Dois Amigos E Um Segredo Parte 3

Um conto erótico de Mary Rose
Categoria: Homossexual
Contém 756 palavras
Data: 22/09/2014 16:40:00

Leon sabia onde ficava o tal apartamento, já estivera lá muitas vezes. Era o lugar onde Andrei se isolava para compor, se drogar e promover suas festinhas secretas. Leon disse para a garota que estava com ele aquela noite que não sabia a que que horas iria voltar, que Andrei estava precisando dele, e a despachou logo. Quando o controle remoto abriu o portão da garagem e ele saiu com o carro, sentiu que estava ansioso para rever seu grande amor, que alguns dias era tempo demais para ficar longe dele, sem ouvir sua voz, sem tê-lo ao alcance das mãos...

Ao chegar lá, encontrou Andrei bastante alterado. O vocalista estava bebendo caipirinha e sobre uma revista Leon percebeu várias carreiras de pó branco.

- Foi mal, cara... - disse Andrei ao abrir a porta. agora, mas não estou legal...

- Sou seu melhor amigo, não sou? - respondeu Leon. - Estamos juntos pra qualquer parada... que foi que houve?

- Eu e a Gisele... a gente se separou de vez.

Leon sentiu uma pancada no coração, um misto de surpresa e felicidade.

- Como assim, cara? Um casamento de tanto tempo... e as crianças, como é que fica? Vocês têm de pensar neles também.

Andrei fez um gesto de pouco caso.

- Ah, eles não precisam de mim, estão bem com a mãe... e ela... ela vai me arrancar uma boa pensão, não vai? Então... vai faltar nada, te garanto...

Preparou uma caipirinha para Leon, outra para si, e os dois se sentaram no sofá da sala, um grande e macio sofá com muitas almofadas. O apartamento estava uma zona. Andrei começou a explicar que sua relação com a mulher ia mal fazia tempo, que ela implicava com seu uso de drogas e lhe dera um ultimato para fazer tratamento e então se separaram.

- Eu não sou viciado, páro na hora que eu quiser. Você também acha que eu sou dependente dessa merda, cara?

Leon engoliu sua caipirinha e não disse nada. Andrei levantou-se, preparou duas carreiras de cocaínas e um canudinho e ofereceu ao amigo.

- Toma! Ou você tem medo da branquinha? Só fuma erva...

Leon não gostava de cheirar cocaína, ardia muito e seu nariz sangrava depois, mas naquela noite sentiu que precisava dela. Tinha um vago pressentimento... pegou sua dose e cheirou profundamente.

Sentiu as narinas queimando como fogo, mas depois um calor agradável se espalhou pelo seu corpo, uma sensação boa de segurança e poder o invadiu. Olhou para Andrei, que estava sentado ao seu lado, descalço, vestindo uma bermuda velha e uma camiseta escura, barba por fazer, cabelos bagunçados como sempre. Deus, como o amava... como queria beijar aquela boca...

Andrei passou o braço em volta de seus ombros, dizendo:

- Quer saber da real, cara? eu sempre fui o maior pegador, você sabe, mas estou de saco cheio de mulher!

- Sério?

- Sério sim... tudo umas piriguete... só querem é dinheiro...

Leon sentiu que não podia mais resistir, as palavras saíram sem ele perceber.

- Eu te amo, Andrei...

Andrei o encarou atônito.

- Como é que é? O que foi que você disse?

- É isso que você ouviu. Eu te amo... eu sou louco por você... estou cansado de esconder isso... eu te amo tanto...

Num gesto de coragem que a droga lhe emprestava, Leon segurou o queixo do amigo e o beijou avidamente na boca. É o fim de tudo, pensou logo em seguida, ele vai me odiar, nunca mais vai querer me ver. Levantou e ia sair correndo porta a fora, mas Andrei, refeito da surpresa e sentindo o gosto do beijo, o reteve pela mão.

- Onde você vai?

- Eu vou embora... respondeu Leon a custo, enquanto lágrimas em fio desciam pelo seu rosto. - Fica na paz, Andrei, nunca mais você vai me ver... eu vou sair da banda... vou sumir da sua vida... pra sempre...

Agora os dedos de ambos estavam entrelaçados. Andrei puxou Leon para si e o fez sentar em seu colo. estava sério, mas calmo.

_ Eu não quero que você vá embora, Leon. - respondeu. - Eu não quero mais saber de mulher, mas não quero ficar sózinho. Você é homem... mas... eu quero tentar. Me beija... - pediu com suavidade.

Então se beijaram de verdade, um explorando a boca do outro com a língua, e ali ficaram agarrados por muito tempo, se beijando, se mordendo, se apertando um contra o outro, por entre gemidos abafados, suspiros, Leon dando plena vasão ao que sentia, Andrei achando excitante aquela nova experiência. Quando os dois já estavam duros, tomou Leon nos braços e o carregou para o quarto.


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