Minha Vida Mudou Cap.4

Um conto erótico de minhavidamudou
Categoria: Homossexual
Contém 1098 palavras
Data: 21/12/2014 04:16:57

Cap.4

Na queda bati minha cabeça, desmaiei

TEMPO DEPOIS

Acordei lentamente. Uma forte dor de cabeça tomou conta de mim. Percebi que estava ainda no mesmo lugar. Aos poucos me lembrei do acontecido. Alguem tinha me chutado,e eu bati a cabeça. Me sentei naquele sofá aonde estava deitado. Foi ai que percebi que estava com as mãos amarradas. Droga, eu tinha sido pego. Comecei a pensar na minha mãe e na minha família. Seria um desgosto se eles soubessem que eu cometi um crime, mesmo por uma boa causa. A dor de cabeça não me deixava pensar direito. Ouvi a voz de Douglas.

- Cássio, você acordou? - olhei ao redor e percebi que ele também estava amarrado, no corrimão da escada.

- Douglas ? O que faz aqui ?

- Eu não ia te deixar sozinho nessa de jeito nenhum- um momento de ternura em meio a tensão. Eu estava com medo. Quem havia me amarrado ali. Sabia que haviam me apanhado. Mas quem ? E porque não chamou a polícia? Já era manhã, eu estava ali por mais tempo que o normal. A tensão tomava conta de mim. Queria que tudo aquilo acabasse logo, nem que pra isso,eu acabasse na cadeia. Ouvi passos. Alguém estava vindo. Esse alguem me causava medo. Olhei pra escada e vi alguém descendo. Esse alguém era homem. O medo tomou conta do meu corpo. Mas logo senti meu coração disparar. Disparou, tamanha a beleza do homem que descia a escada. Era a cara do Bruno Gagliasso. Tinha um rosto com traços muito bem destacados, era branco, dos olhos azuis, tinha cabelos pretos, bem encorpado, alto, lindo,perfeito. Por um momento esqueci que aquele homem poderia significar uma mudança considerável na minha intacta ficha criminal. Encantei-me. O homem tinha um andar seduzente. Tinha uma bunda de entortar o pescoço. Ele era magnífico. Mas ao ouvir sua voz, todo esse encantamento.

- Então, os criminosos acordaram ?- fiquei de cabeça baixa. Criminoso, agora era isso que eu era-e ai, não vão falar nada ?- não tive coragem de erguer o olhar- você... Garoto... Como se chama?

- Cássio... Senhor- ouvi uma risada sinistra

- Você não tem cara de ladrão. Parece ser um bom garoto. Saibam que eu não chamei a polícia apenas porquê acredito que vocês tem uma explicação pra terem feito isso- o homem se escorou na parede e ficou me olhando. Ele esbanjava masculinidade. Cada gesto seu era capaz de me arrepiar- e então, alguém vai falar ?

- Eu tenho um motivo

- Então fale- fechei os olhos. Lembrei da minha mãe, deitada naquela cama, cheia de tubos assustadores. Meus olhos marejaram.

- Minha mãe

- Sua mãe ? Creio que ela não ficará nada orgulhosa de saber que tem um filho ladrão.

- Eu não sou ladrão! - respirei fundo, e olhei no fundo dos olhos dele- eu nunca fiz isso. Eu estudo e tento manter a vida mais honesta possível.

- Ah, um ladrão honesto, ok...

- Bem, eu morro num bairro pobre daqui. Eu e minha familia vivemos no limite de tudo. Meu pai nos abandonou, e apenas minha mãe mantém a casa. E eu tento estudar pra tirar a gente dessa vida. A questão é que ela sofreu um acidente- uma lágrima escorreu do meu olho- ela foi atropelada por um carro. Sofreu traumatismo craniano, e esta internada num hospital público. O médico disse pra mim que ela não teria uma assistência correta ali, já que faltava muitas coisas no hospital, a começar por profissionais. Ele disse que ela deveria ser transferida pra um hospital particular, ou não teria salvação- as lágrimas já escorriam continuamente- ela não tem plano de saúde. Eu procurei ajuda em todos os lugares, procurei empregos que oferecessem plano de saúde com dependente, mas nada adiantou. Minha última alternativa foi essa. O senhor deve ter mãe. Sabe que por elas a gente faria tudo. Eu não sei o que faria sem minha mãe senhor...- comecei a chorar descompassadamente. Eu não sabia se ele estava acreditado. Ao menos eu tinha dito a verdade. Rezava pra ele ter acreditado.

- Você acha que eu vou cair nessa história? - ergui o olhar e percebi um olhar mais brando, mas ainda desconfiado.

- O senhor quer uma prova ?- ele riu

- Ta ai, uma prova. Vamos os três até esse hospital. Só espero que você não esteja me enganando garoto- apenas limpei meus olhos. Eu não sabia o que esperar, mas ao menos eu não estava preso, e isso já era ótimo.

TEMPO DEPOIS

Ainda amarrados, entramos no carro dele. Era um carro chique. Percebi ali que ele era incrivelmente rico. Dei a ele o endereço e lá fomos nós até o hospital. Logo chegamos lá.

- Olha só, eu vou desamarrar vocês. Nem pensem em fugir, pois tem um monte de seguranças preparados pra captura-los - ele desceu e me desamarrou primeiro. Durante aquele momento,nossos olhos se encontraram. Me perdi naquela imensidão azul- meu nome é Diego- falou,lançando um sorriso de canto sensual que me fez tremer.

TEMPO DEPOIS

De cara a recepcionista me reconheceu, e deixou eles dois entrarem comigo. Apenas 10 minutos de visita, como sempre. Ao me aproximar, sempre sentia uma dor no peito. Olhei pela janela, e as lágrimas caíram involuntariamente. Ela continuava do mesmo jeito. Os ferimentos tinham sarado. Os tubos continuavam ali. Cada um deles me fazia tremer. Entrei lentamente no quarto. Me aproximei lentamente. A primeira coisa que fiz foi passar minha mão em seu rosto.

- Oi mãezinha- as lágrimas continuaram caindo- estou com muitas saudades viu. Trouxe duas visitas pra lhe ver. O maior se chama Diego, o outro e o Doug. Sabe mãe, eu fiz uma coisa muito feia, e espero que a senhora me perdoe- fechei os olhos, e fiquei tentando me lembrar dos bons momentos. Aquilo só me fazia chorar mais- e então, acredita agora ?- olhei pra ele, e não percebi mais desconfiança em seu olhar- se ainda não acreditar, pode olhar o nome dela na ficha,e comparar com meu nome na identidade- entreguei os dois a ele, e ele só passou os olhos e olhou pra mim. Seu olhar era de compaixão- me perdoe por ter tentado roubar sua casa,mas era a última opção que eu tinha. Eu não quero ver minha mãe morta. Eu preciso dela pra viver- respirei fundo- pode me julgar, chamar a policia agora. Pelo menos eu tentei lhe mostrar meu motivo pra ter cometido esse crime.

- Não. Você vai ficar solto. Você é um bom rapaz ! Acho que eu faria o mesmo que você na sua situação.

- Senhor... Diego, como um último apelo, por favor, me ajude.

Continua

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Comentários

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Demoro mt pra posta um cap tao curto mas fico otimo

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