Careful. - S01Ep03

Um conto erótico de JP
Categoria: Homossexual
Contém 1260 palavras
Data: 08/05/2015 22:38:57

Meus amores, não sei nem como começar esse texto. Peço mil desculpas pela demora, mas esse semestre na faculdade está impossível. Todas as semanas com provas e muitas vezes mais de uma prova por semana. Sei que combinei com vocês de postar um novo capítulo todos os domingos e, se não erro as contas, estou 4 contos atrasado. Vou tentar recompensar vocês nesse mês, publicando 2 capítulos por semana.

Espero que sempre deixem seus comentários. Ouvir a opinião construtiva de vocês é sempre maravilhoso.

Bom conto a todos! Beijos e até a próxima!

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Careful. S01E03

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Assim que eu me toquei do que estava fazendo, voltei a respirar. Estava respirando meio atrapalhado, mas pelo menos estava respirando. Nossos olhares de separaram e percebi que meu pai me levava por aquele corredor imenso em direção a saída da escola. Já haviam pegado meu material na sala de aula e, por isso, ele estava com meu pai. Ele ainda estava muito preocupado comigo, dava para ver em seu semblante.

Como eu já esperava, assim que saímos da escola, ele me levou a um hospital próximo dali, para fazerem um check-up em mim. Ele não ficaria sossegado enquanto isso não acontecesse. Lá, fizeram algumas radiografias minhas e um exame de sangue em mim, por isso perdi o resto do dia no hospital. Só conseguimos chegar em casa a noite e eu estava morrendo de cansaço por conta do dia.

Assim que chegamos em casa, fui direto para o meu quarto. Não estava me sentindo muito bem, mas jamais diria isso para ele. Se eu o fizesse, era capaz que ele me arrastasse de volta para o hospital até que eu saísse de lá bem. Me desculpei com papai por não jantar com ele, afirmando que eu não estava com fome e que só queria dormir. Eu não conseguia parar de pensar no mico que eu paguei na escola mais linda que eu já havia visto, naquele menino que aparentemente havia me salvado e em seus olhos verdes, profundos como o verde da floresta mais densa. "Qual era o nome dele mesmo?" Eu não conseguia me lembrar. Acho que eu estava muito nervoso naquele momento, não havia nem reparado que tinha deixado de respirar, uma função tão banal e automática. Aquele menino havia sido capaz de me hipnotizar, de me tirar de mim, de ver a minha alma, e eu nem ao menos conseguia me lembrar do seu nome. E com esse pensamento eu adormeci.

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Quando me dei conta, estava em um trem. Em uma daquelas cabines da primeira classe. Eu estava sentado próximo a janela, por onde eu conseguia ver uma paisagem deslumbrante. Havia um braço sobre o meu ombro, e eu estava deitado no peito de um menino. Ele parecia estar dormindo e na posição que eu estava, não conseguia ver o seu rosto, mas estava tão bom aquele abraço e o carinho que a mão dele fazia em minha cabeça, que eu nem me importei, fiquei apenas aproveitando aquele momento.

O trem entrou em um túnel, passando por dentro de uma montanha. O escuro proporcionado pelo túnel, permitiu que o vidro da janela esboçasse o reflexo de nós, do lado de dentro, e eu por fim vi o rosto do homem que me abraçava. Era ele, o menino que havia me levado a enfermaria, o menino cujo nome eu desconhecia, o menino cujo a intensidade do olhar havia tirado o meu fôlego.

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Quando eu acordei ao som do meu despertador, desejava nunca tê-lo feito. Tudo parecia tão real e eu estava tão feliz, mas tudo não havia passado de um sonho. Eu ainda era capaz de sentir aquela mão me fazendo cafuné e o abraço daquele menino. Alguma coisa estava errada. Não era possível que isso tivesse acontecendo. Eu nunca havia falado com ele, muito menos me lembrava de qualquer coisa sobre o momento que ele me levou para a enfermaria. "Como ele havia me levado desmaiado até a enfermaria? Ele não teria me carregado, teria?(O.o)". Se ele tivesse me carregado, teria sido um dos momentos de maior intimidade que eu tive em toda a minha vida, com qualquer pessoa que fosse. Eu estava sentindo o meu rosto queimar, só de pensar nisso.

Tentei afastar todos esses pensamentos confusos da minha cabeça e me levantei para ir logo me arrumar para a escola, senão chegaria atrasado novamente e a minha primeira aula era biologia, matéria que eu não poderia me dar ao luxo de perder 1 mim de matéria ou ganhar a antipatia do professor.

Logo me levantei e fui pro banho.

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Cheguei na escola cerca de 15 mim antes do horário. Pude admirar um pouco a beleza da escola mas logo segui para a minha sala. Assim que entrei no prédio principal, comecei a perceber alguns risinhos e comentários dos outros alunos, enquanto eles tentavam olhar discretamente para mim para que eu não percebesse, mas era impossível não perceber. Aparentemente eu havia me tornado a piada da escola. E eu não estava nem um pouco bem com isso. Lembrei do que me denunciava. Não era apenas todos terem ouvido falar que um menino novo, baixo, ruivo e com olhos verdes que havia caído ridiculamente no chão, não era apenas isso. A queda havia me proporcionado um roxo na região da minha testa e um pequeno corte no meu lábio inferior.

Mudei o meu caminho. Fui para o banheiro. Eu precisava respirar em um lugar onde não houvesse mais ninguém. Por fora eu parecia bem, mas por dentro eu estava destruído. Algumas lágrimas ousaram fugir dos meus olhos. Não acreditava que iria passar por aquilo novamente. Na verdade, eu não queria acreditar nisso. Passei os últimos anos sendo alvo das idiotices dos outros alunos em todas as escolas que eu frequentei, e estava tudo acontecendo de novo. Eu não iria chorar na frente deles. Fui até a torneira, joguei uma água no rosto e fui para a minha sala.

Ao chegar na sala, sentei logo no meu lugar e, ao contrário do que eu imaginava, uma boa parte da minha turma não estava rindo de mim. Óbvio que alguns não paravam de rir, comentar e apontar, mas pelo menos alguns pareciam insatisfeitos com a situação.

Assim que me sentei, o professor logo entrou na sala e, para a minha maior surpresa, o menino do dia anterior entrou logo em seguida. Eu não sabia exatamente o que ele estava fazendo ali, e meu cérebro já não funcionava mais direito para pensar em uma opção plausível.

- Bom dia, alunos. - disse o professor, não muito entusiasmado - Eu sou o novo professor de biologia de vocês, me chamo Carlos. Como vocês provavelmente já sabem, em nossa escola possuímos um projeto de excepcional para auxiliar no estudo de vocês, o nosso projeto de monitoria. Dessa forma, cada disciplina possui um monitor específico. Este aqui ao meu lado é o monitor da nossa disciplina, seu nome é Frederico. Ele estará a disposição de vocês, assim como eu também, pelos nossos contatos. - o professor se virou para o quadro para anotar os contatos dele e do monitor enquanto o monitor observava os alunos, até que nossos olhares se encontraram e se prolongaram por um tempo até que ele voltasse a observar os outros alunos. - Agora pode se sentar, Frederico. - disse o professor por fim, antes de dar início ao seu monólogo.

Agora eu sabia seu nome, "Frederico...", era um nome lindoPara aqueles que desejam, aqui está o email do conto. Sintam-se livres para me contatar por lá, se assim desejarem!


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