namoro?
— Vou, ta na hora já – o loiro disse corando.
E foi assim que Carlos recebeu na noite do seu aniversário um anel de namoro e o mais importante: um loiro pedindo pra ser seu namorado. Não preciso nem dizer a resposta dele ne?
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11.2 CARLOS
Sou só eu que sou viciado em Simpsons? Acho que já vi todos os mais de quinhentos episódios, sem contar que tenho um monte de bonecos dos personagens. Pois bem, esse conto se inicia quando eu estava vendo meus episódios de Simpsons de cada dia, estava rindo feito um idiota pela milésima vez quando Carlos abre a porta do quarto, ele estava com o uniforme da clinica onde estagiava, o rosto branco leite estava todo inchado e seus olhos verdes estavam super vermelhos.
— Você viu o Gabriel? – Ele me perguntou.
— Vi, foi visitar os irmãos, disse que voltava já – respondi sem tirar os olhos da televisão.
— Me leva la em casa? – Carlos ainda não tinha habilitação pra dirigir
— O que aconteceu?
— Minha irmã ta com pneumonia, e o tratamento ta muito caro, não temos condição de pagar pra ela – ele disse, a voz tremendo.
— Que barra mano – abri os braços para um abraço sem sair da cama ou tirar os olhos da TV. Carlos entendeu o recado e deitou na cama me abraçando.
— Vai me levar agora ou vai esperar o desenho acabar? – Ele perguntou colocando a cabeça no meu peito.
Sorri
— Vamos la – disse me levantando e pegando as chaves do carro na cômoda.
— Vai so de bermuda? – Ele perguntou
— Não posso?
— Pode, se quiser ser atacado pelas minhas irmãs.
— Oba, então vou sim.
—Bobo, vai se trocar.
Ri e fui colocar uma calça e uma camisa e depois fomos em direção ao carro
Carlos foi calado ate a casa da sua família, que era uma casa humilde, meio que caindo aos pedaços, cheia de brinquedos de crianças no quintal. A primeira coisa que pensei ao adentrar a residência foi que estava entrando na casa dos Weasley. Havia varias crianças, adolescentes e adultos, todos ruivos, andando pela casa.
— Quantos irmãos você tem? - Perguntei
— Dez – ele respondeu
— Seus pais não tinham TV em casa?
— Acho que eles nunca gostaram muito de TV – ele disse rindo – espera aqui que vou conversar com meus pais – e saiu andando pela casa me deixando pra trás.
Aproveitei o tempo que fiquei sozinho para ligar pro meu moreno e discutir uma coisa, quando desliguei o celular uma menina de uns cinco anos, cheia de sardas, e o vestido cheio de manchas de chocolate, puxou minha calça para que eu a olhasse
— Você conhece o Carlos? – questionou
— Conheço sim, ele mora comigo
— Minha mãe disse que ele não nos da valor.
Agachei para ficar na altura dela
— E porque ela disse isso?
— Porque ele se mudou e deixou a gente sozinho aqui, sem nem dar dinheiro, depois que ele saiu eu comi muito menos chocolate.
— Seu irmão tem que viver a própria vida minha linda, não pode ficar com vocês para sempre, e olha – tirei uma nota de vinte da carteira e entreguei pra ela – pega e esse dinheiro e vai comprar um monte de chocolates.
A menina sorriu, sorriu tanto que achei que seus lábios fossem rasgar
— Voce não precisava fazer isso – uma voz que achei ser Carlos disse atrás de mim, mas quando me virei, deparei-me com um adolescente ruivo (ah va), talvez uns dois anos mais novo que Carlos, mas esse menino tinha os cabelos ruivos meio ondulados, enquanto que os do meu amigo eram completamente lisos.
— Ela disse que anda comendo poucos chocolates – argumentei.
— Ela vive comendo chocolate – ele rebateu
— Não custa nada ajudar
Ele sorriu e se virou para a menina
—Vai pedir a Larissa pra ir comprar com você – a menina saiu correndo gritando Larissa pela casa.
— O Carlos mora com você ne? - Ele disse voltando sua atenção novamente pra mim
— Mora sim
— Sorte a dela, às vezes isso aqui fica insuportável – ele disse – não que eu não ame minha família, mas às vezes sinto que não tenho espaço nem para os meus próprios pensamentos.
— Pelo menos você tem família, meu namorado só tem a irmã
Achei que ele fosse ficar assustado quando disse a palavra namorado, mas nem pareceu se abalar.
— Eu sei, só queria ter um lugar pra ficar sozinho.
— Olha, porque você não vai la pra casa as vezes, la tem bastante espaço, tem internet – Carlos havia me dito que em sua casa não tinha computadores, muito menos internet – pode dormir la quando estiver se sentindo sufocado.
Os olhos verdes do garoto começaram a brilhar
— Isso já ta valendo pra hoje?
— Claro que ta
— Da licença então, vou ali arrumar minhas coisas – ele disse correndo pra dentro da casa.
Sorri, era bom ver que Carlos tinha muitos irmãos, sempre fui filho único e às vezes sentia falta de ter um irmão para me abrir. Meu amigo ruivo devia ser um bom ouvinte por isso, não tem ninguém melhor no mundo para poder desabafar do que Carlos, ele ouvia tudo calado e depois dava os melhores conselhos possíveis.
Fui interrompido dos meus pensamentos por Carlos que chegou acompanhado de uma senhora meio ronchecuda.
— Não tem jeito, vamos ter que vender algumas coisas aqui pra poder pagar o tratamento da minha irmã – ele disse
— Eu e meu marido ate tentamos conseguir algum extra, mas na nossa idade fica difícil – disse a senhora
— Seu marido esta com sua filha nos hospital? – indaguei
— Esta sim
— Sabe eu andei conversando com o Arthur e nos queremos dar o dinheiro do tratamento.
Ambos ficaram pálidos, incrédulos com o que eu acabara de dizer.
— Mas Otavio, nos não podemos aceitar, vocês não podem simplesmente abrir mão dessa quantia.
— O salário do Arthur supre nossas necessidades Carlinhos, você sabe disso, e alem do mais Arthur tem a herança dos pais dele, não vai nos fazer falta nenhuma.
— Não podemos aceitar – ele continuou dizendo
— Não importa, vamos mandar o dinheiro pro hospital você querendo ou não, agora podemos ir? Quero terminar de ver Simpsons.
Ele sorriu e balançou a cabeça se dando por vencido.
— A propósito, seu irmão vai conosco
— Qual irmão? – Ele perguntou
— Não sei o nome dele – ri
— Você não pode resolver os problemas de todo mundo, sabia?
— Posso tentar – rebati
Voltamos pra casa onde pude terminar de assistir Simpsons
PS: O nome do irmão do Carlos, era Pedro.
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11.3 MEU MORENO
Juro que tentei não ter ciúmes do Arthur, mas era só sairmos juntos que uma pa de homens, mulheres, e tudo o que for imaginável vinha dar em cima dele. No começo eu não ligava muito, mas depois de um tempo comecei a pensar que ele atraia tanta gente porque era bonito, e poderia ter qualquer um, inclusive pessoas mais bonitas que eu (o que não seria difícil).Falei sobre meus ciúmes com ele, e Arthur disse que só tinha olhos pra mim, que não devia me preocupar que ele só tinha olhos pra mim, mas um dia eu explodi.
Começou como um dia de sábado normal, o dia transcorreu sem nada interessante, ate que eu e Arthur decidimos ir tomar sorvete.
— Essa regata fica bem em você – ele disse enquanto eu trocava de roupa, resolvi vestir uma regata branca folgada e uma bermuda azul clara.
— Obrigado, tudo fica bem em você – respondi
— Não exagera – ele disse rindo – fico horrível de amarelo.
Arthur vestia uma regata verde clara e uma bermuda branca, sem gorros dessa vez.
Fomos andando mesmo ate a sorveteria que não era muito longe.
— Fico pensando como inventaram o sorvete, será que pensaram: vamos colocar umas coisas no leite, resfriar e ver como que fica? – Artur começou seu processo de questionamento no caminho
— Acho que foi mais ou menos isso – respondi
— As pessoas antigas que eram criativas – ele disse rindo.
— Nooooossssaaaaa – uma voz feminina disse – quem te viu, quem te vê pardal.
Viramos-nos e quem estava la? Isso mesmo, Bruna, a menina por quem eu havia empurrado Arthur da escada
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Decidi fazer um capitulo somente pra esse caso que aconteceu comigo e com o Arthur, e tambem o conto ia ficar muito muito grande, então ate a proxima galera, adoro voces, ah, me manda um email