De São Paulo ao Havaí III

Um conto erótico de Vetinho
Categoria: Homossexual
Contém 5316 palavras
Data: 25/11/2014 00:19:19

Enquanto eu chorava no chão, o celular tocava; era a Luane. De um lado, eu era o grande amigo dela, fiel e dedicado, mas também era o motivo do término do seu relacionamento. Tomei coragem e atendi.

Luane: - Amigo o que aconteceu para não me atender? ( voz de dúvida)

Eu: - Amiga tentei até agora falar contigo, acho que a operadora falhou. ( voz firme)

Luane: - Ah, bom. vetinho, estou no elevador, chegando aí! (voz mansa)

Eu: - Como assim, aqui? (espanto)

Luane: - Para que o espanto, até parece que você sabe de algo e não me contou. Preciso muito falar contigo (voz de choro contido).

Eu: - Desculpe-me, Lu. Estou no meu quarto te esperando. Beijo (sorriso)

Tive menos de cinco minutos para arrumar minha cama e correr para o banheiro. Fiquei me olhando no espelho, refletindo como seria a minha conversa com ela. Minha dúvida era contar ou não contar a verdade. Escuto a porta bater e ela entrar me chamando.

Luane: - Vetinho, estás no banheiro?

Eu: - Já estou saindo! (respirei fundo)

Ao abrir a porta, ela veio em minha direção e me abraçou tão forte que senti seu corpo tremer de tanto sofrimento. Nesse momento não me contive e, também, chorei. Algum tempo depois, nos soltamos, pois meu celular estava tocando. Olhei a tela, havia me esquecido do combinado com a Flávia.

Flávia: - Já está pronto? O motorista está indo lhe buscar!

Eu: - Flá, eu não vou mais à festa. Aconteceu um problema com a Lu. Ela está aqui para conversarmos.

Luane ficou fazendo gestos de negatividade. Tomou o celular da minha mão e falou:

Luane: - Oi, Flá. Tudo bom? Ele vai sim, não é nada demais comigo. A noite hoje é dele. Um beijo (voz firme).

Flávia: - Oi, amiga. Seja o que tenha acontecido, quero que fique bem, está certo?! Quanto ao seu vetinho, passe para ele!

Luane: - Obrigado, amiga. Amo você também. (voz de choro)

Eu fiquei sem entender nada, ela veio para minha casa para conversarmos e, além disso, eu estava sem o mínimo de vontade de ir para a festa.

Flávia: - Vetinho, se não quiser ir, sem problemas. Mas qualquer coisa me ligue que peço ao motorista ir lhe buscar. Beijo! ( fingindo estar gostando)

Eu: - Está certo, Flá. Vou desligar. Beijo. Boa festa! ( voz sincera)

Ao desligar o celular a Luane estava deitada na cama olhando para o teto. Deitei-me também e nos olhamos. Ela segurou a minha mão e me disse.

Luane: - Amigo, o conheço bem! Você só desiste de uma festa quando acontece alguma coisa grave! (olhou profundamente em meus olhos)

Eu: - Não estava a fim de ir mesmo. Em primeiro lugar minhas amigas (sorriso)

Luane: - Sua sobrancelha está trêmula. Pode começar a dizer o que está lhe deixando nervoso, agora! (Voz firme e olhar sério)

Eu: - Amiga você veio aqui para me falar de você! (mudando de conversa)

Luane: - Mas parece que estás pior do que eu! (alisou meu cabelo)

Eu: - Você realmente me conhece. Então vou contar; só lhe peço que ouça tudo que vou falar! (nervosismo aparente)

Luane: - Nossa, para lhe deixar assim tem que ter sido sério. Pior do que ter um namorado gay? Desculpe-me a forma que falei (voz de raiva e lágrimas nos olhos)

Eu: - Você havia me perguntado se eu sabia que o Denis era gay, não foi?! Pois bem. Nunca, em hipótese alguma, achei que ele fosse gay. Uma coisa me deixava na dúvida: A maneira educada dele ser. Não que a pessoa seja gay por ser educada, mas é diferente. Entende?!

Luane: - Entendo, mas ele sempre foi bom de cama, mesa e banho. Não havia motivos para desconfiar. Joga futebol, pratica surf e luta jiu-jitsu. Nunca desconfiaria. ( lágrimas correndo)

Eu: - Vou lhe mostrar algo, mas antes quero lhe dizer que não aconteceu nada. Apenas uma conversa. (voz de receio)

Nesse momento, acessei às minhas mensagens, selecionei a que o Denis havia me enviado e a entreguei a Luane.

Luane: - Não posso acreditar no que estou vendo. (voz de espanto)

Eu: - Desculpe-me. Não era... (nervosismo)

Luane: - Desculpar o que? Seu admirador secreto? Só você para me fazer rir nesse momento.(gargalhada)

E agora, Luane não havia entendido a mensagem? Ou o número não era familiar a ela?

Eu: (sério) – Lú, não há graça nisso. Esse número não lhe é familiar?!

Luane: - Claro que não, por isso minha reação. Desculpe-me. Mas, agora, eu não entendi nada? (dúvida)

Eu: - Você sabe como fico quando não se identificam para mim e mais nessa ocasião da mensagem. Enviei outra, do meu jeito, pedindo para a pessoa se identificar. Mas, para minha surpresa, quem era do outro lado...

Quando ia falar, Luane me interrompeu, colocando o dedo indicador tampando a minha boa da mesma maneira feita pelo Denis.

Luane: (baixou a cabeça) – O Denis, não precisa mais dizer nada!

Ela se levantou, foi até a escrivaninha. Pegou uma foto minha com ela quando éramos crianças, sentou-se ao meu lado. Apenas olhei sem entender nada.

Eu: - Mas o que você está fazendo? Por que não me bateu, não me chamou de infiel? Não gritou igual no telefone? ( Choro sem controle)

Luane: - (pegou a minha mão) – vetinho, primeiro se acalme. Eu sempre disse que lhe conhecia. Você acha que não percebi a tempo o seu interesse pelo Denis. Fazia quanto tempo que não nos víamos, três meses ou mais?! Isso foi a maneira infeliz que encontrei de afastar você do Denis e tentar fazê-lo ser como era antes. Minha cabeça tá um turbilhão, não consigo entender como tudo isso aconteceu. Mas também não deixo de pensar em vocês.

Eu: - Eu quero que me desculpe, não mandamos no nosso coração. Sempre achei estranho esse afastamento repentino de vocês. ( olhando para ela)

Luane: - E como sei. Sabe ultimamente seu nome não saia da boca do Denis. O pegava nos cantos pensativo, cada dia mais distante e triste. Não era o Denis que eu havia conhecido, não o fazia feliz. Eu também ficava triste; às vezes, quando falávamos ao telefone, e o dizia que você mandou um abraço, nossa, percebia a transparência da felicidade dele. (risos e lágrimas)

Eu: (choro contido)- Nossa, como você suportou tudo isso. Nem sei o que teria feito? Mas não seria nada racional assim! ( riso rápido)

Luane: - Por amor, você tenta de tudo. Até fechar os olhos para aquilo que não se quer ver. Ontem tivemos uma discussão, sou humana. Pedi para ele me dizer o que estava acontecendo, queria ouvir da boca dele naquele momento. Ele somente disse que estava com problemas no trabalho e iria resolvê-los

Eu: - E o que você pensa da gente. Somos as pessoas mais falsas do mundo, não é. Pode me odiar eu mereço. (choro)

Luane: - Olhe para mim, agora. Eu tenho todos os motivos do mundo para odiar vocês, principalmente o Denis que, por todo esse tempo, se escondeu dentro de um armário chamado Luane. Sim, eu mesma. Conheço bem a família e as normas tidas como corretos, para os pais dele. Será difícil para a família entender isso! (olhar sério)

Eu: - Me perdoe. Nem sei se gosto dele, também. (Falando besteira)

Luane: - Ah, você gosta, ou melhor, o ama demais. Vejo nos seus olhos. Ele me disse que não me traiu com ninguém, mas que existia uma pessoa que ele amava. Nesse momento, minha dor foi grande. Embora fosse necessário, colocar tudo em “pratos limpos”. ( risos)

Eu: - Tem certeza que você é desse planeta. Não imaginaria essa conversa, assim. Mas quero dizer que o amo muito, mas sempre preservei a fidelidade com vocês. Você é minha amiga de infância, acho que essa foto na sua mão é para mostrar isso!

Luane: - Não só para mostrar o quão lindo foram todos esses anos de fidelidade, companheirismo e amizade. Veja aqui atrás da fotografia o que escrevi aos nove anos. “Amizade para sempre, nunca esqueça que gosto muito de você” (lágrimas ao ler)

Eu: (abracei ela) – Você só pode ter vindo para minha vida de paraquedas. (risos)

Luane: - Embora você se ache racional. A sua racionalidade sou eu, modéstia a parte. Você é emoção. Quero que me mostre às pernas, agora! (voz firme)

Eu: - Para quê, não precisa. Já sei que são lindas e “sexys”. (riso de nervosismo).

Luane: - Não preciso nem ver para saber que você se rasgou todo. Precisava disso? Não. ( passando a mão nos meus cabelos)

Eu: - Desculpe-me, precisava descarregar minha angústia. ( cabeça baixa)

Luane: - Quero apenas lhe dizer que estou sofrendo, mas sou resiliente. Vou ficar bem. Minha nossa! Já são 23h30min, você ainda tem uma festa para ir. E chega de choro, vem cá e me dê um abraço.

Abraçamo-nos e caímos na cama. Eu ainda não estava à vontade com aquela situação. Quem estaria? Isso foge à realidade a qual vivemos. Mas, aprendi atitudes como essa atitude, principalmente, exercer meu autocontrole.

Eu: - Vamos também, vai ser ótima!

Luane: - Não é o momento. Estou triste preciso colocar minhas ideias em ordem!

Eu: - Amanhã viajo. Só vamos nos ver daqui a 15 dias!

Luane: (surpresa) – Nossa, nem estava me lembrando, depois disso tudo. Desejo uma ótima viagem, apesar de saber que você não é muito fã de praia; lá deve ter algo que lhe chame à atenção. (gargalhada)

Eu: - Tem sim, Luau e muita gente “gringa” e bonita para fazer amizade. (risos)

Luane: - E quem sabe, um gatxi...Oh, desculpe-me. (vergonha)

Eu: - Lú, por favor, deixe de se desculpar. Lá tem, sim, homens bonitos. E, tem mais, olha não tira pedaço. (risos)

Luane: - É bom, esse tempo longe vai nos restabelecer. Quando voltar, estará tudo em ordem. Eu já vou!

Eu: - Vamos, eu a deixo na porta!

Eu: - Promete para mim que vai ficar tudo bem mesmo? (segurei a mão dela)

Luane: - Prometo, sim. Como canta Maria Gadú, em Oração ao Tempo:

“... Ainda assim acredito

Ser possível reunirmo-nos

Tempo, tempo, tempo, tempo

Num outro nível de vínculo

Tempo, tempo, tempo, tempo...”

Eu: - E, não é. Vamos rir de tudo isso, ainda! ( risos)

Luane: - “Bye, bye”.

Eu: -“See you soon”!

Em seguida, corri para a cozinha. Contei tudo à Neide. Não havia outra forma para descrever aquilo tudo, como “juventude esquisita”. Mas, dá para entender, no tempo dela tinha essas coisas de honra ferida ser lavada com sangue.

Já era mais 23h30min quando meus pais chegaram com as crianças nos braços. Eu estava escolhendo a roupa da noite quando ambos entraram no quarto. Deram-me um abraço e disseram aquelas coisas de pais:

Pai: - Tenha juízo, viu rapaz! (passou a mão na minha cabeça)

Eu: - Eu sei pai. Fica tranquilo!

Mãe: - Trouxe algo que você vai gostar meu amor! ( falou com ar de felicidade)

Eu: - Mãe, uma camisa, não precisava. Vocês já me dão tudo. Minhas roupas eu compro. Obrigado, mesmo assim. (Dei um abraço neles)

Mãe: - Eu senti que você ia sair e precisava de um “look” novo. (risos)

Eu: - A senhora, arrasa na escolha. E conhece meus gostos!

Mãe: - Sempre. Agora, vamos dormir porque amanhã é o grande dia!saindo feliz)

Pai: - Filho, amanhã às 11h00min nós sairemos de casa. O café será as 10h30 min. Portanto, não chegue de manhã. Está bem? (Fechando a porta)

Eu: - Ah, sim, vou chegar antes das 04h00min. Só vou relaxar os ânimos com a galera! (risos)

Corri para o chuveiro, tomei um banho maravilhoso. O “look” escolhido: Camisa nova azul com branca; calça skinny preta e um sapato mocassim azul. Arrumei-me, passei meu perfume, sou apaixonado por 212 VIP MEN. Depois liguei para Flávia.

Eu: - Gatinha estou pronto. Peça para vir me buscar!

Flávia: - Nossa que coincidência, acabamos de sair, passo aí em 15 minutos. Espere lá na recepção. Beijo!

Eu: - Porque na recepção? Não mesmo. Vou descer só quando estiverem na porta. Beijo!

Flávia: - Para ser mais rápido, seu insuportável. Vou estragar logo a surpresa, já sei de tudo entre você e o Denis, quer dizer nós todos sabemos. Ele está nesse momento indo ao seu apartamento lhe buscar para ir à festa.

Eu: - E você já colocou a boca no mundo. Não fale mais para ninguém, ele ainda tem que conversar com os pais.

Flávia: - Esqueceu que sou amiga dele a mais tempo do que você. Sei como tio e tia são antigos. Não conto, fica só entre nós amigos!

Eu: - Vamos curtir, porque as próximas cenas serão tensas. (risos)

Flávia: - Com certeza. Desça logo e espere ele!

Eu: - Nunca na vida, ele venha aqui me pegar. Meus pais estão na sala, vai ser ótimo. (muitos risos)

Flávia: - O coitado vai ficar tão envergonhado já estou vendo. Seu safado, tchau!

Eu: - Uma hora eles não iriam saber; melhor que seja agora! (riso sarcástico). Tchau!

Uma alegria tomou conta do meu ser, parecia que ia flutuar. Ao mesmo tempo, dei a última olhada no visual e já fui para a sala assistir ao filme com meus pais.

Eu: - Então, estou deslumbrante, não?!

Pais: - Nossa, está demais filho. (risos)

Eu: - Vocês não valem, sempre falam isso. (cara fingida de chateado)

Mãe: - Vai sair com quem, hoje? (riso)

Eu: -“Mãããe”, não sou tão fácil assim. (sobrancelhas franzidas)

Pai: - Querida, vá com calma. Assim parece que nosso filho tem vários namorados! (riso)

Eu: - Vocês terão uma surpresa. Ele está vindo me buscar aqui. (girando e caindo no sofá)

Pais: - O que?

Mãe: - Quanto tempo faz que o senhor não nos apresenta um pretendente. “A long time!”

Pai: - Isso ela tem razão, mas quem é o dito cujo? (olhar de dúvida)

Eu: - Não façam cara de espanto, nem tudo na vida é o que parece. As coisas aconteceram, não tivemos como controlar. Preparados?

Pai: - Lá vem bomba, fale logo!

Mãe: - Ah, filho, espero que não esteja metido em encrenca!

Eu: - Não estou! O rapaz que vai me levar é...

O interfone tocou e mandei liberar a sua subida. Eles ficaram esperando ansiosos.

Eu: - Finjam não estar espantados! (risos)

Ao abri a porta o Denis foi logo me dando um abraço bem apertado.

Denis: - Queria tanto lhe ver hoje. Como foi sua conversa com a Lu?

Nesse momento senti que ele “murchou” em meus braços quando viu meus pais na sala. Desvencilhou-se de mim e ficou com semblante envergonhado, mas lindo.

Pai: - Denis, então você é o rapaz que está com meu filho. (levantou-se e foi apertar a mão dele)

Denis: - (vermelho de vergonha) – Tudo bom, Sr. Claúdio?! Desculpa está vindo essa hora aqui! (aperto de mão)

Mãe: - Não querido, sem problemas. Você é antes de tudo amigo do meu filho. Mas você não namorava a Luane (deu um abraço)

Denis: - Um prazer revê-la. Dona Elisabeth!

Mãe: - Dona, só se for da maior alegria em receber meu futuro genro!risos)

Eu: - A Luane mãe, mas está tudo bem. Vamos deixar ele à vontade, parem de olhar com essas caras de quem não está entendendo nada. E menos com essa de genro!

Denis: - Terei a maior felicidade em ter seu filho do meu lado. E sua família, igualmente!

Pai: - Depois quero saber, direitinho, essa história. (pegou na mão da minha mãe)

Mãe: - Fique à vontade, vocês são lindos juntos. Vamos dormir, agora! ( saindo com meu pai)

Pai: - Juízo ouviu seus moleques. Boa festa e o senhor, Denis, não invente de beber e dirigir! ( sério)

Denis: - E colocar seu filho em risco, de maneira alguma. Hoje é o dia dele se divertir e eu vou ser seu acompanhante. ( rindo e pegando na minha mão)

Eu: - Qualquer coisa, pegamos um táxi, não é amor (coloquei minha mão na boca de espanto)

Denis: - Você fica lindo me chamando de amor. Também amo você!

Mãe: - Agora vão logo, a festa já está bombando!

Eu: - Humm, a senhora está toda moderna em... ( risos)

Pai: - Tchau, boa noite e boa festa!

Saímos rapidamente e pegamos o elevador. Mal acabamos de entrar e o Denis me puxou para junto de si. O tesão começou a aumentar e, dentro do elevador a sós, passou inúmeras vieram à cabeça. Ele se aproximou e quis me beijar, mas, claro, que não queria lembrar-me do meu primeiro beijo nele dentro do elevador. Apenas de um selinho.

Denis: - Você quer me deixar louco, não é?! (cheirando meu pescoço)

Eu: - Também. Mas quero que seja num lugar especial nosso beijo. Eu lhe amo, bobinho!

Denis: - Você não existe! Também quero que seja especial. Como tudo daqui para frente será especial, pois com você, redescobrirei o verdadeiro sentido da vida. (beijo no meu pescoço e bochechas)

Eu: - Vai ser sim. Mas, qual é mesmo esse sentido da vida?

Denis: - Viver o verdadeiro eu, me permitir, não me privar. Não me colocar tabus. Arriscar, sem medo de estar fazendo alguém sofrer. Pois não há sofrimento pior do que colocar para si uma prisão sem grades. Cheia de eu acho que? Sem certezas, apenas dúvidas, as quais lhe colocam sempre para baixo. Pois, como disse Adalberto Barreto: “Quando a boca cala os órgãos falam e quando a boca fala os órgãos saram”.

Eu: - Nossa, amor, você é além de tudo um filósofo? Que palavras lindas! (selinhos seguidos)

Denis: - Para com isso amor, as aulas de psiquiatria é que estão me fazendo muito bem!

Ao sairmos do elevador, entramos no estacionamento e fomos ao carro. Ele, claro, “gentleman”, abriu a porta para mim. Saímos em direção à festa, já eram 01h00min quando, finalmente, entramos na boate. A música alta, o DJ e pick-ups enlouquecendo a galera, mas aquela sensação de todo mundo estar olhando para nós, por um minuto, me estremeceu. O Denis apertou forte minha mãe e se dirigiu ao camarote onde a Flávia e o pessoal estava. Sentia sua mão suar, ele não estava à vontade. Imagine se os amigos dele o vissem. Ao subirmos, o chamei num canto e perguntei se ele queria sair dali, via o nervosismo em seus olhos.

Denis: - Não, preciso encarar. Não quero me esconder, novamente! (disse ao meu ouvido)

Eu: - Não precisa ser aqui e agora. Tudo no seu tempo (disse firme a ele alisando seu braço)

Denis: - Vai ficar tudo bem, vamos curtir! ( o sorriso mais lindo do mundo)

Eu: - Já que insiste. Então vamos!

Nesse momento me virei de costas a ele e comecei a dançar, abrindo passagem, em meio ao povo, para chegarmos à visão privilegiada da mesa dos meus amigos. Quando chegamos foi aquele alvoroço, abraços e mais abraços. Até o Pedro veio nos cumprimentar. Nas mesas, porque eram duas, estavam: Flávia e o namorado Sidney, Pedro que sempre foi meu amigo e afim de mim, Clara era solteira e namoradeira, alegria em pessoa, além deles estavam minha Laura e o seu namorado Marcelo, ambos meus colegas de faculdade e, ainda, amigo do namorado da Flávia Eric com sua namorada Deyse, muito simpática, por sinal.

Denis veio até mim e falou no ouvido:

Denis: - Impressão minha ou esse tal de Eric fica só nos observando!

Eu: - Também percebi. Espero que não crie problemas!

Denis: - Acho que não deve estar acostumado com casais homossexuais!

Eu: - Não é isso. Ele é preconceituoso, acho que um a vez a Flávia me contou. Mas vamos parar de falar porque ele está olhando! (risos)

Sempre há uma amiga que fala parecendo um megafone. Essa amiga é a Clara e suas frases diretas tem hora que são meio chocantes.

Clara: - E, como vai, o casal mais novo de São Paulo. Estou muito feliz por vocês. A Lu vai superar, ela é uma pessoa de coração bom. Agora, se estivesse no lugar dela, acho que tinha matado vocês. ( risadas)

Flávia: - Mas não foi com você. (no ouvido) – Mulher se contenha, por favor. Está sendo estraga prazer, lesada. (falou trincando os dentes)

Eu: - Adoro suas diretas, mas dispenso esse comentário. (sorriso sínico)

Denis: - Vamos nos divertir, pessoal. A noite é de festa. Amanhã o Vetinho irá para o Havaí passar férias. Só o veremos daqui a 15 dias!

Eric: - (falando baixo, mas nítido) – Olha quem fala, o “ex-hetero” e agora via...

O Denis não deixou nem ele terminar, apenas chegou perto dele e agarrou seu colarinho.

Denis: - Acho bom o amigo não terminar a infeliz palavra que ia pronunciar, visto que acho que amanhã poderá acordar no hospital, beleza! (Olhando sério para ele)

O Erica engoliu seco e se calou. A namoradinha dela ficou discutindo com ele. E eu só fiz mudar para o lado da Flávia, ela sim valia à pena. Levantamo-nos e começamos a dançar e beber regados a muito uísque e tequila. Eu estava dançando escorado nos ferros, vendo o povo lá embaixo, quando o Denis vai para trás de mim e começa a dançar coladinho. Claro, não passou muito tempo e comecei a sentir a volúpia do seu prazer. Ele não bebia; não gosta muito, eu já estava bem alegre e cedendo aos prazeres. Sua ereção não era vista pela camisa longa que usava, pareceu proposital tal vestimenta.

No meu ouvido ele falou:

Denis: - Quero você, por favor, sonhei muito com esse dia. Vamos, para um lugar mais tranquilo! (falou ao meu ouvido, mas comportado, pois estávamos numa boate heterossexual)

Eu: - Amor, cuidado, olhe onde estamos. E, a resposta é não, por favor, vamos curtir!

Denis: - Está bem, desculpe-me a pressa!

Eu: - Quero hora já é? Meu relógio está atrasado!

Denis: - Está perto das 03h00min. Cedo ainda!

Eu: - 03h45min, nós vamos embora.

No ouvido eu disse:

Eu: - Não vejo a hora de beijar essa boca suculenta! (risos)

Denis: - Ah, é seu safado, pois venha!

Não acreditava no que estava acontecendo, aquele maluco estava me beijando numa boate heterossexual, ele só podia ser maluco. Mas foi um beijo indescritível, melhor do que sonhei, àquela boca carnuda encostando a minha, sua língua quente procurando espaço para se encaixar numa valsa de sensações, parecia que só existíamos nós dois naquele momento. Ele passava a mão sobre minhas costas, mãos firmes e grandes as quais me faziam sentir-se protegido de todos. Sua barba rala passeava pelo meu rosto e descia o pescoço, calma, mas excitando as minhas terminações nervosas às sensações inimagináveis. Nunca havia sentido, tal desejo por outra pessoa. Passou pela minha cabeça os momentos que estivemos distantes e, ao mesmo tempo, tão próximos. Não poderia ter sido mais perfeito, pois além de ser o nosso primeiro beijo também teve um toque de nervosismo pelo ambiente ser majoritariamente heterossexual.

Mas, claro, alguém tinha que nos fazer voltar à realidade. Flávia bateu em nós e acordamos desse sonho.

Flávia: - Vocês têm sorte de não serem expulsos daqui. Graças a anjo da guarda de vocês, “euzinha”. O camarote fui eu quem alugou, ou seja, todos aqui são meus convidados. Já sabiam que poderia rolar isso aqui. (risos)

Denis: - Nossa, é mesmo. O desejo pelo seu amigo me consumiu.

Desculpa! (vermelho de vergonha)

Eu: - Nossa que beijo foi esse. Ainda estou em êxtase! (cara de bobo)

Flávia: - Valha meu amigo. Você está definitivamente apaixonado! Nunca o vi assim, tão idiota. Denis meu amigo, qual é o seu mel, em?

Denis: - Amor demais, Flavinha. Vetinho está me mostrando o meu eu! (selinho em mim)

Flávia: - Estou vendo, e que EU! (risos)

Eu: - Assim vão me deixar envergonhado. Detesto me mostrar desarmado, vou voltar para o meu pedestal novamente. (risos)

Flávia: - A “frescura” começou. Menino, nem com o amor você muda?

Eu: - A pessoa não pode nem brincar. Já passe dessa fase de superfluidade. Mas, não é melhor o vetinho insuportável?!

Denis – Eu lhe amo, seja insuportável ou suportável! ( carinho em minha cabeça)

O namorado de Flávia se aproxima de nós:

Sidney: - Admiro muito o Denis por não ter deixado se conspirar pelo sistema. Vejo você realmente feliz diferente de quando estava com Lú!

Eu: - Até eu vejo, outra pessoa ao meu lado. Mas o cavalheirismo continua o mesmo! (risos)

Denis: - Valeu cara. (cumprimentou com um abraço) – Parece que os pesos fora retirados das costas! Sabe!

Sidney: - Com certeza. Eu vim também perguntar o porquê de você mais nunca ter ido pegar uma onda com a galera. Estão todos sentindo sua falta!

Eu: - Está precisando mesmo, está branco demais. ( todos rimos)

Flávia: - Vamos amor, deixe esses dois gatões da minha vida se curtirem!

Denis: - E eu não sou seu gatão? (cara de manha)

Flávia: - Você é o meu leão! (rugido sexy)

Enquanto isso o Eric veio se aproximando, o Denis me colocou para trás e já foi se inchando.

Eric: - Qual é cara, não vou falar e nem fazer nada com vocês! Vim dizer que foi mal pelo que disse anteriormente, é porque ainda não me acostumei em ver casais assim, sabe.

Denis: - Pode não ser acostumado, mas qualquer um merece respeito e não exposição de pensamento pequeno e termos pejorativos que enfatizam o preconceito!

Deyse: - Meninos, eu sinto muito pelo infeliz comentário do meu namorado. Vocês tem aqui uma defensora assídua da liberdade de expressão. Sou procuradora e quero dizer que repudio quaisquer menções à discriminação.

Denis: - Obrigado, Deyse, você é uma pessoal admirável. Espero que ponha juízo nele!

Eric: - Desculpem-me. Prometo não falar mais nada com vocês! ( apertou a nossa mão)

Laura: - Amigos, quero lhes desejar toda felicidade do mundo! Denis você tem sorte de ter esse coração grande em sua vida!

Marcelo: - Cara, você arrumou um namorado presença. Felicidades sempre!

Eu: - Venham cá, me dê um abraço! (abracei os dois)

Denis: - Valeu cara. Não sei, mas o conheço de algum lugar! ( deu um abraço nele)

Marcelo: - Será cara?! Não estou lembrando, no momento!

Denis: - Mas vou lembrar e lhe digo!

Eu: - Amor, 03h40min, vamos embora?!

Denis: - Nossa, passou rápido. Vamos sim!

Eu: Pessoal, tirando os comentários infelizes, a noite de hoje foi ótima. Valeu mesmo. Amo todos vocês. Até dia 19.

Denis: - Vocês são pessoas especiais. Obrigado por hoje!

Laura bêbada caindo chegou perto da gente e falou nos abraçando.

Laura: - Desculpem-me pelas minhas besteiras. Amo demais vocês, quero a felicidade de todos. Inclusive da Lú. E, vetinho, boa viagem!

Eu: - Obrigado, amiga. Você está horrível bêbada!

Denis: - Amor, menos. Vamos! (risos)

Eu: - Ela não gosta de direta, também gosto!

Despedimo-nos, estávamos descendo a escada quando sinto um braço me puxar. Quando olho para trás, era uma velha amiga que há anos não a via

Luciana: - Vetinho, meu amigo, vetinho. (nos abraçamos)

Eu: - Sua safada, porque não me disse que estava de volta ao Brasil?

Luciana: - Acabei de chegar da Armênia, lugar encantador e pitoresco!

Eu: - O que você está fazendo da vida?

Luciana: - Deixe-me apresentar meu namorado, Antony. Ele só fala inglês!

Eu: - Hello, Antony. Nice to meet you!

Antony: Hi, vetinho. Nice to meet you, too. My wife talked a lot about you!

Eu: - That is’s great! Do you intend to stay for how long?

Antony: -Just enough to solve some problems!

Eu: -Sorry! Not presented to you my boyfriend, Denis!

Antony: - Nice too meet you, Denis!

Denis: - Nice too meet you, too. Antony!

Luciana: - Não acredito você fisgou essa coisa linda! Prazer me chamo Luciana!

Denis: - Prazer é todo meu, você que é gentil!

Eu: - Depois sentamos para conversar. Amiga já ia me esquecendo, vou fazer uma viagem amanhã ao Havaí, será que estarão ainda aqui na minha volta dia 18? (falei rindo)

Luciana: - Não sei, mas qualquer coisa, o nosso próximo destino será o Havaí! (cara de felicidade e sorriso largo)

Eu: - Gente rica é outra coisa. Está podendo em?!

Luciana: - Você sabe depois que fiquei viúva e o sofrimento da perda passou. Ficou a felicidade na minha conta bancária!

Após passar os contatos dela, seguimos para o carro. Ao entrar, Denis já foi logo perguntando:

Denis: - Amor, eu não quero parecer inconveniente. Mas aquela sua amiga deu o golpe do baú, no falecido?

Eu: - Amor, ao pé da letra não. Eles viveram casados muitos anos e ele não esses velhos feios, tinha por volta dos seus 58 anos e aparência jovial. Só o conheci por fotos!

Denis: - Ah, bom. Venha aqui para te mostrar o que sou capaz! (agarrou-me dentro do carro)

Ele começou a me beijar, pulei do meu banco e sentei em seu colo. Comecei a tirar a roupa dele, já sentindo seu volume tomar forma e pressionar minhas nádegas. O calor tomava conta do ambiente, mesmo com o ar ligado, desafivelei seu cinto e no ímpeto, ele baixou sua calça. Eu me levantei e tirei a minha. Ao ver aquela imensidão em suas pernas. Comecei a passar as mãos sobre o seu peito com pelos ralos e a beijar sua barbinha por fazer. Ele já gemia, passeando com suas mãos sobre minhas costas, como se fosse arranhá-las. O prazer só aumentava. Mas para nossa surpresa, um segurança acendeu a lanterna. E começou a falar

Segurança: - Vocês estão de frente a um condomínio de família, existe motel para transarem. Saiam daqui, agora, o chamo a polícia!

Nossa, procurei um buraco para me esconder, estávamos envergonhados, mas caímos na risada, nos vestindo mais que depressa e saindo em disparada.

Denis: - Ah, olha como estou. Vamos para onde, quero muito você! (fui até ele e o beijei)

Eu: - Vamos para minha casa. (sorri com cara de safado)

Denis: - Amor está maluco. Não mesmo, não vou me sentir bem, lá!negando com a cabeça)

Eu: - Calma, eu disse para minha casa. E não para a casa dos meus pais!

Denis: - Como assim, você tem uma casa, nunca soube!

Eu: - Presente dos meus pais; não é uma casa, casa. É um apartamento, pequeno, mas a minha cara. Ainda estou terminando de decorar. E adivinha onde fica? Aqui pertinho na consolação!

Denis: - Vamos para lá, agora. Quero você para mim!

Eu: - Amor, sempre quis fazer uma coisa. Será que posso?

Denis: - Diga o que é, e saberei lhe responder!

Ele estava com uma mão dirigindo e a outra nas minhas costas. Peguei a mão dele e comecei a introduzir seu dedo médio na minha boca, os movimentos eram precisos.

Denis: - Amor, assim você vai me deixar, louco. Hum Hum ( gemia de prazer)

Eu: - Quero fazer isso dentro do carro, agora com você!

Denis: - Sempre quis ser chupado dentro do carro. Venha safado, me fazer sentir muito prazer!

Primeiro eu me aproximei e desabotoei a calça, baixei o zíper. O membro dele pedia para ser tirado de dentro daquela cueca, eu comecei beijando por dentro da cueca. Os movimentos com a língua eram ora circulares ora lineares. Ele fechava os olhos e gemia de prazer.

Eu: Vou mostrar o que sou capaz!

Nesse momento abri a cueca e o membro rijo pulou para fora. Nossa como era grande, 22 cm, branquinho e a glande rosadinha. Comecei beijando com movimentos firmes entre a glande e o prepúcio, descendo para o saco escrotal. Minha boca salivava, comecei a introduzi-lo, indo e voltando, girando a língua e engolindo aquilo tudo. Ele começou a movimentar o quadril e colocou a mão sobre os meus cabelos enquanto a outra dirigia. Introduzia até a garganta e retirava para respirar. O líquido transparente dizia que o ápice do prazer estava próximo. Ele já apertava meus cabelos e socava fundo.

Denis: - Toma amor. Isso, vai. Humm. Sente o seu homem. Hum Hum. Estou perto de gozar, não pare!

Meu movimento eram mais forte além de rítmicos, a saliva junto com o pré-gozo escorriam pelos cantos da minha boca. O sangue fazia seu pênis se inchar mais, e as veias se sobressaírem. Parecíamos animas ferozes, ele se contorcia todo. Sentia que estava vindo o “leite”.

Denis: - Engole vai, é todinho seu... Humm Humm

Engoli todo até a garganta, ele se estremeceu e começou a jorrar muito esperma na minha garganta, segurando minha cabeça para não sai, eu só sentia aquilo quente escorrendo na minha garganta. De repente ele se desfalece e eu tento puxar o máximo de ar possível. Enquanto o pênis dele ainda permanecia ereto, eu colocava para fora o esperma. Não consigo engolir. E ainda o chupava, mas o desconforto da posição me fez voltar ao normal, mas ainda dei aquela “sugadinha” que o deixou maluco.

Espero que tenham gostado; não conto como somos totalmente, pois quero que a imaginação de vocês voe longe. Até depois de amanhã. Não postarei amanhã porque estou cheio de assuntos para resolver.

Eu: Sim, desculpem-me os erros graves, às vezes, passo despercebido!

See you later, guys!


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