O que a vida me ensinou

Um conto erótico de Júlio Caio
Categoria: Homossexual
Contém 2545 palavras
Data: 08/09/2015 02:01:59
Última revisão: 18/11/2015 17:10:29

Boa noite ou bom dia, este é meu primeiro conto na casa e espero que gostem não vou falar sobre ele os capítulos desenrolaram os fatos.

Às vezes a vida nos dá uma verdadeira surra. Nós trás eventos que durante gostaríamos de nunca os ter vivido, mas passando vemos que sem eles não nos tornaríamos a pessoa que somos hoje e enxergamos o nosso passado com certo pesar, vergonha de como éramos, de como enxergávamos o mundo e seus habitantes e de como nós nos fazíamos os próprios deuses de si mesmo e sobre os outros sem ninguém pedir, mas como disse a vida vem e nos dá uma rasteira e no meu caso uma surra iguais a que levava em casa quando criança, aquelas bem doídas de galho de goiabeira bem finas.

Tudo começa com as descobertas monstras sobre nós mesmos.

- Puta que pariu – falo acertando minha cabeça sem parar na porta do banheiro do restaurante.

- Eu podia está apaixonado pelo uma puta drogada sem esperança ou podia está apaixonado por aquelas mulheres que são mais machos do que muitos homens, você sabe do que eu estou falando Joaquim?

Meu melhor amigo e irmão está com os braços cruzados me olhando com certo sorriso de escárnio.

- Sei sim Juca, aquelas que domam cavalos, aqueles bichos que você acha pavorosos. Mano dá pra para de bater essa cabeça, por favor? Não quero explicar a mamãe porque você rachou essa merda, você sabe que ela sente cheiro de mentira a distância de quilômetros.

- Pelo amor do meu pau! Você tem noção do que eu estou sentindo? Da porra angustiante que está aqui dentro? – falo apontando para meu peito.

Eu um homem no augi de seus 27 anos estudado e doutor de si mesmo, com convicções sobre mim que ate então juguei serem imutáveis e agora me vejo arrasado, enganado totalmente ludibriado.

- Júlio Caio preste atenção porque não vou ficar repetido isso pra você, você nunca se interessou de verdade por mulher nenhuma e nem se atreva a dizer que a Lorena você era apaixonado somos irmãos apesar de não ser de sangue há algo muito maior que nos une e eu sei que você não a amava, acho que até ficou feliz com o rompimento, e eu sei que você é louco para formar uma família, mas não tem coragem de fazer isso só porque a pessoa que seu coração escolheu também é um homem? – falou meu irmão todo sério, porra é logico que e estou pirando com isso.

- Quim será que você não entende? É um HOMEM caralho, como eu posso aceitar? E ainda por cima um afeminado, se é pra eu mudar então teria que ser para gostar de machão seboso nojento que arrota na cara dos outros não uma bichinha!

- Juca cadê o homem sem preconceito que eu ajudei a forma?

- Isso muda tudo, eu posso respeitar as escolhas dos outros porque elas não me atingem diretamente, mas se trata de mim caramba, ele é todo sensível e todo ui eu sou delicado – falo fazendo trejeitos extremamente exagerados.

-Ele não é assim. Sim ele é sensível e delicado, mas não é afeminado do jeito que você falou, tem os seus trejeitos, mas uma coisa eu percebi é que ele não está disposto a se torna ou até a parecer com uma mulher, você está tentando sujar de uma forma que só pra você é suja a imagem dele para se sentir melhor em rejeitar o que está sentido.

De repente a porta abre e acerta a minha testa.

- Ai caralho – falo com as mãos na testa.

- Juca, oh meu deus me desculpe?

- Não se preocupe Mel ele já tinha acertado algumas vezes antes, isso não foi nada.

Olho com a cara furiosa para o meu irmão, se esse cachorro ousar conta algo o faço engolir as próprias bolas.

- Juca você está bem? Vamos à cozinha por gelo nesta testa – ele fala já me pegando pelo braço, e apesar de tudo que eu falei amo o seu toque sua mão macia.

- Vem Quim, quero que experimente a sobremesa da sua mulher, ela disse que só ia te mostrar quando estivesse perfeita, eu considero que esteja se melhorar estraga.

Acho que preciso voltar um pouco mais no tempo para que entendam como eu era, e como minha convivência com mel iniciou-se.

Bom meu nome é Júlio Caio, eu sei que esses nomes não combinam nem um pouco mais não mudaria de jeito algum. Minha mãe tinha problemas para engravidar e por isso resolveu adotar uma criança o nome dela é Joaquim meu manão, ele é meu parceiro e meu psicólogo particular e um pouco pai também porque muito das besteiras que aprontei levei mais esporro dele do que do papai e olha que só é três anos mais velho que eu. Depois da adoção, um ano e meio ou um pouquinho mais mamãe descobriu se gravida e qual não foi a surpresa quando informaram que eram gêmeos? Depois de uns exames já com quase cinco meses identificaram que eram meninos de placentas separadas e um era bem mais grandinho que o outro, o Quim que escolheu meu nome Seria Caio e meu irmão seria Júlio para combinar com o jota do Quim já que ele não aceitou que o meu fosse João, algumas semanas depois mamãe teve um sangramento e no final ela perdeu um dos bebês e teve o restante da gestação bem complicada, mas enfim eu nasci. Na cabecinha do Quim ele estava esperando dois bebês ele não conseguia aceitar o fato de Caio sem Júlio e para acalmar seu coraçãozinho meu pai resolveu que meu nome seria Júlio Caio, eu imagino que meu irmão me veja até hoje como um bebê que precisa de proteção e ele o faz. Pois bem continuando minha ladainha, eu tenho 1,90 olhos verdes cabelos escuro muito escuro em tom de carvão, tenho corpo definido pelos esportes que pratico desde criança, meu irmão decidiu que eu teria que acompanha-lo no que ele fazia para poder ficar de olho em mim. Sou formado em Administração e sou especialista financeiro, eu atuo na verdade de uma forma diferente, presta auditória a empresas e mostro o caminho das pedras e indico outros profissionais que percebo quando há necessidade em alguns casos que não seja diretamente na gestão administrativa, já fiz muitas empresas demitirem seus administradores e não estou nem ai, se eles realmente estivessem fazendo bem o seu trabalho nunca que seus superiores precisariam dos meus serviços, o Quim e eu somos sócios, mas ele trabalha diretamente na área contábil, é ele que descobre os desvios e as falcatruas de algumas empresas e geralmente isso é feito por funcionários que nem estão no alto escalão.

Numa dessas empresas que trabalhamos há uns quatro anos atrás alias um dos nossos primeiros clientes eram uma rede de restaurante bem fino e chic, eles não usam a mesma marca em seus restaurantes segundo a dona perde o ar de exclusividade que alguns riquinhos e esnobes prezam tanto, pois bem uma unidade deles aqui em nossa cidade estava enfrentando crise com o retorno, o lucro estava em uma estimativa abaixo em 0,5 por cento menor que era previsto, isso não parece muito mas a quatro meses seguidos foi estranho.

Numa das nossas visitas o Quim tinha ficado o dia todo sem comer, é engraçado por que quando eu fico sem comer ele faz um verdadeiro escândalo, mas ele apenas diz que foi um deslize e por isso fica então continuando ele foi parar na cozinha, pois o bichinho já estava azul e lá uma estagiaria do chefe estava e papo vem e papo vai minha linda cunhada Júlia conquistou meu irmão e não foi só pelo estomago eles casaram um ano depois e mais incrível é que achei que meu irmão iria me deixar mais solto até fiquei triste, pois minha vida inteira eu o tive ao meu lado para o que der e vier, mas não sou egoísta não com ele, e sua felicidade seria a minha também. Julinha não separou pelo contrário ela somou e muito ao nosso relacionamento, eu já chorei no colo dela como fazia e faço com meu irmão, não sei explicar como é possível, mas a Júlia é como minha irmã, eu a amo tanto quanto amo meu irmão e isso é estranho, mas também extremamente agradável.

O tempo foi passando e eu decidi que queria morar sozinho, eu morava com Júlia e Quim, eles protestaram muito disseram que eu iria fazer um bordel no meu ape e muitas outras coisas, mas no fim bati o pé e mamãe também me ajudou a convencê-los. A proposito minha mãe se chama Ana clara, mas todos a chamam de Clara apenas meu pai a chama de aninha minha aninha, acho lindo o amor e ternura que sai da boca dele ao falar dela, meu Pai se chama Jorge acho que vem daí essa obsessão por nomes com jota.

Atualmente meus velhos estão em lua de mel por tempo indeterminado, não falei nada da minha situação para eles, mas quando chegarem vou ter que enfrentar.

Bem depois que me mudei não transformei meu apê em puteiro como meus irmãos falaram, pelo contrário nunca transei com nenhuma mulher lá, Deus me livre de elas verem onde moro capaz de não quererem mais largar do meu pé.

Bem devem estar se perguntando onde entra o bendito do Mel?

Ele entra na minha vida há menos de meio ano, meus irmãos faziam dois anos de casados e para comemorar resolveram fazer um jantar bem íntimo para as duas famílias, os presentes da minha família, eu mamãe e papai, já da família de Julinha tinha sua mãe dona Inês, seu pai seu Nestor a irmã Sara e o irmão Marcos. O decorrer da noite muita conversa e alegria e Julia conta que um grande amigo quase irmão está chegando de algum país da Europa, segundo ela ele formou em gastronomia lá no exterior e estava voltando com uma proposta para ela, Júlia parecia muito animada e feliz e não era em decorrência dessa tal proposta parecia ser por conta da presença dele, confesso que senti ciúme, pensei que ele iria tomar a Júlia de mim, que bobo que eu sou se há algo sobre Júlia é que ela não afasta ninguém por outra, para ela cada um é único e tem muito amor nela para todos, pois bem o dito cujo chegou eu não sabia que ele viria para o jantar afinal era algo íntimo, mas assim que ele entrou percebi que Júlia e a família dela o amava como membro da família e na verdade ele é são primos.

O nome dele é Eugenio Melanio Junior, mas para todos se apresenta como Mel segundo Julia o próprio pai o passou a chama-lo assim, pois o filho não tinha jeito de Eugenio era doce e sensível e assim todos o passaram a chamar de Mel.

- Boa noite a todos, Júlia amor da minha vida a quanto tempo princesa? Quero pedir perdão mais uma vez, eu sinto muito por não estar aqui no seu casamento, até toparia ser sua dama de honra – ele simplesmente solto essa e caiu na gargalhada, e depois foi cumprimentar cada um. Porra o cara era gay, ninguém precisava me falar ele era a própria purpurina, não digo isso pelo seu jeito afinal ele estava vestido todo estiloso com um terno bem moderno e aquelas gravatas finas o cabelo era meio raspadinho dos lados e alto em cima usava uma calça jeans justa e escura e como toque final óculos de aro quadrado e preto, tenho que dar o braço a torce ele usava o estilo que eu gostaria de vestir, mas se fosse trabalhar assim os homens não me levariam a sério e as mulheres cairiam ainda mais em cima de mim.

- Mel esse é meu cunhado e irmão Júlio

- Sério que clichê – e deu um risinho, filho da puta o cara iria ser mais sacana se soubesse meu outro nome.

- Se é clichê ou não é meu nome, sou Júlio Caio Almeida Villar – quando comecei a falar percebi que ele ficou meio vermelho, isso mesmo seu cretino não ouse fazer piada de mim.

- Me desculpe se de alguma forma eu lhe ofendi, eu só achei clichê, pois Júlia disse que era seu irmão e se chamava Júlio, ela sempre quis ser gêmea assim como seus irmãos então ela dizia que seu irmão teria que se chamar Júlio. Desculpe mais uma vez com licença, por favor.

- Júlio por que você o tratou assim? – ela me olhava com aqueles olhos quase verdes enormes que me botavam a maior culpa quando queria – o Mel é um cara muito bacana e ele tem horror a tratar mal alguém que não mereça, na certa pensou que eu já havia lhe contado essa historia, poxa Juca você tem que ir falar com ele!

- Mas...

- Agora – e simplesmente, pois uma mão na cintura e a outra na direção que ele saiu. É engraçado como essa baixinha consegue qualquer coisa de mim e do meu irmão, é bonitinho vê os dois juntos meu mano com 1,95 e ela com 1,63.

Cheguei ao terraço da nova casa do Quim e Julia, ele estava lá sentado numa cadeira que dava para o fundo da casa. Cheguei de mansinho e sentei ao seu lado e antes de eu abrir a boca ele foi logo falando.

- Eu sinto muito mesmo se eu lhe ofendi...

- Não me desculpe, eu fui meio grosso sabe achei que você fizesse o estilo de sair fazendo graça de tudo sabe por você ser...

- Gay?

- Não que isso, você é gay cara? – fiz a maior cara de espanto.

- Você é péssimo para mentir, sabia?

- Me desculpe não sou preconceituoso, bem é que é, olha me desculpe você não me deve desculpas alguma, mas eu sim reconheço que devo a você e não é só porque a Júlia me mandou aqui, eu sei reconhecer quando estou errado às vezes demora um pouco, mas eu sempre reconheço, eu... – e então ele pôs o dedo nos meus lábios, aquilo me espantou, mas não o suficiente para me afastar dele.

- Eu já entendi – e ele sorriu, não sei explicar o quanto daquele sorriso me fez bem, mas todas as vezes que ele sorri meu coração sente paz. – posso ser seu amigo?

Fiz uma cara acho que meio de lesado, ele deve ter percebido ninguém nunca me pediu desde o jardim de infância para ser meu amigo, essas coisas simplesmente acontecem com a convivência.

- Eu não gosto de me intrometer na vida de ninguém então eu pergunto se posso ser amigo dela.

- como se alguém fosse negar na sua cara – dou um risinho.

- sim alguns negam e eu não me ofendo, cada um tem direito de querer ou não a amizade de outro alguém, desde que haja respeito ninguém precisa ser obrigado a aceitar o que o outro é. Só precisa respeitar.

- você já sofreu um bocado com preconceito né?

- sim, mas não quero falar disso e você não respondeu a minha pergunta.

- sim eu quero.

E assim eu o conheci, mas até chegar ao ponto da historia onde a minha cabeça pira ainda tem muita água para rolar.


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Comentários

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Gostei muito, porém tem partes do texto que tem que ler e reler por que não te concordância, ficando estranho.

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Muito interessante. Vai realmente desenvolver o conto, ou vai parar por aqui? Seu estilo de escrever nao me e estranho. Enfim, espero que continue.

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