Alguns dias se passaram, papai estava procurando um meio de "massacrar Phil" como diz ele, eu estava mais calmo, mas não queria sair, tinha medo de encontrá-lo em algum lugar...
Ele e eu estávamos tomando café da manhã, quando o cel dele toca...
Ele falou por um tempo com Jimmy e desligou...
Eu: O que foi?
Ele: Lisa completa ano hoje, quer sair com a gente para comemorar, chamou uns amigos mas disse que sem a gente não tem graça, eu disse que ok!
Eu: Pai...
Ele: Ah não Dan, você lembra o que a Lisa fez no seu dia? O apoio que ela nos deu? Pois vamos sim ok?
Eu: Você tem razão, Lisa é uma grande amiga... Por ela eu vou.
Ele: Ótimo!
As horas se passaram rápido, iamos a uma boate, nos encontrariamos lá...
Chegamos...
Eu: Feliz aniversário!
A abracei, ele também fez o mesmo!
Tinham várias pessoas lá, ela nos apresentou a todos, eram amigos do seu curso, claro que nos apresentou como casados...
Havia um garoto não muito magro, cabelos encaracolados e loiros, olhos azuis, ele ficou muito empolgado com a gente... Seu nome era Nathan, ele também era gay...
Nathan: Wow, casados, que legal, gostaria de encontrar uma pessoa assim para minha vida, deve ser tão bom, um amor verdadeiro, dá para ver de longe que vocês se amam de verdade...
Ele: Sim, amo o Dan. - Ele me deu um selinho.
Lana, uma amiga de Lisa: Ooooowwn como são lindos... Também gostaria de encontrar um amor assim!
Nathan: Como vocês se conheceram?
Lisa olhou para papai meio nervosa: Desculpa gente! É... Vocês não acham que estão enxeridos demais não?
Ele: Sem problema Lisa... Eu conto!
Eu olhei para ele de um jeito como quem fala: "Não vai se meter em encrenca!" Ele sorriu.
Ele: Bem, eu sou arquiteto, fui fazer um projeto para uma mulher de nome Daniela, ela era mãe solteira, nos encontramos, é alta, olhos verdes, loira, linda... Por um primeiro momento me encantei...
Eu o olhava enquanto contava a história, como poderia ser tão perfeito?
Ele vontinua: Ela me chamou para ir a sua casa, eu fui, falou que era um jantar de negócios, mas eu sabia que não... Sabe, eu era mulherengo, sabia de todos os truques existentes na face da terra, e sabia que ela estava me dando bola, fui todo cheiroso, gato, pensava: Essa noite ela não me escapa!
Todo mundo riu, estavam todos ligados, vidrados na história... Jimmy nem piscava mesmo sabendo ser mentira rsrsrs...
Ele: Nos sentamos a mesa, estavamos conversando, rolava uma quimica, ela estava toda arrumada, linda, um vestido provocante... Quando de repente ele desce as escadas, todo desarrumado, cabelo bagunçado, shortinho folgado de ficar em casa mesmo, blusa folgada com um desenho que nem sei qual é na frente...
Na verdade aquela blusa existia, quando era mais novo adorva, então falei: Lanterna Verde!
Ele me olhou e sorriu...
Ele: Quando ele surgiu, tudo que estava em minha volta ficou escuro, só existia ele... Seus olhinhos que mudam de cor, seu cabelo, sua boca vermelha, tudo!
Todos: Oooown...
Ele: Bem, a mãe dele o chamou... "Dan vem aqui". Ele se aproxinou. "Este é meu filho Daniel, Dan este é Peter um amigo". Ele olhou nos meus olhos, tocou na minha mão e alí eu tive a certeza que toda a minha vida antes disso não fez o mínimo sentido, ele era a resposta para a minha vida sem sentido, eu o amo, de verdade.
Me levantei e o beijei, era impossível não fazer.
Nathan estava secando suas lágrimas, sim, ele havia chorado. - Que história! Queria isso para minha vida. E a Daniela?
Ele: Eu e o Dan cada vez nos aproximávanos mais, era inegável o amor que sentiamos um pelo outro, resolvemos não esconder nosso relacionamento, ela até hoje pensa que sempre fui gay, morreu de vergonha pensando que no início estava dando encima de mim enquanto eu queria só sua amizade... Mas a verdade é que o que sinto por Dan jamais senti por qualquer mulher, sempre fui muito mulherengo, não acreditava no amor, mas hoje não quero mais ninguém, e ela nos apóia... Eu o amo como jamais amei ninguém e hoje estamos casados.
Nathan: Nossa... Fico triste por mim... Que inveja!
Todos riram.
Ele: Mas a gente veio aqui para se divertir, vamos dançar.
ele me pegou pela mão e fomos, me senti mais confiante, joguei tudo para o alto... Na pista de dança a música era muito alta, ele falou no meu ouvido para que eu escutasse: Quando outras pessoas perguntarem qual nossa história conta essa.
Eu: Inventou direitinho hein?
Ele: Nem tudo foi mentira, quando te peguei pala primeira vez nos braços minha vida nunca mais foi a mesma Dan, nada fazia sentido até aquele momento!
Ele me beijou.
Nós dançavamos, nos divertiamos, ele me puxou para um canto mais afastado...
Ele: Assim que eu gosto de te ver... - Me beijou, mordeu meus lábios, desceu para o meu pescoço mordendo, passando aquela barba enquanto me imprensava na parede com aquele corpo gostoso...
Eu o empurrei: Assim eu não aguento!
Ele: Eu que não estou aguentando! Vou pegar algo para beber, você quer?
Eu: Sim.
Ele: Fica aqui, volto já!
Fiquei falando com Lisa, mas ela foi dançar com Jimmy, estavam todos dançando, logo fiquei só...
Demorei um pouco, quando uma pessoa me puxa com violência e me leva para o banheiro, claro que era ele...
Eu: Você gosta mesmo de banheiros não?
Tio Phil: Pensei que não iria sair mais... Porque demorou tanto para sair?
Eu: Por sua causa!
Ele: Medo? Peter é mesmo um frouxo, não sabe nem o que fazer em relação a mim, pensa, pensa mas não faz nada! Enquanto que eu estou bem perto de conseguir o que eu quero!
Ele foi até a porta e trancou por dentro... Eu fiquei em pânico.
Eu: O que você vai fazer?
Ele se aproximou de mim e me agarrou, colocou as mãos na minha bunda me beijando...
Eu: Não, para!
Comecei a empurrá-lo... Ele era muito forte, uma parede, era impossível...
Ele: Eu disse que iria pegar pesado, se tiver que ser a força, vai ser!
Continuou me beijando.
Eu: Para!
Ficava me debatendo...
Ele: Vontade de comer essa bundinha, sonho com isso, sou melhor que o trouxa do Peter, você vai gostar, é louco por pau como uma puta!
Eu: Tenho nojo de você, não te amo, nunca vou te amar!
Dei um tapa na sua cara... OMG, ele me olhou, suas veias saltavam de ódio, sempre tive medo, não fazia nada contra ele, tinha medo dele me machucar, ele é forte, mas naquele momento não pensei, só queria sair dalí, ele queria me estuprar...
Ele: É assim? Eu querendo te dá carinho Peter, querendo fazer amor, mostrar o quanto te desejo e você me paga com tapa?
Ele parecia transtornado, voltou a me chamar de Peter como naquela vez...
Ele: Pois você agora vai aprender a me obedecer!
Ele me deu um tapa com as costas da mão, foi meio soco, caí no chão, o tapa foi tão grande que tudo girava, ele me batia no chão, me dava socos no estômago...
Ele era grande, forte, cada soco era uma dor indescritível...
Eu sabia que ele era louco e que se o enfrentasse aquilo aconteceria, meu tapa só fez cóssegas em um homenzarrão daqueles, mas meu gesto o fez perder o pouco de sanidade que ainda tinha, acho que por ter mostrado que realmente não o queria!
Ele bateu minha cabeça no chão e perdi os sentidos.
Phil narrando...
Como ele pôde fazer isso comigo? Eu o amo e sempre o amei, queria fazer amor como antes fazíamos e ele vem e me diz que não me quer, e me agride, enquanto eu só queria possuí-lo, ter um pouco de prazer... Quem ele pensa que é? O corpo dele me pertence e a mais ninguém.
Dei uma boa surra nele para aprender que não se faz isso comigo!
Ele acabou ficando inconsciente, lembrei que estávamos em um lugar público, o deixei no chão, saí como se nada houvesse acontecido! Fui embora.
Peter narrando...
Enquanto comprava as bebidas me deu uma tontura, veio a imagem do Dan em minha cabeça...
Voltei, mas Dan não estava, fui perguntar a Lisa e seus amigos mas ela me disse que a última vez que o viu estava no lugar onde o deixei...
Eu: E agora?
Ela: Já, já ele aparece.
De repente vemos um tumulto no banheiro...
Um cara vem andando de lá...
Eu: O que está havendo?
Cara: Encontraram um garoto ferido no banheiro, parece que alguém bateu nele feio!
Meu coração ficou apertado...
Fui até o banheiro, saí empurrando as muitas pessoas que estavam na frente, eu já tinha certeza que era ele sem ao menos o ver...
Quando finalmente cheguei lá o vi no chão, Dan estava com a cabeça sangrando, com vários machucados seu rosto estava coberto por sangue.
Eu: É o meu amor! - Não poderia dizer meu filho por causa dos amigos de Lisa.
Lisa veio logo após: OMG!
Jimmy começou a chorar desesperado: Quem fez isso com ele? Quem? Eu mato, eu juro que...
Lisa o abraçou tentando acalmá-lo...
Nathan: Isso é horrível...
Ajoelhei e peguei Dan nos braços, o dono do lugar apareceu, perguntou a todo mundo se haviam visto quem fez, mas ninguém viu.
Eu: Aqui não tem câmeras?
Ele: Não nos banheiros, eu sinto muito!
Eu: Chamem uma ambulância!
Um garoto que estava lá disse: Já chamamos!
Estava um tumulto no banheiro.
Eu estava louco, não queria largar dele um só minuto!
Quem será que fez aquilo? Será o Phil? Não pode ser, ele é louco sim, mas fazer uma barbaridade daquelas com meu filho? Não é possível.
Fiquei ajoelhado com ele nos braços até a ambulância chegar.
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Gente, muitas pessoas cobravam o Dan tomar uma atitude quanto ao Phil, então aí está...
Beijos.
