Ooiiiee pessoais !!! Me desculpem por ter sumido. Eu estava sem inspiração para escrever.
E o trabalho está contendo um pouco do que me resta de energia. ( Sim, sou preguiçoso ).
Mas queria agradecer pelos comentários. Cada um que eu leio, me traz felicidade.
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- So-cor-roo ! Eu... To... Me... A... Fo... Gan... Do.
Chego no cais, ele não aparece mais. E fico gritando seu nome. Mas nada dele responder. Quando alguma coisa me puxa pelo braço e eu caio na água. Aquele garoto me fez cair duas vezes dentro d'água, e novamente eu estou ensopado.
- Seu idiota ! Eu jurava que você estava se afogando de verdade. Cresce garoto ! - Dou braçadas fortes de volta ao cas. Não tinha reparado que o tempo havia virado. Vindo uma frente fria ao meu encontro.
- Vem nadar comigo, Gustavo ?!
Quero distância entre mim e o Caio, não por que ele é irritante, e sim. Porque eu estou começando a gostar dele. Nunca tive admiração por meninos, mas ele está conseguindo acender esse desejo.
Em caminho de casa, vejo um casal de velhinhos, não são qualquer velhinhos. A senhora era minha Nona. E o homem eu não conhecia. Não vou perturbá - los. E sigo meu caminho.
Depois de tomar um banho, quente e demorado. Ouço vozes. Deve ser da minha vó e seu novo namorado. Espero tudo ficar em silêncio. Com certeza ele já foi.
Desço para o andar de baixo, e vou até a cozinha. Tento não fazer muito barulho. Vejo minha vó debruçada na pia da louça de costas para mim. Limpo a garganta, e ela da um salto, e , começo a gargalhar. Ela coloca a mão no peito, para chegar se ainda está viva.
- Nossa filho. Você me deu um susto. - E deu uma risada. Não muito escandalosa como a mim.
- Desculpe Nona, não quis te incomodar com a visita e nem com seu mundo da lua. - Sento na bancada da cozinha.
- Eu conversei com meu amigo, o Diretor da Knoxville School. Ele disse que você já tem a vaga garantida. Mas só precisa dos seus documentos, para ele concluir sua matrícula.
Não gostei de onde o assunto foi parar. Não quero voltar naquela casa, não por orgulho e sim, por receio de voltar a casa que eu quis ir embora. Que eu deixei minha mãe.
- Sim. E pelo que eu já sei. Eu que vou ter que ir lá buscar. - Digo olhando para qualquer ponto fixo na cozinha, menos para minha vó. E segurei as lagrimas para não rolarem.
- Sim querido, sei que você ainda não superou a morte de sua mãe. Mas você tem que ser forte. - Ela veio até mim e mexeu no meu cabelo.
E a conversa cessou com o último comentário da minha vó. Falo comigo mesmo, que tenho que ser forte. E entrar naquela casa, e sair.
Entro no meu quarto e procuro pelo fone, e acho dentro do banho. Como foi parar lá eu não me lembro. Vou até ao terraço de casa. Observo tudo, e vejo uma rede. Corro até ela e deito.
Dou uma cochilada. Abro os olhos e já está escuro. Não creio dê um cochilo, eu dormir tanto. Vou para sala de estar. Minha tia Susi e meus primos chegam.
- Mãe ?! - Grita minha tia.
- Tem campainha, sabia ? - Digo a ela. Quando abro a porta.
- Guto !
- Oi tia ! Como você está ?
- Morrendo de fome, ta afim de comer pizza ? - Já foi entrando e as crianças logo atrás.
- Só se for agora ! - E dou um sorriso.
- Vou na cozinha ligar pra uma pizzaria agora, já volto.
Gosto muito de tia Susi. Ela é irmã gemia da minha mãe falecida mãe. Mesmo tendo alguns aspectos idênticos ao dela. Porém, na personalidade. Nem ao um raio de quilômetros, elas não eram parecidas.
Sento no sofá e minha tia vem logo atrás. Querendo conversar, e batemos um papo legal. Falamos de coisas que tenhamos andado fazendo. E a campainha toca, e era o entregador de pizza. Ela atendeu a porta, e pago o cara.
Ouço minha vó a cochichar no telefone com alguém. Não dou a mínima, e volto minha atenção para TV. E a campainha toca novamente.
- Entra Caio. - Disse minha vó pra ele. Pra minha surpresa era a pessoa mais irritante que eu já conheci na vida.
- Obrigado. - Ele entra e senta bem do meu lado. - Oi. - ele sussurrou perto de mim.
Não respondo, deixo-o no vácuo. E me levanto. Sinto seus olhos me secando a cada passo que eu dou.
Subo pro meu quarto, mas com prato e copo em mãos. Não deixaria que todos ali comessem a pizza toda.
TOC TOC - Alguém batendo na porta. Suponho que eu já sei quem é. Mas deixo entrar mesmo assim.
- Entra ! - E Caio, ele não desgrudar. - Oque você quer garoto ? - e coloco minha atenção na TV. E ele sentar no meu lado, na cama. - Como ousa sentar na minha cama. Caio, sai. Anda.- Me levanto e tiro ele dali. Ele não se mexe, mas fica com os olhos fixos em mim. Nos meus movimentos, no meu rosto. Como se tivesse detalhando cada gesto.
Ele não protesta, nem nada. Acho estranho sua reação. Quando chegamos na porta, fico com as mãos em seu peito e ele com as costas na porta. E ele tranca.
- Oque você está fazendo, Caio ?! - Tento abrir, mas ele entra na minha frente e não deixa eu virar a chave.
- Não vou sair...
- Então, eu saio. - O interrompo antes de terminar a frase.
- Por aqui você não saí.
- E melhor você sair da minha frente agora, senão...
- Senão, oque ?
- Se não eu te jogo dessa janela diretamente pro seu quarto. - E aponto pra janela.
Foi tão rápido, que nem o Ligeirinho. Iria conseguir fugir. Caio me pega pela cintura e pressiona contra o seu corpo. E na minha virada de rosto, meus lábios encontram o seu. O beijo não demora muito, mas durou o suficiente pra mostrar que eu gosto dele.
Me senti como naquelas cenas de filmes, que quando você beija a pessoa que gosta. Você flutua e vai para o espaço, e só fica você, ele e o beijo numa conexão.
Interrompo o beijo e dou um empurram nele.
- Sai do meu quarto, por favor ! - Seguro minhas lágrimas tempo o necessário até ele sair.
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Espero que tenham gostado.
Att.
Robe_ XOXO